domingo, 31 de julho de 2016

Quem desmoraliza a justiça brasileira é a própria justiça brasileira e não Lula.

Paulo Nogueira *


Quem desmoraliza a justiça brasileira é a própria justiça brasileira.
Ou, para sair do plano impessoal: são os juízes brasileiros.

Não adianta fingir indignação com Lula por recorrer a um tribunal internacional. É mais decente olhar para o espelho e dizer: “Onde foi que erramos? Que podemos fazer para recuperar a dignidade perdida?”.

São absurdos de todos os lados. Materiais, por exemplo. Privilégios, mordomias em doses copiosas. Nenhum respeito pelo dinheiro público. Quem não se lembra dos 90 mil reais que Joaquim Barbosa queimou para reformar os quatro, repito, quatro banheiros do seu apartamento funcional?

Isto, em si, conta uma história.

Passemos agora para o plano do comportamento. Em que sociedade minimamente avançada você vai ver um juiz tão descaradamente ativista de direita como Gilmar Mendes?

Gilmar Mendes chegou a ser flagrado num telefonema com Bonner para combinar uma pauta do JN. É uma coisa de um primitivismo brutal: não evidencia apenas a falta de ética da justiça, mas também da imprensa.

A desenfreada militância política de Gilmar Mendes jamais foi objeto de um único editorial reprovador. Claro, mídia e justiça são aliadas. Mas a ausência de fiscalização da imprensa não elimina o mal que Gilmar faz à imagem da justiça. Não põe sequer para baixo do tapete.

Consideremos Teori Zavascki, do STF. Ele demorou cinco meses para tomar providências sobre o gângster Eduardo Cunha. Teori tinha em mãos um documento que detalhava os crimes de Cunha, e mesmo assim deixou que este comandasse absoluto o processo de impeachment. Fico pensando como os historiadores do futuro explicarão a lentidão patológica de Teori.

E chegamos agora a Moro.

É um horror — não existe outra palavra — que Moro se deixe fotografar ao lado de João Dória, dos irmãos Marinhos, do autor de um livro de um jornalista da Globo que o glorifica e arrasa Lula.

É o triunfo do despudor. Você está dizendo qual é o seu lado, o que num juiz é intolerável.

De novo: as consequências para a reputação da justiça são monstruosamente negativas. É um ato de autodesmoralização fulminante. É algo que é aplaudido por fanáticos antipetistas e incentivado pela mídia plutocrata.

Mas de novo: nada disso altera o absurdo da situação.

E as parcerias de Moro e Lava Jato com Globo, Folha etc nas operações circenses que miravam invariavelmente o PT?

Em suma.

Você tem que se dar ao respeito antes que possa exigir que os outros o respeitem.

A justiça não se dá ao respeito.

É dentro desse quadro que Lula recorreu à ONU — com inteiro, total, monumental acerto.

* jornalista, editor do DCM: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/quem-desmoraliza-a-justica-brasileira-e-a-propria-justica-basileira-e-nao-lula-por-paulo-nogueira/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=quem-desmoraliza-a-justica-brasileira-e-a-propria-justica-basileira-e-nao-lula-por-paulo-nogueira

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sábado, 30 de julho de 2016

Juiz que recebeu denúncia contra Lula deixa claro que não ouviu a defesa

Fernando Brito,
no Tijolaço
A imprensa, louca para condenar Lula – por qualquer coisa, não importa – faz estardalhaço com a decisão do juiz Ricardo Leite, substituto da 10ª Vara Federal Criminal de Brasília por ter recebido a denúncia do Ministério Público contra o ex-presidente, Delcídio do Amaral e outros.
 

Não poderia ter agido de outra forma, por que – ao menos em relação a Delcídio – há indício material expressivo – a gravação feita por Bernardo, filho de Nestor Cerveró – de tentativa de obstrução da Justiça.

Mas o próprio juiz deixa claro, em sua decisão, que nem sequer examinou os argumentos das defesas – exceto o pedido de Lula para apresentar previamente a sua – e que, portanto, está recebendo a denúncia sem ouvir os acusados:



Quanto às defesas encartadas aos autos antes do recebimento da peça acusatória, entendo que este não é o momento adequado para sua análise, mas, sim, posteriormente, a eventual recebimento de denúncia, nos termos do artigo 396-A do Código de Processo Penal. Assim, por ora, deixo de apreciar as defesas escritas apresentadas pelos denunciados antes do recebimento da denúncia, bem como os memoriais entregues.



