De Richard Jakubaszko
29/03/2022
Tomei conhecimento somente hoje da matéria da revista Carta Capital, de autor(a) anônimo(a) (https://www.cartacapital.com.br/sustentabilidade/youtube-ganha-dinheiro-e-desobedece-as-proprias-regras-com-negacionismo-climatico/ ), sobre o tema aquecimento global, em que sou citado algumas vezes e qualificado genericamente como negacionista. Peço, como jornalista e escritor, com a devida vênia, a resposta abaixo da matéria injuriosa e engajada, e dos equívocos nela apontados. Parece que nos novos tempos, o novo normal, nos revela e nos traz preconceitos radicais, só pela simples razão de que pensar diferente do outro é algo abjeto e odioso. Chegamos aos tempos de perguntar o que seria do amarelo se todos fossem vermelhos. Nada mais bolsonarista do que isso, que é aterrador para quem pensa. E sofre, por causa da perseguição e patrulhamento, até mesmo de uma revista de esquerda, como Carta Capital, que reproduziu matéria da Agência Pública. Se vocês têm certeza do aquecimento, por que não me ouviram, para tentar derrubar minhas ideias?
Sou cético, não um negacionista, pois acredito em Deus, acredito nas vacinas (todas elas), tenho comprovações científicas de que o planeta é um globo de terra quase esférico que orbita ao redor do sol, e de que os seres humanos nascem em dois gêneros, ou é feminino ou é masculino. O resto é mentira, seja ideológica ou não.
Sim, sou o autor, conforme cita Carta Capital, do livro “CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?”, que a partir de abril de 2022 entra em 3ª edição ampliada e atualizada, com 410 pg, onde tenho a companhia de diversos cientistas brasileiros e internacionais que são também céticos do aquecimento e de que este seja provocado pelo homo sapiens. Claro, mudanças climáticas sempre existiram, a mentira é só do aquecimento. Entre os brasileiros está Odo Primavesi, engenheiro agrônomo, ex-pesquisador da Embrapa, signatário do Relatório IV do IPCC de 2007, e que pediu para seu nome ser retirado como tal, pois não apenas o relatório final (mais de 4 mil pg) distorce fatos, assim como a sua sinopse (cerca de 40 pg). Da mesma forma, presente em meu livro, Richard Lindzen, meteorologista e professor emérito (isso não é pouca coisa) do MIT – Massachusetts Institute of Tecnology, que precisou entrar na Justiça americana para ter seu nome retirado dos chamados signatários do relatório do IPCC, daquilo que ficou conhecido como “a maior mentira do século XXI”, o famigerado aquecimento global.
Se o autor da matéria da Agência Pública, reproduzida na Carta Capital tivesse tido a curiosidade profissional de ler meu livro, ou de me ouvir, saberia do fato acima apontado. Saberia também que essa questão nada tem de ideológica, mas envolve interesses comerciais, políticos e, especialmente, objetivos geopolíticos. Porque o mundo quer roubar a nossa Amazônia.
O que os autores do livro buscam é um debate. Isso tem sido negado de várias formas. No livro mostro uma polêmica provocada pelo jornal O Estado de SP, na seção Estadão verifica, conteúdo que contestamos, mas o jornalão não teve a dignidade profissional de publicar minha carta, escrita junto ao professor Ricardo Felício. Este sim, um perseguido, e sabem por que não dá mais aulas na USP? Porque cortaram 90% do salário dele, corte feito pelo pessoal aquecimentista, e essas perseguições não acontecem somente no Brasil. Isso mostra a maioria dos cientistas absolutamente calada, com medo de represálias, e com receios de ter verbas cortadas para pesquisas que não sejam para confirmar o interesse de seus financiadores.
Simplesmente porque em ciência não há “consenso” como opina de forma unilateral e equivocadamente Carta Capital e a Agência Pública. Ciência é debate, ciência é evolução, é contraditório, é somatório de crescimento intelectual, científico e cultural. A questão do aquecimento é um milenarismo que poderíamos, no máximo, qualificar como hipótese, degrau inferior ao status da teoria, em se tratando de ciência. Vejam que a teoria da Relatividade (Einstein) ainda é uma teoria, bem como a da Evolução das Espécies (Darwin), e são tratadas como tal pelos cientistas, sobre elas não há consenso, nunca houve, mas a hipótese do aquecimento, que nem é teoria, atinge na revista Carta Capital, e em toda a mídia engajada, o status de lei, como a Lei de Newton sobre Gravidade. Por isso, e só por isso, a matéria de Carta Capital tem a autoria de um jornalista engajado, e que não disfarça essa parcialidade, fato que, em jornalismo, como sabemos, é vital para se obter credibilidade. Não apenas engajado, mas ignorante de várias questões da ciência. Sou jornalista há 55 anos, e dedicado estudioso do tema ambiental desde 2007.
Em meu livro, que demorei 4 anos escrevendo, solicito, com procuração de minha única neta: cadê as provas, ou melhor, que nos apresentem uma única prova científica de que esteja acontecendo o aquecimento. Basta de mentiras, chega de falsificações como as confessadas pelos cientistas da Universidade de East Anglia (Inglaterra), ou admitidas pela Austrália, que falsificaram dados primários de medição de temperatura para comprovar o falso aquecimento. Isso redundou no famoso e malfadado gráfico apelidado Taco de Hóquei, mostrado por Al Gore em suas Verdades inconvenientes (e mentirosas...). Consenso científico é mentira. Consenso é coisa de políticos mal-intencionados e de mafiosos. Como está em meu livro, o IPCC convidou cerca de 2.500 cientistas em todo o mundo, no início dos anos 2 mil, de todas as áreas do conhecimento humano, médicos, advogados, agrônomos, sociólogos, jornalistas, físicos, economistas, e lamentavelmente apenas 3% deles eram meteorologistas ou climatologistas. Esses “cientistas” estudaram os dados durante mais de 3 anos, contestaram as conclusões do IPCC. E hoje, cerca de 90% daqueles cientistas, pediram a retirada de seus nomes, por discordar das ações e do discurso do IPCC. A imprensa, engajada na questão ambiental, nada fala sobre isso. O ex-diretor geral do IPCC, Rajendra Pachauri, morto há alguns anos, foi processado em seu país, a Índia, como corrupto e também como estuprador, mas a mídia dava apenas notinhas a respeito, ignorando e menosprezando o fato de como uma pessoa com esse curriculum pudesse ter tido tão alto cargo.
