segunda-feira, 30 de junho de 2014

Dois países


Janio de Freitas *
A imprensa, a TV, as rádios que tocam notícia não deixam que nos enganemos. O nosso desânimo é total, o pessimismo nos imobiliza, o desemprego nos alarma, estamos todos reduzidos a desastres humanos e o país chafurdado na vergonha do seu fracasso. A Confederação Nacional da Indústria, a sádica CNI, ainda tem a perversidade de pagar mais uma sondagem para nos dizer que, nos últimos dias, afundamos mais ainda em nossa humilhação.

Aí vem uma pesquisa internacional, a Gallup World Cup -- diz a informação que feita "em mais de 130 países" -- e traz esta conclusão: pela oitava vez consecutiva, o Brasil "está no topo" em satisfação com a vida nos futuros cinco anos. Com a nota 8,8 na média da opinião dos brasileiros, em escala que vai de 0 a 10 para a "felicidade futura".

Estou tão desanimado, como o país todo, que não tenho disposição para qualquer comentário sobre o conflito das duas visões e, muito menos, sobre sua causa.

Publicado na Folha de São Paulo http://naofo.de/hv5
Na TV, o pessimista Jabor enviou bananas aos brasileiros.

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domingo, 29 de junho de 2014

“Não insulto, mas não me dobro!”

Richard Jakubaszko


A presidente Dilma, na Convenção do PT que oficializou sua candidatura, no sábado, 21/6/14, disse, em resumo:
 

Não insulto, mas não me dobro!

Fui eleita para governar de pé e de cabeça erguida.

O Brasil quer seguir mudando pelas mãos dos que já provaram que têm capacidade de mudar o país.

Há onze anos mudamos o país, colocamos o povo como protagonista!

E tudo de forma pacífica!

Em pouco mais de uma década, a maior redução da desigualdade social da nossa História.

Nessa eleição, a verdade deve vencer a mentira e a desinformação!

O nosso projeto de futuro e todas as nossas realizações devem vencer os que querem voltar ao passado.

Quando assumi, o mundo era um e pouco depois era outro.

A crise mundial afetou as economias desenvolvidas, mas boa parte também do sistema político, ao aumentar o desemprego, ao abolir direitos e ao semear uma avassaladora desesperança mundo afora.

Dessa vez, o nosso país não se rendeu, não se abateu nem se ajoelhou como fez diante de todas as crises do passado.

O Brasil soube defender o que é mais importante: o emprego e o salário do trabalhador. Foi o país que melhor venceu essa batalha.

Antes, o Brasil se defendia de uma forma perversa: arrochando o salário dos trabalhadores e aumentando os juros a níveis estratosféricos, com mais desemprego, e vendendo o patrimônio público.
Eles alienavam o nosso futuro.
Não enfrentavam só a crise.
Eles alienavam o nosso futuro.

A partir do Governo Lula e do meu Governo não fizemos isso.
Não aceitamos que essa era a única saída.

60 milhões de empregos foram alienados em todo o mundo.
 

Aqui, criamos 21 milhões de postos de trabalho, só no período da crise.
Nós mantivemos a valorização do salário mínimo.
Consolidamos o maior programa de habitação popular.
E temos os maiores programa de obras de infraestrutura.

Fortaleceu a Petrobras e, com isso, descobriu o pré-sal e implantou o modelo de partilha.

Esse novo Brasil implantou também o maior programa e educação profissional da nossa História.

No Pronatec: as mulheres são mais que a maioria!

A lei de cotas no serviço público e nas universidades.
Mais Médicos a 4 mil municípios.

Não fui eleita para trair a confiança do povo, nem arrochar salário do trabalhador, nem para vender o patrimônio público, para mendigar dinheiro do FMI porque não preciso e não vou colocar o país de joelhos.


Fui eleita para governar de pé e com a cabeça erguida.

O fim da miséria é só um começo.

O povo merece o melhor.

Temos uma oportunidade rara: criamos as condições para defender o que já construímos e acumulamos força.

Um ciclo de desenvolvimento vem correndo com aquele que corria.

