quarta-feira, 31 de março de 2021

A política no Brasil anda fedendo

Richard Jakubaszko  
Hoje em dia, mais do que nunca, a política desandou a feder de vez, basta ver a primeira página dos jornais, não é necessário nem ler pra saber que tá fedendo, à procura de soluções...
 



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segunda-feira, 29 de março de 2021

A explosão da pandemia no Brasil

Richard Jakubaszko   
Definitivamente, assistir aos noticiários nas TVs brasileiras, nos torna anti-brasileiros, nos leva a ter vergonha de sermos brasileiros, constatando, de um lado, o comportamento de jovens aos se reunirem em festas e embalos, alavancando a difusão do vírus e da pandemia. De outro, a postura do governo federal que tudo faz para atrasar soluções que tenham a capacidade de conter a pandemia, a começar pela vacinação, lenta e atrasadíssima em comparação a qualquer outro país civilizado, ou da implantação de lockdowns, sempre de iniciativas de governadores e ou prefeitos, mas ainda combatidas pelo ex-capitão.

O Brasil é um hospício a céu aberto. Nos faz antever que o novo futuro será dramático, uma guerra fratricida, considerando a crise econômica e política que se aproxima. Teremos juros na estratosfera, inflação em crescimento, desemprego ainda maior, crise fiscal, atrasos de compromissos do governo, até mesmo atrasando pagamento de aposentadorias, disputas políticas acirradas pela pré-eleição de 2022, recessão brava, levando o país para uma quase guerra civil, ou seja, saques a supermercados e muitas mortes, não apenas pela pandemia, mas pela fome.

É isto que antevejo em nosso Brasil, sem pessimismo, e com muita vergonha de ser brasileiro.

Como nos mostra o meme abaixo, apesar de tudo, pois é realista com muito humor:



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sexta-feira, 26 de março de 2021

Conforme as fofocas políticas...

Richard Jakubaszko   
O mito já era. Olha só o que o centrão está fazendo em termos políticos com o ex-capitão:


 

 

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quinta-feira, 25 de março de 2021

A situação da covid-19 tá feia mesmo, minha gente!

Richard Jakubaszko  
Um adepto incondicional da fumacinha legal e compartilhada do baseado, lá de São Tome das Letras, na gloriosa Minas Gerais, manda me avisar, com provas evidenciadas e substanciais, que a situação da pandemia tá feia mesmo, e que agora tá proibido compartilhar o baseado...



terça-feira, 23 de março de 2021

Diferença entre psicologia e psiquiatria

Richard Jakubaszko  
É sutil a diferença, questão de antes e depois, veja só:

A psicologia estuda quem achou que Bolsonaro era uma boa escolha.

A psiquiatria estuda e trata quem ainda acha isso.

 

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domingo, 21 de março de 2021

Nunca discuta com os loucos

Richard Jakubaszko   

Você só tem a perder numa possível discussão com os malucos. Esse aviso foi feito pelo escritor e poeta Fernando Pessoa em sua crônica sobre o Bule Azul, pois um louco afirmava peremptoriamente que era um bule azul. Se você iniciasse uma discussão para tentar provar ao maluco que ele não era um bule azul, só por isso você já poderia ser taxado de maluco também.

Supondo que após prévio acordo e ajuste de regras se realizasse a discussão com o maluco sobre se ele seria um bule azul, ou não, qualquer afirmação sua seria desconsiderada pelo maluco, cujos argumentos deixariam claro que ele era um bule azul, colocando ponto final na discussão, irracional e sem sentido.

Fernando Pessoa discorre com propriedade e graça sobre a exótica polêmica. O fato é que me lembrei do talento criativo de Pessoa ao acompanhar o maluco do ex-capitão que se diz presidente do Brasil e que é um negacionista juramentado da covid-19, chamando a qualquer um de maricas se afirmar o contrário.

Diante das teimosias do Jair, apresenta-se como hilário ele processar a quem o chama de genocida, até porque a tal gripezinha não tem importância nenhuma diante de seus argumentos, e é nada mais do que um mimimi de gente que não quer trabalhar.

Sendo também um negacionista das vacinas, o ministério da Doença não comprou ainda nenhuma vacina. O ex-ministro, um general de pesadelo, em verdade surrupiou milhares de vacinas do Instituto Butantan e outras tanto da Fiocruz, e anda disfarçando uma campanha de vacinação Brasil adentro.