Sim, o CO2 é o gás da vida. Sem ele não haveria vida no planeta, Trata-se de uma imbecilidade (imbecilidade é termo médico que indica um adulto que pensa igual a um garoto de 12 anos) humana contestar isso e afirmar a busca do zero carbono. CO2 não é poluente, ele é a base para a fotossíntese. 97% do carbono existente no planeta é emitido pela natureza (vulcões, algas marinhas) e apenas 3% pelas atividades humanas (automóveis, fábricas, queimadas, navios). Nada vai mudar, meus caros não cientistas da Carta Capital, se reduzirem a zero a atividade humana emissora de CO2. O Brasil e o mundo precisam de mais cientistas, e de menos jornalistas engajados, sejam eles de esquerda ou de direita.
Disponho-me a debater, a confrontar ideias, com quaisquer cientistas e com qualquer colega da Carta Capital, em debate aberto, sério, científico, para comprovar de N maneiras a grande mentira do século XXI, a do aquecimento, que só trará energia elétrica e aquecimento de ambientes gerada através da energia nuclear, a única que pode substituir a eletricidade eficiente e barata das hidrelétricas, pois a solar e a eólica ainda são ineficientes e muito caras. Estas são as patrocinadoras da grande mentira, apoiadas desde Ronald Reagan e Margareth Thatcher, ícones da extrema direita americana e europeia, conforme relato em meu livro, obra que tem 89% de 4 e 5 estrelas de aprovação entre os leitores e compradores da Amazon. Meu livro não é o 41º livro mais vendido, a posição é randômica e muda de hora em hora. Tivesse o repórter de Carta Capital voltado por lá algumas horas depois, o livro poderia estar em 1º ou 5º lugar como mais vendido.
Vocês não sabem, mas foi Thatcher, a dama de ferro, quem cometeu assassinato de reputação com o CO2 e com os carvoeiros do UK, pois todo pré-inverno entravam em greve por melhores salários, porque os donos das minas incentivavam a greve para subir os preços do carvão. Thatcher e Reagan iam para a marca do pênalti, mas ganhavam dinheiro das usinas nucleares para financiar suas campanhas políticas de reeleições.
Então, o que entende Carta Capital de esquerda ou de direita? Eu era um moleque da esquerda, há 50 anos, quando vi Cuba ser amaldiçoada por Kennedy e seus sucessores, e Fidel por falta de opção se aliou aos soviéticos, e estes chegaram a Cuba para instalar mísseis e foram rechaçados sob ameaça nuclear pelos americanos, nada diferente do que a Otan e EUA fazem hoje contra Putin e a Rússia, na guerra contra a Ucrânia, e estes que nem defendem o tal do comunismo, pois João Paulo II, que era da terra de meu pai, a Cracóvia, derrubou os muros da cortina de ferro com um simples sopro.
Como Carta Capital, que se considera de esquerda, explica que Al Gore, ex-vice-presidente americano, neoliberal, bilionário, acionista da AES americana, ex-dona da nossa Eletropaulo, seja do grupo dos ambientalistas? Ele dividiu o Nobel da Paz, com o IPCC, ganhou Oscar de melhor documentário, e ainda comprou uma nada desprezível mansão de US$ 7,5 milhões dólares à beira-mar em Malpacito, Califórnia. Ele, que anunciou a elevação de 7 metros no nível dos mares, não acredita nas mentiras dos biodesagradáveis.
Nem podia, faz mais de 40 anos que essa mentira roda por aí, de jornal em jornal, de revista em revista, de TV em TV. A direita acusa a esquerda de ser ambientalista, ecochata e biodesagradável. A esquerda acusa a direita de ser do agronegócio, quando foi a direita que plantou a fake news do ambientalismo através de James Lovelock, em 2006; Lovelock, hoje com mais de 100 anos, já se desmentiu, em 2015, pediu desculpas, mas ninguém, inclusive Carta Capital, noticiou isso. E o meio ambiente, que é defendido pela esquerda, no final das contas uma hipótese não científica e não comprovada, inventada pela direita para conquistar votos, poderes políticos e ganhar dinheiro. Vocês sabem por que estão brigando? Acho que os seres humanos deveriam abominar esses rótulos de esquerda e direita e procurar conhecer a verdade, ela não está no meio, não, ela está fora das imbecilidades e dos padrões moralistas de julgamento que ambos, esquerda e direita usam a seu próprio favor, num Fla-flu ou Gre-nal, de importância medíocre.
Desafio Carta Capital para que escale alguém com bom senso para ler meu livro e depois aplauda ou desminta o seu conteúdo. Isso é debate construtivo, positivo, o resto é politicalha esquerdopata ou direita neurotizada. Será que é isso que vai prevalecer no novo normal? Quanta mediocridade!
ET. Fui obrigado a responder e contestar neste espaço sobre a matéria da Carta Capital, pois em seu site não há espaço para comentários ou debates, muito menos para contestações. Os jornais Estadão e Folha de S.Paulo agem da mesma forma.
.