domingo, 13 de maio de 2012

Não veta, Dilma!

Richard Jakubaszko
esta árvore é uma utopia!

Caríssima Presidente Dilma, não veta nada do Código Florestal. Edite, depois, algumas medidas provisórias, para corrigir imperfeições.
Mande prender os madeireiros que desmatam. Mas não desestimule a produção de alimentos. Proíba a exportação de madeiras nobres, mas não veta. Será um não ao capitalismo ambientalista.
Já houve o estupro, presidente Dilma, nesse Código, com o confisco de 20% das terras, sem qualquer tipo de indenização, para deixar mais verde os campos do Brasil. Mas isso é utopia, presidente Dilma. Ilhas de vegetação não preservam a biodiversidade, nem garantem chuvas regulares e amenas.

Os bons produtores não reclamaram, pois são ambientalistas desde criancinha, só a bancada ruralista esperneou. E ela não representa os produtores, mas os interesses de gigantes do agronegócio e de especuladores, que são minoria barulhenta e têm muito poder.

A terra vai ficar mais cara, presidente Dilma, os custos de produção vão subir, e os pequenos e médios produtores vão migrar para as cidades, vão invadir as favelas urbanas, eles não possuem qualificação pra trabalhar nas cidades e nas indústrias. Só uma minoria deles se salva, o resto vai pras favelas.
Não limite a vida do produtor de alimentos, presidente Dilma, pois é complicado, é difícil e muito arriscado produzir alimentos. É mais arriscado do que fazer política, ou do que negociar com tóxicos...

Tem o mercado, que é perverso e traiçoeiro.
Tem os ambientalistas urbanos, raivosos, que cospem no prato que comem.
E agora tem essa lei restritiva e punitiva do Código Florestal.
Tem os fiscais, presidente Dilma, uns ideológicos e outros corruptos, e vai ser impossível fiscalizar e aplicar a lei nesse nosso imenso País.
Tem o clima, que é amigo ou inimigo do produtor, pois chove a mais ou de menos, sabe lá o que é isso presidente Dilma? É coisa de Deus! Não tem nada a ver com CO2...

Tem o próprio produtor como "inimigo", pois ele é omisso, é humilde e desinformado, não tem ideia da sua própria importância. Ele não faz preço do que vende, presidente Dilma, quem faz isso é o mercado. E esse mercado, depois, chama o produtor de ganancioso, de tubarão do agronegócio! Ora, ora...
Olha, presidente Dilma, se acontece uma ótima safra, os preços caem, e o produtor quebra, por excesso de oferta... O produtor rural é ambientalista, presidente Dilma, ele gosta de sequestar CO2, esse gás que os urbanos emitem o tempo todo com suas indústrias e automóveis.

Não veta nada, presidente Dilma!
Tem o perigo de faltar comida dentro em breve.
Comida não nasce atrás da gôndola de supermercado.
Se você vetar, presidente Dilma, os preços dos alimentos vão subir, não hoje, mas no ano que vem, pois as áreas de produção agrícola vão ficar restritas. Os ricos vão aumentar os preços, pois podem pagar, e o povão vai ficar sem comida, presidente Dilma.
Nas cidades ninguém tem ideia do que seja fazer agricultura. É vida dura, presidente Dilma, foi aí que surgiu o xingamento de "vá plantar batatas!". E se ninguém plantar, a inflação pode ter desculpas pra voltar. Toma cuidado, presidente Dilma!

Pensa bem, presidente Dilma. Não veta nada. Não tem cabimento preservar floresta e reduzir a produção de alimentos. Dentro de 20 anos nossos filhos e netos estarão amarrados e engessados por uma lei ambiental que preserva árvores e proíbe produzir alimentos. Fala com o Lula, pede ajuda pra ele, presidente Dilma, para tomar uma decisão serena e sábia. Olha pro futuro, presidente Dilma!

O Código Florestal, do jeito que está, já é muito duro com o produtor rural. O que a gente tem de fazer é incentivar esse povo das cidades a ser menos consumista, e ter menos filhos, presidente Dilma. De outro lado, essa discussão, esse debate ideológico pelo ambientalismo é uma agenda política, presidente Dilma! Não caia na conversinha ilusória dessa tchurma, eles também foram enganados por interesses inconfessáveis, econômicos e políticos, dos banqueiros e do capitalismo lá dos países desenvolvidos que querem travar o Brasil. A Camila Pitanga entrou nessa conversa de inocente que é. Ela foi iludida pela lenga-lenga catastrofista da mídia e da utopia da sustentabilidade.

