Estão politizando o futebol, os brasileiros andam com medo de mostrar sua paixão pelo futebol, poucos têm a coragem de mostrar o verde-amarelo na iminência da Copa das Copas, que se inicia semana que vem. Acho deplorável que brasileiros se deixem utilizar por interesses políticos e saiam às ruas, seja para protestar ou para depredar.
Acho que Ronaldo, o fenômeno, está certíssimo, pelo menos nisso concordo com ele, tinha de baixar o cacete nesses maus brasileiros. É gente com interesses políticos que exacerba sua condição de cachorro vira-lata.
O "melhor" da hipocrisia é a regra criada pelo governador de São Paulo, que proibiu a Polícia Militar de baixar o cacete nos manifestantes do "Não vai ter Copa". Perguntem a qualquer policial militar que encontrarem: É proibido bater em quem protesta, mesmo se for pro quebra-quebra!
Proteste, sim! É necessário, quando feito por algo importante, em nome de grupos sociais e por causas justas. Protestar por protestar, com causas políticas e inúteis? Nem pensar! Ou eles "imaginam" que vão cancelar a Copa?
Então: pra que polícia? Pra que governador?
A propósito, mostro abaixo dois comentários publicados no site J&Cia, em textos assinados por dois jornalistas veteranos, dois ícones da profissão:
“Atrás
das verbas do governo”
Audálio
Dantas, escritor, diretor de Redação da revista Negócios da
Comunicação e presidente da Comissão
Nacional da Verdade dos Jornalistas.
Para
mim ficou claro que a cobertura do assunto Copa está contaminada
pelo processo eleitoral que se aproxima. Atraso em obras,
superfaturamento e outras verdades são cobertas como se jornais,
revistas, rádios e tevês tratassem uma pelada de ponta de rua e não
de um acontecimento esportivo que qualquer país gostaria de sediar.
E
quanto mais os jogos se aproximam mais toma corpo um jornalismo,
digamos, pouco exigente, sem compromisso com a apuração dos fatos.
Um dia, um jornal diz o contrário do que adversários
do governo gritam sobre os gastos, que dariam para resolver todas as
nossas mazelas: os gastos com a Copa não serão do tamanho
apregoado; no outro, dão a glória da manchete ao ex-jogador e hoje
negociante esportivo Ronaldo, que diz estar morrendo de vergonha pelo
atraso das obras. E revistas semanais fazem jornalismo de futurismo
ficcional sobre a bagunça que os visitantes estrangeiros encontrarão
por aqui.
Mas
um fato é verdadeiro: a mídia inteira, mesmo a que condena os
gastos com a Copa, corre atrás das verbas que o governo gastador
reservou para a propaganda do evento.
“Cara
estressada”
Clóvis
Rossi, colunista da Folha de S.Paulo
Eu
sou avesso ao patriotismo, até porque concordo, em parte, com Samuel
Johnson quando diz que “o patriotismo é o último refúgio dos
canalhas” (em parte, porque há patriotismos do bem e do mal).
Por
essa convicção íntima, confesso que fiquei perplexo ao ver o surto patrioteiro que invadiu a comitiva brasileira que participou do ato
em que a Fifa escolheu o Brasil para sediar o Mundial.
Mas,
na época, não sabia que minha perplexidade só iria aumentar agora
que a Copa é iminente. O que parecia bom (o Brasil mostrar a cara)
virou uma dor de cabeça porque a cara que o País anda mostrando
está muito estressada. Só espero que não piore. É tudo o que o
Brasil não precisa.
.
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