Richard Jakubaszko
O Brasil não vai nada bem. Epidemia do coronavírus de um lado, que ainda não atingiu o pico, crise política constante por conta da confrontação do tresloucado presidente, e a economia em queda livre.
Na pandemia a quarentena tem apoio integral da mídia, e isso vislumbra uma deterioração maior ainda da economia, trazendo incertezas a todos, trabalhadores, empresários e ao mercado financeiro.
Na política, Brasília está vazia, os políticos em casa, nos seus respectivos estados, somente alguns líderes se pronunciam, mas Rodrigo Maia anda calado demais, quem sabe perdeu a chave das gavetas onde guardou os pedidos de impeachment de Bolsonaro. Bolsonaro faz acordos com a velha política, e as conhecidas ratazanas do Centrão voltam a ter espaço, como Valdemar da Costa Neto e Roberto Jeferson, ambos condenados pela Justiça. A falta de diálogos e debates entre os políticos respaldam o silêncio de Maia, mas impulsionam Bolsonaro a cometer arbitrariedades de toda natureza.
E daí? Daí que só o STF parece trabalhar em Brasília, a passos largos, e seria de lá a única força que conseguiria emergir e avançar para conter os arroubos do grupo palaciano. Há pelo menos meia dúzia de ações e investigações no STF que vão detonar mais instabilidade política a partir de lá, como as denúncias de Sérgio Moro contra Bolsonaro, a investigação sobre as responsabilidades das fake news, do filho 03, e as rachadinhas do filho 01.
Enquanto isso a economia desidrata. Paulo Guedes já deu sumiço em US$ 50 bilhões do Fundo Soberano. Entre outras coisas o Risco-Brasil aumenta, conforme me enviou Fábio Silveira, da Consultoria MacroSector, e que pode ser visto no gráfico abaixo, autoria do J.P. Morgan, e mostra que estamos chegando, nesse indicador, ao nível vigente às vésperas do impeachment de Dilma Rousseff.
O mercado financeiro se descola de Bolsonaro?
quinta-feira, 30 de abril de 2020
terça-feira, 28 de abril de 2020
O casamento inevitável entre Brasil e China no agronegócio
Marcos Sawaya Jank *
Ao atacar os chineses com falácias e teorias conspiratórias, o país pode alvejar um dos setores centrais para a saída da recessão que se apresenta.
“Para cruzar um rio, é preciso sentir cada pedra”.
Deng Xiaoping
O magnífico ensaio “O que o Brasil quer da China?” de Philip Yang, publicado no Valor, mostra com precisão e incrível profundidade porque em apenas quatro décadas a China deslanchou, enquanto o Brasil manteve um crescimento pífio. Na sequência, Rubens Ricupero, Tiago Cavalcanti, Roberto Giannetti e Marcos Caramuru trouxeram diferentes facetas que complementam a explicação sobre o desenvolvimento desigual dos dois países.
O Brasil se tornou globalmente competitivo em agricultura e alimentos em boa parte graças à demanda chinesa. Se o Brasil não sabe bem o que quer da China, o setor privado do agronegócio entende perfeitamente que o seu futuro está umbilicalmente ligado ao gigante asiático.
Essa relação tem grande importância num momento em que figuras importantes do Executivo e do Legislativo brasileiro, em vez de se esforçarem para reduzir os efeitos econômicos e viróticos da pandemia, optam por criar um pandemônio desnecessário com a China. Ao atacarem a China com falácias e teorias conspiratórias, essas pessoas podem estar alvejando um dos setores mais centrais para que o país saia da recessão que se avizinha.
Brasil e China estão entre os quatro maiores produtores e exportadores mundiais de produtos agropecuários e alimentos. China e Hong Kong ocupam, juntos, a primeira posição no ranking das importações mundiais do agronegócio. São, também, o destino principal das nossas exportações neste setor (US$ 34 bilhões ao ano, ou 33% do total exportado), com um volume de exportações quatro vezes superior ao dirigido para os Estados Unidos.
O Brasil é o principal fornecedor de produtos agroalimentares para a China, respondendo por quase 20% das importações daquele país. A China responderá por um quarto do aumento do consumo de proteínas animais do mundo até 2030. Por isso, não é para menos que a China se tornou uma das principais fontes de investimento estrangeiro no agronegócio brasileiro.
A recente guerra comercial levou a China a elevar as suas tarifas de importação sobre produtos americanos. Em 2018/19 houve ainda a eclosão de uma terrível epidemia de peste suína africana, que dizimou quase metade do rebanho suíno chinês. Tais fatores fizeram com que as exportações brasileiras de algodão e carnes avícolas e bovinas disparassem, tornando o Brasil o principal supridor da China nesses produtos, além de liderar as exportações de soja em grãos.
O fato é que uma parcela significativa da oferta brasileira de produtos agropecuários e alimentos está “casada” com a demanda chinesa, sendo que não há cônjuge alternativo no mercado. Trata-se de um “casamento inevitável”, queiramos ou não, e ainda mais em tempos de Coronavirus, que desestabilizou o abastecimento doméstico chinês.
Para ficar bem claro aos sinofóbicos: os Estados Unidos não são alternativa de casamento para o agro brasileiro, mas sim um “noivo” concorrente e poderoso, turbinado por subsídios na veia de quase US$ 50 bilhões, se somarmos os dois pacotes de apoio que os agricultores americanos receberam para compensar a guerra comercial e a crise da Covid-19.
É interessante notar que o Brasil e a China reformaram profundamente os seus setores de agricultura e alimentos a partir dos anos 1970. Deng Xiaoping liderou o maior movimento de migração da história, no qual cerca de 300 milhões de chineses deixaram o campo para atender a imensa demanda de mão-de-obra da sua indústria manufatureira, que se integrava às cadeias globais de valor.
Esse movimento do governo chinês permitiu a modernização de parte da agricultura chinesa, com destaque para os setores de frutas, legumes e verduras e, mais recentemente, a explosão da chamada Agricultura 5.0, com seus drones, estufas, tecnologias digitais etc. Ao mesmo tempo, a China identifica a impossibilidade de atingir a autossuficiência em alguns setores e abre, de forma pontual e pragmática, o seu mercado doméstico para importações de grãos de soja, celulose, algodão e carnes.
Em paralelo, os anos 1970 no Brasil marcam o início do movimento de “tropicalização da agricultura” em direção aos cerrados do centro-oeste. Do lado da tecnologia, vieram novas variedades, correção de solos, plantio direto, duas safras no mesmo ano agrícola e o incrível fenômeno da integração lavoura-pecuária. Do lado das pessoas, uma nova geração de agricultores jovens, dinâmicos, motivados e tomadores de risco migra para as novas fronteiras com ganhos de gestão, escala e sustentabilidade.
Esses dois movimentos sacramentam o casamento entre o Brasil e a China no agronegócio, que prosperou a despeito das falhas de infraestrutura do primeiro e das dificuldades de acesso aos mercados do segundo. Trata-se de um movimento que se origina da demanda exponencial chinesa por alimentos e da alta produtividade alcançada pela tecnologia agrícola tropical. Definitivamente, ela não nasce de “visão estratégica” dos governos e da sua capacidade de planejamento.
Neste momento um novo desafio se apresenta para os dois países: o risco das zoonoses e seus impactos na qualidade e sanidade dos alimentos. Nos últimos 30 anos nos acostumamos a qualificar o aquecimento global, a desigualdade e o desemprego como os maiores problemas da humanidade. Não nos demos conta de que um inimigo invisível, que esteve sempre à espreita, ganhou enorme musculatura com a globalização: as pandemias originadas de zoonoses.
