quinta-feira, 31 de dezembro de 2015
quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
Pass the salt
Richard Jakubaszko
Curta-metragem norte-americano, de 1 minuto e meio, que andou ganhando prêmios pela objetividade e bom humor da liguagem cinematográfica ao expressar a falta de comunicação verbal entre membros de uma mesma família, problema exacerbado pelo excessivo uso dos smartphones.
Enviado pelo amigo do blog, engenheiro agrônomo Hélio Casale.
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Curta-metragem norte-americano, de 1 minuto e meio, que andou ganhando prêmios pela objetividade e bom humor da liguagem cinematográfica ao expressar a falta de comunicação verbal entre membros de uma mesma família, problema exacerbado pelo excessivo uso dos smartphones.
Enviado pelo amigo do blog, engenheiro agrônomo Hélio Casale.
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terça-feira, 29 de dezembro de 2015
Beatriz, hoje em São Paulo.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2015
O político e o economista na gestão da economia
André Araújo
O padrão mundial e brasileiro de ministros da Economia (seja que título tenha o cargo) registra como experiência histórica o grande político ou o grande empresário como o melhor operador da política econômica. Esse perfil teve, no Brasil, grandes nomes de políticos, como Getúlio Vargas e Oswaldo Aranha, políticos puros, como ministros da Fazenda ou grandes empresários, como Guilherme da Silveira, Sebastião Paes de Almeida e Horácio Lafer.
Nos Estados Unidos, dos 26 secretários do Tesouro desde a crise de 1929, quatro foram economistas e 22 foram políticos ou grandes empresários. Mesmo os economistas (Barr, Shultz, Summers e Snow) eram tarimbados operadores políticos.
Do grupo de políticos, os melhores foram velhas raposas como George Humphrey, John Connolly, James Baker, Nicholas Brady.
Alguns já nasceram ricos como Andrew Mellon e Douglas Dillon, outros eram ricos e ficaram bilionários depois da passagem pela Secretaria do Tesouro, como Nicholas Brady, que foi Secretário em dois governos, Reagan e Bush.
Até Winston Churchill, que não entendia nada de economia foi ministro da Fazenda na mesma época em que Getúlio, também virgem em conhecimentos de economia, foi ministro da Fazenda do Governo Washington Luis.
O cargo de Ministro da Fazenda exige um POLÍTICO e não um técnico, porque o cargo é político, antes de tudo.
O perfil ideal exige um homem de grande personalidade e cultura, Roberto Campos foi formado em Teologia e Filosofia, só fez curso de Economia muito mais tarde, mas era antes de qualquer coisa um diplomata, foi Embaixador em Washington e Londres, ajudou muito Juscelino na coordenação do Plano de Metas, antes tinha criado o BNDE a pedido de Getúlio e com apoio da Comissão Mista Brasil EUA, banco do qual foi depois presidente.
Mas o nosso ministro mais político foi sem dúvida Oswaldo Aranha, revolucionário de 30, grande diplomata, duas vezes dirigiu a economia brasileira, em épocas muito diferentes, nas duas vezes reduziu a dívida pública em dois terços, operador político de primeira linha, não tinha qualquer estudo de economia.
Os três grandes economistas que moldaram o Século XX foram, por ordem de nascimento, Hjalmar Schacht (nascido em 1877), John Maynard Keynes (de 1883) e Friedrich von Hayek (1899). Todos tinham grande cultura fora da economia, Schacht formado em Filosofia, Keynes era cultor das artes, fazia parte do Círculo de Bloomsbury, onde pontificava a nata da intelectualidade inglesa, como Virginia Woolf, adorava balé casou-se com uma prima bailarina, Lydia Likopowa; quando perguntado por uma dama como sendo um grande economista encontrava tempo para as artes, respondeu: “Minha senhora, a economia é o último de meus interesses”.
Hayek queria ser psicólogo e teve a Psicologia como sua primeira área de interesse, escreveu um livro sobre psicologia, The Sensory Order (A ordem sensorial), onde desenvolve a teoria da “ordem espontânea”, o fenômeno onde a ordem nasce do caos e não do planejamento, a ordem desejada nasce espontaneamente sem que se perceba a sua lógica, tese que é a base da economia de mercado que ele depois desenvolveu até inventar o “neoliberalismo”. Hayek dá como exemplo da ordem espontânea a linguagem, um sistema extremamente organizado que evoluiu por séculos sem que ninguém tivesse planejado.
