domingo, 29 de novembro de 2015

COP21, IPCC E ONU: sorria, você está sendo enganado...

Richard Jakubaszko 
Se você não se considera manipulado, então é porque ainda acredita em Papai Noel...
Vejamos as razões disso.
Começa amanhã, segunda-feira, 30 de novembro de 2015, em Paris, a 21ª Conferência das Partes, a COP21, onde tentarão aprovar um "acordo" internacional para evitar o "aquecimento" e as "mudanças climáticas", que são causadas, segundo eles, pelas atividades da humanidade, através da emissão de CO2, considerado o gás da vida por gente que não acredita em Papai Noel.

Não existe uma única prova científica de que esteja ocorrendo aquecimento e tampouco mudanças climáticas em nosso planeta. As "evidências" mais citadas por alguns aquecimentistas são o derretimento do Ártico, já desmentidas várias vezes por inúmeros cientistas. As outras "evidências", como as planilhas de computadores, já foram denunciadas como falsas e deturpadas, planejadamente falsificadas, como no episódio Universidade de East Anglia (Inglaterra).

Em 2007, oficialmente, o IPCC, órgão oficial da ONU na área ambiental, anunciou o início do fim do mundo, e, em alto e bom som disse que o aquecimento iria derreter as calotas polares, o nível dos oceanos subiria muitos metros e inundaria todas as cidades costeiras. Esqueceram-se de informar que nos anos 1970 eles mesmos ameaçavam o mundo com um congelamento, assunto que
chegou a ganhar pelo menos 4 capas da revista TIME. Mas o milenarismo perdeu força, não se sustentou, porque já ao final dos anos 1980 mudaram o discurso: começou então o "aquecimento" do planeta...

O planeta, como se sabe, anda cheio de teorias conspiratórias. Os ambientalistas acusam a todo mundo de provocar o aquecimento e as mudanças climáticas, e acreditam que as calotas polares vão derreter, e, por consequência, os oceanos e mares vão subir os seus níveis e transbordar nas cidades praianas, inundando tudo.

Os ambientalistas, ou biodesagradáveis, como eu chamo, são milenaristas, e estão sempre prevendo uma catástrofe apocalíptica que vai acabar com o planeta. Nos anos 1970 eles previram que o mundo congelaria de tanto frio. Era uma mentirinha... Nos anos 1990 apareceram com a tal da camada de ozônio, e previram que a gente iria ter câncer de pele se não parasse de usar os gases CFC.. Foi mais uma pegadinha, um marketing viral para assassinar reputação... Depois disso, as pessoas passaram a usar essas porcarias dos "protetores solares", elas sim, causadoras de inúmeras doenças de pele, inclusive câncer.

A todas essas a gente já convivia com a AIDS, que mataria bilhões e bilhões de pessoas...

Nos anos 2000 teve gripe suína e gripe avícola, e na OMS disseram que milhões de pessoas iriam morrer se não tomassem as vacinas. Mais outra mentirinha, e todo mundo acreditava... Depois que venderam as vacinas, as manchetes sumiram da mídia, nem mesmo esperaram o efeito das vacinas fucionar... , teve o bug do milênio, depois teve o calendário Maia... Mas em 2007 os ambientalistas piraram na maionese, eles anunciaram o "início do fim do mundo", e inventaram essa história do aquecimento, causada pelo CO2.

Como não colou essa história, eles trocaram o nome da previsão apocalíptica para mudanças climáticas, e o IPCC, o International Panel Climatic Changes, lá da ONU, "denunciou" e acusou a humanidade como causadora dessas desgraças, e hoje dizem que "vai ter seca, vai ter chuva a mais, vai esquentar nuns lugares, vai esfriar noutros", enfim, o inferno vai chegar para todos... Não se aborreça, você não está sozinho nessa...
 

Por causa disso, para desmentir tudo isso, escrevi o livro "CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?", e divido nessa obra a co-autoria de cientistas de alto quilate, como dos físicos Luiz Carlos Baldicero Molion e José Carlos Parente de Oliveira, ambos climatologistas, do geólogo Geraldo Lino, dos engenheiros agrônomos Odo Primavesi, Evaristo Eduardo de Miranda (da Embrapa), de Fernando Penteado Cardoso, e do agrometeorologista Ângelo Paes de Camargo (in memoriam), entre outros.