A Covid-19 não foi a primeira, e tampouco será a última epidemia que vem de animais domésticos e silvestres. Antes dela tivemos Aids, Ebola, Sars, Mers, gripe aviária e gripe suína. Nenhuma, porém, com capacidade de frear bruscamente a economia mundial.
Se a mudança do clima prometia matar paulatinamente o ser humano pela sua inação em relação ao planeta, a Covid-19 chega, sem aviso, para matar pessoas em hospitais despreparados para lidar com pandemias e na depressão causada pela parada da economia.
Estou convencido que segurança do alimento pode ser um dos principais itens de cooperação Brasil-China, países que sempre estiveram entre os líderes da produção, do consumo e do comércio de proteínas de origem animal e vegetal no mundo.
Comércio e investimentos dominam a pauta Brasil-China. Contudo, outros temas vêm ganhando importância na agenda bilateral do agronegócio, como por exemplo inovação, infraestrutura e sustentabilidade. A Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP) e a China Agricultural University (CAU), classificadas entre as cinco melhores escolas de agricultura do mundo, lançarão em junho o livro “China-Brazil partnership in agriculture and food security”, uma obra que reúne artigos de duas dezenas de especialistas chineses e brasileiros sobre os temas apontados neste artigo.
Para finalizar, precisamos reconhecer que no casamento Brasil-China os noivos sempre serão muito diferentes. A China tem uma homogeneidade socioeconômica e cultural milenar, construída em torno da ética do confucionismo, que gerou um governo único e estável. O Brasil tem uma imensa diversidade étnica e cultural e órgãos de governo fragmentados e desorganizados, onde a insegurança jurídica torna até o passado incerto.
A China tem uma visão estratégica de longo prazo sobre o seu futuro, tendo realizado investimentos coletivos em educação e infraestrutura. O Brasil não consegue olhar além das emergências de curto prazo, campo que, no entanto, demonstramos uma combinação única de criatividade, improvisação e resiliência.
No campo comercial a China promoveu as suas exportações injetando doses cavalares de competitividade e inovação na sua indústria. Já o Brasil optou por proteger a sua indústria e substituir importações, isolando-se das cadeias globais de valor, exceto no agronegócio.
Finalizo afirmando que as relações Brasil-China no agronegócio sobreviveram apesar das visões preconcebidas e ideológicas dos sucessivos governos. Lula e Dilma privilegiaram a África e os países bolivarianos. Bolsonaro quer privilegiar o mundo rico ocidental, e principalmente os Estados Unidos.
Enquanto isso, seguimos ignorando que o mundo voltou a ser asiacêntrico, e particularmente sinocêntrico, do ponto de vista demográfico, econômico e de segurança alimentar. A relação Brasil-China no agronegócio não foi planejada ou construída. Mas se tornou um fato inexorável. E não adianta lutar contra os fatos. É melhor aceitá-los com objetividade e estratégia, como fazem os chineses, há milênios.
A frase de Deng Xiaoping que abre esse texto ilustra a essência do pragmatismo chinês. De nada serve alimentar ataques insanos a uma potência global que quer se aliar ao Brasil para garantir a sua segurança alimentar. De nada serve atacar pessoas que estão construindo as nossas pontes com o mundo, como a Ministra da Agricultura Tereza Cristina.
A resposta para a pergunta “o que a agricultura brasileira quer da China” é simples: queremos construir confiança e cooperação para atravessarmos juntos o rio turbulento da segurança alimentar, sem posições apriorísticas ou ideológicas.
(*) Marcos Sawaya Jank é professor de agronegócio global do Insper e titular da Cátedra Luiz de Queiroz da Esalq-USP.
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Ao atacar os chineses com falácias e teorias conspiratórias, o país pode alvejar um dos setores centrais para a saída da recessão que se apresenta.
“Para cruzar um rio, é preciso sentir cada pedra”.
Deng Xiaoping
O magnífico ensaio “O que o Brasil quer da China?” de Philip Yang, publicado no Valor, mostra com precisão e incrível profundidade porque em apenas quatro décadas a China deslanchou, enquanto o Brasil manteve um crescimento pífio. Na sequência, Rubens Ricupero, Tiago Cavalcanti, Roberto Giannetti e Marcos Caramuru trouxeram diferentes facetas que complementam a explicação sobre o desenvolvimento desigual dos dois países.
O Brasil se tornou globalmente competitivo em agricultura e alimentos em boa parte graças à demanda chinesa. Se o Brasil não sabe bem o que quer da China, o setor privado do agronegócio entende perfeitamente que o seu futuro está umbilicalmente ligado ao gigante asiático.
Essa relação tem grande importância num momento em que figuras importantes do Executivo e do Legislativo brasileiro, em vez de se esforçarem para reduzir os efeitos econômicos e viróticos da pandemia, optam por criar um pandemônio desnecessário com a China. Ao atacarem a China com falácias e teorias conspiratórias, essas pessoas podem estar alvejando um dos setores mais centrais para que o país saia da recessão que se avizinha.
Brasil e China estão entre os quatro maiores produtores e exportadores mundiais de produtos agropecuários e alimentos. China e Hong Kong ocupam, juntos, a primeira posição no ranking das importações mundiais do agronegócio. São, também, o destino principal das nossas exportações neste setor (US$ 34 bilhões ao ano, ou 33% do total exportado), com um volume de exportações quatro vezes superior ao dirigido para os Estados Unidos.
O Brasil é o principal fornecedor de produtos agroalimentares para a China, respondendo por quase 20% das importações daquele país. A China responderá por um quarto do aumento do consumo de proteínas animais do mundo até 2030. Por isso, não é para menos que a China se tornou uma das principais fontes de investimento estrangeiro no agronegócio brasileiro.
A recente guerra comercial levou a China a elevar as suas tarifas de importação sobre produtos americanos. Em 2018/19 houve ainda a eclosão de uma terrível epidemia de peste suína africana, que dizimou quase metade do rebanho suíno chinês. Tais fatores fizeram com que as exportações brasileiras de algodão e carnes avícolas e bovinas disparassem, tornando o Brasil o principal supridor da China nesses produtos, além de liderar as exportações de soja em grãos.
O fato é que uma parcela significativa da oferta brasileira de produtos agropecuários e alimentos está “casada” com a demanda chinesa, sendo que não há cônjuge alternativo no mercado. Trata-se de um “casamento inevitável”, queiramos ou não, e ainda mais em tempos de Coronavirus, que desestabilizou o abastecimento doméstico chinês.
Para ficar bem claro aos sinofóbicos: os Estados Unidos não são alternativa de casamento para o agro brasileiro, mas sim um “noivo” concorrente e poderoso, turbinado por subsídios na veia de quase US$ 50 bilhões, se somarmos os dois pacotes de apoio que os agricultores americanos receberam para compensar a guerra comercial e a crise da Covid-19.
É interessante notar que o Brasil e a China reformaram profundamente os seus setores de agricultura e alimentos a partir dos anos 1970. Deng Xiaoping liderou o maior movimento de migração da história, no qual cerca de 300 milhões de chineses deixaram o campo para atender a imensa demanda de mão-de-obra da sua indústria manufatureira, que se integrava às cadeias globais de valor.
Esse movimento do governo chinês permitiu a modernização de parte da agricultura chinesa, com destaque para os setores de frutas, legumes e verduras e, mais recentemente, a explosão da chamada Agricultura 5.0, com seus drones, estufas, tecnologias digitais etc. Ao mesmo tempo, a China identifica a impossibilidade de atingir a autossuficiência em alguns setores e abre, de forma pontual e pragmática, o seu mercado doméstico para importações de grãos de soja, celulose, algodão e carnes.