Aproveite, presidente Dilma, mantenha a coerência e lógica mostradas até agora. Não veta, e ainda mostra pro mundo e ao pessoal da Rio+20 que o Brasil tem um compromisso com as gerações futuras, de desenvolvimento social e econômico, de inclusão social, e que somos adultos na legislação ambiental. Possuímos, do jeito que está o Código Florestal, a mais dura das legislações ambientais do planeta, e quem está pagando essa conta é o produtor rural. O que os ambientalistas ideológicos não percebem, presidente Dilma, é que estão dando um tiro no pé. Não se deixe enganar, presidente Dilma. Até o James Lovelock já admitiu que errou, que foi alarmista, que exageradamente escandaloso!

Não haverá vencedores, presidente Dilma. Apenas perdedores, seja qual for a sua decisão. A superpopulação planetária é a principal causa da poluição e dos desequilíbrios regionais dos micro-climas. Não haverá aquecimento. Isso é uma falácia. Não há mudanças climáticas catastróficas, eles estão iludidos, presidente Dilma.
Em verdade, ninguém está contente com o Código Florestal. No futuro breve, quando ficarem restritas as áreas para produção de alimentos, os que tiverem fome não terão a quem agradecer.

Quem precisa ter sustentabilidade, presidente Dilma, é o produtor rural. Sem ele, todos nós aqui nas grandes cidades, vamos para o vinagre. Pense bem, presidente Dilma, não veta! Prometo passar a chamá-la de Presidenta!
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31 comentários:

  1. Guilherme Landgraf Neto13 de maio de 2012 às 16:09

    Richard, estamos juntos nesta!!!
    Alguns artistas da globo podem e devem se manifestar, mas primeiro tem que se informar.
    "Não veta nda, Dilma"
    As ONGs estrangeiras que estão fazendo pressão, deveriam primeiro fazer a sua lição de casa nos seus países, que não preservaram quase nada e não tem uma legislação como a nossa!

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  2. Tito Matos, Brasília13 de maio de 2012 às 19:38

    Richard, o que você acha de estimularmos, assim como os ambientalistas, a presidente Dilma vetar o Código Florestal? Ela vetaria e proibiria o Brasil de produzir alimentos. Elementar, meu caro. O trigo importaríamos da Argentina; o arroz viria do Uruguai; o milho dos EUA; a carne da Austrália; o leite da Holanda; o café do Vietnã; o etanol dos EUA.O açúcar da União Européia (e de beterraba). A farinha? Que farinha? Não comemos mais farinha faz tempo. Fácil, não? E assim engrossaríamos o côro dessas ONGs financiadas pelos nossos correntes, desses "inocentes" inúteis que andam por aí a esculachar os que produzem neste país e que contribuem com o superavit da balança comercial, pela geração de empregos e por um terço do PIB. Que acha dessa idéia?
    Tito Matos, jornalista

    RESPOSTA DO BLOGUEIRO: Tito, discordo, prefiro que a Dilma não vete nada. Eu seria obrigado a parar de trabalhar como jornalista e profissional de comunicação especialista no rural. Iria escrever pra quem? Só bater nos biodesagradáveis não tem graça nenhuma.
    Mas se acontecesse o que você prevê, até que não seria má ideia...

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  3. Tenho certeza que a Presidenta Dilma não irá vetar.
    Nos deixe produzir da forma sustentavel que sabermos fazer até hoje.Preservar é o lema dos produtores rurais brasileiros, pois temos feito isso responsabilidade para com as gerações futuras

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  4. Luiz Fernando Ferraz de Siqueira, Dourados, MS13 de maio de 2012 às 22:23

    Que Deus ilumine esta Sra. E que não prevaleca a politicagem, a barganha. Que ela tenha lucidez suficiente para julgar grande, acima das malandragens, e que a Agricultura Brasileira possa viver com mais dignidade.
    Luiz Fernando Ferraz de Siqueira
    Usina São Fernando

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  5. Alexander Estermann14 de maio de 2012 às 10:10

    Olá Richard,
    Muito bom seu artigo no blog!
    Indignado com a reportagem de capa da revista Isto É enviei carta para a redação (abaixo) que eles entenderam por bem não publicar...
    Abs
    Alexander Estermann.
    ESTERMANN Gestão e Qualidade Ltda