No livro mostro as agendas econômicas e políticas de alguns grupos de ambientalistas, pois eles agora ameaçam o planeta com frases tipo “é agora ou nunca mais, já é tarde para se tomar medidas contra os gases de efeito estufa”. O que eles querem agora?

Conforme denuncio no livro, eles pretendem aprovar um "acordo", e, na sequência, a AIA - Agência Internacional Ambiental, na próxima COP 21 que vai se realizar em Paris. A AIA vai "administrar" os interesses desses "ambientalistas" e de seus grupo de interesses não confessáveis. Se os ambientalistas conseguirem aprovar essa agência vai haver um estupro contra a humanidade, porque aí sim, as coisas vão ficar difíceis. E essa agência não é de todo modo uma impossibilidade, porque agora eles têm o aval do Papa Francisco e do Vaticano. O Papa foi aos Estados Unidos em setembro último para convencer o congresso americano, pois os americanos não foram signatários de nenhum acordo ambiental até agora, nem o que instituiu o tal do protocolo de Kiyoto, que permite negociar créditos de carbono em bolsa de valores. Eles pagam uma penitência para nós economizarmos emissão de carbono, e assim eles continuam poluindo...

Agora, o que é essa tal Agência Internacional Ambiental? É uma entidade, dirigida pelos ambientalistas, onde eles farão as regras do jogo. Dá pra

imaginar o que eles farão, não é? Como eles são mui amigos dos bois e vacas brasileiras, eles vão proibir a emissão do metano pelas nossas vacas e bois. As acusações vão crescer... Como um dos objetivos dessa turma é "proteger" a Amazônia, já existem até planos de implantar um corredor ecológico, como esse do mapa que você vê aí embaixo, foi criado pela ONG Gaia, lá da Inglaterra, e olha que o príncipe Charles é o maior divulgador
dessa ONG, e presidente honorário deles... O corredor ecológico tem mais de 4 mil km de extensão, de leste a oeste, e vai variar de 300 km até 1.500 km de norte a sul, espaço que se tornaria área internacional, e onde os brasileiros precisariam de passaporte para entrar ou sair... Tudo isso porque não cuidamos da Amazônia, como eles queriam...

O que mais? Bom, se você quer colocar a imaginação pra funcionar, me diga o que vai acontecer na primeira queimada lá na Amazônia?

Pois a tal agência internacional ambiental vai nos mandar uma advertência duríssima, e vai nos chamar, a todos os brasileiros, de irresponsáveis. Na segunda queimada virá uma multa, na terceira queimada uma multa ainda maior. Depois, como eles não gostam de comer carne de boi, eles podem até proibir que o Brasil exporte carne... Ou, quem sabe, a soja? Já pensou nisso?


Não esqueça que a agência internacional ambiental terá poderes supranacionais, ou seja, poderes que ignoram a constituição e a soberania dos brasileiros. Eles fizeram essas coisas com diversos países, por exemplo, através da Agência de Energia Atômica, quando invadiram o Iraque, sob a desculpa mentirosa das armas químicas de destruição em massa: por outras razões, chegaram a proibir o Irã de exportar petróleo por mais de 12 anos, só porque o Irã queria desenvolver seu programa de energia nuclear...
O que é que a gente pode fazer contra isso? Bom, eu fiz a minha parte, denunciei isso no livro, junto com renomados cientistas que contestam essa mentira do aquecimento e das mudanças climáticas. Você pode, por exemplo, participar disso de duas maneiras: a primeira é ler o livro e tomar conhecimento dessa teoria conspiratória, a qual eu chamo de a maior mentira do século XXI. A segunda forma de você participar, depois de ler o livro, é também denunciar essa enorme mentira.

Na verdade, com ou sem o acordo, as legislações dos países serão recheadas de leis com multas e punições.