Manter os dois pilares básicos de 2003: a solidez econômica e a amplitude das políticas sociais.

Dar qualidade ao emprego com desenvolvimento tecnológico e mais tecnologia.

A transformação da Educação só se consolida com a plena valorização do professor.

Começamos a fazer isso desde o Governo Lula.

E vamos acelerar quando ingressarem os 75% do petróleo do pré-sal!

O salário do trabalhador em 11 anos cresceu 75% acima da inflação.

Nós geramos mais de 20 milhões de empregos com carteira assinada.

A inflação esteve nos menores níveis comparados com qualquer outro período da história recente.

Para realizar avanço na qualidade do nosso emprego.

Para melhorar a formação dos trabalhadores, implantamos o maior programa de ensino técnico da nossa História.

Até o fim desse ano vamos formar 8 milhões de pessoas.

Consolidamos o ENEM, o ProUni e o FIES, novas universidades e escolas técnicas.

Criamos o Ciência sem Fronteiras.

Quarta-feira passada anunciei que o Pronatec vai formar mais 12 milhões – em 2018 teremos capacitado 20 milhões de brasileiros e brasileiras.

Precisamos de uma mudança radical ao mundo digital.

E uma reforma federativa.

Esse novo ciclo histórico está sendo gerado há muitos anos.

O PAC, os investimentos em infraestrutura.

Minha Casa Minha Vida é o pilar de uma grande reforma urbana necessária, como são pilares os projetos de mobilidade.

O que está sendo usado para a Copa foi feito para o povo brasileiro!

Fomos os Governos que mais investiram em saneamento básico!

Depois que a gente pagou o FMI, a gente passou a ter o direito de escolher onde empregar o dinheiro público.

E começamos a investir em saneamento básico para combater e a mortalidade infantil.

Hoje, o Nordeste procura e investe em abastecimento de água e estados ricos como São Paulo não fizeram o dever de casa.

Brasil sem Burocracia: nenhum país do mundo cegou ao desenvolvimento sem resolver as amarras da burocracia.

Lula já dizia: aumentaram as estruturas de fiscalização e encurtaram os meios de realização.

É porque não faziam estradas. Não precisavam fazer estradas.

Para avançar, é necessário tornar o Estado, não um Estado Mínimo, mas um estado eficiente.

Outro programa é o acesso à banda larga para todos. Vamos promover a universalização a todos os brasileiros a internet barata e segura.

O novo Marco Regulatório para Internet foi essencial.

Vamos dar uma participação popular cidadã às decisões de Governo.

A internet e seu uso são instrumentos dessa participação.

A segurança pública é fundamental para se discutir as condições de vida nas grandes cidades brasileiras.

Precisamos de uma ampla reforma!

É preciso reestudar e redefinir novos papéis e novas funções entre os entes federados.

Redefinir o pacto federativo.

Reforma política exige participação popular.

E que isso desague num grande plebiscito!


A palavra chave será “oportunidade”.

Oportunidades especialmente para grupos marginalizados: as mulheres, os negros e os jovens.

As meninas podem, os jovens podem, os negros podem!

O meu desafio foi suceder uma lenda viva!

Eu preciso, sim, de mais quatro anos para poder completar uma obra à altura dos sonhos dos brasileiros.

Campanha é um ato de explicar!

Explicar como vai ser o futuro!

Campanha tem que ser uma festa de paz.

Nunca fiz política com ódio.

Quando tentaram me destruir física e emocionalmente, com o uso de violências, continuei amando o meu país.

Quem se deixa prender no ódio, faz o jogo do adversário.
Foi por isso que nós vencemos a luta pela Democracia.

Não tenho rancor de ninguém.

Não insulto, mas não me dobro.

Não agrido, mas não fico de joelhos.

Nossa campanha tem que ser uma festa do alto astral.

Abaixo o pessimismo, a mediocridade e o baixo astral.

Alegria e otimismo!

Eu estava no pátio do Presidio Tiradentes e escutei “apesar de você, amanhã vai ser outro dia”.

Sempre, a gente tem que se lembrar disso.