    Para: 'cartas@istoe.com.br'
    Assunto: Veta Dilma!
    O artigo que trata da Aprovação da Reforma do Código Florestal (edição 2216 de 02/maio) parece ser dedicado a imensa maioria da população brasileira, a urbana: distante do Brasil Rural que cresce e abastece as cidades e as sociedades, mistura, deturpa e costura os mesmo conceitos que procura combater.
    Enaltece o reflorestamento na Europa, mas deixa de mencionar que essa prática só pode existir em áreas onde antes se praticou o desmatamento!
    Alguém sabe me responder quantos hectares de Floresta Nativa possui a Europa Ocidental?
    É preciso continuar as discussões na busca de um equilíbrio, mas nunca apostar em medidas radicais como o desmatamento zero! É preciso destravar o Brasil Rural e criar o ambiente da legalidade. Por isso a Presidente Dilma deve fugir daqueles que a incitam ao Veto Total, e espero que use as prerrogativas do cargo para exercer sua visão crítica e estratégica para eventualmente vetar os artigos que julgar relevantes. Ou que simplesmente permita que a sociedade, representada pelos políticos que ela mesma elege livremente, continue a cumprir o seu papel de legislar a nível de Congresso Nacional.
    O Veto Total da Reforma não vai garantir o respeito as Regras, assim como as Medidas Provisórias de ontem não atingiram seu objetivo. Diálogo e respeito ainda é a melhor saída!
    Alexander Estermann
    São Paulo

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  6. José Francisco da Cunha, Vinhedo, SP14 de maio de 2012 às 10:32

    Saiu na FOLHA S.PAULO 12/05/2012

    Um Código Florestal para o Brasil
    KÁTIA ABREU *
    O novo código deve garantir que o Brasil continue produzindo alimentos melhores e mais baratos.

    Feijão e arroz interessam a todos, assim como água limpa e ar puro (Rolf Kuntz, 8/5/2012, "Observatório da Imprensa"). Mas esses dois lados não recebem o mesmo peso nas avaliações dos formadores de opinião. Predomina o enfoque da preservação ambiental em detrimento da produção de alimentos.

    A proteção do ambiente é, hoje, preocupação de todos os seres humanos e vemos com alívio que governos, empresas e consumidores estão mais conscientes de que os recursos da Terra devem ser explorados de modo sustentável.

    No Brasil rural não é diferente - basta observar os índices cada vez menores de desmatamento e o desenvolvimento de técnicas avançadas como a agricultura de baixo carbono.

    No entanto, também é importante que os países produzam mais alimentos para um mundo desigual, em que atualmente 900 milhões de pessoas passam fome, segundo dados FAO.

    Lamentavelmente, essa triste realidade não é considerada pela utopia ambientalista, que tenta separar o inseparável, como se possível fosse discutir ambiente sem considerar o econômico e o social.

    Será que é racional abrir mão de 33 milhões de hectares da área de produção de alimentos, que representam quase 14% da área plantada, para aumentar em somente 3,8 pontos percentuais a área de vegetação nativa do país?

    Essa troca não me parece justa com os brasileiros, pois corremos um alto risco de aumento no preço dos alimentos sem um ganho equivalente na preservação ambiental.

    Reduzir 33 milhões de ha nas áreas de produção agropecuária significa anular, todos os anos, cerca de R$ 130 bilhões do PIB do setor.

    Para que se tenha uma noção do que representam 33 milhões de ha, toda a produção de grãos do país ocupa 49 milhões de ha.

    O Código Florestal não foi construído para agradar a produtores ou ambientalistas, mas, sim, para fazer bem ao Brasil. Agora, está nas mãos da nossa presidente, a quem cabe decidir, imune a pressões, o que é melhor para sermos um país rico, um país sem miséria, que é a grande meta da sua gestão.

    A utopia ambientalista, no entanto, não respeita a democracia política, muito menos a economia de mercado. Há líderes do movimento verde que pregam abertamente um Estado centralizado, com poderes para determinar a destinação dos recursos, da produção e até mesmo do consumo. Nesse tipo de sociedade autoritária, não há lugar para a liberdade e para as escolhas individuais. Salvam a natureza e reduzem a vida humana à mera questão da sobrevivência física.

    segue...