Como a pandemia explodiu, com recordes de novos infectados, e mais recordes de mortes, os governadores e prefeitos decretaram lockdown pelo país inteiro, mas o cara que pensa que é um bule azul despachou pedido judicial ao STF para que este órgão judicioso cancelasse as providências, pelo menos em 4 regiões. Até aí, o bule azul dá uma de esperto, como o joão-sem-braço, porque sabe, como maluco sacramentado, que o STF não vai atender sua esquisita e exótica solicitação.

O que, na verdade, quer o maluco? Ora, é simples, vai posar, mais tarde, de perseguido pelo STF e pela Justiça, que não o deixa governar, e assim arruma desculpa para a merreca que nos encontramos no país, seja na economia, no desemprego, e, especialmente, na saúde, onde nos deparamos com o inferno de um colapso horroroso e jamais visto ou imaginado, em curso nos hospitais do Brasil, públicos e privados.

Se o bule azul não for colocado em uma camisa de força imediatamente, através de um impeachment, será impossível imaginar ou projetar o que teremos no Brasil em um mês à frente, com o avanço da pandemia.

No caos já estamos, e ninguém sabe o que vem depois do caos.

E que Deus tenha piedade de nós.


PS. Peço a Deus, em minhas orações, que Ele não permita jamais um encontro fortuito e casual entre eu e o ex-capitão num elevador. Tenho tido pensamentos e desideratos que arrepiam meus mais malévolos instintos primitivos.



 

Fora Bolsonaro!

Richard Jakubaszko 
Que fique bem claro, nós temos que ficar em casa...
  


 

 

 

 

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sexta-feira, 19 de março de 2021

Substituição no Planalto: sai o ruim e entra um pior...

Richard Jakubaszko  
Conseguimos sempre piorar o que já estava ruim. O que nos resta é enfrentar a situação com humor e galhardia...
 



quinta-feira, 18 de março de 2021

BSNRO GNCDA: pra bom entendedor poucas letras bastam...

Richard Jakubaszko  

Já que não se pode chamar o cara de genocida, caso contrário leva processo judicial, sejamos econômicos e indiretos...

Mas a Folha de SP de hoje tem um artigo prolixo e diferenciado, chamando o cara de tudo quanto é nome que ele merece, inclusive de pequi roído e genocida...
 







 

 

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quarta-feira, 17 de março de 2021

Soldado não é burro, não...

Richard Jakubaszko  
Será que é assim que estamos? Quem me enviou a curiosa dúvida filosofal foi o jornalista Delfino Araújo, lá da DBO.



 

 

terça-feira, 16 de março de 2021

FHC, quem te viu e quem te vê...

Richard Jakubaszko 

Quer dizer que FHC, em 2022, entre Bolsonaro e Lula, vota no petista, “o menos ruim”?

Ora, ora, que mudança!

FHC ainda declarou hoje que Lula foi calejado pela vida e tem jeito pela coisa...

Acho que semana que vem o FHC reaparece, dá uma nova entrevista e se desmente... Pode até ser que confesse que tinha fumado um baseado, e até nos explique conceitualmente o que é bom ou ruim...  

Não é possível acreditar no que anda falando esse FHC...

Sabe o que é gente? A pandemia tá nos enlouquecendo... Mas uma coisa ele tá certo, esse Bolsonaro é muito ruim...

https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2021/03/16/fhc-lula-16-de-marco.htm

segunda-feira, 15 de março de 2021

Prof. Molion: “CO₂ controlador do clima global é hipótese absurda”

Luis Dufaur *  

Alerta Científico e Ambiental – Há dois conceitos amplamente difundidos, que têm ganhado grande destaque nas discussões sobre a alegada devastação do bioma Amazônia.

Um deles é o dos chamados “rios voadores”, a transferência de umidade atmosférica da Região Norte para o Centro-Sul do País, promovida pela floresta, e que estaria ameaçada pelo desmatamento.

O outro é o chamado “ponto de inflexão” (tipping point), um suposto índice de desmatamento a partir do qual a floresta se converteria irreversivelmente em um ambiente de savana.

Quais são as evidências científicas para eles? Esses riscos são reais?
 

Prof. Luiz Carlos Molion – Em primeiro lugar, “rios voadores” é uma expressão plagiada.