Da minha parte, conforme escrevi e assinei no livro, eu odeio os indiferentes e os omissos. Portanto, não seja neutro, tome conhecimento, leia o livro e convença-se de que você está sendo enganado. Ou continue a acreditar em Papai Noel...

O livro não está à vendas nas livrarias, apenas pelo fone (11) 3879.7099 com Cristiane, ou pelo e-mail co2clima@gmail.com - custa R$ 40,00 mais taxas postais (em média R$ 5,50 por exemplar), e podemos dar descontos tipo black friday para estudantes, e você recebe o livro em casa, autografado pelo autor.

Portanto, tome uma atitude e leia o livro, caso contrário, sorria, e continue sendo enganado... Será que generalizou o "me engana que eu gosto?".

Se desejar mais informações antes de comprar o livro, assista uma entrevista minha, é honesta e verdadeira, tem uns 20 minutos, que o Portal DBO publicou
:  http://richardjakubaszko.blogspot.com.br/2015/08/aquecimento-maior-mentira-do-seculo-xxi.html
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sábado, 28 de novembro de 2015

Uma aula de humanidade no Jornal Nacional


Luís Nassif 

Por questão de justiça, não há como deixar de reconhecer a extraordinária série de Sandra Passarinho no Jornal Nacional sobre a educação inclusiva.

O padrão do jornalismo de TV é sempre enaltecer os fatos comuns à maioria dos espectadores e a diminuir (por vezes criminalizar) o que é exceção. É esse comportamento execrável que tornou a Globo a campeã da discriminação contra o instituto da adoção.

Já a série de Sandra Passarinho, defendendo a educação inclusiva – isto é, as crianças com deficiência sendo educadas em escolas convencionais – foi uma aula de humanidade.

Tratou o tema sem folclorizar, identificando os pontos centrais das políticas de inclusão, mostrou crianças com deficiência sendo acolhidas pelos colegas e pelas professoras, algumas cenas emocionantes – como o jovem com paralisia cerebral jogando capoeira.

Como ninguém é de ferro, mostrou crianças com necessidades especiais sendo conduzidas às escolas por veículos especiais, sem informar o fato de ser política do governo federal. Mencionou as 700 mil crianças com deficiência na rede escolar, sem informar que são fruto de uma política social bem-sucedida do ex-ministro da Educação Fernando Haddad.

Mas faz parte do jogo.

No que interessa – a desmistificação da educação inclusiva – foi uma aula de jornalismo que mostra como um canhão como o JN poderia melhorar o país, se todas as reportagens fossem antenadas com os avanços sociais e econômicos.

Reproduzido do blog do autor: http://www.jornalggn.com.br/noticia/uma-aula-de-humanidade-no-jornal-nacional
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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Black friday na política

Richard Jakubaszko 
Criativo o meme do aécio-black-friday que anda rolando na blogosfera, dada a circunstância de que no Brasil não é só político que vai em cana, mas banqueiros também.

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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Brasil! Meu Brasil brasileiro...

Richard Jakubaszko
Recebi e-mail do esalqueano Fernando Penteado Cardoso (engenheiro agrônomo da turma de 1936, hoje com 101 primaveras), que anda justificadamente desgostoso com esse nosso Brasil.
Escreveu assim, curto e grosso:

Caro Richard
Arrisquei-me a definir nosso pais e veja onde cheguei.
(19 palavras)
Abç. FC


"O Brasil é um pais extenso e benévolo povoado por uma sociedade complacente atolada na burocracia e na imoralidade.”
FC, 26/11/15

Comentário do blogueiro:
acrescento que, além de complacente, é uma sociedade muito mal informada, e pessimamente mal educada, o que explica e justifica o complacente. O resto, é uma farra generalizada, desde que Cabral por aqui aportou. Como diz o poeta, "o que não tem conserto, nem nunca terá".

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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Água: vai faltar? A quem interessa essa mentira?

Richard Jakubaszko 
No vídeo abaixo a atriz Maitê Proença é a "água", e narra uma ameaça de que vai faltar, mensagem enviada pela ONG Conservação.

