quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Maurice Strong na FIESP

Richard Jakubaszko
A FIESP convidou Maurice Strong para que viesse ao Brasil proferir uma palestra. Para quem não o conhece faço registro de que o octogenário empresário é um magnata da extrema direita canadense que defende a ferro e fogo a causa ambientalista, tendo sido secretário geral da COP de 1972 e da Rio92, além de comandante do IPCC (International Panel Climatic Change, na sigla em inglês) até recentemente, além de assessor direto de Kofi Annan, quando este foi secretário geral da ONU. Maurice foi defenestrado da ONU, quando Annan saiu de lá, provavelmente pela sua famosa truculência. Apesar do andar claudicante, e da aparência frágil, o canadense é um ativista conectado, plugado, olhos espertos, e hoje em dia é consultor do governo Chinês para questões ambientais. Ele foi também presidente de uma das maiores empresas fornecedoras de energia elétrica dos EUA (energia fóssil e nuclear).

Na palestra proferida dia 27 de novembro último, lá na FIESP, a qual fui assistir, convidado pelo departamento ambiental da FIESP, ouvi o rosário de comentários "idealistas" sobre os problemas ambientais, desde as ameaças e os perigos da derrocada ambiental que a humanidade tem provocado ao planeta, e as críticas sinceras ao consumismo, especialmente dos americanos, que possuem menos de 4% da população, mas consomem cerca de 40% dos recursos naturais do planeta. Maurice Strong derramou-se em elogios ao Brasil, um país que, segundo ele, é líder mundial em iniciativas preservacionistas. Ganhou aplausos da plateia por afirmar isso. Mas tomou o cuidado de não citar o Código Florestal. Nem precisava.

Nos 45 minutos de palestra falou mais das oportunidades na China e de como os chineses se preparam para ser a maior nação do mundo, da experiência de ter morado na China, etc., do que das questões ambientais. 

FIESP atrapalhada
O evento tinha um ar de improviso em quase todos os seus momentos. Era para ter sido iniciado 14h00 e iria até as 18h00, conforme informava o convite. Cheguei 10 minutos antes, mas os fones da tradução simultânea, me avisou a mocinha responsável, só seriam liberados a partir de 14h45... E tudo começou depois das 15h00... Jeitinho brasileiro, é claro... Já aos 20 minutos de palestra de Maurice um pequeno incidente. Uma das auxiliares do evento serviu água ao palestrante. Na verdade, interrompeu a palestra. Ele perguntou se era uísque, bebeu, agradeceu, e confirmou, era água, arrancando esporádicos risos da plateia pela piada canadense.
Não contente em ajudar com a água, a auxiliar ajustou o microfone uma, duas, três vezes, e aí o elétrico palestrante reclamou que estava sendo ajudado naquilo que não precisava. Ofereceu parceria para ela participar da palestra... Quando a auxiliar se retirou, a palestra foi em frente. Terminou logo em seguida, sem apresentar qualquer novidade importante ou interessante, com o brado de que precisamos reduzir os gases de feito estufa, de fazer algo, urgentemente, para dar chances de qualidade de vida aos nossos descendentes, pois os mares vão subir, afinal, as mudanças climáticas estão aí, vai faltar água e comida e muitos minerais essenciais.

Mais encrencas...
E tinha que ser comigo. Antes da iniciar a palestra o mestre de cerimônias avisou que o convidado responderia as perguntas da plateia, que deveriam ser registradas em formulário próprio, disponível com as auxiliares. Pois mal a palestra já havia iniciado e eu já tinha 3 perguntas escritas e as entreguei para uma das assistentes de palco, em 3 formulários diferentes, onde me identifiquei com nome, fone, e-mail e como jornalista. Aliás, havia menos de meia dúzia de jornalistas presentes, entre eles as equipes de TV-Internet da própria FIESP e do SESI. Desinteresse da imprensa? Talvez, mas pareceu-me que a imprensa não foi convidada. Fui convidado, desta forma, por mero acidente.

Percebi, logo de imediato, um frisson entre as assistentes e o diretor da FIESP, sentado à esquerda de Maurice, pois seria ele quem leria as perguntas. As papeletas com as perguntas foram e voltaram umas 3 vezes. Depois de lidas, e respondidas pelo palestrante mais de 30 perguntas, nenhuma das 3 que eu havia feito tinha sido apresentada. Quando vi que havia apenas mais uma papeleta na mão do diretor da FIESP chamei a auxiliar de palco e reclamei que minhas perguntas não haviam sido apresentadas.