Em paralelo, os anos 1970 no Brasil marcam o início do movimento de “tropicalização da agricultura” em direção aos cerrados do centro-oeste. Do lado da tecnologia, vieram novas variedades, correção de solos, plantio direto, duas safras no mesmo ano agrícola e o incrível fenômeno da integração lavoura-pecuária. Do lado das pessoas, uma nova geração de agricultores jovens, dinâmicos, motivados e tomadores de risco migra para as novas fronteiras com ganhos de gestão, escala e sustentabilidade.
Esses dois movimentos sacramentam o casamento entre o Brasil e a China no agronegócio, que prosperou a despeito das falhas de infraestrutura do primeiro e das dificuldades de acesso aos mercados do segundo. Trata-se de um movimento que se origina da demanda exponencial chinesa por alimentos e da alta produtividade alcançada pela tecnologia agrícola tropical. Definitivamente, ela não nasce de “visão estratégica” dos governos e da sua capacidade de planejamento.
Neste momento um novo desafio se apresenta para os dois países: o risco das zoonoses e seus impactos na qualidade e sanidade dos alimentos. Nos últimos 30 anos nos acostumamos a qualificar o aquecimento global, a desigualdade e o desemprego como os maiores problemas da humanidade. Não nos demos conta de que um inimigo invisível, que esteve sempre à espreita, ganhou enorme musculatura com a globalização: as pandemias originadas de zoonoses.
A Covid-19 não foi a primeira, e tampouco será a última epidemia que vem de animais domésticos e silvestres. Antes dela tivemos Aids, Ebola, Sars, Mers, gripe aviária e gripe suína. Nenhuma, porém, com capacidade de frear bruscamente a economia mundial.
Se a mudança do clima prometia matar paulatinamente o ser humano pela sua inação em relação ao planeta, a Covid-19 chega, sem aviso, para matar pessoas em hospitais despreparados para lidar com pandemias e na depressão causada pela parada da economia.
Estou convencido que segurança do alimento pode ser um dos principais itens de cooperação Brasil-China, países que sempre estiveram entre os líderes da produção, do consumo e do comércio de proteínas de origem animal e vegetal no mundo.
Comércio e investimentos dominam a pauta Brasil-China. Contudo, outros temas vêm ganhando importância na agenda bilateral do agronegócio, como por exemplo inovação, infraestrutura e sustentabilidade. A Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP) e a China Agricultural University (CAU), classificadas entre as cinco melhores escolas de agricultura do mundo, lançarão em junho o livro “China-Brazil partnership in agriculture and food security”, uma obra que reúne artigos de duas dezenas de especialistas chineses e brasileiros sobre os temas apontados neste artigo.
Para finalizar, precisamos reconhecer que no casamento Brasil-China os noivos sempre serão muito diferentes. A China tem uma homogeneidade socioeconômica e cultural milenar, construída em torno da ética do confucionismo, que gerou um governo único e estável. O Brasil tem uma imensa diversidade étnica e cultural e órgãos de governo fragmentados e desorganizados, onde a insegurança jurídica torna até o passado incerto.
A China tem uma visão estratégica de longo prazo sobre o seu futuro, tendo realizado investimentos coletivos em educação e infraestrutura. O Brasil não consegue olhar além das emergências de curto prazo, campo que, no entanto, demonstramos uma combinação única de criatividade, improvisação e resiliência.
No campo comercial a China promoveu as suas exportações injetando doses cavalares de competitividade e inovação na sua indústria. Já o Brasil optou por proteger a sua indústria e substituir importações, isolando-se das cadeias globais de valor, exceto no agronegócio.
Finalizo afirmando que as relações Brasil-China no agronegócio sobreviveram apesar das visões preconcebidas e ideológicas dos sucessivos governos. Lula e Dilma privilegiaram a África e os países bolivarianos. Bolsonaro quer privilegiar o mundo rico ocidental, e principalmente os Estados Unidos.
Enquanto isso, seguimos ignorando que o mundo voltou a ser asiacêntrico, e particularmente sinocêntrico, do ponto de vista demográfico, econômico e de segurança alimentar. A relação Brasil-China no agronegócio não foi planejada ou construída. Mas se tornou um fato inexorável. E não adianta lutar contra os fatos. É melhor aceitá-los com objetividade e estratégia, como fazem os chineses, há milênios.
A frase de Deng Xiaoping que abre esse texto ilustra a essência do pragmatismo chinês. De nada serve alimentar ataques insanos a uma potência global que quer se aliar ao Brasil para garantir a sua segurança alimentar. De nada serve atacar pessoas que estão construindo as nossas pontes com o mundo, como a Ministra da Agricultura Tereza Cristina.
A resposta para a pergunta “o que a agricultura brasileira quer da China” é simples: queremos construir confiança e cooperação para atravessarmos juntos o rio turbulento da segurança alimentar, sem posições apriorísticas ou ideológicas.
(*) Marcos Sawaya Jank é professor de agronegócio global do Insper e titular da Cátedra Luiz de Queiroz da Esalq-USP.
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domingo, 26 de abril de 2020
Desafeitas em alquimias de Eros e Tanatos
Carlos Eduardo Florence *
Caíra eu em depressão profunda face às medidas tomadas de reclusão pela invasão dos vírus, políticos, economistas e anões da sonolenta Branca de Neve. Mesmo se fez assim o último outono em Antraçós das Benções, entre pintassilgos, melancolia, inclusa nostalgias, sim, abrindo diariamente as cortinas dos invisíveis para nos pormos a saudar nada menos do que o inelutável, micro infinitesimais, famigerados diluídos no abstrato.
Os movimentos eram lerdos, mas nada desmentia o refrão medieval: “uma centopeia não faz verão”; com isto as andorinhas se sentiram ultrajadas. Vesti máscara, chapéu verde oliva, empunhei jornal, com polêmica manchete: fecha, abre ou o bicho pega, assumi as sandálias havaianas e fui proibido de ir à praia ou conversar com o além. Não havia inclusive confronto entre a metamorfose do absurdo e as pequenas soluções das premonições confirmadas sobre a influência do paradoxo, tanto que as brisas contornavam as meditações não permitindo às flores restantes encantarem os sorrisos. Entre o delírio e a loucura não se conseguia introduzir mais do que um nada.
O desespero assumiu o tempo e o verbo. Seria a primeira secção de psicanálise com o doutor Aracácio e não poderia deixar de estar com fome, ansioso, sentindo odor de curiosidade e com premonição de que no final da tarde sentiria falta do guarda-chuva, pois o sino da capela avisou que a missa das seis seria professada em mandarim por Dom Keioshan pelo féretro de sete contaminados em sequência e destino.
Notei, caminhando para o consultório, que os jardins ainda eram muito dependentes por serem da infância. Adentrei pela ótica minimalista sem grande entusiasmo. Saudações ofegantes, discretas. O psiquiatra ordenou-me deitar no canapé e debulhar livremente meus delírios existenciais. Livre pensamento. Obedeci. Existia uma atmosfera de romantismo pueril entre as samambaias deprimidas e as crianças aguardando a hora de recolher pela pandemia. À distância, provável até pela sutileza delicada da neblina indefinida, a mera imaginação não parecia senão relutante silhueta de metáfora a procura de sua poesia.
Nos escombros do gerúndio, em que cirandava naquele final de outono a imaginação, confirmou-se a expectativa antiga do vácuo existencial entre a angústia e o conteúdo da melodia dos menestréis compondo as sinfonias dos adventos prováveis, que propõem ser a existência que antecipa a essência para criar o nada, segundo os existencialistas. Com isto descrito, relacionei com o vírus começando a se impor a todos os gostos, gestos, paladares.
