domingo, 27 de fevereiro de 2022

As guerras mentem, por Eduardo Galeano

Richard Jakubaszko  
Vivemos neste momento uma abominável guerra de conquistas de espaços geopolíticos, tanto por parte da Rússia, ao invadir a Ucrânia, como por parte da OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte, comandada pelos EUA. Já estamos no século XXI e guerras desse tipo já deveriam ter sido compactuadas de que não seriam aceitas pela ONU. Mas não, o jogo político e a farsa continuam, a hipocrisia prevalece, com amplo apoio da mídia internacional. A falta de lideranças reais no mundo contemporâneo acentua esse vazio, prevalecendo as fake news.

Ora, a OTAN foi criada nos anos 1940, ao final da II Grande Guerra, pelos países europeus, mas com a liderança dos EUA, para conter o avanço da então União Soviética, que era liderada pela Rússia comunista e com os países da chamada cortina de ferro, no Leste europeu, como Polônia, Ucrânia, Hungria, Geórgia, Checoslováquia, Croácia, Afeganistão, Iugoslávia, e muitos outros. Em 
1989 o papa polonês João Paulo II, apoiado pelo mundo ocidental, entenda-se os EUA e Europa, negociou o fim da União Soviética e do socialismo na região. A grande maioria dos países citados, a partir de então, optou por ser democracia, com eleições regulares, a começar pela própria Rússia. Esses fatos, com o passar do tempo, justificariam a eliminação da OTAN, mas esta já tinha "nova direção" e começava a conquistar aliados entre os antigos países da União Soviética, o que provocou enormes conflitos entre a Rússia e a OTAN, sendo que a Ucrânia é a última novidade. Contrariedades postas e discutidas, ninguém deu passo para trás e a guerra começou.
 
As imbecilidades estão postas, especialmente a guerra, do ponto de vista humano de Eduardo Galeano, que afirma que as guerras mentem.
 

Um comentário:

  1. Muito bom , Richard! Gostei! Há outras formas de se olhar para o que está lamentavelmente acontecendo. Muito bom.

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