A ideia de que, para dirigir a política econômica, se necessita de um economista, veio no Brasil a partir da década de 50, quando Eugenio Gudin criou o primeiro curso de economia no País, mas o perfil do “economista no governo” se consolidou a partir do governo militar de 1964 e caminhou até hoje como um grande equívoco. Para os ministérios econômicos, a aposta terá muito maiores chances com operadores políticos experientes, os economistas serão apenas estado-maior de apoio e não os operadores; estes precisam ser personalidade com visão de mundo e experiência muito mais ampla do que o típico economista geralmente apresenta.
O político tem por natureza uma meta macro muito clara e sabe improvisar para nela chegar, não depende de planilhas e nem de discussões bizantinas sobre déficits de 0,5% ou 0,7% como se esses números fossem a pedra filosofal.
Em uma época de crise como a que estamos, um político terá muito mais jogo de cintura para fazer os ajustes e reformas fundamentais, algo que exige intensa atividade de convencimento e negociação, do que um bom economista de perfil técnico, inútil em épocas de crise porque ele sabe diagnosticar, mas não sabe abrir caminho para chegar à solução.
Artigo publicado no http://msiainforma.org/o-politico-e-o-economista-na-gestao-da-economia/ em 23 de dezembro 2015.
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domingo, 27 de dezembro de 2015
Imbecilidade climática chegou a Santos (SP)
Richard Jakubaszko
Leio no Estadão online de hoje ( http://ciencia.estadao.com.br/noticias/geral,santos-ja-se-prepara-para-avanco-do-mar%C2%A0,10000005770 ) que a cidade de Santos (SP) precisa investir R$ 238 milhões em medidas de adaptação para evitar prejuízos de mais de R$ 1 bilhão com a subida do nível do oceano de até 80 cm.
A reportagem destaca que “com as mudanças climáticas, o oceano subirá de 45 a 80 cm até 2100, avançando até 80 metros sobre as praias de Santos”. Continua a reportagem, profetizando que “em diversos pontos, o mar invadirá periodicamente 25% da área urbana – causando prejuízos bilionários -, enquanto a operação no maior porto do Brasil se tornará inviável”.
A reportagem esclarece, ainda, que uma iniciativa internacional diagnosticou os impactos da elevação da maré em 3 cidades – Santos, Broward (EUA) e Selsey (Inglaterra), e que foram escolhidas porque são cidades litorâneas.
Ora, ora, começou a gastança do dinheiro público, administrado por políticos que tomam decisões emocionais tendo por base notícias publicadas na imprensa, e não por fatos ou necessidades reais da população.
Como registro no livro "CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?", a imprevidência de gestores públicos já causou despesas e encrencas insolúveis (O tal Crédito de Carbono e o Código Florestal, por exemplo) e vai provocar o caos nas grandes metrópoles do planeta. Temos de entender que o maior problema da humanidade contemporânea é o excesso populacional, em que alguns conglomerados urbanos se expandiram de forma incontrolável, tornando grandes cidades absolutamente inadministráveis, de um lado, e ambientes absolutamente inóspitos à vida humana de outro lado. Não há verbas públicas capazes de atender as necessidades humanas nesses centros urbanos poluídos, seja em transporte urbano, segurança, saúde pública (água potável ou poluição) ou sequer educação, quanto mais na questão de "mudanças climáticas", com essa apocalíptica previsão de que os mares vão subir.
Não existem uma única prova científica de que esteja ocorrendo aquecimento, mas os poderes públicos já gastam polpudas verbas contratando consultorias nacionais e internacionais para diagnosticar o "problema" e "sugerir soluções", soluções que os governos do estado e da União não terão condições morais de negar, mesmo sendo verbas na casa dos milhões, eis que é evidente que cada município praiano não terá verbas para arcar com tais "investimentos".
As "consultorias internacionais", com suporte de institutos de pesquisas oficiais, vendem o pânico, e agora propõem soluções, tudo para faturar uma grana legal, que, por decorrência, vai provocar um efeito dominó, fazendo com que outras cidades praianas de porte (Florianópolis, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Natal, Fortaleza, para ficar só nas capitais) tomem suas providências de fazerem estudos de impacto ambiental para propor soluções diante da grande mentira do século XXI, o tal do aquecimento e das mudanças climáticas.
Quem desejar conhecer em maior profundidade as razões dessa falácia basta ler o livro "CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?".
O livro não está à venda em livrarias, mas apenas através do fone 11 3879.7099 ou do e-mail co2clima@gmal.com
Nestes, informamos como poderá ser feita a compra do livro (R$ 40,00 mais taxas postais) através de depósito bancário.
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sábado, 26 de dezembro de 2015
COP 21: o dia que a Ciência morreu.