As ruas se esvaziaram ao se ouvirem os sons retumbantes dos invisíveis com os dentes trincados mastigando o pavor. Pairava, sem preconceito algum, nítido sabor hermafrodito da metamorfose transformando o acanhado silogismo em petulância por ser a liberdade proveniente da angústia. Escutei o psiquiatra coçar o subjetivo ou anotar algo sobre uma folha azul pelo aroma de lua nova dos raios de sol transcendendo as venezianas, as fantasias e os bafos invisíveis dos vírus. Dei a devida distância e retruquei que os dados levantados, segundo autoridade do assunto, pelo sequenciamento da ilusão de ótica, poder-se-iam estabelecer a correlação, indiscutível, entre a menopausa e a síndrome psicológica do afro-lagartixa. Amedrontei-me com o ruído similar ao silêncio tentando ultrapassar a porta do fundo em função das meras equações do segundo grau se recusarem a estabelecer correlações com as escalas dodecafônicas e o assim o vírus poderia ser intransigente.
Retornei à infância, lacrimei envergonhado, e atribui o inexplicável ao complexo de Édipo. Não pude atinar se o doutor chegou a entender exatamente o que eu transmitira, mas não havia condições de repetir, pois a sensação de que tirara ele os sapatos, como preferem estes profissionais para verificarem onde estariam os atos falhos ou as censuras, fora indeterminada.
Enquanto tal, poderia se observar claramente que os jornalistas e as madressilvas procuravam suas razões e preconceitos entre uns papeis rasgados que o almoxarife deixara antes de ir ao cemitério na quarta feira. O psicanalista virou a folha do bloco para a página verde em que são anotados casos pessoais, endereço da namorada, receitas culinárias, informações em sânscrito dos analisados mais esquizofrênicos, melhores safras de vinho. Em seguida tossiu, discretamente, sugerindo, captei, com argúcia, pela entonação da sua mensagem para não ser tão enfático nos assentos graves e intempestivo, eu, nas vírgulas entre o sujeito, o predicado e o objeto indireto.
Não pude deixar de me reportar à borboleta Viléia, mais afeiçoada ao verbo intransitivo, exatamente quando no confronto da pandemia com as decisões de investimento nas bolsas, circunscreveu uma hipérbole original resultando em graciosa parábola ecumênica do entretenimento entre animais imaginários, figuras abstratas, mensagens de pêsames, remédios hermafroditas, orações poderosas. Desta forma intransigente, as formulações consistentes foram aproveitadas pelas crianças saindo repentinamente do Sétimo Sermão de Isaias, Capítulo dos Abstratos e se puseram a saltar amarelinha antes de levarem estas informações fundamentais como trabalho de casa sobre o imprevisível. Lembrei-me, pelo em tendo sido minha infância, que as melhores jabuticabas do outono são as colhidas entre as latitudes boreais e oitava de Beethoven.
O único aparte, até então do casmurro médico, foi de que ele preferia a quinta. Pela plasticidade das circunstâncias, sabores das jabuticabas ao tempo, pavor dos invasores, revoadas das aves e da angústia, lembrei Van Gogh retratando o belo com o caos dos seus devaneios. Pousou em surdina em meu além vagando, um som com perfume de fim de dia e tive uma sensação de suicídio ou vontade de beliscar os croissants da Maria Antonieta. Os vírus cairiam, supus, com entardecer e durante as discussões inúteis, repeti ao abismado doutor que imaginara um enorme abstrato de esperança azul, antes de deixar onde estava em transe sobre o canapé cruel, escolheria um solitário banco de jardim e verificaria se seriam horas adequadas para um aperitivo ou a senhorita que passaria mascarada deveria se dirigir em português ou em libras para pedir, desesperada, ao taxi que a levasse para um horizonte sem limites ou a um refúgio desabitado.
Descrevi com precisão que uma imensidão cinza fosca envolvera Antraçós das Benções e fomos todos nos diluindo em eu’s - (o psiquiatra corrigiu para egos) - assimétricos e disformes, nos desfazendo dos nossos corpos, almas, por findos intransitáveis, entrelaçando deformidades geométricas, muito irregulares e com seus ângulos indefinidos, nos transformávamos em sabores de absurdo, cheiros de pavor, sensos de incompetências, olhares de inacabados, acenos da morte. Desencarnei então em fá sustenido e pesadelo sobre o canapé, por tempo indefinido, mas foi como apalpei desesperado o nada e me pus a não existir em sendo.
Acredito que o psicanalista e eu dormitamos neste intervalo de transe, tanto que fomos surpreendidos pelo forte ruído do bloco de papel e peso abrutalhado das anotações caindo no chão. Ele pigarreou sisudo em voz cavernosa que uma hora analítica se fizera. Senti uma fervura de delírio borbulhando entre o passado e o futuro sem o presente solucionar ou comparecer. Metrificamo-nos de tão longe que nossos inconscientes se depauperaram em solidões. Não nos abstivemos, mesmo assim, da sensação clara do vírus intentando imiscuir-se com suas garras sádicas pelas nossas insondáveis demências apavoradas, regurgitando o mistério, o insondável, a intimidade das próprias ignorâncias e por último os pavores que transvestíamos.
Invadindo, pelo inexplicável entranhado, nos demos um forte jamais, distantes o mais possível, e até o infinito, se houvesse.
* o autor é economista, blogueiro, escrevinhador, e diretor-executivo da AMA – Associação dos Misturadores de Adubos.
Publicado em http://carloseduardoflorence.blogspot.com/
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Caíra eu em depressão profunda face às medidas tomadas de reclusão pela invasão dos vírus, políticos, economistas e anões da sonolenta Branca de Neve. Mesmo se fez assim o último outono em Antraçós das Benções, entre pintassilgos, melancolia, inclusa nostalgias, sim, abrindo diariamente as cortinas dos invisíveis para nos pormos a saudar nada menos do que o inelutável, micro infinitesimais, famigerados diluídos no abstrato.
Os movimentos eram lerdos, mas nada desmentia o refrão medieval: “uma centopeia não faz verão”; com isto as andorinhas se sentiram ultrajadas. Vesti máscara, chapéu verde oliva, empunhei jornal, com polêmica manchete: fecha, abre ou o bicho pega, assumi as sandálias havaianas e fui proibido de ir à praia ou conversar com o além. Não havia inclusive confronto entre a metamorfose do absurdo e as pequenas soluções das premonições confirmadas sobre a influência do paradoxo, tanto que as brisas contornavam as meditações não permitindo às flores restantes encantarem os sorrisos. Entre o delírio e a loucura não se conseguia introduzir mais do que um nada.
O desespero assumiu o tempo e o verbo. Seria a primeira secção de psicanálise com o doutor Aracácio e não poderia deixar de estar com fome, ansioso, sentindo odor de curiosidade e com premonição de que no final da tarde sentiria falta do guarda-chuva, pois o sino da capela avisou que a missa das seis seria professada em mandarim por Dom Keioshan pelo féretro de sete contaminados em sequência e destino.
Notei, caminhando para o consultório, que os jardins ainda eram muito dependentes por serem da infância. Adentrei pela ótica minimalista sem grande entusiasmo. Saudações ofegantes, discretas. O psiquiatra ordenou-me deitar no canapé e debulhar livremente meus delírios existenciais. Livre pensamento. Obedeci. Existia uma atmosfera de romantismo pueril entre as samambaias deprimidas e as crianças aguardando a hora de recolher pela pandemia. À distância, provável até pela sutileza delicada da neblina indefinida, a mera imaginação não parecia senão relutante silhueta de metáfora a procura de sua poesia.