Foi outro ti-ti-ti. Veio uma supervisora e explicou-me que havia 200 perguntas, inclusive feitas pela internet, e que não daria para responder a todas, mas que estas seriam entregues a Maurice Strong e que caberia a ele responder depois, talvez por e-mail. Comecei a encrenca: reclamei que aquilo era censura, e que não aceitaria isso, ainda mais vindo de uma entidade como a FIESP. Não apareceu ninguém da assessoria de imprensa da FIESP. Quase fui interpelado a "provar" que era jornalista e também, de certa forma, "desafiado" a provar o "como que eu estava ali se não fora convidado". Esclarecidas as dúvidas convidaram-me a participar da "coletiva" que haveria com a estrela ambientalista. Ele, por sua vez, enquanto isso, terminada a palestra, permitia-se tirar fotografias com pequenos grupos da plateia presente. Havia um total de 100 a 120 pessoas, número menor de assistentes do que o previsto, com certeza, pois havia outro tanto de cadeiras vazias. Pouca gente para uma estrela internacional da magnitude de Strong.

Pedi as minhas papeletas de volta. Recebi duas, e não três, com a explicação chinfrim de que uma delas (a pergunta 3, abaixo) havia sido apresentada ao palestrante. Ficou clara e comprovada a censura, pois a terceira pergunta foi apresentada, sim, mas deturpada. Vejamos:

Pergunta 1: O que o Senhor tem a comentar sobre o pedido de desculpas apresentado pelo ambientalista inglês James Lovelock, em abril último, de que exagerou em suas previsões catastrofistas e recomendações?
OBS. Leia aqui o post que publiquei, sobre as "explicações" de James Lovelock:  http://richardjakubaszko.blogspot.com.br/2012/04/aquecimento-global-pai-da-hipotese-gaia.html

Pergunta 2: Apresente uma única prova científica de que está havendo aquecimento no planeta, ou mudanças climáticas, de acordo com as previsões feitas pelos ambientalistas, inclusive o Senhor.

Pergunta 3: Por quê os ambientalistas nunca debatem e nem recomendam a questão da redução do crescimento demográfico no planeta, esta, na verdade, a grande causa dos problemas ambientais, como poluição e ameaça de fome?

No caso da pergunta 3, "refeita" pelos assessores da FIESP, e que não citaram meu nome, como inquiridor, como fizeram com os demais perguntadores, a pergunta feita foi algo como "O que o Senhor teria a comentar sobre o crescimento populacional". E Monsieur Strong desandou a falar sobre esses problemas e suas consequências, do consumismo, e de que tínhamos de reduzir nossos padrões de consumo.


"A coletiva"...
Aí, começou a "coletiva", ou seja, duas repórteres das TVs-Internet da FIESP e SESI, acompanhadas de 2 cinegrafistas, e eu, em que ele comentou rápido, frente às câmaras, da sua satisfação em mais uma vez voltar ao Brasil, um país ambientalista. Depois da "entrevista" disse ao seu assessor que não haveria coletiva, pois "I dont need publicity". Depois, reclamou para o assessor, de que havia pedido "No press" no evento.
Ciente do problema da censura, o assessor perguntou se Maurice poderia responder as minhas duas perguntas, não formuladas. Com a concordância, e de um gesto de enfado de Strong, o assessor traduziu a pergunta 1, não sem antes me segredar em português que James Lovelock "é amigo pessoal dele" (Maurice...). Pois Maurice Strong afirmou que as declarações de Lovelock não são de sua responsabilidade, com as quais ele não concorda, e que eram afirmações feitas por um "chicken" (galinha, em inglês, que significa uma pessoa sem opinião, fraca, que muda de ideia toda hora), portanto, sem valor algum. Grande amigo, pensei com meus botões...

Para a pergunta 2, feita em seguida, Strong me olhou friamente, carrancudo, músculos da face imóveis, pensou rápido e deu a resposta em fração de segundos: "o degelo do Polo Norte", seguida de um meio sorriso vitorioso. Retruquei que inúmeros cientistas sérios já desmentiram isso, inclusive a NASA. Insisti na apresentação de uma prova científica, direto com ele, usando meu inglês macarrônico, mas já fluente diante das contrariedades surgidas. Maurice mais uma vez safou-se rápida e brilhantemente, com a esperteza de um bom brasileiro: "é a opinião deles (os cientistas)". Inverteu a posição e me perguntou o que eu achava, se essa era a minha opinião. Confirmei, e acrescentei que acho que é uma mentira dos ambientalistas. Ele encerrou a conversa com um "Yes, so, it is your opinion". Me deu as costas e foi conversar com outros.