William M. Briggs
Presidente Hollande, da França, foi ao microfone e, com grande Soberba Gaulesa, anunciou: 12 de dezembro de 2015 será um dia que viverá em “infâmia”. Ou talvez tenha sido para a “história.” É difícil dizer dado que honradamente estava bastante animado quando falou, vendo que o mundo tinha acabado de ingressar em um memorável acordo para passar o máximo de seu dinheiro, que for humanamente possível, para prevenir o que não pode ser prevenido.
Então faça a sua escolha: infâmia ou história. De qualquer forma, esta data fatídica será lembrada como o Dia em que a Ciência Morreu.
Você já alguma vez a conheceu? Ciência costumava trabalhar de mãos dadas com o Governo, descobrindo coisas novas, nos dizendo como as coisas funcionavam e facilitando nossas vidas, dizendo o que era verdade sobre o mundo e o que era falso. Ela foi descompromissada e não sofre tolices. Mas agora ela se foi.
Aproximava os espectadores uma vez de que tinha sido vista como robusta durante anos. Ah, claro, Ciência manteve uma face pública brava, fazendo aparições aqui e ali, em um esforço para tranquilizar-nos que as coisas não eram tão ruins como se temia. Ela transformou-se em partições estranhas, conversando amigavelmente sobre o hábito de acasalamento dos ratos-almiscarados mongóis e de como as folhas de uma planta peruana rara poderia ser transformada em um bálsamo fantástico. Mas era claro, para aqueles que a conheciam melhor, que a doença tinha feito o seu caminho até o osso, que era apenas uma questão de tempo.
O fim também não foi bonito. Em vez de deixá-la falecer tranquilamente em particular, a Ciência foi levada para a sala de COP21 e foi humilhada, colocada para sofrer até o fim. Dezenas de líderes do nosso planeta se reuniram em volta dela e gritavam: “Nós podemos parar a mudança climática!”, “Temos de manter a temperatura da Terra em um aumento de 2 graus!”, “O mundo está se aquecendo fora de controle!”, “As pessoas estão sendo incomodados pelas alterações climáticas!”.
E sobre a Ciência foi lhe perfurando a carne, com cada insulto pseudocientífico sem sentido. As feridas foram mortais, mas ela ainda lutava pela vida, essa última centelha de verdade dando-lhe a força que podia. Foi uma coisa lamentável de se ver! No final, ela tinha encolhido a uma fração de seu tamanho anterior, a respiração quase extinta; quando, por fim, durante um período de calmaria, um único representante fez o seu caminho para o corpo partido de Ciência e disse: “Não tenha medo! Tenho aqui um enorme subsídio para estudar os efeitos devastadores das mudanças climáticas. Tome-o, e você vai viver.”
E assim, nesse momento de silêncio, quando ela teve uma última chance de dignidade, a Ciência hesitou por um momento, mas depois estendeu suas muito debilitadas mãos em sentido à droga que causou a sua doença e foi para o seu falecimento.
Assim que ela tocou o dinheiro, ela resmungou.
Dinheiro! O único ponto cego que a Ciência teve, a sua única verdadeira fraqueza. O dinheiro é como muitos, outra droga. Tomado em pequenas doses, controladas, os seus efeitos são benéficos e vivificantes. Mas aceitar demais e sem controle, instala‑se uma debilitante dependência. Como o álcool, é preciso quantidades cada vez maiores para produzir os mesmos efeitos. O vicio nunca é saciado. Ela vai dizer e fazer qualquer coisa para manter o dinheiro fluindo.
Presidente Eisenhower, nosso farmacêutico em Chefe, sabia do potencial tóxico do dinheiro.
Hoje, o inventor solitário, mexendo em sua loja, tem sido ofuscado por grupos de trabalho de cientistas em laboratórios e campos de teste. Da mesma forma, a universidade livre, historicamente, o manancial de ideias livres e de descobertas científicas, passou por uma revolução na condução da pesquisa. Em parte por causa dos enormes custos envolvidos, um contrato com o governo torna-se praticamente um substituto para a curiosidade intelectual. Para cada velho quadro-negro agora existem centenas de novos computadores eletrônicos.
A perspectiva de dominação de estudiosos da nação por emprego Federal, as alocações de projetos, e o poder do dinheiro estão sempre presentes – e é gravemente a ser considerada.
No entanto, na realização de pesquisa científica e descobertas no que diz respeito, como deveríamos, também temos que estar alertas para o igual e oposto perigo em que a política pública pode, ela própria, tornar-se cativa de uma elite científico-tecnológica.
Infelizmente, esse aviso foi ignorado. A Ciência pensou que ela poderia lidar com isso. Mas ela sempre pediu por mais, mais, mais. Ela nunca admitiu que ela teve um problema.
