Richard Jakubaszko
O Brasil não vai nada bem. Epidemia do coronavírus de um lado, que ainda não atingiu o pico, crise política constante por conta da confrontação do tresloucado presidente, e a economia em queda livre.
Na pandemia a quarentena tem apoio integral da mídia, e isso vislumbra uma deterioração maior ainda da economia, trazendo incertezas a todos, trabalhadores, empresários e ao mercado financeiro.
Na política, Brasília está vazia, os políticos em casa, nos seus respectivos estados, somente alguns líderes se pronunciam, mas Rodrigo Maia anda calado demais, quem sabe perdeu a chave das gavetas onde guardou os pedidos de impeachment de Bolsonaro. Bolsonaro faz acordos com a velha política, e as conhecidas ratazanas do Centrão voltam a ter espaço, como Valdemar da Costa Neto e Roberto Jeferson, ambos condenados pela Justiça. A falta de diálogos e debates entre os políticos respaldam o silêncio de Maia, mas impulsionam Bolsonaro a cometer arbitrariedades de toda natureza.
E daí? Daí que só o STF parece trabalhar em Brasília, a passos largos, e seria de lá a única força que conseguiria emergir e avançar para conter os arroubos do grupo palaciano. Há pelo menos meia dúzia de ações e investigações no STF que vão detonar mais instabilidade política a partir de lá, como as denúncias de Sérgio Moro contra Bolsonaro, a investigação sobre as responsabilidades das fake news, do filho 03, e as rachadinhas do filho 01.
Enquanto isso a economia desidrata. Paulo Guedes já deu sumiço em US$ 50 bilhões do Fundo Soberano. Entre outras coisas o Risco-Brasil aumenta, conforme me enviou Fábio Silveira, da Consultoria MacroSector, e que pode ser visto no gráfico abaixo, autoria do J.P. Morgan, e mostra que estamos chegando, nesse indicador, ao nível vigente às vésperas do impeachment de Dilma Rousseff.
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