Vejam a Copa, a Copa está dando uma goleada nos pessimistas, nos que diziam que ela não ocorreria.

Vamos amar o nosso país, a nossa camiseta verde e amarela e torcer pelo nosso time e não deixar jamais o ódio prosperar.

Vamos recolher as pedras que lançam contra e transformar em tijolos para fazer o Minha Casa Minha Vida.

Vamos recolher os xingamentos, os impropérios, as grosserias e vamos transformar em canções e versos de esperança.

Viva o Brasil, viva o povo brasileiro!

P
ublicado no blog Conversa Afiada:
http://www.conversaafiada.com.br/politica/2014/06/21/nao-insulto-mas-nao-me-dobro/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+pha+%28Conversa+Afiada%29
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sábado, 28 de junho de 2014

Os símbolos comunistas no Brasil

Richard Jakubaszko
Rola na internet um clima de desmentidos contra as afirmações estapafúrdias de um colunista da Óia que vê símbolo comunista em tudo que seja vermelho, ou que tenha uma estrela vermelha.
Olha só a resposta dos internautas:

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quinta-feira, 26 de junho de 2014

Humilhando a arrogância...

Richard Jakubaszko 
Os arrogantes não se reconhecem como tal. "Sabe com quem vc está falando?", é só uma frase pra humilhar. Precisam de uma sutil tijolada na testa, como foi dada ao comandante da frota americana no Mediterrâneo, pouco antes da invasão ao Iraque.

No vídeo abaixo, como se desmonta um arrogante, com muita classe...

O vídeo me foi enviado pelo Degas, diretor de Arte lá da DBO Editores, atento observador dos costumes dos arrogantes.
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quarta-feira, 25 de junho de 2014

Lula diz a frase do ano

Richard Jakubaszko

O que foi que Lula falou? Algo simples, direto e verdadeiro:


Toda vez que um tucano fala em choque de gestão, eu sei que o trabalhador vai entrar pelo cano

Precisa desenhar?

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terça-feira, 24 de junho de 2014

O Brasil não é dos pessimistas

Richard Jakubaszko 
Para quem não acreditava e dizia: "imagina na Copa!".
O PT aprovou em sua Convenção Nacional como candidata oficial do partido a presidente Dilma na eleição de outubro próximo.
Conforme Lula, a Copa funcionou, os metrôs funcionaram os estádios ficaram prontos.
O Brasil é dos brasileiros.
O Brasil não é dos pessimistas.
Milhões de empregos foram criados. Os salários não tiveram arrocho!

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domingo, 22 de junho de 2014

Tem muito maluco neste vídeo, sensacional!

Richard Jakubaszko  
Um dos vídeos clips mais loucos e agitados de todos os tempos, tem muita adrenalina! Há cenas absolutamente sensacionais.
"Best of Web 4 - HD - Zapatou" já tem mais de 10 milhões de cliques. Recomendo, sem medo de errar, aos que gostam de ação e emoção:

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sábado, 21 de junho de 2014

É bom prestar atenção


Zuenir Ventura *

Dizem os entendidos que só se dará bem neste século quem conseguir resolver dentro de si a luta entre o foco e a desatenção, isto é, entre a capacidade de se concentrar e a dispersão a que estamos sujeitos por causa das “distrações” que nos assediam diariamente através dos vários meios de comunicação.

A velocidade e a insistência dessas mensagens estariam diminuindo nossa capacidade de fixá-las e de refletir sobre o que elas realmente significam. O bombardeio de informações produz entropia, confusão, já que o excesso delas é igual a ruído.

Preocupado com o fenômeno, o psicólogo americano Daniel Goleman escreveu o livro “Foco — A atenção e seu papel fundamental para o sucesso”, que acaba de ser lançado no Brasil, onde a palavra do título virou moda. Já comentamos aqui mesmo que o termo passou a frequentar os mais variados ambientes.

O governo Dilma não perdeu o rumo, “perdeu o foco”. Os partidos de oposição estão “desviando o foco”. A atriz prefere “focar no lado bom das coisas”. Um time venceu não porque jogou melhor, mas porque finalmente “encontrou o foco”.