A perspectiva é sombria, agora que ela se foi. A Conferência do Clima de Paris jurou que vai gastar US$ 100 bilhões – ou mais! – Um ano para resolver um problema que não pode ser resolvido. O clima na Terra sempre mudou, sempre vai mudar, e não pode parar de mudar. É, portanto, impossível “lutar” contra o impossível.
A Ciência não está por perto para nos dizer que o aquecimento do clima da Terra parou cerca de vinte anos atrás. E ela já não pode verificar que os nossos modelos climáticos efetuaram tais previsões ruins há décadas e que a teoria do aquecimento global controlada por dióxido de carbono é certamente falsa. Ela não vai estar lá para tranquilizar-nos de que todas as outras previsões da desgraça do clima falharam em se materializar.
Não, a Ciência está morta e o que resta é somente poder cru. Devemos esperar que a Ciência real poderá emergir das cinzas, dar a volta por cima e se dedicar a descobrir a verdade sobre o mundo natural. Mas esta esperança não deve nos impedir de realizar uma pausa para observar a morte da Ciência.
Publicado em 12 de dezembro de 2015 no https://fakeclimate.wordpress.com/2015/12/16/cop-21-o-dia-que-a-ciencia-morreu/
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sexta-feira, 25 de dezembro de 2015
FELIZ NATAL
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
Diferentes valores no mundo corporativo
Marcos Sawaya Jank *
Raças, culturas, línguas, crenças e costumes variam enormemente no mundo. Leis e regras também mudam quando atravessamos fronteiras, às vezes mesmo dentro das fronteiras. Vem daí que os comportamentos, as atitudes e os valores das empresas também não são uniformes, mesmo com a globalização.
Diferentes países e culturas desenvolveram diferentes formas de gerir empresas e fazer negócios.
No Brasil, por exemplo, as instabilidades e as mudanças nas regras do jogo tornaram as empresas ágeis, flexíveis e muito criativas. Ao mesmo tempo, elas se mostram menos organizadas em termos de processos e uso do tempo. Trabalha-se muito, mas a impressão é a de estar sempre correndo atrás do tempo. O foco está centrado no resultado de curto prazo, com pouca visibilidade além de dois ou três anos. O empresário brasileiro aprendeu a sobreviver tomando muitas decisões ao mesmo tempo, sem grandes planejamentos e hierarquias.
Para contrastar, do outro lado do planeta está o Japão, com seus grandes conglomerados orientados e controlados pelos funcionários. Nesse país as palavras de ordem são estabilidade, senioridade, hierarquia, relacionamento, confiança. A Moral vale mais que o Legal. O longo prazo é mais importante que o curto prazo. Qualidade, inovação, estética, harmonia e pontualidade são conquistas admiráveis. Mas as múltiplas camadas de empregados que exercem o controle real da corporação trazem engessamento e grande inércia estrutural.
O modelo japonês serviu de matriz para toda a Ásia, influenciando primeiro a Coreia do Sul e Taiwan, depois a China e, em menor escala, o Sudeste Asiático. Porém, a multiplicidade de culturas e valores da Ásia acabou produzindo resultados díspares.
Em vez de conglomerados controlados pelos funcionários, a China optou por grandes estatais que controlam setores estratégicos, cujo objetivo é manter o crescimento que garante o equilíbrio da classe média emergente. O Japão forneceu capital exclusivo e protegeu seus grandes conglomerados da competição externa, os chamados keiretzu. A China atraiu o investimento externo para dentro do país, visando aprender e crescer com rapidez e recuperando, assim, a hegemonia do passado.
Na maior parte do mundo ocidental, quem manda na empresa é o acionista. Mas, na Europa, o entorno da empresa vale tanto ou mais que o acionista. Estamos falando dos stakeholders ou partes interessadas – associações, sindicatos, ONGs, comunidades do entorno, mídia etc. No Oriente, temos os conglomerados controlados pelo Estado e/ou pelos funcionários. Mas na maioria dos países em desenvolvimento quem controla mesmo são famílias hegemônicas de cada país, com maior ou menor capacidade de governança.
O sucesso do jogo no campo depende em boa parte do entendimento de suas regras e valores. Se conhecemos relativamente bem as regras do jogo no Ocidente, no Oriente tudo é muito diferente: cultura, identidade, racionalidade, valores. Para quem tem interesse pelo tema, um bom livro é "The Oxford Handbook of Asian Business Systems", de Michael Witt e Gordon Redding, de 2014.
Quando navegamos em mares desconhecidos, aprendizagem e cautela são fundamentais.
* Especialista em questões globais do agronegócio.
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