Ou seja, até agora Lula não exerceu seu direito de defesa o que, diz o juiz, poderá fazer agora. Tanto que, ao negar o pedido de apresentação defesa prévia do ex-presidente, argumentou:

     Também a violação ao  contraditório e à ampla defesa não procedem, uma vez que, caso haja a recebimento da denúncia, haverá a apreciação da resposta escrita com possibilidade de absolvição sumária…

Não entro no mérito do procedimento do juiz, embora não observe a prudência necessária num caso que envolve uma figura política da expressão de um ex-presidente e a evidente exploração política de torná-lo réu que é, para o leigo, quase uma condenação. A interpretação larga do direito de defesa não proíbe ao juiz considerar informações que vêm aos autos, mesmo que não solicitadas, embora já não mais coberta pelo antigo Art. 559 do Código de Processo Penal (da ditadura Vargas, vejam só) que dizia que “se a resposta ou defesa prévia do acusado convencer da improcedência da acusação, o (juiz) relator proporá ao tribunal o arquivamento do processo”, revogada na “democracia” punitiva.
 

Embora não mais expresso objetivamente – e tudo o que a lei não proíbe, permite – isso pode ser levado em conta, tanto que ele examinou e recusou uma preliminar arguida pela defesa.

Mas o fato é que, na interpretação estreita pela qual optou, deve ficar claro que a defesa sequer tem o conhecimento formal da acusação (Lei 8.038/90, Art. 4º, § 1º – “Com a notificação, serão entregues ao acusado cópia da denúncia ou da queixa, do despacho do relator e dos documentos por este indicados”.)

Ou seja, todo o processo até agora é unilateral.

Sabe-se apenas que Lula é acusado de obstrução da Justiça. Com base em quê? No que Delcídio do Amaral alegou, depois de preso semanas a fio, em sua delação premiada.

Mas o que ele alegou, mesmo?

Dou um doce se alguém souber apontar algo que ele tenha apresentado como prova contra Lula.

Não tem problema, serve.

Vale tudo.

Publicado no Tijolaço:

 http://www.tijolaco.com.br/blog/juiz-ainda-nao-recebeu-denuncia-contra-lula-e-deixa-claro-que-nao-ouviu-defesa/
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sexta-feira, 29 de julho de 2016

Os piratas da privataria afundam a indústria naval brasileira

Fernando Brito
Os piratas da privataria afundam a indústria naval brasileira
do blog Tijolaço: http://www.tijolaco.com.br/blog/os-piratas-da-privataria-afundam-industria-naval-brasileira/

Economia tem lá as suas complicações, é verdade.

Mas em boa parte do que se precisa entender, é como pensar em relação à sua própria casa, e não é à toa que a palavra economia é a soma das palavras gregas “oikos” (casa) e “nomos” (costume, lei) , as regras de administração da casa.

Se você precisa de um serviço que se oferta lá fora, mas tem um filho ou filha sem emprego, que pode realizá-lo – ainda que isso seja um pouco menos especializado e talvez ligeiramente mais caro – é obvio que você prefere contratá-lo para fazer. Mesmo um tantinho mais dispendioso, isso acaba economizando mais, porque você, ao dar-lhe trabalho, injeta – ou não deixa sair, totalmente – recursos na sua própria economia doméstica.

É o que acontecia com a indústria naval brasileira, com a política de conteúdo nacional e as encomendas de navios para a exploração do pré-sal.

Que, aliás, escapou, quase toda, dos escândalos da Lava Jato, pois as mutretas se davam era no afretamento de navios estrangeiros.

Hoje, o professor Roberto Moraes, desenha o quadro trágico da política recessiva, da paralisação da Petrobras e da ideia estapafúrdia de, na prática, revogar a política de exigir que, ao menos em parte, as embarcações e plataformas de petróleo fossem construídas no Brasil.

Antes da crise em 2013, o setor de indústria naval chegou a empregar 82 mil trabalhadores e agora eles são 48,5 mil empregos, de acordo com o Sinaval.

Além do ERJ, onde a indústria naval sempre foi forte com estaleiros no Rio, Niterói e Angra dos Reis, o avanço das encomendas, na fase de expansão da economia e do setor de petróleo – que mais demandava embarcações – avançou para outros estados.

Assim, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Santa Catarina também montaram bases para a construção e montagem de embarcações. Outras bases nos estados do Espírito Santo, Bahia e Alagoas estavam sendo instaladas, quando foram atingidas pelo colapso do setor naval como desdobramento da crise no setor de petróleo e na Petrobras.

O município de Niterói talvez tenha sido um dos mais atingidos, por conta da quantidade de estaleiros ali instalados. Em 2014, os estaleiros do município empregavam cerca de 14,5 mil trabalhadores. Em 2015, 10 mil destes postos de trabalho já haviam sido perdidos. No início deste ano, cerca de mais 2 mil empregos foram suprimidos.