Ela foi usada na década de 1950 por meteorologistas dos EUA, para descrever o transporte de umidade pelo jato polar, uma corrente de ventos muito forte, encontrada nos níveis altos da atmosfera em latitudes temperadas, que sopra de Oeste, os chamados ventos de Oeste.

A afirmação que a floresta é a geradora do vapor d’água transportado para outras regiões do continente pelos chamados rios voadores, e que a transformação da floresta em pastagem reduziria em 25% as chuvas sobre o Brasil, é resultante dos MCG, sem verificação ou constatação.

Amazônia não é essencial para a distribuição das chuvas para outras regiões remotas da América do Sul, porque a Amazônia não é fonte de umidade para a atmosfera.

A fonte principal de umidade para as chuvas amazônicas é o Oceano Atlântico Tropical, principalmente, durante o verão do Hemisfério Sul [dezembro-março].

Dados de fluxo de umidade observados entre 1999-2014 sugerem que, em média e em números redondos, entram na Bacia Amazônica o equivalente a 500.000 m³/s de umidade trazidos pelos ventos do Atlântico, dos quais 80% são transformados em chuva localmente e os 100.000 m³/s restantes “passam direto” por sobre a região.

Dos 400.000 m³/s de chuvas que caem na bacia, a metade sai pelo rio Amazonas (200.000 m³/s) e a outra metade é reciclada por evapotranspiração e incorporada ao fluxo de umidade que chega às outras regiões da América do Sul.

Ou seja, em média, 300.000 m³/s, dos 500.000 m³/s (60%) originalmente saídos da evaporação do Atlântico, chegam a outras regiões ao sul da Amazônia, com os restantes 200.000 m³/s sendo devolvidos ao Atlântico pelo rio.

Portanto, na escala de tempo climática, a Amazônia apresenta um balanço hídrico estável.

Árvore, ou floresta, não é “máquina” de produzir água, apenas recicla a água da chuva anterior, que estava armazenada no solo.

Embora haja uma interação floresta-atmosfera, a longo prazo, a floresta existe porque chove e não o contrário.
 

Prova-se, por reductio ad absurdum, que, se a floresta fosse fonte de umidade, a região já teria se transformado num deserto desde que se estabilizou, após o término do último período glacial, há cerca de 15 mil anos.

O elemento geofísico fundamental para direcionar a umidade do Atlântico para outras regiões da América do Sul é a formidável barreira ao fluxo de umidade imposta pela Cordilheira dos Andes.

Outro elemento é uma célula de circulação de atmosférica direta, conhecida como Célula de Hadley-Walker, que se forma em média, e sempre se formará, pois o Sol, inevitavelmente, aquece a superfície do continente sul-americano durante o verão austral.

Em consequência, o ar se torna menos denso e sobe (convecção), transportando umidade para cima e produzindo nuvens e chuva.

É bem provável que a floresta interaja com a atmosfera, no sentido de intensificar essa célula de circulação em anos apropriados.

Os anos em que essa célula não se forma são exceções.

É observado, por exemplo, que, quando se tem um evento El Niño forte [aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico Oriental – n.e.], como o de 2014-2016, essa célula de circulação é inibida e a Bacia Amazônica passa por uma forte estiagem.

Isto não ocorreria se a floresta fosse a causa principal da existência dessa célula de circulação atmosférica.

Porém, o aquecimento da superfície pelo Sol, e a consequente célula de circulação, sempre existirão, independentemente da existência da floresta.

O bom senso físico sugere que, se houvesse um desmatamento generalizado, a superfície amazônica ficaria aerodinamicamente mais “lisa”, os ventos se acelerariam nos níveis baixos da atmosfera e transportariam mais umidade para as outras regiões do continente, aumentando o volume das suas chuvas.

O “ponto de inflexão” seria o percentual de desmatamento além do qual a floresta não se recuperaria.

Em 2016, foi sugerido, por Carlos A. Nobre e colegas, que esse ponto seria o desmatamento de 40% do Bioma Amazônia, mas este percentual se baseia em resultados dos MCG e, portanto, carece de base científica sólida, sendo meramente especulativo.

Pelo que se tem observado ao longo dos anos, a floresta tem uma grande capacidade regenerativa.