Fui embora na sequência. Frustrado por ter caído na trapalhada da FIESP, na censura velada e "jeitosa" dos assessores de poucas práticas da mais importante instituição representativa dos empresariado brasileiro. Se a FIESP é assim, imagina o resto...

Entre o local do evento, até chegar à rua, muitos corredores e escadarias, um longo percurso. Fui pensando na síndrome brasileira, igual a do cachorro vira lata, que aplaude qualquer gringo que por aqui apareça, que dita regras, faz um elogio sobre nossas praias, nossas lindas mulheres, e agora falam sobre o como "somos bons ambientalistas". Só Freud para explicar essa neurose subalterna infiltrada no comportamento das elites políticas e empresariais. E que agora chega aos futebolistas envelhecidos, como Ronaldos, Ronaldinhos, Adrianos, Fabianos, nos músicos como Madonna e Paul McCartney, e nos ambientalistas como Maurice Strong. Não servem mais ao primeiro mundo, mas nós queremos, e contratamos...E eles vêm faturar um troco por aqui, afinal, agora somos um país rico, a 6ª economia do planeta...

Na saída quase "tropecei" no orelhão da Telefônica, um monumento ao mau gosto, implantado bem em frente ao portentoso prédio da FIESP, na calçada, junto ao meio fio, e ao lado da saída da estação Trianon do metrô. Pareceu-me uma sutil ironia do pessoal da Telefônica para com o pessoal da FIESP, pois o orelhão estilizado é um cérebro exposto, como pode ser visto na foto. Deve ser o cérebro de alguém da equipe da FIESP, fica funcionando do lado de fora do prédio...
.

8 comentários:

  1. Excelente post! Maurice Strong é um dos pais de todas as mentiras que é o ambientalismo! É preocupante o fato de a Fiesp mostrar tamanha reverência a um tipo desses...

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  2. Caro Richard,
    Muito antigamente, participei de vários eventos iguais a esse dirigidos a pessoas envolvidas com o agronegócio.
    Os palestrantes-gringos vinham pra cá pra falar da China pra deleite do Roberto Rodrigues, que queria mais subvenção do governo federal.
    Só papagaiada. Tomava um plasil antes de entrar na plenária.
    Abraço

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  3. Caro Richard:
    Abaixo, segue nota que escrevi para o boletim eletrônico Alerta Científico e Ambiental, inspirada por sua oportuna mensagem. Espero que a aprecie.
    Um e-braço.
    Geraldo Lino

    Maurice Strong: FIESP recebe "Sr. Carbono"
    Rio, 29/novembro/2012 - Definitivamente, quando se dispõe a discutir a questão ambiental, grande parte do empresariado brasileiro ainda se deixa seduzir pelo discurso ilusório das estrelas do ambientalismo internacional, que, geralmente, têm pouco ou nada a contribuir para qualquer discussão séria dos aspectos relevantes dos impactos ambientais das atividades humanas e das reais necessidades da sociedade brasileira. Quase como regra, limitam-se a repetir as platitudes habituais dos propagandistas do movimento ambientalista e, além de embolsar polpudos cachês, limitam-se às oportunidades para fotografias com os anfitriões e a proporcionar a participantes deslumbrados a possibilidade de dizer, posteriormente, que lhes fizeram pessoalmente esta ou aquela pergunta.

    Em setembro último, esteve em São Paulo (SP) o ex-vice-presidente estadunidense Al Gore, convidado pelos organizadores do Global Agribusiness Forum para "abrilhantar" o evento. Na ocasião, Gore (que não costuma sair de casa por menos de 170 mil dólares) desfilou o habitual rosário de obviedades e mistificações com os quais promove a hipótese do aquecimento global causado pelo homem, da qual é um dos paladinos mundiais (Alerta Científico e Ambiental, 4/10/2012).