Por meio de análises, depoimentos e pesquisas, Goleman mostra que essa recorrência é causada pela dificuldade de concentração, que se deve, sobretudo à onipresença do celular e da internet em nossas vidas. “A tecnologia captura a nossa atenção e interrompe as nossas conexões”.

Algumas empresas do Vale do Silício chegaram a banir das reuniões laptops, iPads, iPhones e outras ferramentas digitais. Um casal confessou ao autor que teve de fazer um pacto de boa convivência: “Em casa, guardamos os telefones numa gaveta.”
 
Alguns anos atrás as pessoas ficavam indignadas quando alguém pegava o Blackberry para conversar com outra na nossa presença. “Hoje é a norma.” Estudos cerebrais revelam que a “recompensa neural” desses viciados é parecida com a dos dependentes de álcool e drogas. Um professor universitário admitiu que não consegue ler mais de duas páginas por vez. “Estou perdendo a capacidade de me concentrar em qualquer coisa séria.”

Ainda bem que o mal tem cura. Uma das lições do livro é que a atenção funciona como um músculo mental, que permite acompanhar uma história, concluir uma tarefa, aprender ou criar. “Pouco utilizada, ela definha; bem utilizada, ela melhora e se expande”, o que significa que é possível fortalecê-la e até mesmo reabilitar “cérebros carentes de foco”. Basta treiná-la. Um bom método é o exercício de memorização.

Mas, cuidado, foco não é ideia fixa, obsessão. Use com moderação. É preciso dar uma folga ao cérebro, deixar um tempo livre para a divagação. Muitas descobertas e invenções aconteceram durante momentos de “distração”. O espírito aberto e a imaginação solta permitem a entrada de boas ideias.

* Jornalista

Publicado em O Globo
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sexta-feira, 20 de junho de 2014

Afinal, Deus existe ou não?

Richard Jakubaszko
No vídeo a seguir (com legendas em português) um debate muito interessante sobre as duas opiniões antagônicas que motivam polêmicas seculares entre cientistas ateus, ou os agnósticos, e teólogos religiosos. Os primeiros são os evolucionistas, e os seguintes os criacionistas.
E você, no que acredita?
Acho salutar e enriquecedor o debate.


O debate acima, "Evolução vs Criacionismo", entre Bill Nye e Ken Ham, aconteceu em 04 de fevereiro de 2014, em Cincinnati, EUA.

Bill Nye, americano, um conhecido e respeitado educador científico, e Ken Ham, australiano, um teólogo cristão, fundador da Answers in Genesis, foram os debatedores e responderam de diversas formas à seguinte questão: "A criação é um modelo viável para a explicação da origem da vida dentro da atual era científica?"


Cada um declarou suas crenças e depois respondeu perguntas da plateia.
Vale a pena assistir.
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quinta-feira, 19 de junho de 2014

Chico Buarque, 70 anos; O que será.

Richard Jakubaszko  
Qualquer música de Chico é representativa dele, sua obra musical é imensa, marcante, transborda talento e criatividade. Quanta sensibilidade em Olhos nos olhos, A banda, Atrás da porta, Construção, Cálice, Com açúcar com afeto, Quem te viu e quem te vê, Gente humilde, Olê olá, Bom tempo, Baticum, Samba do grande amor, Gota d'água, Bancarrota Blues, Vai passar, Sobre todas as coisas, A moça do sonho, Carolina, e muito mais, tanto talento, que sobrou até pro Julinho da Adelaide, no Apesar de você... E ainda tem Roda Viva, Ópera do Malandro, Joga pedra na Geni...

Abaixo, como reverência à ironia ímpar do Chico, e aos 70 anos que ele completa hoje, O que será, e dizem que ele afirmou que era uma homenagem à lombriga e à diarreia, mas à qual se dava naqueles tempos de ditadura uma reverencial conotação política e filosófica...
Só o Chico...