Hoje Niterói ainda possui 10 estaleiros com pouca gente e encomenda. O estaleiro norueguês Vard fechou junto com o semestre. A área arrendada voltada para a Baía de Guanabara já foi devolvida. Agora a empresa só mantém trabalho com a encomenda de outras embarcações, em sua unidade junto ao Porto de Suape, em Pernambuco.

Agora volta a pensar em sua casa, em seu prédio, em sua rua.

Como seria se metade das pessoas perdessem o emprego?

Em Niterói, e no Rio, onde vivo, mais de 80% dos trabalhadores da indústria naval estão nesta situação.

A última grande obra em andamento, a adaptação do navio plataforma Cidade de Saquarema zarpou para os campos do pré-sal, deixando apenas um terreno baldio no Estaleiro Brasa, onde foram montados seus módulos de convés. O velho estaleiro do Ishikawajima, que estava renascendo com seus navios gigantes – já foi o segundo maior estaleiro do mundo – está morrendo outra vez, com a carcaça gigante do P-74, que só precisa ser terminado para tirar 180 mil barris dos poços de Búzios, um campo quase tão grande como o de Libra.. Três navios de derivados leves balançam, desertos, embora quase prontos, diante do estaleiro Mauá.

Os ladrões da Petrobras gozam a vida em suas mansões, com passeios à Angra dos Reis, incomodados apenas levemente por suas tornozeleiras eletrônicas.

Mas os estaleiros e seus trabalhadores têm forca bem pior em seus pescoços. Estão sendo mortos, mortos pela segunda vez como foram nos anos 80 e início dos 90 e, teimosos, renasceram com Lula e o pré-sal.

Ou alguém acha que, entregue o pré-sal, a Chevron, a Shell, a BP, a Exxon e outras multinacionais vão fazer navios e plataformas aqui?

Os piratas da privataria vão é acabar de afundar os nossos navios: os em obras virarão carcaças e os planejados virarão tristeza, levando para o fundo milhares de brasileiros que os construíram e construiriam.
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quarta-feira, 27 de julho de 2016

Depois do pré-sal, a energia nuclear, a amazônia, a água...

Richard Jakubaszko 
no Clube de Engenharia
É sabido nos meios científicos e técnicos que no suprimento de energia, assim como o século 19 foi dominado pelo carvão, o século 20 pelo petróleo, o presente século será mais e mais dominado pelo combustível nuclear. Daí o interesse das principais potências do planeta em controlar o acesso a ele.

Aqui, o setor nuclear ganhou um silencioso destaque nas últimas semanas no Congresso Nacional, em função da tramitação das Propostas de Emenda Constitucional (PEC) 122/07 e da PEC 41/11, apensada à primeira. Silencioso, porque após longos nove anos, entre arquivamentos e desarquivamentos, as propostas receberam, sem alarde, em 12 de maio último, parecer favorável do relator da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania e chegarão em breve ao plenário.

Trata-se de um raro movimento do Legislativo em relação à área nuclear. Mas não é positivo; tampouco é neutro.

As mudanças propostas põem a perder quase seis décadas de esforços que levaram o país a, desde a década de 1980, integrar o seleto grupo de países que domina todo o ciclo do combustível nuclear, ao lado de Alemanha, China, Estados Unidos, França, Holanda, Índia, Irã, japão, Paquistão, Reino Unido e Rússia. Dono de uma das maiores reservas naturais de urânio do mundo, o país passou a dominar, após a construção da Fábrica de Combustível Nuclear em Resende/RJ, o ciclo nuclear completo em escala industrial.
Desde então, detém a tecnologia e as ferramentas necessárias para a autonomia na produção do combustível, a se concretizar após a conclusão de Angra 3. Trata-se, pois, de injustificável alienação de soberania, consubstanciada na exclusão do monopólio da União para a construção e operação de reatores nucleares para fins de geração elétrica (PEC 122/07) e na vedação à construção e instalação de novas usinas que operem com reator nuclear no país, permitindo entretanto as atividades das usinas já existentes e em construção (PEC 41/2011).

As emendas constitucionais em apreço têm por objetivos inviabilizar a produção industrial de combustível nuclear no país, e possibilitar a privatização das usinas nucleares existentes, ora operadas pela Eletronuclear. Deixarão o país, caso aprovadas, mais uma vez à mercê de interesses externos. São iniciativas que se somam ao ataque ao Pré-Sal, à atualização do Código de Mineração para favorecer mineradoras multinacionais, à proposta de permitir a compra indiscriminada de terras por estrangeiros, à de “privatizar o que for possível” relegando-nos à condição de fornecedores de matérias-primas para o mundo. É a volta ao Brasil Colônia.