Nos escombros do gerúndio, em que cirandava naquele final de outono a imaginação, confirmou-se a expectativa antiga do vácuo existencial entre a angústia e o conteúdo da melodia dos menestréis compondo as sinfonias dos adventos prováveis, que propõem ser a existência que antecipa a essência para criar o nada, segundo os existencialistas. Com isto descrito, relacionei com o vírus começando a se impor a todos os gostos, gestos, paladares.
As ruas se esvaziaram ao se ouvirem os sons retumbantes dos invisíveis com os dentes trincados mastigando o pavor. Pairava, sem preconceito algum, nítido sabor hermafrodito da metamorfose transformando o acanhado silogismo em petulância por ser a liberdade proveniente da angústia. Escutei o psiquiatra coçar o subjetivo ou anotar algo sobre uma folha azul pelo aroma de lua nova dos raios de sol transcendendo as venezianas, as fantasias e os bafos invisíveis dos vírus. Dei a devida distância e retruquei que os dados levantados, segundo autoridade do assunto, pelo sequenciamento da ilusão de ótica, poder-se-iam estabelecer a correlação, indiscutível, entre a menopausa e a síndrome psicológica do afro-lagartixa. Amedrontei-me com o ruído similar ao silêncio tentando ultrapassar a porta do fundo em função das meras equações do segundo grau se recusarem a estabelecer correlações com as escalas dodecafônicas e o assim o vírus poderia ser intransigente.
Retornei à infância, lacrimei envergonhado, e atribui o inexplicável ao complexo de Édipo. Não pude atinar se o doutor chegou a entender exatamente o que eu transmitira, mas não havia condições de repetir, pois a sensação de que tirara ele os sapatos, como preferem estes profissionais para verificarem onde estariam os atos falhos ou as censuras, fora indeterminada.
Enquanto tal, poderia se observar claramente que os jornalistas e as madressilvas procuravam suas razões e preconceitos entre uns papeis rasgados que o almoxarife deixara antes de ir ao cemitério na quarta feira. O psicanalista virou a folha do bloco para a página verde em que são anotados casos pessoais, endereço da namorada, receitas culinárias, informações em sânscrito dos analisados mais esquizofrênicos, melhores safras de vinho. Em seguida tossiu, discretamente, sugerindo, captei, com argúcia, pela entonação da sua mensagem para não ser tão enfático nos assentos graves e intempestivo, eu, nas vírgulas entre o sujeito, o predicado e o objeto indireto.
Não pude deixar de me reportar à borboleta Viléia, mais afeiçoada ao verbo intransitivo, exatamente quando no confronto da pandemia com as decisões de investimento nas bolsas, circunscreveu uma hipérbole original resultando em graciosa parábola ecumênica do entretenimento entre animais imaginários, figuras abstratas, mensagens de pêsames, remédios hermafroditas, orações poderosas. Desta forma intransigente, as formulações consistentes foram aproveitadas pelas crianças saindo repentinamente do Sétimo Sermão de Isaias, Capítulo dos Abstratos e se puseram a saltar amarelinha antes de levarem estas informações fundamentais como trabalho de casa sobre o imprevisível. Lembrei-me, pelo em tendo sido minha infância, que as melhores jabuticabas do outono são as colhidas entre as latitudes boreais e oitava de Beethoven.
O único aparte, até então do casmurro médico, foi de que ele preferia a quinta. Pela plasticidade das circunstâncias, sabores das jabuticabas ao tempo, pavor dos invasores, revoadas das aves e da angústia, lembrei Van Gogh retratando o belo com o caos dos seus devaneios. Pousou em surdina em meu além vagando, um som com perfume de fim de dia e tive uma sensação de suicídio ou vontade de beliscar os croissants da Maria Antonieta. Os vírus cairiam, supus, com entardecer e durante as discussões inúteis, repeti ao abismado doutor que imaginara um enorme abstrato de esperança azul, antes de deixar onde estava em transe sobre o canapé cruel, escolheria um solitário banco de jardim e verificaria se seriam horas adequadas para um aperitivo ou a senhorita que passaria mascarada deveria se dirigir em português ou em libras para pedir, desesperada, ao taxi que a levasse para um horizonte sem limites ou a um refúgio desabitado.
Descrevi com precisão que uma imensidão cinza fosca envolvera Antraçós das Benções e fomos todos nos diluindo em eu’s - (o psiquiatra corrigiu para egos) - assimétricos e disformes, nos desfazendo dos nossos corpos, almas, por findos intransitáveis, entrelaçando deformidades geométricas, muito irregulares e com seus ângulos indefinidos, nos transformávamos em sabores de absurdo, cheiros de pavor, sensos de incompetências, olhares de inacabados, acenos da morte. Desencarnei então em fá sustenido e pesadelo sobre o canapé, por tempo indefinido, mas foi como apalpei desesperado o nada e me pus a não existir em sendo.
Acredito que o psicanalista e eu dormitamos neste intervalo de transe, tanto que fomos surpreendidos pelo forte ruído do bloco de papel e peso abrutalhado das anotações caindo no chão. Ele pigarreou sisudo em voz cavernosa que uma hora analítica se fizera. Senti uma fervura de delírio borbulhando entre o passado e o futuro sem o presente solucionar ou comparecer. Metrificamo-nos de tão longe que nossos inconscientes se depauperaram em solidões. Não nos abstivemos, mesmo assim, da sensação clara do vírus intentando imiscuir-se com suas garras sádicas pelas nossas insondáveis demências apavoradas, regurgitando o mistério, o insondável, a intimidade das próprias ignorâncias e por último os pavores que transvestíamos.
Invadindo, pelo inexplicável entranhado, nos demos um forte jamais, distantes o mais possível, e até o infinito, se houvesse.
* o autor é economista, blogueiro, escrevinhador, e diretor-executivo da AMA – Associação dos Misturadores de Adubos.
Publicado em http://carloseduardoflorence.blogspot.com/
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sábado, 25 de abril de 2020
Coronavírus: vem aí o novo Governo Mundial?
Richard Jakubaszko
Para onde vamos? O que está acontecendo? Quem manda de fato no mundo? Os EUA, a China, a Rússia, Israel ou a União Europeia? O que desejam eles? Um novo e inédito Governo Mundial? Como? Através do coronavírus?
No documentário abaixo (de 2011), você encontrará respostas a todas essas questões, debatidas muito antes de aparecer o Covid-19. Mostra que as formas de poder do mercado financeiro mundial, do petróleo, da indústria de energia elétrica (como a nuclear), e de algumas poderosas indústrias, como a farmacêutica e a de sementes para a agricultura, poderão construir o Governo Mundial. Ao lado da pandemia do Coronavírus temos a outra indústria do medo planetária, a do aquecimento mundial, que são duas poderosas ferramentas, extraordinárias em todos os sentidos, para implementar essa inédita dominação que as elites do planeta (menos de 0,1% das pessoas) projetam: a de implantar a colonização do planeta através de um Governo Mundial.
Assistam ao vídeo abaixo, tem duas horas enriquecedoras de conhecimentos, e no mínimo vai colocar você em contato com realidades e saber quem manda no planeta, quais os formatos atuais e como se planeja atingir essa dominação através de um Governo Mundial.
Depois, deixe seus comentários, um debate é necessário, porque as elites hoje dominam você, a ponto de colocar seus pensamentos e atitudes em permanente autocensura para que, sem saber, você apoie essa insanidade que a elite mundial está planejando.
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Para onde vamos? O que está acontecendo? Quem manda de fato no mundo? Os EUA, a China, a Rússia, Israel ou a União Europeia? O que desejam eles? Um novo e inédito Governo Mundial? Como? Através do coronavírus?