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quarta-feira, 18 de junho de 2014

Os oráculos da pilantragem


Por Mauro Santayana *
A Comissão Européia acusou, formalmente, na semana passada, os bancos HSBC, Crédit Agricole e JP Morgan, de promover acordos, por debaixo do pano, para manipular a taxa interbancária EURIBOR - que afeta diretamente o custo dos empréstimos para os tomadores.

Do golpe, participavam também o Barclays, o Societé Generále, o Royal Bank of Scotland, e o Deutsche Bank, já condenados pelo mesmo crime, em dezembro, a pagar multa de mais de um bilhão de euros.

O Deutsche, maior banco da Alemanha, teve de ser capitalizado em 8 bilhões de euros, esta semana, para para não quebrar. O Banco Espírito Santo, de Portugal, também a ponto de quebra, foi acusado, pela KPMG, de graves irregularidades em suas contas. E o Crédit Suisse foi condenado a pagar 2.6 bilhões de dólares à justiça dos EUA, por favorecimento ao desvio de divisas e à sonegação de impostos.

Para Bertold Brecht, era melhor fundar um banco que assaltá-lo. E Bernard Shaw lembrava que não há diferença entre o pecado de um ladrão e as virtudes de um banqueiro.

O mundo muda. Hoje, uma diferença de menos de 2% separa o peso das seis maiores economias emergentes das seis maiores economias “desenvolvidas” e as reservas em mãos do primeiro grupo quase triplicam as do segundo.

Mas, no Brasil, continuamos ouvindo, como se fossem oráculos, a opinião dos banqueiros estrangeiros, que só estão em nosso país para organizar a espoliação sistemática de nossas riquezas e do nosso mercado.

Lá fora, a opinião pública chama essa gente de banksters (foto) unindo em uma só palavra o termo bankers (banqueiro) e gangsters (bandidos).

Aqui, o que diz um representante deles - que estão quebrando ou são acusados de crimes em seus países de origem - é sagrado.

Independente de quem estiver no poder no governo, o Brasil, se quiser continuar atraindo dinheiro externo, precisa estabelecer instrumentos próprios de defesa da imagem do país lá fora, criando, como se está projetando fazer com os BRICS, agências próprias de qualificação, bancos de fomento, fundos de reserva, etc.

Até mesmo porque a credibilidade das principais agências de qualificação que existem hoje está tão baixa, no exterior, quanto a dos bancos, aos quais tantas vezes se aliam e protegem, para enganar e pilhar países e correntistas.

É preciso que aprendamos a não dar ouvidos aos enganosos oráculos da pilantragem.

Assim como no Brasil, na China os maiores bancos são estatais, e a dependência de capital externo no mercado financeiro é – até por uma questão estratégica - marginal e quase irrelevante.

A diferença que existe entre nós e eles – prestes a se transformar na maior economia do planeta – é que, no Brasil, a opinião de instituições externas, acusadas de envolvimento em duvidosos episódios e nas últimas crises internacionais, orienta e pauta as ações do governo, e vai para a primeira página dos jornais.

Em lugares como Pequim e Xangai, o país, os empreendedores e os consumidores, estão se lixando, redondamente, para a opinião dos bancos ocidentais.



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terça-feira, 17 de junho de 2014

O culpado do 0 x 0 foi o Ochoa...

Richard Jakubaszko  
O Ochoa, goleiro mexicano, é uma fera, foi ele o principal responsável pelo empate da seleção brasileira hoje. Será que o Felipão sabia que o cara é tão bão assim?
Vejam no vídeo abaixo defesas sensacionais do Guilhermo Ochoa, e o vídeo tem mais de 2 milhões de visualizações. O cara não é fraco, não...

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segunda-feira, 16 de junho de 2014

Chineladas nos coxinhas! Eles merecem!