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  7. José Francisco da Cunha, Vinhedo, SP14 de maio de 2012 às 10:33

    continuação...
    Mas slogans fáceis e espetáculos midiáticos não podem ofuscar a eficiência da agropecuária verde-amarela. O Ministério da Agricultura acaba de divulgar os dados do primeiro quadrimestre de 2012. Exportamos US$ 26 bilhões, gerando superavit de US$ 20,8 bilhões. Nunca é demais lembrar que o agro exporta somente 30% de tudo o que produz. E, para isso, usa apenas 27,7% do território, preservando 61% com vegetação nativa. Qual país do mundo pode ostentar uma relação tão generosa entre produção e preservação?

    Os ambientalistas, em sua impressionante miopia, ainda cobram que a agropecuária deva elevar a produtividade. Nos últimos 30 anos, com apenas 36% a mais de área, a produção de grãos cresceu 238%! Eles não consideram que os índices brasileiros já são elevados e que aumentos são incrementais.

    Exigem maior produção em menor área, mas condenam sistematicamente as plantas transgênicas, o uso de fertilizantes químicos e de defensivos contra pragas e doenças, pregando a volta dos velhos métodos tradicionais herdados de nossos avós.

    É fundamental que o novo Código Florestal garanta segurança para que o país continue produzindo o melhor e mais barato alimento do planeta.

    É inaceitável que o Brasil abra mão da sua capacidade produtiva, deixando de contribuir plenamente para a redução da pobreza, já tendo a maior área de preservação do mundo.

    * senadora (PSD-TO), presidente da Confederação Agricultura Pecuária(CNA)
    abs
    José Francisco

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  8. Este comentário foi removido pelo autor.

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  9. Evandro Piccino, São Paulo14 de maio de 2012 às 10:48

    Richard, chega.
    Gostaria de não receber mais seus emails.
    Evandro Piccino, São Paulo

    RESPOSTA DO BLOGUEIRO:
    Será uma satisfação enorme excluir seu nome da minha lista.

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  10. Caro Richard,
    O Brasil, graças a Deus, é uma terra abençoada. Nunca passou por uma guerra, interna ou externa, não sofre consequências de desastres naturais e seu povo sempre teve comida abundante disponível no mercado. O brasileiro jamais foi obrigado a passar fome por absoluta falta do que comer. Ele pode não se alimentar convenientemente dada as suas condições econômicas, mas a nossa agricultura sempre foi competente para produzir alimentos para todos. Por que os europeus são tão ciosos da segurança alimentar a ponto de subsidiar fortemente seus produtores agrícolas, quando seria muito mais barato importar de países como o Brasil? Porque eles têm o trauma da fome que passaram na última grande guerra e esta lembrança fazem com que eles paguem muito bem os agricultores para que eles continuem produzindo. Quando a inflação começar a subir e a falta de produtos gerar uma corridas das esposas dos ecologistas aos supermercados, o governo deve convocar o Exército para catar o que sobrou nas lavouras abandonadas pelos nossos produtores rurais.

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    1. Nossa... me emocionei ! Américo é isso mesmo. O homem do campo está sendo massacrado. Ele tem a missão e trabalha com extremo carinho em sua terra pra produzir alimento e é brutalmente desprezado e penalizado por aqueles que cospem no prato que comem.

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  11. Richard, parabéns pela explanação.
    Segue artigo de minha autoria sobre o tema que foi publicado em alguns jornais.
    http://www.jhoje.com.br/Paginas/20120511/radar.pdf
    http://agoraparana.uol.com.br/index.php/artigos/6483-artigo.html
    http://www.icnews.com.br/2012.05.08/colunistas/opiniao-do-leitor/veta-dilma/

    reenviarei o link a todos os sindicatos rurais do Paraná.
    Grande abraço.
    Roberto Ballico, Curitiba

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  12. Não Temos que pagar a conta dos Outros Paises, se eles desmataram é problema Deles.
    Vamos produzir Alimentos.

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  13. Antonio Celso B. Junqueira Franco14 de maio de 2012 às 20:43

    Não Veta, Dilma.