    Agora, é a vez de seu parceiro de negócios e tramoias ambientalistas, o empresário canadense Maurice Strong, vir ao Brasil para "iluminar" seus pares nacionais com a sua vasta experiência de virtual "executivo-chefe" do ambientalismo internacional, papel que desempenhou durante mais de três décadas. Convidado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Strong esteve na capital paulista em 27 de novembro último, para proferia uma palestra magna sobre o tema "Perspectiva sustentável para o Brasil no mundo globalizado e suas vantagens competitivas".

    Em sua longa trajetória à frente do movimento ambientalista, de que foi um dos "pais fundadores", Strong ocupou uma pletora de cargos, em órgãos internacionais e fundações e empresas privadas, tendo sido um dos mentores da agenda do aquecimento global antropogênico, pelo que merece a alcunha "Sr. Carbono".

    Entre outros postos, foi o secretário-geral das conferências ambientais das Nações Unidas, em Estocolmo, em 1972, e Rio de Janeiro, em 1992. Foi fundador e o primeiro diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), posição a partir da qual lançou as agendas do banimento das substâncias que, supostamente, afetariam a camada de ozônio e das restrições aos combustíveis fósseis, posteriormente, consolidadas nos protocolos de Montreal e Kyoto. Foi, também, um dos idealizadores do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Igualmente, ocupou numerosas posições nos conselhos diretores de organizações ambientalistas, como o Fundo Mundial para a Natureza (WWF) e o World Resources Institute (WRI), além de entidades privadas que as sustentam, como as fundações da família Rockefeller. Mesmo de forma sintética, seu currículo de articulador internacional é longo demais para ser reproduzido aqui (os leitores interessados podem fazer a sua própria pesquisa na Internet).
    segue...

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  4. continuação...
    Evidentemente, como bom empreendedor, Strong, que atualmente reside em Pequim, aproveitou a visita para fazer negócios, possivelmente, visando a exportação etanol brasileiro para a China, a julgar pelas reuniões com empresários do setor, na União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) (Agência Indusnet Fiesp, 27/11/2012).

    Na própria conferência, Strong insistiu bastante no tema chinês. Como escreveu em seu blog o jornalista Richard Jakubaszko, um dos convidados para o evento: "Nos 45 minutos de palestra falou mais das oportunidades na China e de como os chineses se preparam para ser a maior nação do mundo, da experiência de ter morado na China, etc., do que das questões ambientais.

    Na oportunidade, Strong tratou de cativar os anfitriões, afirmando que, embora não fosse a sua primeira visita ao Brasil, era, certamente, a mais importante. "Não existe uma única organização no mundo que tenha tanto comprometimento com a implementação da sustentabilidade nas indústrias como a FIESP", afirmou (Agência Indusnet Fiesp, 27/11/2012).

    Da mesma forma, rasgou-se em elogios ao Brasil, que considera um líder mundial em sustentabilidade: "Apesar de o Brasil não ser um país desenvolvido, tornou-se uma capital no debate sobre a sustentabilidade".

    Um dos pais do "aquecimentismo", Strong não poderia deixar de dar o recado da alegada necessidade de limitação do uso dos combustíveis fósseis: "Precisamos fazer o nosso futuro, porque se não, teremos um futuro que não queremos. Já estamos muito além quanto às emissões de gases carbônicos, por exemplo, e não devemos ficar nesse curso."

    Durante os debates, ao ser solicitado por Richard Jakubaszko a apresentar uma única evidência do aquecimento global antropogênico, Strong respondeu: "O degelo dos polos."

    Como se sabe, não está ocorrendo qualquer degelo anormal nos pólos do planeta - de fato, a cobertura de gelo da Antártica está aumentando há décadas -, mas a resposta de Strong é o padrão dos argumentos falaciosos manipulados por ele e seus pares ambientalistas, para justificar a desorientada agenda da "descarbonização" da matriz energética mundial.

    Em síntese, assim como afirmamos no caso de Gore, seguramente, a FIESP teria à disposição opções bem melhores e mais relevantes para discutir com a devida seriedade os problemas ambientais que, realmente, afligem os brasileiros e como o País pode e deve se orientar em relação a estes e outros temas cruciais, neste grave momento de crise sistêmica global.

