sábado, 23 de julho de 2022

Varíola dos macacos vira emergência global

Richard Jakubaszko
Manchete da Folha de SP e do UOL, neste sábado, 23/7/22, https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2022/07/23/oms-declara-emergencia-internacional-por-variola-do-macaco.htm - mostra que os cientistas, mais uma vez discordam entre si, diante do fato de declarar ou não a doença como uma emergência global (não é epidemia global, como o Covid-19, há diferenças sensíveis nisso). Depois de votação na OMS a doença acabou por ser declarada como emergência global.


A principal semelhança com o Covid-19 é que a varíola dos macacos é também uma virose, com alta taxa de transmissibilidade. Ela esteve nos últimos anos circunscrita ao continente africano. Mas ela não tem taxa de mortalidade elevada, conforme o jornal, tendo como fonte a OMS. A mortalidade é de cerca de 10% entre os que foram contaminados pelo vírus. Na verdade, a varíola dos macacos, grosso modo, é muitas vezes mais letal do que o Covid-9, basta analisarmos as estatísticas. O Brasil teve mais de 32 milhões de casos de Covid-9 com quase 675 mil óbitos. Ou seja, pouco mais de 5% dos doentes no Brasil morreram pela virose. Desconsideremos o fato de que o Brasil teve uma das mais altas taxas de mortalidade, pelo descaso do Ministério da Saúde com a epidemia, seja na disponibilização de uma estrutura hospitalar para atendimento aos doentes, que foi o caso dos respiradores, seja na aquisição de vacinas, ou mesmo com tratamentos inadequados como a cloroquina.


A grande diferença da Covid-19 entre os contaminados com a varíola dos macacos é que 90% dos doentes são homens que tiveram relações sexuais com outros homens. Ou seja, a maioria esmagadora dos contaminados são gays, assim como foi o início da epidemia de AIDS no início dos anos 1980. O estigma, que parece estar sendo encoberto pela OMS e outras organizações de saúde, manipula a informação repassada à população, leva o pânico a milhares de pessoas, que ainda estão submetidas ao pânico da epidemia do coronavírus. Apenas no final da matéria do UOL essa informação é revelada com clareza. Num dos destaques da matéria há uma espécie de box, ou janela, onde se evidencia as formas de contágio e meios de combate e controle da doença, em informações baseadas em cientistas ingleses, americanos e até mesmo brasileiros, mas a informação de que 90% dos contaminados são gays é omitida.
Leia aqui: https://www.uol.com.br/vivabem/faq/variola-dos-macacos-sintomas-transmissao-tratamento-e-mais.htm

Isso é uma vergonha para o nosso jornalismo, que está engajado. Não é apenas na questão sobre a mentira do aquecimento que a militância e o engajamento distorce as informações, conforme a opinião do redator ou repórter da matéria. Na minha modesta opinião, o “detalhe” de que 90% dos doentes com varíola dos macacos são gays mostra porque a ONU não declarou a doença como epidemia, e relutou em apontá-la como emergência global.


Há um politicamente correto fedorento no ar, no exercício desse jornalismo engajado, que é nojento e deve ser repudiado por todos os cidadãos conscientes. Aos que discordarem de mim peço que lembrem que sou apenas mensageiro da notícia. Eu não brigo com os fatos, apenas notifico.

 

 

 

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