Alerta Científico e Ambiental – Outra ideia bastante popular é a de que a Amazônia seria um sumidouro de carbono essencial para a dinâmica do clima global.

Um documento enviado ao presidente Joe Biden por um grupo de políticos e ex-altos funcionários do governo dos EUA (Climate Principals) chega a afirmar que a Amazônia detém mais carbono do que as emissões mundiais “de muitos anos”, e que a liberação deste carbono na atmosfera teria “consequências climáticas catastróficas”.

Estas afirmativas têm procedência?

Prof. Luiz Carlos Molion – Outra vez, não têm! São 550 milhões de hectares cobertos pelo Bioma Amazônia.

A quantidade de carbono [Q] contida nessa floresta é calculada pela formula Q= %CAD, onde %C é o percentual de carbono encontrado em uma árvore e, usualmente, o valor de 45% é aceito, A (550 milhões ha) é a área do bioma e D, a densidade da biomassa, dada em toneladas de matéria seca por hectare (t/ha).

Essa última variável é a grande incógnita, pois, dentro do bioma, há áreas com distintas densidades de biomassa.

Uma consulta à literatura mostra valores que vão de 180 t/ha a 720 t/ha.

Se se aceitar que o Bioma Amazônia tenha uma densidade de biomassa média de 300 t/ha – valor considerado plausível empiricamente -, empregando-se a fórmula acima, chega-se a um valor de cerca de 75 bilhões de toneladas de carbono (GtC) contidas na floresta.

Pelos números recentes (2019) de emissões por regiões, a Ásia, América do Norte e Europa, emitem um total de 7,5 GtC/ano, donde se conclui que apenas essas três regiões emitem uma “Floresta Amazônica inteira” para a atmosfera em cerca de 10 anos.

Se o estoque de carbono da Amazônia fosse totalmente liberado para a atmosfera, poderia aumentar, teoricamente, a concentração do CO₂ atmosférico em cerca de 35 ppmv [partículas por milhão em volume], menos de 10% da concentração atual, que é 400 ppmv.

Considerou-se que a emissão de 2,13 GtC acarreta um aumento de 1 ppmv na concentração atmosférica, de acordo com a literatura.

Entretanto, um cálculo simples mostra que, na atual taxa de desmatamento de 11.000 km² por ano, a liberação total desse estoque levaria cerca de 500 anos para se completar, admitindo zero acréscimo de qualquer tipo de cobertura vegetal durante esse período.

Por outro lado, as medições feitas na Amazônia Central, em 1987, durante o Experimento ABLE-2B (Atmospheric Boundary Layer Experiment, NASA/INPE) revelaram uma assimilação pela fotossíntese de 4,4 quilogramas de carbono por hectare por hora (kgC/ha/hora) durante o período diurno e uma perda por respiração de 2,57 kgC/ha/hora durante o período noturno.

Admitindo que esses números possam ser generalizados para os 550 milhões de hectares do Bioma Amazônia, ter-se-iam 4,4 GtC/ano de assimilação de carbono, obviamente, subtraída a taxa de respiração noturna.

Considerando que as atividades humanas emitam cerca de 10 GtC/ano atualmente, tal assimilação corresponde a 44% das emissões de carbono antropogênicas.

Se se admitir a hipótese absurda defendida pelo IPCC, de que o CO₂ seja o grande controlador do clima global, é desejável que sua cobertura vegetal amazônica seja conservada.
Oceano Pacífico é o principal regente do clima na Terra
Na realidade, os impactos no clima global e na concentração global de CO₂ (vide o Acordo Climático de Paris, 2015) não são argumentos fortes para se manter a floresta.

Os principais argumentos são a conservação da biodiversidade e a proteção dos solos, evitando a sua erosão, assoreamento dos leitos dos rios, mudança da qualidade de suas águas e de toda vida que delas depende.

Alerta Científico e Ambiental – O mesmo documento afirma que as emissões causadas pelo desmatamento da Amazônia constituem uma grande fonte de “poluição climática” – seja lá o que isto significa – tão grande quanto à de economias avançadas, como o Japão e a Alemanha.

Prof. Luiz Carlos Molion – O Brasil detém cerca de 65% do Bioma Amazônia dentro da Amazônia Legal.

Nessa região, estabelecida para fins de incentivos fiscais, os 35% restantes são constituídos de biomas diversos, como Cerrado, Cerradão e Campinarana, por exemplo.