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  14. Fernando Penteado Cardoso14 de maio de 2012 às 23:10

    Caro Richard
    Parabéns pelo empenho na defesa de tese correta, porém em linguagem um tanto elitizada.
    Como alcançar a periferia e sua força eleitoral?
    Tive uma ideia fora dos padrões em voga, que ousei submeter aos amigos do COSAG-FIESP (anexo).
    Minha dúvida persiste: seria lido e entendido por consumidores interessados distantes dos atuais atores da discussão em curso?
    Abraço de admiração pelo seu persistente trabalho.
    Fernando Penteado Cardoso
    (Engº Agrº, 1936/ESALQ/USP)

    GOSTAMOS DE COMER BEM
    CARTA ABERTA À PRESIDENTE

    Prezada presidente Dilma:
    Nós gostamos de futebol, de novela e de fofoca. Mas gostamos também de comer bem com arroz, verduras e banana.
    Agora querem atrapalhar a vida dos produtores que plantam nosso almoço há anos e anos nas margens dos ribeirões e das lagoas.
    Por favor, Presidente, aprove o Projeto de Código Florestal como está.
    Nós pouco entendemos desse assunto, mas confiamos em nossos deputados e senadores que o estudaram e discutiram por meses e meses a fio.
    Também nada entende de lavouras essa turma que fica enchendo sua paciência pedindo vetos e dando palpites sem nunca terem posto o pé em uma roça.
    Pense bem Presidente: é melhor lavar as mãos como fez Pilatos, lembrando que as leis podem ser melhoradas se for necessário.
    Por favor, Presidente, sancione o Projeto como está.
    (a) Seus patrícios,
    (que muito apreciam verduras, arroz e banana).

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  15. Bom dia, Richard.
    Veja isso:
    "Os maiores entraves para a produção de alimentos no Brasil não se devem a restrições supostamente impostas pelo Código Florestal ou de outra forma de conservação da vegetação natural, mas, sim, à enorme desigualdade na distribuição de terras, a restrição de crédito agrícola ao agricultor que produz alimentos de consumo direto, a falta de assistência técnica que o ajude a aumentar a sua produtivida
    de, a falta de investimentos em infraestrutura para armazenamento e escoamento da produção agrícola, a restrições de financiamento e priorização do desenvolvimento e tecnologia que permita um aumento expressivo na lotação de nossas pastagens, na pouca ênfase da pesquisa dos setores públicos e privados no aumento da produtividade de itens alimentares importantes para o mercado nacional, e no direcionamento dos investimentos e pesquisas para o modelo industrial da produção agrícola desconsiderando a importância da pequena agricultura tradicional em questões de segurança alimentar, geração e distribuição de renda e ocupações. Em suma, são esses os verdadeiros entraves para a produção de alimentos no Brasil" (Martinelli, L.A. et al., 2010)
    Valdir Prochnow

    COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO: Valdir, esses eram os entraves. Daqui pra frente vai ser o Código Florestal, com ou sem o veto parcial ou total da presidente Dilma. A partir de agora, ou se derrubam esses entraves que vc citou, ou vamos pagar muito caro pela comida. Para produzir mais comida vai se precisar do dobro de tecnologias e de reduzir perdas no campo e na logística e infraestrutura. Mas isso vai mitigar o problema por 10 anos, oju menos. Quando se precisar de mais terra pra plantar vai ser um arranca rabo. O problema é excesso de gente pobre e de consumismo dos planetas ricos, e vai piorar. O planeta não tem mais terras agricultáveis, só o Brasil tem isso. Quando acordarem pra isso já teremos guerras e fome dizimando gente aos bilhões, e não milhares, como hoje em dia.

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  16. Richard, você fantástico como sempre. E gostaria de acrescentar que estou começando a acreditar que o produtor rural (eu disse produtor rural e não ruralistas) estão sofrendo bulling dos ambientalistas. Isso é crime !
    abç

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  17. Olá Richard!
    Faço parte do núcleo de produção do programa Clique e Ligue, no qual discutimos o uso de novas tecnologias na sociedade; inclusão digital; mídias sociais; e mobile. O programa é apresentado por Marcelo Godoy e é divido em três blocos, com duração total de 1 hora.

    Vamos fazer um programa para falar sobre o crescimento da participação e mobilização política da população brasileira na internet, inclusive nas redes sociais. O programa vai repercutir o movimento "Veta Dilma" na web, que pede a recusa parcial ou total do código florestal, recentemente aprovado no Congresso. Gostaríamos muito da sua participação presencial em nosso programa.

    Gravaremos Quarta feira, 23/05 às 15:00. Nosso Programa é ao Vivo pela Internet.

    Disponibilizamos de Motorista.

    Caso queira trazer algum material, como vídeos, livros,fotos etc, eles serão muito bem- vindos.

    Você pode assistir ao programa Clique Ligue pelo site da TVT: http://www.tvt.org.br/clique-e-ligue

    Abaixo deixo um release do programa e da Rede TVT.