Longe de sermos xenófobos, preocupa-nos o nosso futuro como nação. Em face da sua extensão territorial, dos seus recursos naturais e da sua população, o Brasil, que já é hoje uma das 10 maiores economias do mundo, não pode renunciar sem mais nem menos à sua soberania. Capitais produtivos externos são bem-vindos, pois aqui geram empregos, pagam impostos e nos auxiliam no desenvolvimento tecnológico, desde que, contudo, subordinados aos interesses nacionais. Os que deles querem abrir mão, não pensam no Brasil. Merecem nosso repúdio.
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segunda-feira, 25 de julho de 2016

Suplicy foi preso pela PM de SP em ato de protesto

Richard Jakubaszko 
O ex-senador Eduardo Suplicy (75 anos) foi preso nesta manhã em um ato de protesto de reintegração de posse. Ao dar apoio aos moradores, na Zona Oeste de São Paulo (região do rodovia Raposo Tavares), ele deitou-se no chão, fato que os PMs consideraram como resistência... Ele foi levado ao 75º Distrito Policial, no Jardim Arpoador.

Suplicy foi levado como um animal, na horizontal, por 4 PMs que seguravam seus braços e pernas.
Vexatório, humilhante.
O vídeo está disponível no Facebook, em vários sites. Não disponibilizo o mesmo neste blog por considerar o ato uma afronta, um verdadeiro acinte contra a democracia.
Se a PM de São Paulo faz isso com um ex-senador da República, um homem com a história de Eduardo Suplicy, um homem de 75 anos, imagine o que fará com você, em qualquer outra situação.

domingo, 24 de julho de 2016

Musicalidade exacerbada

Richard Jakubaszko
Não há como qualificar sobre a excepcional musicalidade de algumas pessoas. Este é o caso de Bobby McFerrin, em performance improvisada num show realizado no Canadá, e que você pode assistir neste vídeo enviado pelo amigo navegante e fã do blog Gerson Machado.


A genial Ave Maria, de Gounod, em toda sua beleza e genialidade.

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sábado, 23 de julho de 2016

Fotógrafo captura momento em que chá quente congela no ar

Richard Jakubaszko

 

Você sabe o que acontece se jogarmos para o ar uma bebida quente em um ambiente externo com a temperatura de –40ºC? O fotógrafo canadense Michael Davies resolveu descobrir. O resultado é incrível.



Com ajuda de um amigo, ele conseguiu registrar um momento que une em uma só imagem a bela paisagem gelada canadense e o incrível efeito de congelamento instantâneo devido a temperatura negativa.

quinta-feira, 21 de julho de 2016

A competência da Petrobras na exploração do pré-sal

Richard Jakubaszko
Conforme Monteiro Lobato, "o petróleo é nosso".
Nada mais verdadeiro do que isso.
Quem almeja privatizar ou permitir que empresas multinacionais venham explorar nossas riquezas é um entreguista. A PEC - proposta de emenda constitucional idealizada pelo senador José Serra, já aprovada no Senado, e agora tramitando na Câmara dos Deputados, se aprovada vai entregar o nosso petróleo para as multinacionais do setor, a preços muito depreciados, porque o Brasil está barato, o valor do Dólar frente ao Real é fictício, e isso é o suficiente.

Assistam o vídeo abaixo para comprovar isso:

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segunda-feira, 18 de julho de 2016

O futuro presidente

Mino Carta *
Por que, a prosseguir a tragédia do ridículo encenada pelo golpe, o promotor Dallagnol é melhor candidato do que Moro e Bolsonaro?

O jovem promotor Deltan Dallagnol (leia Dallanhol), conspícuo integrante da força-tarefa da Operação Lava Jato, ao interrogar Marcelo Odebrecht, libera todo seu espírito redentor, olhos de missionário, rútilos, diria Nelson Rodrigues.

Ele informa o interrogado em tom hierático: aqui estamos nós para aliviá-lo do peso que oprime sua consciência, de fato para ajudá-lo a reencontrar o bom caminho, faça a sua confissão e ganhe a paz interior. Algo assim, segundo consta.

Permito-me imaginar, como resultado final da tragédia do ridículo encenada pelo golpe, a candidatura do promotor Dallagnol à Presidência da República, obediente, mais do que qualquer outra, à lógica do absurdo. Há quem prefira o juiz Sergio Moro, ou mesmo o deputado Jair Bolsonaro. No meu canto, não hesito em escalar Dallagnol.

Moro, como o promotor, cultiva o ímpeto da grande missão, carece, porém, no meu entendimento, da vocação da catequese que Dallagnol manifesta radiosamente. Além do mais, o juiz aprecia envergar camisas pretas, de péssima memória.