A área sob pressão antrópica não é o Bioma Amazônia e, sim, os 35% restantes, que possui uma densidade de biomassa muito menor que a da floresta tropical chuvosa.

Como foi dito, a taxa de desmatamento anual já esteve pior no passado.

Usando-se uma taxa de desmatamento atual de 11 mil km², ou 1,1 milhão de hectares, sendo essa área de desmatamento do Bioma Amazônia, e não da Amazônia Legal, com a densidade de biomassa acima citada de 300 t/ha, e admitindo, ainda, que as queimadas teriam 100% de eficiência na emissão do carbono contido na floresta para a atmosfera – o que é fisicamente impossível num clima extremamente úmido – a emissão de carbono seria de 150 milhões de tC por ano (MtC/a), contra 1.100 MtC/a do Japão e 700 MtC/a da Alemanha.

Na melhor das hipóteses – queima de floresta tropical úmida com 100% de emissão de carbono – as emissões anuais desses países são 7 e 5 vezes maiores que as queimadas na Amazônia, respectivamente.

Alerta Científico e Ambiental – A pandemia de Covid-19 está ensejando o temor de que o desmatamento na Amazônia possa ser a causa de uma nova pandemia global.
 
Molion sobre Aedes aegypti: Doenças da Amazonia nunca geram pandemias. Comparar com Covid é demagogia


O documento do grupo Climate Principals e até mesmo a Organização Mundial da Saúde (OMS) enfatizam que a maioria das novas doenças infecciosas têm emergido nas fronteiras florestais, onde ocorrem interações entre as pessoas e a vida selvagem.

Há evidências desse risco, no caso da Amazônia?

Prof. Luiz Carlos Molion – As principais doenças, que eventualmente teriam sua origem na floresta, como malária e leishmaniose, são as que são transmitidas por vetores, como mosquitos, por exemplo, e podem estar associadas a qualquer tipo de vegetação, águas paradas e não necessariamente à floresta.

Essas doenças são bem conhecidas e têm tratamento eficaz há tempo, estão sob controle e nunca provocaram ou dispararam pandemias globais recentemente.

Varíola (Orthopoxvirus, encontrado na tumba do faraó Ramsés II), Peste Negra (Yersinia pestis), Gripe Espanhola (H1N1), Gripe Aviária (H5N1) e a atual Covid-19 (Sars-Cov-2) não tiveram sua origem em florestas tropicais.

* o autor é escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs
Publicado em
https://ecologia-clima-aquecimento.blogspot.com/2021/03/prof-molion-co-controlador-do-clima.html

 

 

 

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quinta-feira, 11 de março de 2021

Adendos a outras minúcias impertinentes do existir em cogito

Carlos Eduardo Florence
 
Certo sonido sexual impúbere, imagino azul ou da linha de Ogum, ousava, insisto, ainda em sustenido, atravessou contra a mão o subjetivo que vestia eu em compasso de sublimação e se dispôs, petulante, com sua irreverência, a irromper altivo pelos meus meandros afetivos. Surpreendeu-me desprevenido na sua forma contumaz, algoz, já plasmando confortavelmente em meu ego. Nunca sei se insinuava-se invadir pela alma pré-disposta ou pelo cerebelo, talvez através da consciência, supunha, aliás, pelo espírito, quiçá distorcendo o inconsciente, talvez, quem saberia, via mente ou materializar-se-ia em dia de gala e alcançaria pelos meandros dos apegos, sub-repticiamente, entranhando pelo olfato, olhar, amor, pela ânsia, usurpando algo como o além ou sorrateiramente pela porta dos fundos. Eu era, um éramos, completamente perdido.

Sei que transcendo sem recatos em tais momentos, mas explicito melhor, com muita calma, pois antecipo que, por neófito em rituais exotéricos ser, também não tenho a menor hipótese dos motos pelos quais tais se repetem. Ocorre, amiúde, em sendo sempre o primeiro introito às minhas divagações alienadas, às vezes festivas, persecutórias inclusas, este ribombar de ruído sexual que antecipa os porvires outros.