Essas mentiras, e outras, beneficiam a quem? Já existem "donos das águas", pelo mundo inteiro, isso é evidente. Será que eles estão apenas avisando de que a água tratada ficará mais cara aos cidadãos urbanos? De que a água mineral será mais cara do que uma garrafa de cerveja?

É lógico e evidente que poderá faltar água tratada em grandes metrópoles, como São Paulo, por exemplo, especialmente em anos de seca severa. Afinal, na grande São Paulo somos mais de 23 milhões de consumidores, e não há políticas públicas ou gestão competente - e nem dinheiro - para atender a necessidade de tanta gente. Até porque, contamos com a ajuda de gastadores, perdulários imbecis que lavam seus carros diariamente, trocam a água da piscina uma vez por semana, e tomam banhos demorados em chuveiros que mais se parecem com cascatas. Eles são usufrutários do bem comum...
 
Já abordei o problema aqui no blog, sobre a água e suas imbecilidades: 
http://richardjakubaszko.blogspot.com.br/2015/02/a-agua-e-as-imbecilidades.html

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terça-feira, 24 de novembro de 2015

As águas do rio Doce e do São Francisco

Richard Jakubaszko
Viva a diferença, me informa o leitor deste blog, Ricardo Schiavoni, que me enviou as fotos abaixo, autoria do Manoel Neto, as quais compartilho com os visitantes. No caso do rio Doce, evidentemente, Schiavoni reclama do fato de que a Vale (ex do Rio Doce, privatizada por FHC) é dona da Samarco, mineradora responsável pela barragem que enlameou o rio Doce, e já chegou ao mar.
Curioso, ninguém fala disso na grande mídia.


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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Meme do bambi

Richard Jakubaszko
Meme enviado pelo Degas, o Edgar Pera, lá da DBO Editores, pra zoar os são paulinos...

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sábado, 21 de novembro de 2015

Katia Abreu na Índia e China

Marcos Sawaya Jank *
A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, iniciou uma missão estratégica na Índia e na China, fundamental para o futuro do agronegócio brasileiro. Estamos falando dos dois países mais populosos do planeta (36% da população mundial) e que em 2030 ocuparão, respectivamente, a terceira e a primeira posição no PIB mundial, com imenso potencial de crescimento no consumo de alimentos.

No campo do agronegócio, o principal desafio é ampliar o acesso a esses dois megamercados, o que permitiria a diversificação do comércio. Hoje, nossas exportações encontram-se perigosamente concentradas no complexo soja, que responde por 80% das exportações do agronegócio para a China e 60% para a Índia.

Por exemplo, na promissora e complexa cadeia produtiva das proteínas animais, temos livre acesso apenas para alguns componentes da ração que alimenta aves, suínos e bovinos, como o milho e a soja. O acesso das nossas carnes é literalmente proibido por tarifas altíssimas (no caso da Índia), barreiras não tarifárias e por um moroso sistema que habilita plantas industriais brasileiras para exportar caso a caso. Exportar carnes geraria de 4 a 10 vezes mais valor por tonelada do que soja. Abrir mercados na Ásia é uma tarefa hercúlea e sensível, prioritária para a ministra e para o futuro da nossa agricultura.

O segundo desafio é fortalecer e sofisticar as cadeias globais de suprimento que ligam o Brasil e os dois gigantes asiáticos na área de alimentos e bebidas. O primeiro passo é ir além da dimensão comercial, centrada no relacionamento com tradings e importadores de commodities.

Neste momento, grandes empresas do agronegócio brasileiro têm se internacionalizado e avançado nas cadeias da alimentação, montando estruturas de processamento nos países-destino e investindo em armazenagem, distribuição e marcas globais. Produtos e marcas brasileiras precisam chegar com força aos varejistas, aos serviços de alimentação, aos restaurantes e até à incrível revolução do comércio digital que está ocorrendo na China e na Índia.

A exemplo de outros países, é fundamental ampliar os mecanismos de coordenação e coerência regulatória dos governos em áreas como sanidade e qualidade do alimento, combate a doenças, rastreabilidade de produtos, sustentabilidade, saúde e nutrição.