    Desde já agradeço a atenção.

    Aguardo um breve contato.



    CLIQUE LIGUE

    O Clique Ligue é um programa semanal com conteúdo voltado às novas tecnologias de comunicação e à inclusão digital da população brasileira.Produzido em estúdio, é composto por três blocos, sendo uma entrevista em cada bloco, e uma conversa com os dois entrevistados no terceiro, além de quadros especiais – um tutorial de como se usa ou navega pela rede/mobile; uma cobertura do que está acontecendo nas redes sociais; e uma cobertura das novas tecnologias e novos usos dos equipamentos de comunicação.

    TVT



    A TVT é uma emissora que foi inaugurada em agosto de 2010, afiliada da TV Brasil - Rede Pública Nacional. Com sede no município de São Bernardo do Campo - SP, é transmitida pelo canal 46 em Mogi das Cruzes – local, e retransmitida pelo canal 48 (NGT) em São Paulo capital e Grande ABCD, nas cidades de São Bernardo do Campo, Diadema, São Caetano e Santo André, além de outras emissoras comunitárias do estado de São Paulo. A emissora é mantida pela Fundação Sociedade Comunicação, Cultura e Trabalho, e tem por objetivo principal a cobertura da cidadania e do mundo do trabalho, com especial destaque à região da Grande São Paulo. Ela pode ser acessada por meio de seu portal: www.tvt.org.br, que transmite toda a programação ao vivo e sob demanda.



    Jucileide

    Produção - Rede TVT

    11 - 4930-7350 - Ramal 7346

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  18. Parabens Richard, NÃO VETA DILMA, vamos produzir mais sustentavelmente e ecologicamente comforme o CODIGO FLORESTAL e vamos sim tirar os impostos dos alimentos basicos .
    Marcelowd

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  19. Bom, é claro q tds aqui sabem q um terço (33%)de toda o alimento, independente do genero, produzido no mundo é jogado fora, seja no transporte da local de produção até a mesa do consumidor, seja pelo proprio consumidor... Agora vamos refletir: será q nao é mais facil conscientizar a população a otimizar o uso dos recursos a tentae aprovar um codigo (ignorante) q atende apenas aos grandes agricultores (quer dizer, empresarios capetalistas)? Quando será que tds vao parar e pensar q, de fato, a população mundial ira cresce e sera necessaria uma maior produção alimentar, mas será q a solução é destruir todo o tesouro verde e sua biodiversidade? Entao o que voces querem é deixar um planeta seco e sem diversidade biologica para seus filhos e netos? É isso q vcs querem...?

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  20. Carlos,
    se houver competência e gestão dá para melhorar as perdas, entre a lavoura e o supermercado, é óbvio, mas vc tem de avisar aos consumidores para raparem tudo na gôndola, pois esse número de 33% é fictício, ou virtual, é um chute, digamos assim, mas admitamos que há perdas. Entenda, entretanto, que só isso não resolve.
    O Código Florestal, do jeito que está, sem considerar possíveis vetos da presidente Dilma, não premia grandes agricultores, que são uma minoria, mas ressalta que os pequenos não terão os mesmos deveres e obrigações dos grandes, vc se engana nesse quesito. Leia o Código para entender, para não criticar o que, aparentemente, vc não conhece.
    Que a população vai crescer eu deixei bem claro, não é? O que vc tem de entender é que essa superpolulação é um formigueiro humano, consome tudo à sua volta, esgota o planeta, retira dele mais do que ele pode nos fornecer, seja em alimentos ou roupas e nos minérios ou combustíveis fósseis, carvão e petróleo.
    Agora, se vc quer o tesouro verde e sua biodiversidade preservados, mas a superpopulação com fome, ou comendo muito menos e pagando muito mais caro, é opção sua. De toda forma, saiba que 2/3 da Amazônia são impossíveis de servir para agropecuária, pois são áreas com alta declividade, ou alagadas, ou com solos inférteis. E saiba que ilhas de vegetação, os 20% de área verde em cada propriedade não preservam biodiversidade, eu escrevi isso no artigo, me parece que vc não leu...