Neste confronto diário dos bêbados convencionais, que milito, sou, praticamente, o único melhor dotado em tal estágio avançado de insânia perspicaz, embora estejam outros se aprimorando com cores indefinidas ainda, mas promissoras. Por oportuno, registro, vejo de um ponto neutro entre o mar e minha meta uma gaivota revoar sinuosa para estimular a própria incongruência do eu acho ser existir. Ao se permitir bailar sobre o azul e as ondas, deixa o rastro do invisível sobre o inexplicável antes de esconder-se na minha memória. Sou eu que me faço ser esta presença de deixar a gaivota existir porque a deslumbro em seu esplendor e me apodero do mundo ou a gaivota destrói minhas megalomanias debochando do meu subjetivo?

Especularia o que Picasso afloraria deste transe cubista? Recolhi o som ameno do voo da gaivota para explorar corretamente em uma inutilidade ocasional posterior que o infinito pede amiúde. Assim sinto que sofro, logo existo, plagiando a metáfora. Quando confesso que desespero no acompanhar esta forma labiríntica do endoidecer sobre o próprio pensar, meu padrinho, Ogolunmalé Aru, prioriza-me um passe por Iemanjá e se encarna em seguida no seu Pai Cainhoatã, esvoaça primoroso pelos hipnóticos castigos dos atabaques e ganzás sagrados e me abandona ao léu. Eu me reconforto até o próximo desespero. Aché.

Enquanto o recebia, ruído contumaz, com outras sintonias pessoais, que me enlevavam alegres ou conflituosas à irrealidade deleitosa, pedi um copo de vinho, meia porta aberta ao subjetivo para dissimular a claustrofobia, mais uma fatia significativa de tempo com preguiça, suficientes e aos pontos de maturações para alimentarem o nada. Tudo, creio, oportuno, considerando as variantes mutáveis expressas e adequadas ao contexto de desvario que eu perseguia. O dia se fazia seguir acompanhando as malemolências e as constâncias das marés para obedecerem aos ditames das luas e dos videntes. Continuei sem saber o que era maré ou o que não era eu para apreciar saborear a maré. Atino calado, mas não escuto o silêncio perguntar se sou eu que semeio estes delírios para rebrotarem no meu absurdo ou o todo se veste de seu nada preferido, tão simples, para só deixar a brisa mansa se dar a lavar as águas das areias brancas e me ensinar o belo? A gaivota retornou melindrosa para revoar delicada sobre seu sumiço e me liberou a memória para outras demências. São estas poucas superposições que me encantam e jamais se explicam porque depois aflora a psicose.

Com estes antanhos demarcados, os demais aderentes, sonhos, fantasias, emoções, gaivotas, tristezas, dúvidas, marés seguiram aconchegando ao meu átrio, bebida farta, euforias e espontaneidades incontroláveis, como meus delírios preferem ao conclamar a entropia psicótica do irreconciliável. Confabulam entre si com metáforas sutis, difusas, persecutórias, bipolaridades que eu desfio para mim como se desejasse encontrar o amém ou o infinito.

É inacreditável, as insânias se interdependem, ajustam, confabulam, interpolam, sonegam, mas não explicam ao meu desespero. Abdico, cedo então ao evento e componho vivas aos convivas achegados pelos meandros dos imponderáveis, incontrolados que se assentam nas controvérsias da tábula rasa que vai sendo ocupada. Em transe existencial eterno sou eu jamais não sendo, nunca provenho, pois represento ao infinito os comandos dos conflitos que me subordinam. Sofro ou me preparo para o orgasmo?

Mesa suficientemente extensa para acomodar a tristeza na cabeceira oposta, ficando o ciúme, modesto, na lateral à direita, depois do perdão, mas antes da ironia. A perene aflição sexual acomodou-se, ansiosa, entremeio a atração e a censura impondo certa dicotomia existencial à angústia a ponto de esta exigir seu espaço ao lado da solidão e pretendendo envolver no abraço a depressão que ocupava lugar de honra no cenário. Éramos um eu indiscutível e soberbo no palco do teatro em absurdo representando as multiplicações dos eus infinitos que eu éramos sem ser. Até então tentei chorar um sorriso, mas a indecisão solicitou mais uma rodada de vinho.

