Richard Jakubaszko
Supondo que após prévio acordo e ajuste de regras se realizasse a discussão com o maluco sobre se ele seria um bule azul, ou não, qualquer afirmação sua seria desconsiderada pelo maluco, cujos argumentos deixariam claro que ele era um bule azul, colocando ponto final na discussão, irracional e sem sentido.
Fernando Pessoa discorre com propriedade e graça sobre a exótica polêmica. O fato é que me lembrei do talento criativo de Pessoa ao acompanhar o maluco do ex-capitão que se diz presidente do Brasil e que é um negacionista juramentado da covid-19, chamando a qualquer um de maricas se afirmar o contrário.
Diante das teimosias do Jair, apresenta-se como hilário ele processar a quem o chama de genocida, até porque a tal gripezinha não tem importância nenhuma diante de seus argumentos, e é nada mais do que um mimimi de gente que não quer trabalhar.
Sendo também um negacionista das vacinas, o ministério da Doença não comprou ainda nenhuma vacina. O ex-ministro, um general de pesadelo, em verdade surrupiou milhares de vacinas do Instituto Butantan e outras tanto da Fiocruz, e anda disfarçando uma campanha de vacinação Brasil adentro.
Como a pandemia explodiu, com recordes de novos infectados, e mais recordes de mortes, os governadores e prefeitos decretaram lockdown pelo país inteiro, mas o cara que pensa que é um bule azul despachou pedido judicial ao STF para que este órgão judicioso cancelasse as providências, pelo menos em 4 regiões. Até aí, o bule azul dá uma de esperto, como o joão-sem-braço, porque sabe, como maluco sacramentado, que o STF não vai atender sua esquisita e exótica solicitação.
O que, na verdade, quer o maluco? Ora, é simples, vai posar, mais tarde, de perseguido pelo STF e pela Justiça, que não o deixa governar, e assim arruma desculpa para a merreca que nos encontramos no país, seja na economia, no desemprego, e, especialmente, na saúde, onde nos deparamos com o inferno de um colapso horroroso e jamais visto ou imaginado, em curso nos hospitais do Brasil, públicos e privados.
Se o bule azul não for colocado em uma camisa de força imediatamente, através de um impeachment, será impossível imaginar ou projetar o que teremos no Brasil em um mês à frente, com o avanço da pandemia.
No caos já estamos, e ninguém sabe o que vem depois do caos.
E que Deus tenha piedade de nós.
PS. Peço a Deus, em minhas orações, que Ele não permita jamais um encontro fortuito e casual entre eu e o ex-capitão num elevador. Tenho tido pensamentos e desideratos que arrepiam meus mais malévolos instintos primitivos.
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