Já Bolsonaro é um camisa-preta autêntico, poderia ter participado da Marcha sobre Roma. Nem um nem outro buscam redimir os pecadores, e sim puni-los de forma exemplar.

Dallagnol, em contrapartida, é adequado, diria mesmo óbvio, neste nosso teatrinho-bufo, de plateia cada vez mais apinhada por pagadores de dízimo. Ele é capaz de transformar a ribalta em púlpito e, a encarnar o desfecho no último ato, parece-me o mais condizente, em sintonia finíssima com o andamento do entrecho.

Tentemos pôr um mínimo de ordem na orgia farsesca que as circunstâncias nos obrigam a assistir, melhor, a viver, sugeriria o Marquês de Sade, inveterado e irônico pecador. Quais são as chances de vida exitosa de um governo presidido por Michel Temer?

Vale perguntar aos botões se logrará durar até as eleições de 2018. Sobra a evidência de que, a prosseguir impávida a Lava Jato, entre mortos e feridos ninguém vai sobrar. Daí a saída pelo caminho apontado pelo promotor Dallagnol, intérprete inexcedível da estultice reinante. Trata-se, simplesmente, de combater a corrupção pela salvação das almas.

Insisto: há uma lógica na ironia. Certo, inegável, é o caos em que o golpe nos mergulha, em meio a uma crise econômica inescapável para o país exportador de commodities e de indústria em frangalhos.

Ao enxergar o Brasil de hoje, ocorre-me a imagem do pesqueiro escocês ao largo de Aberdeen na madrugada invernal invadida pela cerração mais espessa, privado até do apito por um defeito mecânico.

Não é previsível escapar desta crise no prazo curto e médio, mas o marasmo político, que a situação econômica e social multiplica, se oferece a uma saída clara, indisfarçável, aventada por vozes diferentes e bem-intencionadas.

CartaCapital faz tempo aderiu à ideia da convocação de um plebiscito destinado a conhecer as demandas da Nação, ao que tudo indica desejosa de novas eleições tão logo possível. Se as pesquisas de opinião anularam os votos de 2014, a justificar o complô golpista, as mais recentes, do tempo nebuloso de governo interino, denunciam nitidamente a rejeição de Temer e a aspiração do voto antecipado.

Outra questão está em jogo, segundo CartaCapital, e sua solução correta conforme a lei é a premissa indispensável a um futuro sem traumas: o retorno de Dilma Rousseff ao Planalto, por mais temporário.

Algo me intriga pessoalmente, na qualidade de cidadão e de jornalista: que pensam, que sentem, ao pousarem suas cabeças sobre o travesseiro do sono noturno, os senhores congressistas que votaram a favor do impeachment a despeito das crenças democráticas que costumam proclamar? E que dizer dos senadores que escalaram o muro e lá do alto encaram o horizonte com olhos opacos? E silentes ministros do STF, aos quais caberia o papel de sentinelas da lei?

* Jornalista
Publicado em CartaCapital:
http://www.cartacapital.com.br/revista/910/o-futuro-presidente

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domingo, 17 de julho de 2016

A grande farsa do aquecimento global

Richard Jakubaszko
A BBC (TV pública inglesa) produziu e veiculou um documentário em 2008 desconstruindo a farsa do aquecimento global. Entrevistaram dezenas de cientistas e jornalistas internacionais respeitados. Alguns deles chegaram a fazer parte do grupo de 2.500 cientistas que subscreveram o Relatório IV do IPCC em fevereiro 2007, quando anunciaram o início do fim do mundo, e colocaram a culpa nos humanos, chamando eufemisticamente o assunto de "aquecimento global antropogênico".

Abaixo estão 8 vídeos, todos curtinhos, de 7 a 9 minutos cada um, que exibem o documentário completo da BBC. O vídeo abaixo é o de nº 1/8, e à medida em que sejam assistidos o Youtube mostrará os vídeos sequenciais. O documentário está legendado, dá respostas e explicações diversas para aquilo que eu chamo de a grande mentira do século XXI, conforme registrado no livro "CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?".

Admito, entretanto, que ando cansado de tanto desmentir as mentiras. Alguns me olham como se fosse um maluco.
Outros, apesar de concordarem, permanecem em sua passividade.
A grande maioria, lamentavelmente, não tem noção da profundidade do assunto, tampouco imaginam as consequências dessas mentiras, que irão afetá-las no futuro breve sob a forma de proibições e restrições de atividades, novos impostos, tarifas elevadíssimas para determinados hábitos de consumo etc. e etc.

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sexta-feira, 15 de julho de 2016

Dívida pública e estratégia nacional – o Brasil na camisa de força.