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  21. Cê só pode estar brincando, Richard.
    Solo de floresta só aguenta dois plantios, como a fracassada experiência com o cacau de Rondônia comprovou.
    Depois vira pasto devoluto no qual só dá para criar menos de 10% do gado criado em pasto cultivado.
    Essa lei não irá aumentar a produção de alimento, mas sim aumentar a concentração de terra nas mãos de poucos ruralistas como o Caiado e a "Miss Desmatamento" Katia Abreu.
    Aos pequenos e ao povo irá sobrar mais fome do que já temos.
    Pior é que esses reconhecidos latifundiários irão se sair muito bem com um golpe simples e eficaz que já foi testado nas empresas grandes que se tornaram pequenas colocando "subsidiárias" nas mãos de testas de ferro (laranjas)para obter as vantagens do "Simples" e da "ME".
    Como? Eu explico:
    1º] Divide-se o lote em pequenas propriedades.
    2º] Prepara-se documentos de venda a peso de ouro das terras aos mesmos donos com data a ser definida, ou seja, a terra nunca sai da mão do latifundiário e ainda lava dinheiro com a compra do que não foi vendido.
    3º] Doa-se cada um a um laranja promovendo assim uma aplaudida e tão desejada reforma agrária sem a participação do governo (latifundiário é bonzinho!...)
    4º] Conforme a nova lei, o pequeno "produtor" (do que?) desmata à vontade e elimina qualquer rastro de natureza transformando floresta em deserto, mas como está produzindo "alimentos"... Eu não sabia que madeira de lei era alimento. Só se for de cupim.
    5º] O Latifundiário "recompra" a terra devastada sem a obrigação de reflorestar e ainda lava dinheiro de impostos e outros menos, digamos, nobres.
    Você aionda quer que a Dilma sancione depois dessa...
    Só se você for ruralista latifundiário também, né?

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  22. Ao internauta anônimo que enviou comentário dizendo que "Cê só pode estar brincando...", gostaria de dar resposta, publico seu comentário e dou resposta, mas identifique-se. Não debato com anônimos. É a regra nº 1 deste blog.

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  23. Caro Richard, de fato nao li com mt atenção o seu texto, passei apenas os olhos por cima... admito minha culpa. Assim como vc deveria assumir q esta sendo um pouco ignorante ao, pelo menos me parece, escrever q o importante é alimentar (nao soh comida, mas, igual ao q vc escreveu, roupas, minerios, combustiveis, etc) o ser humano, e esquecer q nao estamos sozinhos no planeta. Por que vc acha isso? pq vc se acha, ou melhor, acha que tds nós somos superiores e mais importantes que os outros seres vivos da Terra? Me parece que vc pensa que o importante eh a vida humana e que se exploda o resto. Nesse sentido, as bacterias e outros microorganismos, que apresentam uma população exponencialmente superior à nossa e, consequentemente, necessitam de maior quantidade de alimentos, tem td o direito de devorar o planeta, pois, seguindo seu raciocinio, eh um direito deles...

    Ah, tb concordo que ilhas verdes nativas perdidas no meio de "imensos desertos verdes" nao podem suportar uma diversidade natural de uma ou mais comunidade. Mas entao vamos exigir uma Lei rigida que aumente as areas de proteção, que puna os desmatadores, que utilize especialistas para elaboração de tal Lei, e nao um monte de capachos ruralistas que nao entendem nada de proteção a natureza e soh querem plantar mais para ganhar mai$$$$.

    E por favor, nao me venha com diretinhas de q nao conheço o Código. de fato nao conheço pois, como 99% da população brasileira, sou ignorante quanto a isso. admito minha culpa. mas nao me deixo levar por midia parcial e opinioes parciais. Tento ao maximo buscar as duas partes de qualquer discussao.