Os algoritmos se colocaram em um bailado delicado deixando o azul fluir para a depressão já se estendendo mais acinzentada antes de enveredar pelas paredes escorregadias e sujas do meu cérebro. Silêncio, tanto que os devaneios e olhares fugiram pelas janelas para buscarem, nos desconhecidos das censuras inconscientes, as imaginações para serem servidas às fantasias lépidas entre os meandros irrequietos das ideias. As ondas foram comparsas nestas alegorias e deixei o horizonte cavalgar minhas fantasias. Sou o executor das tarefas e mensagens dos desejos, anseios e traumas sem ter sequer o prover das decisões, submisso sofro. Comandam-me, não comando jamais. Escuto a solidão da maré montante invejar a gaivota oscilar sobre o marulho das espumas nas pedras caladas para brincarem de dúvidas. Real ou existe algo além da demência a me acalantar? O vinho não é de todo mal.

Meus sonhos se transformaram em visões para estas se permitirem de mãos dadas com o medo, a vontade, saudade, a ânsia, sigilo, a premonição, masoquismo cirandarem eufóricos ora com a angústia, depois com a euforia, por fim com o arrependimento. Pasmo, a benção de meu padrinho caiu sobre a angústia e sem recatos procurou a nostalgia mais próxima para se bolinarem. Eram independentes e espontâneas as emoções, mas não me permitiam fruir suas intenções e procedimentos. Executava as determinações, exercia, competente, como me restava, para não entrar em metamorfose esquizofrênica. A porta da capela bateu, com o vento, por não escutar mais os meus anseios.

Acompanhava estes momentos irreconciliáveis de distúrbios desacomodados e jubilosos do meu interior mental, enquanto discutia os motivos descabidos com a paranoia mais afetiva sobre a frustração do último amor. Conversávamos entrelaçados, debruçados sobre a toalha de utopia disposta pelo meu delírio se fazendo estender do imponderável até às mudanças furta-cores que se permitiam entardecer encantando as metamorfoses e os grenás poentes. Fixo o copo translúcido para enxergar o aroma indefinido da nostalgia. Corriam estes coloridos em danças e metáforas dodecafônicas, esbeltas, efêmeras como o amor que se imagina eterno, brincando de rouba-montinho com a decepção e os meus tropeços de autoanálise.

Assim, abertamente, ao me emocionar alcoolizado, acredito-me já com toda fé que este meu raciocínio intempestivo, brilhante, babélico, é, além de correto, inútil, perfeito, incompleto, mas insinuante para o meu ego estéril, brilhante, egocêntrico. Percorro os patamares Junguianos na busca de captar nos lençóis freáticos das minhas fobias e preconceitos, camadas que ainda não haviam sido perfuradas para reformular estes paradoxos. Em vão, a gaivota envolvida em uma película de nada arrasta meu olhar pensante para uma ilha deserta em que gostaria de ser enterrado ou parido novamente. Soberbo, estacionou o ruído na adjacência frontal do meu inconsciente despreparado e imaturo, sem respeito às regras existenciais e, portanto, antes mesmo de embriagar-me ou encarnar algo apropriado à incongruência. Preparo-me para ouvir a implosão do nada que sempre me acalanta. Poderia ter-me recolhido em recato, mas um talvez se interpôs entre o pretérito e o desejo. Apavoro-me, pelo amor de... oh! Deus.

Do oposto, em uma latitude azul transversal, não mais do que dois sorrisos antes de uma memória ainda engatinhando, um colibri delicado, sensibilizou-se com minha tristeza em dúvida e sugou com primor meus delírios para escondê-los entre umas pétalas de fantasias. Sentei-me, após mudar, no outro canto, o esquerdo, da mesa, ao lado da solidão, pedindo outro copo de bebida. Aguardei meu paradoxo confabular com o desejo o que determinariam fazermos. O mar chamou ao sol para se recolherem e eu permiti. A gaivota não comentou o princípio da lei da aptidão ou do mais forte para a sobrevivência da espécie. Coisas do materialismo histórico que detesto.

Não poderia saber de mim. Sendo tal não percebi se haveria alguma simbologia envolvendo-me neste enigma da gaivota brincando de maré ao pôr do sol embora a concretude do delírio mantivesse suaves contornos cubistas. Premuni que jamais entenderia meus anseios enquanto não definisse se a gaivota estranha exibiria às minhas alienações antes de revoar para seus infinitos distantes levando meus distúrbios. Ocorreu-me se existiria ela realmente só para incrementar minhas controvérsias flutuando com as marés? O vinho não respondeu. Senti agradável este enlevo que não levava a nada, mas não contradizia a brisa suave a montante.