Richard Jakubaszko  
Depois dos xingamentos desvairados e ofensivos dos coxinhas contra a presidente Dilma Rousseff, agora os cidadãos conscientes deste país resolveram confrontar os vira-latas. Já não era sem tempo!
Primeiro foi o vira-lata do Reinaldo Azevedo, um dos maestros da vira-latice e do mau humor, porta-voz da elite brasileira, que chamou o cientista Miguel Nicolelis de "midiático" e enganador. Fez essa malvadeza no twitter, e levou o troco, uma chinelada com muita classe.
Vejam abaixo:
Agora veio o Diogo Mainardi, um paraquedista, que nem jornalista é, acusar o cientista Miguel Nicolelis de embusteiro, e ainda colocou Santos Dumont na mesma cesta. Aí Mainardi levou três chineladas de uma só vez, também lá no twitter:
Glorifiquemos as chineladas! Só assim eles tomam vergonha na bunda!

As imagens foram capturadas no blog do Miguel do Rosário, no O Cafezinho:
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A onda de mau humor


Zuenir Ventura *

Reclamam sem saber bem de quê, em geral, de ‘tudo isso que está aí’, com prazer masoquista. Hoje o pretexto é a Copa, seria outro se não houvesse esse.



Algumas pessoas já perceberam que uma onda de mau humor nos atingiu. O sociólogo italiano Domenico De Masi, admirador e estudioso do Brasil, aonde vem com frequência, declarou em entrevista que o país está “deprimido”, e sem motivo para isso, pois acha que poucas nações avançaram tanto nesses últimos 30 anos. Ele acredita que podemos contribuir para a construção de um modelo de vida universal, “baseado na miscigenação, na sabedoria, na beleza e na harmonia”. E, eu acrescentaria, na vocação para a alegria. O humorista Tutty Vasques, que faz crítica com graça, a exemplo do Chico Caruso, também acha que o clima está pesado, tanto que tem medo de rir em público e ser advertido por alguém: “Está rindo de quê?” A campeã olímpica de judô, a francesa Lucie Décosse, passando por aqui, observou: “As pessoas estão muito irritadas; todo dia tem uma greve!” Uma amiga chegou a classificar de “núcleos de entusiasmo” os grupos que ainda teimam em contrariar a moda da cara emburrada. Até Alice anda irascível porque continua sem resposta para a pergunta “quem manda no mundo?” Ela deve estar querendo fazer também alguma reclamação. Outro dia contei aqui histórias de um motorista de táxi bem-humorado e otimista. Pois bem, um leitor achou que se tratava de um “personagem inventado” e um repórter da TV Bandeirantes entrevistou-o por ser uma raridade.



Muitos nos acusam, a nós, jornalistas, de contribuir para o pessimismo atual, com a suposta crença de que nós achamos que notícia boa é notícia ruim. Pode ser, mas, se isso é verdade, encontra eco entre os leitores que gostam de não gostar. De Masi, numa reunião informal, quis a opinião dos presentes. Alguém aconselhou-o a perguntar também a um psicanalista, porque, ao lado das justas motivações, há aquelas internas, autoinsatisfações, que nem sempre têm a ver com o que acontece do lado de fora. Há queixosos que reclamam sem saber bem de quê — em geral, de “tudo isso que está aí” —, com evidente prazer masoquista. Hoje o pretexto é a Copa, mas seria outro se não houvesse esse.



Os indignados que acreditam na eficácia do ranger de dentes e da crispação ou nos muxoxos e na rabugice esquecem que ridicularizar pelo riso funciona mais do que xingamento. E, além do mais, estudos médicos revelam que mau humor faz mal à saúde, porque libera a adrenalina, que eleva a tensão arterial e aumenta o nível de açúcar no sangue. Já o indivíduo bem-humorado produz endorfina, o hormônio que relaxa e estimula o bem-estar.



Se não bastassem todas essas desvantagens, o mau humor apresenta o risco de ser viral, de contagiar. A gente acaba falando contra ele com mau humor, como desconfio que fiz nesta coluna — e não só nesta.



* Jornalista

Publicado em O Globo
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sábado, 14 de junho de 2014

Repórter da Jovem Pan vai à Copa de jegue


Richard Jakubaszko
Cá entre nós, precisa explicar a pauta de jumento do Victor LaRegina, misto de repórter-coxinha da Jovem Pan? Provavelmente neto bastardo da Velhinha de Taubaté, além de adepto da prática de "ironia ao pé da letra" dos mauricinhos semialfabetizados dos jardins paulistanos, o dito coleguinha fez uma gambiarra jornalística, acriticamente noticiada no Comunique-se.