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    1. Carlos, por gentileza, da próxima vez coloque seu sobrenome, e de onde é, fica menos anônimo...
      Sobre eu não me importar sobre as outras formas de vida, e com a biodiversidade, é só uma opinião sua, e não corresponde à verdade. Ocorre que, como ser humano, me preocupa o futuro, não apenas da humanidade, mas de minha neta, felizmente tenho apenas uma, se tivesse mais netos ficaria mais preocupado ainda.
      Acho que, como seres racionais, podemos contribuir com o planeta reduzindo a velocidade do crescimento demográfico. Tenhos vários artigos no blog a respeito, pesquise pela tag "superpopulação" e vc verá. O planeta não terá como suprir as necessidades de 10 bilhões de humanos, e muito menos da vida animal. Nestas, cada espécie reage de uma maneira ao formigueiro humano. Aliás, as formigas controlam as suas populações, e por que não os humanos? Por que só a China faz esse controle? A Índia vai passar a China em população dentro de 10 anos, no máximo. Há um descontrole nesse sentido. No Brasil ainda incentivamos os índices de natalidade, seja salário família, bolsa família, descontos no Imposto de Renda, e mais a licença maternidade, agora de 5 meses. Desta forma, caminhamos para o vinagre, e nenhum governo, nem a mídia debate isso, só a China faz um pequeno esforço, e as pessoas acham isso horrível, porque não estão informadas, e a Igreja não aceita controle de natalidade.
      Hipocrisia pura.
      Conforme previsto pelos geógrafos, a superpopulação vai estacionar lá por 2050, acima de 10 bilhões de bocas.
      As terras para agricultura no mundo só existem no Brasil. Os EUA podem crescer mais uns 10%, o Canadá já chegou no seu limte, assim como a Europa. A China, a Austrália e África, têm terras, mas não têm água, e sem água não se faz agricultura. Restaria rezar para que houvesse aquecimento, e que a calota do polo Norte derretesse. Lá embaixo do gelo tem terras férteis...
      A minha briga contra o Código Florestal é por evitar o engessamento das duas futuras próximas gerações, pois essas à frente vão penar muito, com alimento escasso e caríssimo, e muita poluição de plásticos, cada vez mais importantes, para substituir madeira, ferro e aço, que se tornarão raros e caros também.
      E há o consumismo, pois as populações estão sendo levadas à inclusão social e econômica, mas não política e cultural. E consomem tudo que se lhes vende, com um tempo de vida útil dos equipamentos cada vez menor, pois tudo é descartável em tempo cada vez menor. Pesquise no google por cemitérios e sucatas de computadores, de pneus, e veja imagens que vc vai ter uma idéia dos lixões não recicláveis.
      Quando estivermos às vésperas do holocausto da superpopulação os líderes planetários mandam uma guerra pra explodir uns 4 ou 5 bilhões de bocas, pois não haverá solução. té lá teremos imigrações e guerras entre os pobres. Não sou Malthusiano, mas ele tinha razão, infelizmente. Estou lutando para evitar isso, conscientizando as pessoas. Sou um ambientalista, antes de tudo, e humanista antes disso, capisce? Pode parecer contraditório, mas não é.

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  24. Richard, eu gostei muito do seu texto!
    Viviane Taguchi

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  25. Richard:
    Voce poderia colocar no seu blog a mais recente adesão ao Veta Dilma, o personagem Chico Bento de Mauricio de Sousa.
    Como personagem sempre me diverti com as histórias do Chico Bento, mas neste momento o seu pedido de "Não veta, Dilma" só pode simbolizar a onscientização mesmo dos desinformados, alienados e ambientirosos do Veta Dilma.

    Afinal, o personagem é o oposto da agricultura moderna e produtiva: ele é ignorante, preguiçoso, atrasado! De agricultura ele só é craque mesmo para roubar as goiabas do sítio do seu vizinho, é incapaz de produzir alguma coisa.
    Abs
    Francisco Cunha

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  26. nossa vc falou tudo o que eu queria falar, venho falando pra quem eu posso, no face, em email, estou cheio de ver gente alienada por uma mídia filha da puta, onde só os grandes sobreviverão, muitas pessoas que nascem no meio do asfalto não sabe como é uma arvore, nem como se planta, nunca pisou numa terra, vivi por oito anos da minha vida num sítio, tirei leite, sangrei seringueira, e na mídia falavam que a agua doce estava precária, meu deus, eu olhava para o interior de são paulo e pensava, aonde está precaria? Mas isso tinha uma razão, de um dia sair uma lei idiota como essa, de vez se importarem com aqueles madereiros estrangeiros do amazonas, eles vem mexer aqui no sudeste, por favor gostaria que vc me mandasse email com atualizações, agradeço desde ja e não veta dilma, (dblopes07@gmail.com)

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  27. Tenho 18 anos e ainda estava meio confusa com tal ''veto'' apos fazer uma longa pesquisa e me informar melhor decidi que o melhor é #nãoVeta, e assim como eu os jovens deveriam buscar saber com que estão lhe dando não simplesmente ir pela ideias dos outros através da mídia, que estão pensando apenas no '' meio ambiante '' e esquecendo que por trás disso existe muita burocracia, e não é tão fácil quanto pensam .. POR FAVOR ANTES DE DISCUTIREM O FUTURO DO BRASIL PROCUREM SABER COM O QUE ESTÃO LHE DANDO !

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