Mauro Santayana * (Revista do Brasil) - Seguindo a linha de criação de factoides adotada por setores do governo interino – exibe-se a bandeira da “austeridade” com a mão e aumenta-se, com a outra, em mais de R$ 60 bilhões as despesas, proventos e contratações. Uma das novidades da equipe econômica interina é a criação de um “teto” para as despesas do setor público para os próximos 20 anos.

A principal desculpa para engessar ainda mais o país – e até mesmo investimentos como os de saúde e educação – é, como sempre, o velho conto da dívida pública. Segundo jornais como O Globo, a dívida bruta do Brasil somou R$ 4,03 trilhões em abril, o equivalente a 67,5% do Produto Interno Bruto (PIB) – e pode avançar ainda mais nos próximos meses por conta do forte déficit fiscal projetado para este ano e pelo nível elevado da taxa de juros (14,25% ao ano).

E daí? A pátria do Wall Street Journal, os Estados Unidos, multiplicou, nos primeiros anos do século 21, de US$ 7 trilhões para US$ 23 trilhões a sua dívida pública bruta, que passou de 110% do PIB este ano, e se espera que vá chegar a US$ 26 trilhões em 2020. A Inglaterra, terra sagrada da City e The Economist, que tantas lições tenta dar – por meio de matérias e editoriais imbecis – ao Brasil e aos brasileiros, mais que dobrou a sua dívida pública, de 42% do PIB em 2002 para quase 90%, ou 1,5 trilhão de libras esterlinas (cerca de US$ 2,2 bilhões), em 2014. A da Alemanha também é maior que a nossa, e a da Espanha, e a da Itália, e a do Japão, e a da União Europeia...

Já no Brasil, com todo o alarido e fantástico mito – miseravelmente jamais desmentido pelo partido – de que o PT quebrou o Brasil, a dívida pública em relação ao PIB diminuiu de quase 80% em 2002, para 66,2% do PIB em 2015. Enquanto a dívida líquida caiu de 60% para 35%. E poupamos US$ 414 bilhões desde o fim do malfadado governo de FHC (US$ 40 bilhões pagos ao FMI mais R$ 374 bilhões em reservas em internacionais). E somos um dos dez países mais importantes do board do FMI, e o quarto maior credor individual externo dos Estados Unidos.

Então, vamos à inevitável pergunta: por que será que os países mais importantes do mundo e as chamadas nações “desenvolvidas” são, em sua maioria, os mais endividados?

Será que é porque colocam o desenvolvimento na frente dos números? Será que é porque não dão a menor pelota para as agências de classificação de risco, que, aliás, estão a seu serviço, e nunca os “analisaram” ou “rebaixaram” como deveriam? Será que é por que conversam fiado sobre países como o Brasil, mas não cumprem as regras que não param – para usar um termo civilizado – de “jogar” sobre nossas cabeças? Ou será que é porque alguns, como os Estados Unidos, estabelecem seus objetivos nacionais, e não permitem que a conversa fiada de economistas e banqueiros e a manipulação “esperta” de dados, feita também por grupos de mídia que vivem, igualmente, de juros, sabote ou incomode seus planos estratégicos?

Todas as alternativas anteriores podem ser verdadeiras. O que importa não é o limite de gastos. Nações não podem ter amarras na hora de enfrentar desafios emergenciais e, principalmente, de estabelecer suas prioridades em áreas como energia, infraestrutura, pesquisa científica e tecnológica, espaço, defesa. O que interessa é a qualidade do investimento.

Como não parece ser o caso, como estamos vendo, dos reajustes dos mais altos salários da República, e dos juros indecentes que o Estado brasileiro repassa aos bancos, os maiores do mundo. Que tal, senhor ministro Henrique Meirelles, adotar a mesma proposta de teto estabelecida para os gastos públicos exclusivamente para os juros e os respectivos bilhões transferidos pelo erário ao sistema financeiro todos os anos? Juros que não rendem um simples negócio, um prego, um parafuso, um emprego na economia real – ao contrário dos recursos do BNDES, que querem estuprar em R$ 100 bilhões para antecipar em “pagamentos” ao Tesouro?

Agora mesmo, como o ministro Meirelles deve saber, os juros para igual efeito na Alemanha – com uma dívida bruta maior que a do Brasil – estão abaixo de zero. Os títulos públicos austríacos e holandeses rendem pouco mais de 0,2% ao ano e os da França, pouco mais de 0,3% porque são países que, mesmo mais endividados que o Brasil, não são loucos de matar sua economia, como fazemos historicamente – e seguimos insistindo nisso, com os juros mais altos do planeta, de mais de 14% ao ano, e outros, ainda mais pornográficos e estratosféricos, para financiamento ao consumo, no cheque especial, no cartão de crédito etc.