No documentário abaixo (de 2011), você encontrará respostas a todas essas questões, debatidas muito antes de aparecer o Covid-19. Mostra que as formas de poder do mercado financeiro mundial, do petróleo, da indústria de energia elétrica (como a nuclear), e de algumas poderosas indústrias, como a farmacêutica e a de sementes para a agricultura, poderão construir o Governo Mundial. Ao lado da pandemia do Coronavírus temos a outra indústria do medo planetária, a do aquecimento mundial, que são duas poderosas ferramentas, extraordinárias em todos os sentidos, para implementar essa inédita dominação que as elites do planeta (menos de 0,1% das pessoas) projetam: a de implantar a colonização do planeta através de um Governo Mundial.
Assistam ao vídeo abaixo, tem duas horas enriquecedoras de conhecimentos, e no mínimo vai colocar você em contato com realidades e saber quem manda no planeta, quais os formatos atuais e como se planeja atingir essa dominação através de um Governo Mundial.
Depois, deixe seus comentários, um debate é necessário, porque as elites hoje dominam você, a ponto de colocar seus pensamentos e atitudes em permanente autocensura para que, sem saber, você apoie essa insanidade que a elite mundial está planejando.
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sexta-feira, 24 de abril de 2020
O que os EUA realmente sabiam sobre o vírus 'chinês'?
Pepe Escobar,
para o Shaker Blog ( cruzada com a Strategic Culture Foundation )
A Hybrid War 2.0 na China, uma operação bipartidária dos EUA, já está atingindo o pico da febre. Seu braço infowar de espectro completo 24 horas por dia, 7 dias por semana, culpa a China por tudo o que está relacionado ao coronavírus - dobrando como uma tática diversionista contra qualquer crítica informada da triste despreparação americana.
A histeria previsivelmente reina. E este é apenas o começo.
Um dilúvio de processos é iminente - como o do Distrito Sul da Flórida, inscrito pelo Berman Law Group (vinculado aos democratas) e Lucas-Compton (vinculado aos republicanos). Em poucas palavras: a China precisa desembolsar toneladas de dinheiro. No valor de pelo menos US$ 1,2 trilhão, o que passa a ser - por ironia surrealista - a quantidade de letras do Tesouro dos EUA mantidas por Pequim, até US$ 20 trilhões, reivindicadas por uma ação no Texas.
O caso da promotoria, como Scott Ritter nos lembrou de forma memorável, é direto de Monty Python. Funciona exatamente assim:
“Se ela pesa o mesmo que um pato...”
...ela é de madeira!
"E, portanto..."
"Uma bruxa!!!!!"
Nos termos da Guerra Híbrida 2.0, a narrativa atual no estilo da CIA se traduz como China má, que nunca nos revelou, ao Ocidente civilizado, que havia um novo vírus terrível por aí. Se o fizessem, teríamos tempo de nos preparar.
E, no entanto, eles mentiram e trapacearam - a propósito, características registradas da CIA, de acordo com o próprio Pompeo, Mike “Nós mentimos, enganamos, roubamos”. E eles esconderam tudo. E eles censuraram a verdade. Então eles queriam infectar todos nós. Agora eles têm que pagar por todo o dano econômico e financeiro que estamos sofrendo e por todos os nossos mortos. A culpa é da China.
Todo esse barulho e fúria nos obriga a voltar ao final de 2019 para verificar o que a inteligência americana realmente sabia sobre o que mais tarde seria identificado como Sars-Cov-2.
"Esse produto não existe"
O padrão ouro continua sendo o relatório da ABC News , segundo o qual as informações coletadas em novembro de 2019 pelo Centro Nacional de Inteligência Médica (NCMI), uma subsidiária da Agência de Inteligência de Defesa do Pentágono (DIA), já estavam alertando sobre um novo contágio virulento, em Wuhan, com base em "análise detalhada de comunicações interceptadas e imagens de satélite".
Uma fonte não identificada disse à ABC: "Os analistas concluíram que poderia ser um evento cataclísmico", acrescentando que a informação foi "instruída várias vezes" ao DIA, aos Chefes de Estado-Maior Conjunto do Pentágono e até à Casa Branca.
Não é de admirar que o Pentágono tenha sido forçado a emitir a proverbial negação - em pentagonês, por meio de um coronel R. Shane Day, diretor da NCMI do DIA: “No interesse da transparência durante a atual crise de saúde pública, podemos confirmar que as reportagens da mídia sobre a existência / liberação de um produto / avaliação relacionado ao Coronavírus do National Center for Medical Intelligence, em novembro de 2019, não está correto. Esse produto NCMI não existe.”
Bem, se esse "produto" existisse, o chefe do Pentágono e o ex-lobista da Raytheon, Mark Esper, estariam muito envolvidos. Ele foi devidamente interrogado por George Stephanopoulos, da ABC.
Pergunta: “O Pentágono recebeu uma avaliação de inteligência sobre COVID na China em novembro passado do Centro Nacional de Inteligência Médica do DIA?”
Esper: “Ah, não me lembro, George” (…) “Mas temos muitas pessoas que observam isso de perto.”
Pergunta: “Essa avaliação foi feita em novembro e foi enviada ao NSC no início de dezembro para avaliar o impacto na prontidão militar, o que, é claro, tornaria importante para você e a possível disseminação nos Estados Unidos. Então, você saberia se houvesse um resumo para o Conselho de Segurança Nacional em dezembro, não é?”
Esper: "Sim (...), Eu não estou ciente disso."
Então "não existe esse produto"? Isso é falso? É uma mistura do Deep State / CIA para prender Trump? Ou os suspeitos de sempre estão mentindo, conforme o estilo da CIA?
Vamos revisar alguns antecedentes essenciais. Em 12 de novembro, um casal da Mongólia Interior foi internado em um hospital de Pequim, buscando tratamento para a peste pneumônica.
O CDC chinês, no Weibo - o Twitter chinês - disse à opinião pública que as chances de ser uma nova praga eram "extremamente baixas". O casal estava em quarentena.
Quatro dias depois, um terceiro caso de peste pneumônica foi identificado: um homem também da Mongólia Interior, não relacionado ao casal. Vinte e oito pessoas que estavam em contato próximo com o homem foram colocadas em quarentena. Nenhum apresentou sintomas da peste. A peste pneumônica apresenta sintomas de insuficiência respiratória semelhantes à pneumonia.
Embora o CDC tenha repetido: "não há necessidade de se preocupar com o risco de infecção", é claro que havia muito ceticismo. O CDC pode ter confirmado publicamente em 12 de novembro esses casos de peste pneumônica. Mas então Li Jifeng, médico do Hospital Chaoyang, onde o trio da Mongólia Interior estava recebendo tratamento, publicou em particular no WeChat que eles foram transportados pela primeira vez a Pequim no dia 3 de novembro.
O ponto-chave do post de Li Jinfeng - mais tarde removido pelos censores - foi quando ela escreveu: “Estou muito familiarizada com o diagnóstico e tratamento da maioria das doenças respiratórias (…). Mas, desta vez, continuei procurando, mas não consegui descobrir qual patógeno causou a pneumonia. Eu só pensei que era uma condição rara e não recebi muita informação além da história dos pacientes.”
Mesmo se esse fosse o caso, o ponto principal é que os três casos da Mongólia Interior parecem ter sido causados por uma bactéria detectável. O Covid-19 é causado pelo vírus Sars-Cov-2, não por uma bactéria. O primeiro caso Sars-Covid-2 só foi detectado em Wuhan em meados do final de dezembro. E foi apenas no mês passado que os cientistas chineses conseguiram rastrear positivamente o primeiro caso real de Sars-Cov-2 até 17 de novembro - alguns dias após o trio da Mongólia Interior.