O que o jumento queria provar? Que a jornada demoraria mais tempo do que se fosse de metrô ou de carro? Ficou provado que sim. Se fosse um dia normal, e não um feriado, o jegue só perderia para o metrô. Ficaria, portanto, um incentivo à prática e ao uso do jegue no tresloucado trânsito paulistano, com vantagens na rapidez de deslocamento, mesmo com certo desconforto para os coxinhas, que abominam entrar num busão.


Então, quando adentrou à Arena Corinthians, o jumento com certeza juntou-se à elite paulistana de alegres coxinhas instalada na ala VIP do Itaquerão, e vaiou a presidente Dilma. Depois, mandaram ela tomar em qualquer lugar, demonstrando grande elegância e fina educação no trato com senhoras e autoridades; educação caseira e acadêmica, é claro, porque isso todo coxinha tem de sobra.
O jegue veste a camisa listrada, e o jumento azul. * 

 
* A legenda é real. Para ser plágio, um dos dois precisaria usar óculos...

Pauta de jumento
http://portal.comunique-se.com.br/index.php/sub-destaque-home/74525-info
“Nunca reclamamos de ir a pé (ao estádio). Vai a pé, vai descalço, vai de bicicleta, vai de jumento, vai de qualquer coisa. A gente está preocupado? Ah não, porque agora tem que ter metrô até dentro do estádio. Que babaquice que é essa?”. A declaração do ex-presidente Lula, proferida durante entrevista concedida a blogueiros no mês passado, serviu para pautar o programa ‘Jovem Pan Morning Show’ desta quarta-feira, 11.

Como o estádio do Corinthians receberá o jogo de abertura da Copa do Mundo na tarde desta quinta, 12, a equipe da Jovem Pan quis relatar aos ouvintes – e ao público que acompanha a programação da rádio no site e nas redes sociais – as possíveis formas de se chegar ao campo de jogo localizado em Itaquera, bairro da zona leste da capital paulista. Para isso, quatro profissionais da emissora foram escalados para a pauta.

Ligia Mendes deixou a redação da emissora de rádio, localizada na Avenida Paulista, região central da cidade de São Paulo, e foi até o palco de Brasil X Croácia de carro. Felipe Mota usou o ônibus oficial da Fifa (entidade responsável pelo torneio) reservado à imprensa, enquanto Thiago Mendonça usou o metrô para chegar à periferia paulistana. O tempo gasto em cada viagem foi de 24 (automóvel), 46 (ônibus-Fifa) e 50 minutos (transporte público).

O quarto integrante da Jovem Pan a deixar a sede da empresa para ir até o estádio de abertura da Copa foi Victor LaRegina. Diferentemente de seus colegas de trabalho, ele gastou (
sic) duas horas para chegar próximo ao local combinado. Seu meio de locomoção? Um jumento, como tinha sugerido o ex-presidente da República. “[O repórter] (sic) teve problemas de deslocamento pelas vias paulistas (sic) e demorou para acessar à (sic) Avenida 23 de Maio”, informou a emissora em seu site oficial.

“Com muita bravura, o animal chegou à Radial Leste e encerrou sua jornada, muito atrás dos outros concorrentes”, complementou o texto da emissora, que admitiu que usar um jegue para passear por São Paulo é uma forma “bem inusitada”. A Jovem Pan também fez questão de informar que “houve todo cuidado necessário no trato do animal” (
sic) e o trajeto percorrido por LaRegina foi “integralmente supervisionado” (sic).

DÚVIDA DO BLOGUEIRO:
Fiquei curioso para saber se o jegue cometeu necessidades impostas pela natureza, ao longo do percurso dessa exemplar e longa jornada épica, e se essas sujeiras, digamos assim, foram devidamente recolhidas pelo repórter jumento e coxinha, numa apropriada e higiênica sacolinha plástica biodegradável.
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