A diferença entre países que pensam grande e países que pensam pequeno, senhor ministro Henrique Meirelles, é que os primeiros decidem o que querem fazer, e fazem o que decidiram, sem admitir obstáculo entre eles e os seus objetivos. Enquanto os segundos, por meio da ortodoxia econômica – e do entreguismo –, antes mesmo de pensar no que vão fazer, submetem-se servilmente aos interesses alheios, e criam para si mesmos obstáculos de toda ordem, adotando – como as galinhas com relação à raposa na reforma do galinheiro – o discurso alheio.

Aqui, senhor ministro, não determinamos nem discutimos, nem defendemos interesses nacionais, e quando temos instrumentos que possam nos ajudar eventualmente a atingi-los, como ocorre com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, nos dedicamos a enfraquecê-los e destruí-los.

Cortando onde não se deve e deixando de cortar onde se deveria, estão querendo matar o Estado brasileiro, que, de Brasília a Itaipu, foi responsável pelas maiores conquistas realizadas nos últimos 100 anos – na energia, na mineração, na siderurgia, no transporte, na exploração de petróleo, na defesa, na aeronáutica, na infraestrutura.

Não existe uma só área em que, do ponto de vista estratégico, a iniciativa privada tenha sido superior ao Estado, como fator de indução e de realização do processo de desenvolvimento nacional nesse período – até porque, fora algumas raras, honrosas exceções, ela coloca à frente os seus interesses e não os interesses nacionais.

E é com base justamente na premissa e no discurso contrário, que é falso e mendaz, que se quer justificar uma nova onda de entrega, subserviência e privatismo, com a desculpa de colocar em ordem as contas do país, quando, no frigir dos ovos, nem as contas vão tão mal assim. Basta compará-las às outras nações para perceber isso. As dificuldades existem muito mais no universo nebuloso dos números, que mudam ao sabor dos interesses dos especuladores (onde está a auditoria da dívida?) do que na economia real.

Se a PEC do Teto, como está sendo chamada pelo Congresso, for aprovada, as grandes potências, como Estados Unidos, Inglaterra, França, Alemanha – ainda que mais endividadas que o Estado brasileiro – continuarão progredindo tecnológica e cientificamente, e se armando, e se fortalecendo, militarmente e em outros aspectos, nos próximos anos, enquanto o Brasil ficará, estrategicamente, inviável e imobilizado, e ainda mais distante dos países mais importantes do mundo.

Para enfrentar os desafios de um mundo cada vez mais complexo e competitivo, senhor ministro Henrique Meirelles, o Brasil precisa de estratégia, determinação e bom senso. E não de mais camisas de força.



* o autor é jornalista
Publicado originalmente em http://www.maurosantayana.com/2016/07/divida-publica-e-estrategia-nacional-o.html

COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO:
Só uma auditoria da dívida pública salva o Brasil dos bancos e dos rentistas.
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quarta-feira, 13 de julho de 2016

Agro DBO de julho, circulando

Richard Jakubaszko
Desde a semana passada está em circulação a edição nº 79 da Agro DBO, julho 2016.
Na revista, como sempre, muitos assuntos da atualidade da agricultura, muita tecnologia, fartura de artigos e opiniões dos nossos colunistas.
A matéria de capa faz uma análise sobre as cultivares de ponta e seus tratamentos, especialmente soja e milho.
Confira no vídeo os destaques, com a palavra o Tostão:


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terça-feira, 12 de julho de 2016

Fukushima (e Chernobyl), a maior imbecilidade humana de todos os tempos.

Richard Jakubaszko
Custa-me crer que a imbecilidade coletiva da humanidade aumenta, ao invés de reduzir, tendo em vista o volume de informação disponível e a acumulação do conhecimento, ou também pelos exemplos da história. A maioria das pessoas omite-se nos assuntos mais importantes, seja uma votação de um projeto de lei no Congresso, seja no comportamento da sociedade, quando adota posturas incompatíveis com a civilidade (os contemporâneos estupros coletivos).

A energia nuclear, por exemplo, é uma das incentivadoras da loucura planetária que se instalou na cabeça das pessoas em relação ao profético fim de mundo, pelo ameaça apocalíptica do aquecimento e das mudanças climáticas, e a mídia repercute essas insanidades, comprovando que isenção em jornalismo é uma falácia semelhante a histórias da carochinha. Mal sabem os defensores dessas mentiras aquecimentistas que, ao defender o meio ambiente, ao criminalizar e demonizar o CO2 (o gás da vida), estão abrindo espaços para a energia nuclear, um setor que é um dos maiores defensores e incentivadores, em termos financeiros, dessa campanha mundial.