Mas as oportunidades não se restringem à expansão de empresas e marcas brasileiras no exterior. A competitividade do agronegócio depende também do fortalecimento do seu elo mais fraco, que é infraestrutura brasileira. Esse é um dos temas mais relevantes para Kátia e será devidamente tratado com autoridades e investidores na China e na Índia.

As diversas reuniões presidenciais, os acordos de cooperação bilateral, as ações plurilaterais como G20 e Brics e as perspectivas da "nova rota da seda" e do recém-criado Banco de Infraestrutura e Investimento tornam especial o atual momento das nossas relações com Índia e China.

E não há área mais promissora para aprofundar essas relações que o agronegócio visto na sua amplitude. Kátia Abreu conhece bem a região e o imenso potencial dessas duas parcerias estratégicas. Em tempos de crise e pessimismo no Brasil, uma maior aproximação com nossos principais clientes do presente e do futuro pode trazer ótimas notícias.

* o autor é especialista em questões globais do agronegócio. Escreve aos sábados, a cada duas semanas.

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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Rádio Agronegócio: entrevista sobre a COP21

Richard Jakubaszko 
O pessoal da rádio Agronegócio entrevistou-me sobre a questão do aquecimento e das mudanças climáticas, e a respeito do meu livro "CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?".
Meio de comunicação cada vez mais vivo e atuante, o rádio transmite emoção, coisa que é mais difícil de se obter através do meio impresso.

www.radioagronegocio.com.br
Não é só nos automóveis que se ouve rádio, na internet também:

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quinta-feira, 19 de novembro de 2015

O alto preço de não dar valor à vida dos outros.


Claro que temos que repudiar, lamentar e condenar os atos terroristas em Paris. Foram atentados contra população civil, matando inocentes, muitos, talvez, opositores das intervenções militares da França e aliados na Síria, Líbia, Iraque, Afeganistão.

Se quisermos viver em um mundo melhor, que possa ser chamado de civilizado, precisamos considerar cada vida humana preciosa demais para aceitarmos que seja tirada. Não podemos aceitar o ato de matar como meio para atingir fins. Não matarás e ponto final.

Só que, infelizmente, enquanto os países imperialistas não derem esse mesmo valor à vida do africano, do árabe, do palestino, do afegão, haverá aqueles que, com a morte fazendo parte de seu cotidiano de guerras, sem dar valor à própria vida a ponto de se explodirem, também não darão valor a vida dos franceses, estadunidenses, ingleses etc.

Não construiremos um mundo melhor de se viver se aceitarmos a barbárie de atos terroristas. Mas só restará repudiar, lamentar e condenar os atos, enquanto a barbárie da política de guerra e da indústria bélica imperialista continuar destruindo vidas em países mais pobres para saquear suas riquezas e dominar a geopolítica.

Hollywood está repleta de filmes clássicos do velho oeste, onde uma criança viu sua família trabalhadora, pacífica e honesta ser dizimada por um bando de pistoleiros a mando de um poderoso vilão, dono de terras, ferrovia ou mina. A criança cresce e volta para vingar-se, como um herói fazendo justiça ao matar um por um os algozes de sua família. Será que essa história não passa também na cabeça de um menino iraquiano, afegão ou sírio, que teve sua família dizimada por bombas das forças europeias ou estadunidenses?

Ninguém nasce odiando os outros. O ódio é meticulosamente construído. Pelo opressor por ganância, egoísmo, sociopatias ou simplesmente preconceito e intolerância. O ódio do oprimido é construído pelo sofrimento, injustiça e humilhações impostas pelo opressor.

Quem tem o maior domínio sobre como desarmar o ódio, pelo menos no caso de países, é o opressor. Mas para isso é preciso parar de oprimir. A própria França tem lições em sua história. Na Argélia só teve paz dos argelinos quando reconheceu a independência. 