Saber exatamente onde procurar
Está fora de questão que a inteligência dos EUA, neste caso a NCMI, não tenha conhecimento desses desenvolvimentos na China, considerando a espionagem da CIA e o fato de essas discussões estarem abertas ao Weibo e WeChat. Portanto, se o “produto” da NCMI não é falso e realmente existe, ele só encontrou evidências, ainda em novembro, de alguns casos vagos de peste pneumônica.
Assim, o aviso - ao DIA, ao Pentágono, ao Conselho de Segurança Nacional e até à Casa Branca - era sobre isso. Não poderia ter sido sobre coronavírus.
A questão incontornável é inevitável: como o NCMI poderia saber tudo sobre uma pandemia viral, ainda em novembro, quando médicos chineses identificaram positivamente os primeiros casos de um novo tipo de pneumonia somente em 26 de dezembro?
Acrescente a isso a intrigante pergunta de por que o NCMI estava tão interessado nessa temporada de gripe na China em primeiro lugar - desde casos de peste tratados em Pequim até os primeiros sinais de um "misterioso surto de pneumonia" em Wuhan.
Pode ter havido indícios sutis de atividade levemente aumentada nas clínicas de Wuhan no final de novembro e início de dezembro. Mas na época ninguém - médicos chineses, o governo, para não mencionar as informações americanas - poderia saber o que realmente estava acontecendo.
A China não pôde "encobrir" o que foi identificado como uma nova doença em 30 de dezembro, devidamente comunicado à OMS. Então, em 3 de janeiro, o chefe do CDC americano, Robert Redfield, chamou o principal funcionário chinês do CDC. Médicos chineses sequenciaram o vírus. E somente em 8 de janeiro foi determinado que era o Sars-Cov-2 - que provoca o Covid-19.
Essa cadeia de eventos reabre, mais uma vez, uma poderosa caixa de Pandora. Temos o evento 201 bastante oportuno; o relacionamento acolhedor entre a Fundação Bill e Melinda Gates e a OMS, bem como o Fórum Econômico do Word e a galáxia Johns Hopkins em Baltimore, incluindo a Escola de Saúde Pública Bloomberg; a combinação digital de identificação / vacina ID2020 ; Dark Winter - que simulou um bio-ataque de varíola nos EUA, antes que o ataque de antraz de 2001 fosse atribuído ao Iraque; Senadores dos EUA despejando estoques após um briefing do CDC; mais de 1.300 CEOs abandonando seus polos confortáveis em 2019, “prevendo” o colapso total do mercado; o Fed está despejando dinheiro de helicóptero já em setembro de 2019 - como parte do QE4.
E então, validando o relatório da ABC News, Israel intervém. A inteligência israelense confirma que a inteligência dos EUA os alertou em novembro sobre uma pandemia potencialmente catastrófica em Wuhan (mais uma vez: como eles poderiam saber isso na segunda semana de novembro, então no início do jogo?). E os aliados da OTAN também foram avisados - em novembro -.
A linha de fundo é explosiva: o governo Trump e o CDC tinham um aviso prévio de não menos de quatro meses - de novembro a março - para estar adequadamente preparado para que o Covid-19 atingisse os EUA. E eles não fizeram nada. Toda a "China é uma bruxa!", o caso é desmascarado.
Além disso, a divulgação israelense apoia o que é nada menos que extraordinário: a inteligência dos EUA já sabia sobre o Sars-Cov-2 aproximadamente um mês antes dos primeiros casos confirmados detectados pelos médicos em um hospital de Wuhan. Fala-se sobre intervenção divina.
Isso só poderia ter acontecido se a inteligência americana soubesse, com certeza, sobre uma cadeia de eventos anteriores que necessariamente levariam ao "surto misterioso" em Wuhan. E não é só isso: eles sabiam exatamente onde procurar. Não na Mongólia Interior, nem em Pequim, nem na província de Guangdong.
Nunca basta repetir a pergunta na íntegra: como a inteligência americana poderia saber sobre um contágio um mês antes dos médicos chineses detectarem um vírus desconhecido?
Mike “Nós mentimos, enganamos, roubamos” Pompeo, pode ter desistido do jogo quando disse, no registro, que o Covid-19 era um “exercício ao vivo”. Além dos relatórios da ABC News e de Israel, a única conclusão lógica possível é que o Pentágono e a CIA sabiam com antecedência que uma pandemia seria inevitável.
Essa é a arma de fumaça. E agora todo o peso do governo dos Estados Unidos está cobrindo todas as bases, culpando a China de forma proativa e retroativa.
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para o Shaker Blog ( cruzada com a Strategic Culture Foundation )
A Hybrid War 2.0 na China, uma operação bipartidária dos EUA, já está atingindo o pico da febre. Seu braço infowar de espectro completo 24 horas por dia, 7 dias por semana, culpa a China por tudo o que está relacionado ao coronavírus - dobrando como uma tática diversionista contra qualquer crítica informada da triste despreparação americana.
A histeria previsivelmente reina. E este é apenas o começo.
Um dilúvio de processos é iminente - como o do Distrito Sul da Flórida, inscrito pelo Berman Law Group (vinculado aos democratas) e Lucas-Compton (vinculado aos republicanos). Em poucas palavras: a China precisa desembolsar toneladas de dinheiro. No valor de pelo menos US$ 1,2 trilhão, o que passa a ser - por ironia surrealista - a quantidade de letras do Tesouro dos EUA mantidas por Pequim, até US$ 20 trilhões, reivindicadas por uma ação no Texas.
O caso da promotoria, como Scott Ritter nos lembrou de forma memorável, é direto de Monty Python. Funciona exatamente assim:
“Se ela pesa o mesmo que um pato...”
...ela é de madeira!
"E, portanto..."
"Uma bruxa!!!!!"
Nos termos da Guerra Híbrida 2.0, a narrativa atual no estilo da CIA se traduz como China má, que nunca nos revelou, ao Ocidente civilizado, que havia um novo vírus terrível por aí. Se o fizessem, teríamos tempo de nos preparar.
E, no entanto, eles mentiram e trapacearam - a propósito, características registradas da CIA, de acordo com o próprio Pompeo, Mike “Nós mentimos, enganamos, roubamos”. E eles esconderam tudo. E eles censuraram a verdade. Então eles queriam infectar todos nós. Agora eles têm que pagar por todo o dano econômico e financeiro que estamos sofrendo e por todos os nossos mortos. A culpa é da China.
Todo esse barulho e fúria nos obriga a voltar ao final de 2019 para verificar o que a inteligência americana realmente sabia sobre o que mais tarde seria identificado como Sars-Cov-2.
"Esse produto não existe"
O padrão ouro continua sendo o relatório da ABC News , segundo o qual as informações coletadas em novembro de 2019 pelo Centro Nacional de Inteligência Médica (NCMI), uma subsidiária da Agência de Inteligência de Defesa do Pentágono (DIA), já estavam alertando sobre um novo contágio virulento, em Wuhan, com base em "análise detalhada de comunicações interceptadas e imagens de satélite".
Uma fonte não identificada disse à ABC: "Os analistas concluíram que poderia ser um evento cataclísmico", acrescentando que a informação foi "instruída várias vezes" ao DIA, aos Chefes de Estado-Maior Conjunto do Pentágono e até à Casa Branca.
Não é de admirar que o Pentágono tenha sido forçado a emitir a proverbial negação - em pentagonês, por meio de um coronel R. Shane Day, diretor da NCMI do DIA: “No interesse da transparência durante a atual crise de saúde pública, podemos confirmar que as reportagens da mídia sobre a existência / liberação de um produto / avaliação relacionado ao Coronavírus do National Center for Medical Intelligence, em novembro de 2019, não está correto. Esse produto NCMI não existe.”
