Os drones estão na Agro DBO |
Por Coriolano Xavier *
Talvez a gente veja, em breve, robôs trabalhando em nossas fazendas, como profetizou a saga Guerra nas Estrelas, em 1970. Mas falar em robotização rural ainda é uma espécie de licença poética, embora os padrões de eficiência operacional no campo estejam avançando rápido, além de fronteiras e parte disso tem a ver com automação e uso de tecnologia da informação.
Na suinocultura norte-americana, por exemplo, em granjas de bom nível tecnológico, um funcionário cuida do manejo de 300 matrizes ou cerca de 5.000 suínos em terminação. Para ajudá-lo, alguns estabelecimentos já têm até “robozinhos móveis” que auxiliam na condução de reprodutores através da granja.*
No Brasil, o padrão médio de eficiência, em granjas de boa tecnologia, está em 150 matrizes ou 1.500 leitões em terminação, por funcionário. E veja que isso não é um julgamento sobre o potencial de nossos recursos humanos. Ao contrário, é muito mais um registro sobre a tecnologia embarcada nas granjas de nossos concorrentes do exterior e a correspondente capacitação exigida para operá-la.
Saindo da criação animal, a tendência é a mesma e as novas ferramentas tecnológicas chegam ao mercado sem parar. Coisas como a calibragem automatizada para aplicação de fertilizantes, via GPS, reduzindo praticamente a zero o desvio-padrão de falhas na distribuição, hiper ou sub dosagem.*
Há também os aplicativos de celular para identificar no próprio campo novas espécies de plantas daninhas, ou espécies resistentes em novos lugares** -- e até definir padrões de tratamento adequado, compartilhando no mesmo instante a informação com um consultor fitossanitário conectado online.
Ou então os estranhos e misteriosos drones (veículos aéreos não tripulados) usados no planejamento e controle das lavouras, que até outro dia pareciam excentricidade tecnológica de alguns agricultores, mas em julho próximo já terão a sua primeira Feira Dinâmica de Negócios – o “Precision Aerial Ag Show”, na cidade de Decatur, nos Estados Unidos.
Muito se tem falado sobre a necessidade de aumentar a educação no campo, de multiplicar a capacitação técnica operacional das equipes de fazendas e granjas, e dos gargalos sérios de competitividade que podemos enfrentar, se isso não for feito. Diagnóstico correto.
Mas o horizonte também mostra que a superação desse desafio não deve olhar só para trás, na tentativa de recuperar o tempo perdido, mas também mirar no futuro, para responder à avalanche tecnológica que parece vir por aí.
Um pé na canoa do presente para alinhar nossos recursos humanos à base competitiva atual e outro pé na canoa do futuro: desenhando a formação profissional que os novos tempos da automação e tecnologia da informação parecem demandar. Porque o relógio da tecnologia está andando bem mais rápido do que os padrões de tempo que acostumamos a viver.
Talvez a gente veja, em breve, robôs trabalhando em nossas fazendas, como profetizou a saga Guerra nas Estrelas, em 1970. Mas falar em robotização rural ainda é uma espécie de licença poética, embora os padrões de eficiência operacional no campo estejam avançando rápido, além de fronteiras e parte disso tem a ver com automação e uso de tecnologia da informação.
Na suinocultura norte-americana, por exemplo, em granjas de bom nível tecnológico, um funcionário cuida do manejo de 300 matrizes ou cerca de 5.000 suínos em terminação. Para ajudá-lo, alguns estabelecimentos já têm até “robozinhos móveis” que auxiliam na condução de reprodutores através da granja.*
No Brasil, o padrão médio de eficiência, em granjas de boa tecnologia, está em 150 matrizes ou 1.500 leitões em terminação, por funcionário. E veja que isso não é um julgamento sobre o potencial de nossos recursos humanos. Ao contrário, é muito mais um registro sobre a tecnologia embarcada nas granjas de nossos concorrentes do exterior e a correspondente capacitação exigida para operá-la.
Saindo da criação animal, a tendência é a mesma e as novas ferramentas tecnológicas chegam ao mercado sem parar. Coisas como a calibragem automatizada para aplicação de fertilizantes, via GPS, reduzindo praticamente a zero o desvio-padrão de falhas na distribuição, hiper ou sub dosagem.*
Há também os aplicativos de celular para identificar no próprio campo novas espécies de plantas daninhas, ou espécies resistentes em novos lugares** -- e até definir padrões de tratamento adequado, compartilhando no mesmo instante a informação com um consultor fitossanitário conectado online.
Ou então os estranhos e misteriosos drones (veículos aéreos não tripulados) usados no planejamento e controle das lavouras, que até outro dia pareciam excentricidade tecnológica de alguns agricultores, mas em julho próximo já terão a sua primeira Feira Dinâmica de Negócios – o “Precision Aerial Ag Show”, na cidade de Decatur, nos Estados Unidos.
Muito se tem falado sobre a necessidade de aumentar a educação no campo, de multiplicar a capacitação técnica operacional das equipes de fazendas e granjas, e dos gargalos sérios de competitividade que podemos enfrentar, se isso não for feito. Diagnóstico correto.
Mas o horizonte também mostra que a superação desse desafio não deve olhar só para trás, na tentativa de recuperar o tempo perdido, mas também mirar no futuro, para responder à avalanche tecnológica que parece vir por aí.
Um pé na canoa do presente para alinhar nossos recursos humanos à base competitiva atual e outro pé na canoa do futuro: desenhando a formação profissional que os novos tempos da automação e tecnologia da informação parecem demandar. Porque o relógio da tecnologia está andando bem mais rápido do que os padrões de tempo que acostumamos a viver.
* membro do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS); Professor do Núcleo de Estudos do Agronegócio da ESPM. rápido do que os padrões de tempo que acostumamos a viver.
(**) Fontes: AgWeed ID app para smartphone/Penton Farm Progress. Agroceres PIC – Depto. Serviços Técnicos. Equaply Anydrous Delivery System – NH3 Company.
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