Publicado em  http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2015/11/o-alto-preco-de-nao-dar-valor-vida-dos.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed:+blogspot/Eemp+%28Os+Amigos+do+Presidente+Lula%29

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Pensamento do dia

“Não há meios para defender a sociedade contra cada extremista que queira matar outros e morrer no percurso. Toda sociedade moderna contém um número ilimitado de alvos fáceis e não podemos vigiar todos.”
Stephen M. Walt – professor de relações internacionais
Harvard University

* Enviado pelo leitor do blog, Aurino Araújo
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terça-feira, 17 de novembro de 2015

Para entender o mundo árabe, em apenas 10 minutos...

Richard Jakubaszko 
O vídeo abaixo é didático e dinâmico, e mostra em apenas 10 minutos a encrenca em que se meteram os países ocidentais em querer dominar a região denominada de mundo árabe para retirar sua única riqueza, o petróleo.
O vídeo anda com mais de 2 milhões de visitantes, e é anterior aos ataques de Paris, de 13 de novembro último.

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segunda-feira, 16 de novembro de 2015

O terrorismo em debate

Richard Jakubaszko
Afinal, o que aconteceu com a humanidade? Alguém que lê estas mal traçadas linhas consegue entender o que está acontecendo? Ou melhor, o que vai acontecer daqui para a frente? Continuamos bárbaros? Somos indignos de ter dignidade?

Qual guerra é justa? Se as guerras são justas, por que o terrorismo seria diferente? Qual a diferença? Não são causa e efeito? Tanto um como outro são atos bestiais contra seres humanos que nada têm a ver com as justificativas dos responsáveis causadores das guerras e dos atos de terrorismo. Em atos dessa natureza, nas guerras e nos atos de terrorismo, costumo me perguntar se Deus teria se arrependido de ter criado a raça humana.

Para que você tenha uma visão diferente do problema do terrorismo, e das guerras, assista a palestra do professor e sociólogo Sam Richards no TED, através do vídeo abaixo. Se preferir, há legendas em português: clique no retângulo sublinhado, na barra de ferramenta no rodapé do vídeo, e escolha legenda, depois em reproduzir automaticamente, e aí escolha o idioma.

Tenha uma boa reflexão sobre o assunto.


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domingo, 15 de novembro de 2015

Um enigma humano: a violência pela violência do Estado Islâmico


Leonardo Boff *
 

"O Estado Islâmico recusa qualquer diálogo e negociação. O caminho só possui uma via: a violência de matar ou de morrer. Esse fato é perturbador, pois coloca a questão do que é o ser humano e do que ele é capaz. Parece que todas as nossas utopias e sonhos de bondade se anulam," escreve Leonardo Boff, filósofo, teólogo e escritor.

O Estado Islâmico da Síria e do Iraque é uma das emergências políticas mais misteriosas e sinistras, talvez dos tempos históricos dos últimos séculos. Tivemos na história do Brasil, como nos relata o pesquisador Evaristo E. de Miranda (Quando o Amazonas corria para o Pacífico, Vozes 2007) genocídios inomináveis, “talvez um dos primeiros e maiores genocídios da história da Amazônia e da América do Sul”(p. 53): uma tribu antropófaga adveniente devorou todos sambaquieiros que viviam nas costas atlânticas do Brasil.

Com o Estado Islâmico está ocorrendo algo semelhante. É um movimento fundamentalista, surgido de várias tendências terroristas. Proclamou no 29 de junho de 2014 um califado, tentando remontar aos primórdios do surgimento do Islã com Maomé. O Estado Islâmico reivindica autoridade religiosa sobre todos os islâmicos do mundo inteiro e assim criar um mundo islâmico unificado que siga à risca à charia (leis islâmicas).

Não é o lugar aqui de detalhar a complexa formação do califado, mas apenas nos restringir ao que mais nos torna confusos, perplexos e escandalizados por usar a violência pela violência como marca identitária. Entre os muitos estudos sobre o fenômeno cabe destacar dois italianos que viveram de perto esta violência: Domenico Quirico (Il grande Califfato 2015) e Maurcio Molinari (Il Califfato del terrore, Rizzoli 2015).