Bem, se esse "produto" existisse, o chefe do Pentágono e o ex-lobista da Raytheon, Mark Esper, estariam muito envolvidos. Ele foi devidamente interrogado por George Stephanopoulos, da ABC.
Pergunta: “O Pentágono recebeu uma avaliação de inteligência sobre COVID na China em novembro passado do Centro Nacional de Inteligência Médica do DIA?”
Esper: “Ah, não me lembro, George” (…) “Mas temos muitas pessoas que observam isso de perto.”
Pergunta: “Essa avaliação foi feita em novembro e foi enviada ao NSC no início de dezembro para avaliar o impacto na prontidão militar, o que, é claro, tornaria importante para você e a possível disseminação nos Estados Unidos. Então, você saberia se houvesse um resumo para o Conselho de Segurança Nacional em dezembro, não é?”
Esper: "Sim (...), Eu não estou ciente disso."
Então "não existe esse produto"? Isso é falso? É uma mistura do Deep State / CIA para prender Trump? Ou os suspeitos de sempre estão mentindo, conforme o estilo da CIA?
Vamos revisar alguns antecedentes essenciais. Em 12 de novembro, um casal da Mongólia Interior foi internado em um hospital de Pequim, buscando tratamento para a peste pneumônica.
O CDC chinês, no Weibo - o Twitter chinês - disse à opinião pública que as chances de ser uma nova praga eram "extremamente baixas". O casal estava em quarentena.
Quatro dias depois, um terceiro caso de peste pneumônica foi identificado: um homem também da Mongólia Interior, não relacionado ao casal. Vinte e oito pessoas que estavam em contato próximo com o homem foram colocadas em quarentena. Nenhum apresentou sintomas da peste. A peste pneumônica apresenta sintomas de insuficiência respiratória semelhantes à pneumonia.
Embora o CDC tenha repetido: "não há necessidade de se preocupar com o risco de infecção", é claro que havia muito ceticismo. O CDC pode ter confirmado publicamente em 12 de novembro esses casos de peste pneumônica. Mas então Li Jifeng, médico do Hospital Chaoyang, onde o trio da Mongólia Interior estava recebendo tratamento, publicou em particular no WeChat que eles foram transportados pela primeira vez a Pequim no dia 3 de novembro.
O ponto-chave do post de Li Jinfeng - mais tarde removido pelos censores - foi quando ela escreveu: “Estou muito familiarizada com o diagnóstico e tratamento da maioria das doenças respiratórias (…). Mas, desta vez, continuei procurando, mas não consegui descobrir qual patógeno causou a pneumonia. Eu só pensei que era uma condição rara e não recebi muita informação além da história dos pacientes.”
Mesmo se esse fosse o caso, o ponto principal é que os três casos da Mongólia Interior parecem ter sido causados por uma bactéria detectável. O Covid-19 é causado pelo vírus Sars-Cov-2, não por uma bactéria. O primeiro caso Sars-Covid-2 só foi detectado em Wuhan em meados do final de dezembro. E foi apenas no mês passado que os cientistas chineses conseguiram rastrear positivamente o primeiro caso real de Sars-Cov-2 até 17 de novembro - alguns dias após o trio da Mongólia Interior.
Saber exatamente onde procurar
Está fora de questão que a inteligência dos EUA, neste caso a NCMI, não tenha conhecimento desses desenvolvimentos na China, considerando a espionagem da CIA e o fato de essas discussões estarem abertas ao Weibo e WeChat. Portanto, se o “produto” da NCMI não é falso e realmente existe, ele só encontrou evidências, ainda em novembro, de alguns casos vagos de peste pneumônica.
Assim, o aviso - ao DIA, ao Pentágono, ao Conselho de Segurança Nacional e até à Casa Branca - era sobre isso. Não poderia ter sido sobre coronavírus.
A questão incontornável é inevitável: como o NCMI poderia saber tudo sobre uma pandemia viral, ainda em novembro, quando médicos chineses identificaram positivamente os primeiros casos de um novo tipo de pneumonia somente em 26 de dezembro?
Acrescente a isso a intrigante pergunta de por que o NCMI estava tão interessado nessa temporada de gripe na China em primeiro lugar - desde casos de peste tratados em Pequim até os primeiros sinais de um "misterioso surto de pneumonia" em Wuhan.
Pode ter havido indícios sutis de atividade levemente aumentada nas clínicas de Wuhan no final de novembro e início de dezembro. Mas na época ninguém - médicos chineses, o governo, para não mencionar as informações americanas - poderia saber o que realmente estava acontecendo.
A China não pôde "encobrir" o que foi identificado como uma nova doença em 30 de dezembro, devidamente comunicado à OMS. Então, em 3 de janeiro, o chefe do CDC americano, Robert Redfield, chamou o principal funcionário chinês do CDC. Médicos chineses sequenciaram o vírus. E somente em 8 de janeiro foi determinado que era o Sars-Cov-2 - que provoca o Covid-19.
Essa cadeia de eventos reabre, mais uma vez, uma poderosa caixa de Pandora. Temos o evento 201 bastante oportuno; o relacionamento acolhedor entre a Fundação Bill e Melinda Gates e a OMS, bem como o Fórum Econômico do Word e a galáxia Johns Hopkins em Baltimore, incluindo a Escola de Saúde Pública Bloomberg; a combinação digital de identificação / vacina ID2020 ; Dark Winter - que simulou um bio-ataque de varíola nos EUA, antes que o ataque de antraz de 2001 fosse atribuído ao Iraque; Senadores dos EUA despejando estoques após um briefing do CDC; mais de 1.300 CEOs abandonando seus polos confortáveis em 2019, “prevendo” o colapso total do mercado; o Fed está despejando dinheiro de helicóptero já em setembro de 2019 - como parte do QE4.
E então, validando o relatório da ABC News, Israel intervém. A inteligência israelense confirma que a inteligência dos EUA os alertou em novembro sobre uma pandemia potencialmente catastrófica em Wuhan (mais uma vez: como eles poderiam saber isso na segunda semana de novembro, então no início do jogo?). E os aliados da OTAN também foram avisados - em novembro -.
A linha de fundo é explosiva: o governo Trump e o CDC tinham um aviso prévio de não menos de quatro meses - de novembro a março - para estar adequadamente preparado para que o Covid-19 atingisse os EUA. E eles não fizeram nada. Toda a "China é uma bruxa!", o caso é desmascarado.
Além disso, a divulgação israelense apoia o que é nada menos que extraordinário: a inteligência dos EUA já sabia sobre o Sars-Cov-2 aproximadamente um mês antes dos primeiros casos confirmados detectados pelos médicos em um hospital de Wuhan. Fala-se sobre intervenção divina.
Isso só poderia ter acontecido se a inteligência americana soubesse, com certeza, sobre uma cadeia de eventos anteriores que necessariamente levariam ao "surto misterioso" em Wuhan. E não é só isso: eles sabiam exatamente onde procurar. Não na Mongólia Interior, nem em Pequim, nem na província de Guangdong.
Nunca basta repetir a pergunta na íntegra: como a inteligência americana poderia saber sobre um contágio um mês antes dos médicos chineses detectarem um vírus desconhecido?
Mike “Nós mentimos, enganamos, roubamos” Pompeo, pode ter desistido do jogo quando disse, no registro, que o Covid-19 era um “exercício ao vivo”. Além dos relatórios da ABC News e de Israel, a única conclusão lógica possível é que o Pentágono e a CIA sabiam com antecedência que uma pandemia seria inevitável.
Essa é a arma de fumaça. E agora todo o peso do governo dos Estados Unidos está cobrindo todas as bases, culpando a China de forma proativa e retroativa.
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