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  5. Richard,
    O Jesse Ventura expos a farsa do Maurice Strong e suas conexoes com os grandes banqueiros por detras de sua influencia nas Nacoes Unidas. Entretanto isso nao reduz a necessidade do principio da precaucao, o que vem a trazer tambem varias oportunidades de inovacao tecnologica (http://www.blueeconomy.de/), obviamente sem focarmos em modelos de ambientalismo puramente desenhados para controle de populacoes e beneficio de banqueiros...
    Gerson Machado


    http://www.youtube.com/watch?v=VbjGRNCeRqc
    Conspiracy Theory W/ Jesse Ventura: Global Warming [Season 1, Episode 3] (Full Length • HD)

    http://www.prisonplanet.com/conspiracy-theory-with-jesse-ventura-global-warming.html

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  6. Richard,
    O Maurice Strong foi desmoralizado no filme abaixo do Jesse Ventura.
    Gerson

    http://www.youtube.com/watch?v=VbjGRNCeRqc
    Conspiracy Theory W/ Jesse Ventura: Global Warming [Season 1, Episode 3] (Full Length • HD)

    http://www.prisonplanet.com/conspiracy-theory-with-jesse-ventura-global-warming.html

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  7. Claudio Silveira Luppi30 de novembro de 2012 às 09:30

    Richard,
    reconheço em você um cético consistente. Mas tem horas que exagera, como fez hoje. Atacar um senhor octogenário num blog não é politicamente correto. Ademais, se ele reclamou que estavam atrapalhando sua palestra foi justo, não? E, no fundo, o que você perguntou a ele sobre o derretimento dos polos é só a sua opinião...
    Claudio Silveira Luppi, de Curitiba

    RESPOSTA DO BLOGUEIRO:
    Não ataquei, Claudio, só me defendi. Vou atacar quando terminar de escrever o livro desmentindo essa mentira do aquecimento, com o título provisório de "CO2, a grande mentira do século XXI", o que deve opcorrer em 2013.
    Mostrei como age o octogenário, num espaço público, aqui no blog, onde ele tem oportunidade até de se defender, se assim o desejar, independentemente da idade, que é coisa que respeito muito, mas entenda que se ele não respeita seus próprios cabelos brancos, não sou eu que vou respeitar os mesmos... Em síntese, agora sim, na minha opinião, ele é grosseiro. Abusa da emissão de opiniões, embutidas e escondidas em gigantescos interesses financeiros, inconfessáveis, sem transparência ou comprometimento com a humanidade. O interesse dele favorece apenas uma agenda pessoal de caráter político e econômico, ou seja, o poder político através da futura Agência Internacional Ambiental, nos moldes da AIE - Agência Internacional de Energia (Atômica), a ser ancorada na ONU, com poderes supranacionais, e dos interesses econômicos para vender a instalação de usinas de energia nuclear, para geração de energia elétrica, mas isso ele não revela.
    Sobre o derretimento dos polos só pode ser uma brincadeira, né Claudio? A Antártica AUMENTOU a área de gelo, e o Ártico continua o mesmo... São os cientistas e a NASA que dizem isso. E você vai assistir, no hemisfério Norte, no inverno que se inicia dentro de um mês, um dos mais rigorosos invernos dos últimos anos, tudo por causa do aquecimento. Quem viver verá...
    Agora, desconstruir a imagem de um vendedor internacional de mentiras é necessário, independentemente de ele ser octogenário ou não, isso não tem nada a ver com o problema em si. Na verdade, ele é quem "usa" a idade para facilitar o seu próprio trabalho. Se fiz um "assassinato de reputação", como vc insinua, discordo, ele próprio vem se suicidando aos poucos, eu só estou ajudando a empurrar a fera, precipício abaixo... De pessoas como ele quero distância. Viu só o que ele falou do seu (dele) amigo pessoal, Mr. James Lovelock?

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  8. OLA RICHARD
    GOSTO E ADMIRO A SUA CORAGEM EM DEBATER ASSUNTOS TÃO IMPORTANTES E A SUA LUTA PELA DIGNIDADE E LIBERDADE DA PROFISSÃO, POR ORA TAO CERCEADA, HAJA VISTO O ACONTECIDO NESSA PALESTRA.
    É TRISTE VER O RECALQUE NOSSO, DOS BRASILEIROS, EM "FAZER QUESTAO" DE ESTENDER O TAPETE VERMELHO A QUALQUER ESTRANGEIRO QUE AQUI APORTA, COMO ACONTECE NO JAPÃO, TAMBEM, E NAO DARMOS VALOR AOS FILHOS DA TERRA, DA NOSSA TERRA.
    ADMIRO-O CADA VEZ MAIS COMO PESSOA E PROFISSIONAL
    SILVIA

    COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO:
    Silvia, obrigado, mesmo!

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