Quirico narra que se trata de uma organização exclusivamente masculina, composta por gente, em geral, entre 15-30 anos. Ao aderir ao Califado apaga todo o passado e assume nova identidade: de levar a causa islâmica até a morte dada ou recebida. A vida pessoal e dos outros não possui nenhum valor. Traçam uma linha rígida entre os puros (a tendência radical islâmica deles) e os impuros (todos os demais, também de outras religiões com os cristãos, especialmente os armênios). Torturam, mutilam e matam sem qualquer escrúpulo. Ou se convertem ou morrem, geralmente degolados. Mulheres são sequestradas e usadas como escravas sexuais pelos combatentes que as passam entre si. O assassinato é louvado como um “ato dirigido para a purificação do mundo”.

Molinari conta que jovens iniciados por um vídeo sobre as decapitações, pedem logo para serem decapitadores. Parte dos jovens é recrutada nas periferias das cidades europeias. Não apenas pobres, mas até um laureado de Londres com boa situação financeira e outros do próprio mundo árabe. Parece que a sede de sangue clama por mais e mais sangue e pela morte fria e banal de crianças, idosos e de todos os que relutam em aderir ao islamismo.

Financiam-se com o sequestro de todos os bens das cidades conquistadas da Síria e do Iraque, mas especialmente do petróleo e gás dos poços arrebatados, propiciando-lhes um ganho, segundo analistas de energia, de cerca de três milhões de dólares/dia, geralmente vendidos a preços muito mais baixos nos mercados da Turquia.

O Estado Islâmico recusa qualquer diálogo e negociação. O caminho só possui uma via: a violência de matar ou de morrer.

Esse fato é perturbador, pois coloca a questão do que é o ser humano e do que ele é capaz. Parece que todas as nossas utopias e sonhos de bondade se anulam. Perguntamos em vão aos teóricos da agressividade humana, como Freud, Lorenz, Girard. As explicações nos soam insuficientes.

Para Freud, a agressividade é expressão da dramaticidade da vida humana, cujo motor é a luta renhida entre o princípio de vida (eros) e o princípio de morte (thánatos). Descarrega-se a tensão para fins de auto realização ou proteção. Para Freud, é impossível aos humanos controlar totalmente o princípio de morte. Por isso, sempre haverá violência na sociedade. Mas por leis, pela educação, pela religião e, de modo geral, pela cultura pode-se diminuir sua virulência e controlar seus efeitos perversos (cf. Para além do princípio do prazer, Obras Completas. Rio de Janeiro: Imago, 1976, v. 5).

Para Konrad Lorenz (1903-1989), a agressividade é um instinto como outros e destina-se a proteger a vida. Mas ela ganhou autonomia, porque a razão construiu a arma mediante a qual a pessoa ou o grupo potencializa sua força e assim pode se impor aos demais. Criou-se uma lógica própria da violência. A solução é encontrar substitutivos: voltar à razão dialogante, aos substitutivos, como o esporte, a democracia, o autodomínio crítico do próprio entusiasmo que leva à cegueira e, daí, à eliminação dos outros. Mas tais expedientes não valem para os membros do Califado.

No entanto, Lorenz reconhece que a violência mortífera somente desaparecerá quando se der aos homens, por outro modo, aquilo que era conquistado mediante a força bruta (cf. Das sogenannte Böse: Zur Naturgeschichte der Aggression. Viena 1964).

René Girard com seu “desejo mimético negativo” que leva à violência e à identificação permanente de “bodes expiatórios” pode se transformar em “desejo mimético positivo” quando ao invés de invejar e de se apoderar do objeto do outro, decidimos compartilhá-lo e desfrutá-lo juntos. Mas para ele a violência na história é tão predominante que lhe significa um mistério insondável que não sabe como decifrar. E nós também não.

Na história há tragédias, como viram bem gregos em seus teatros. Nem tudo é compreensível pela razão. Quando o mistério é grande demais, é melhor calar e olhar para o Alto, de onde, talvez nos venha alguma luz.

Publicado originalmente em http://www.ihu.unisinos.br/noticias/548015-um-enigma-humano-a-violencia-pela-violencia-do-estado-islamico

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