Por não desejar a instalação de novas usinas nucleares no Brasil, até porque não necessitamos (porque temos hidroelétricas, a fonte mais barata e renovável de energia elétrica), demonstro os malefícios da radioatividade, terror que é possível de se instalar quando acidentes acontecem numa usina, com vazamento de radioatividade. Em Chernobyl a causa do vazamento foi atribuída a um bêbado, em Fukushima a um acidente geológico, que provocou a fúria da natureza em forma de um tsunami.

Relembremos algumas coisas, só por fotos, para ver se as pessoas caem na real.

Fukushima
Abaixo, fotos tiradas em 2015 na região de Fukushima, após o vazamento de radioatividade na central nuclear, destruída pelo tsunami. É um deserto de gente, tudo abandonado às pressas, está da maneira que estava quando ocorreu o vazamento. Nada físico se retira de uma área com radioatividade, as pessoas saem de lá apenas com o corpo, pois as roupas que vestem são retiradas tão logo cheguem às áreas de transição, com alguma segurança. Quem está em uma área com vazamento de radioatividade deixa tudo para trás, seja um relógio, joias, dinheiro, fotografias, e até mesmo dentaduras.
É vital que ambientalistas saibam que, quando apoiam políticas públicas que incentivem a instalação de usinas de energia nuclear, ou que proíbam usinas hidrelétricas, tenham consciência do que é que pode acontecer se um vazamento radioativo for registrado.
Cemitério de carros em Fukushima, abandonados num estacionamento improvisado, onde o mato cresceu.



Supermercado em Fukushima, abandonado em desvario pelas pessoas. Nada pode ser aproveitado.


Carros e motos, patrimônios conquistados com muito trabalho, se tornam inúteis.

Bicicletas  que nunca mais serão usadas.


Nem a música e o piano serão retirados dali, por muitos e muitos anos, talvez séculos, pois não se sabe por quanto tempo a radioatividade permanece ativa.

Não haverá mais vida humana em Fukushima, nem crianças nas escolas.

CHERNOBYL
Se Fukushima, por ser recente (em 2011) como acidente nuclear, ainda não tem histórias reveladas de malformações humanas, Chernobyl (em 1986) deixou um rastro inequívoco, de cânceres e de deformações genéticas indescritíveis e pavorosas, que têm como causa a radioatividade.

Essas denúncias estão em meu livro, "CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?", onde registro os principais interesses econômicos e políticos que estão atrás dessa campanha ambientalista, as COPs, e os protocolos de Kyoto.

Por fazer as denúncias acima no livro tenho sido objeto de censura na mídia (que não divulga o livro), e também na Universidade Federal de Viçosa-MG (que se recusou a publicar o livro, porque 2 avaliadores ambientalistas não acreditaram que pudessem estar enganados e nem querem debates), e sou censurado para proferir palestras até mesmo em seminários, congressos, workshops e simpósios.

Para entender a situação em Chernobyl: cerca de 800 mil pessoas se arriscaram e acabaram se expondo à radiação. Dessas pessoas, 125 mil morreram de doenças variadas e cânceres, e 70 mil ficaram com sequelas graves. Do total, 20% cometeram suicídio.
Depois do acidente nuclear, a floresta da região deixou de ser verde e se tornou avermelhada.

De todo o material radioativo que vazou do acidente, 97% continua no local. Segundo a comissão do Fórum de Chernobyl, espera-se que mais 9 mil pessoas ainda morram de câncer em decorrência da exposição radioativa. E há uma expectativa (positiva e polêmica) de que em 1 século a região possa ser repovoada. Há especialistas que acreditam em mais de 4, talvez 5 séculos, para que isso possa acontecer.

As fotos de Chernobyl (abaixo) não falam nada, mas elas berram no silêncio e no vazio da falta de solidariedade humana, gritam de dor e desespero, um lancinante e impotente grito diante da ganância dos imbecis. 

Portanto, toda vez que você, leitor, diz que acredita em mudanças climáticas ou aquecimento, estará dando força às usinas nucleares, pois as energias alternativas como eólica e solar ainda são caras e ineficientes.

É a energia nuclear e seus parceiros (empreiteiras, seguros, fabricantes de turbinas) que financiam a demonização do CO2 urbano. São os gananciosos que cometem um assassinato de reputação contra o CO2, o gás da vida.

Sem a presença do CO2 na atmosfera não haveria fotossíntese, sem fotossíntese não existem plantas, sem plantas não há gado, e sem plantas e sem gado não temos o que comer. Seria o fim da humanidade.

É uma questão da semiótica, entendeu? Deles, e minha. Mas em meu livro você poderá entender outras questões envolvidas nessa maracutaia, a qual chamo de a maior mentira do século XXI.




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