As sanhas macias das alucinações foram se ajustando pelos meandros e acalantos do pensar com tendência até a algum repouso. Pude sentir o delicioso sabor acre de que estava vivo sem saber para que? Veio novo copo de vinho. Mandei fechar a porta claustrofóbica para sentir como seria vestir o caixão que me destinaria ao nada.

Apreciei, afetuoso, o ruído sexual deixando o silêncio ensinar-me a morrer como se fosse quase para sempre. Adorei o aroma de uma memória antiga, conflitiva, mas de um amor a mais que se frustrara como outros na eterna indecisão que carreguei pelo sempre. Ao experimentar morrer me recebeu à porta dos devaneios uma tranquilidade que nunca existiu e me ensinou a chorar.

* o autor é economista, blogueiro, escrevinhador, e diretor-executivo da AMA – Associação dos Misturadores de Adubos
Publicado em https://carloseduardoflorence.blogspot.com/2021/03/adendos-outras-minucias-impertinentes.html




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segunda-feira, 8 de março de 2021

Fora Bolsonaro! Vá fazer mimimi em outro lugar

Richard Jakubaszko 
Tudo o que sobrou ao mito é fazer mimimi aos seus milicianos: portanto, fora Bolsonaro!
Entre você também nessa cruzada.
  


 

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domingo, 7 de março de 2021

Mimimi do Bolsonaro...

Richard Jakubaszko  

Quem falava mimimi era o FHC, nem nisso o ex-capitão é original. Bolsonaro só é original com sua arminha de dedo, posando para fotos, parecendo um feliz e débil mental de um adolescente que acabou de ganhar uma camisinha do pai...

Mas como ele continua falando em mimimi, nós aqui no blog vamos desconstruir essa mania exótica e genocida do atual presidente, até o dia em que ele venha a ser deposto do cargo.

É assim, enquanto morre gente Brasil adentro, enquanto falta leito e UTI para quem tenha um infarto ou AVC ou seja atropelado, o inconsequente e leviano presidente acha que é tudo frescura e mimimi...

Se você concorda é tão imbecil quanto ele...



 

 

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sábado, 6 de março de 2021

Significado real de mimimi

Richard Jakubaszko  

Mimimi é quando político vai pra casa da mãe e pede voto pra ela, mas não leva...



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quinta-feira, 4 de março de 2021

Custo Bolsonaro: sem mimimi...

Richard Jakubaszko  
Cansei amigos, não dá mais pra escutar esse ex-capitão fazer declaração imbecil a torto e a direito. Impeachment nele!
Não vai ter lockdown que resolva a pandemia. O cara é contra, por causa da economia, é contra a vacina, que ele não vai comprar, porque é a favor da cloroquina, e acha que se a gente perder pai e mãe, avós, irmãos, filhos, esposas e maridos, é mimimi... 

Não é mimimi, não!!! Vai pra puta que te pariu, cara!!! Vai pra casa da tua mãe!!! Minha dor não tem nada de mimimi. Meu luto não é frescura! Só uma mente doente pra pensar dessa maneira.

Olha só o custo Bolsonaro:



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quarta-feira, 3 de março de 2021

terça-feira, 2 de março de 2021

Morre o Tim Maia da avenida Paulista

Richard Jakubaszko 

Jonathan Neves, o Tim Maia da avenida Paulista
Jonathan Neves, conhecido pelo público como Tim Maia da avenida Paulista, morreu ontem (1/3/21), em decorrência de covid-19. Havia sido internado na semana passada, no Campo Limpo, região sul da capital.

Jonathan Neves se apresentava aos fins de semana na avenida Paulista desde 2019, onde conquistou fãs por sua voz e semelhança física com o cantor Tim Maia. A calçada em frente ao Conjunto Nacional costumava ficar cheia de gente para assistir os shows do talentoso artista.

O Tim Maia da Paulista tinha 31 anos de idade, era filho de um motorista de ônibus e mãe diarista. Começou a exibir-se como artista de rua após ser demitido em 2016 de uma empresa. No início da pandemia, a necessidade de pagar as contas levou-o a exibir seus talentos. Os fãs eram generosos ao reconhecer as performances de Jonathan. Sua última apresentação foi no dia 20 de fevereiro de 21.

 

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