sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Damares confessa que exagerou, só ouviu falar...

Richard Jakubaszko

A ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos de Bolsonaro, advogada e pastora evangélica, e agora senadora eleita pelo Distrito Federal, a polêmica Damares Alves (Republicanos), admitiu numa entrevista à Rádio Bandeirantes ontem (13/10) que apenas repercutiu (na verdade, mentiu) ao ter recebido denúncias sobre estupros de crianças na Ilha do Marajó, no Pará. Ela apenas "reverberou" o banal evento corriqueiro, digamos assim.
Devido à enorme consternação pública que suas denúncias provocaram, agora ela desconversa. Não foi bem assim...

Esta semana, em um culto evangélico em Goiânia, a senadora eleita pelo DF, Damares Alves, confirmou que, quando ministra, recebeu informações (ou eram denúncias?) sobre muitas crianças vítimas de violência sexual no Pará. na Ilha de Marajó. Se é assim, prevaricou, pois não tomou nenhuma atitude para investigar...

Ontem mesmo (13/10), o Ministério Público do Pará exigiu que Damares mostrasse as provas das acusações feitas, que tiveram ampla repercussão na mídia. Entretanto, na entrevista, ela admitiu que as denúncias foram baseadas somente "em conversas com o povo na rua”. O que era uma fake news virou um pandemônio...

Literalmente, Damares enfatizou que “Temos imagens de crianças de 4 anos, de que quando elas cruzam as fronteiras, têm seus dentes arrancados para não morderem na hora do sexo oral"". Damares ainda ressaltou que "nós descobrimos que essas crianças comem comida pastosa para o intestino ficar livre para a hora do sexo anal”. Segundo ela, as denúncias foram investigadas, mas que desconhecia os resultados. Cadê as imagens, por que ela não mostra? Damares ainda relata algo tão escabroso como estupros de bebês recém nascidos, com uma semana de vida.

Que país é este? Uma ex-ministra, agora senadora eleita, fazer afirmações mentirosas desse tipo? Não sou advogado, nem conheço detalhes da nossa constituição sobre os limites de comportamento de personalidades políticas, eleitas ou não, mas o STF encaminhou o assunto para a Justiça do Pará, porque ela não tem mais o foro privilegiado no STF, por ser ex-ministra, mas ela ainda não empossou como senadora, portanto, também não tem imunidade parlamentar. Pois que se casse o hipotético diploma, ela não tem mais esse direito.

O Senado não pode abrigar uma cidadã do porte e do baixo nível de Damares Alves. O detalhe, como diria o ex-capitão que nos desgoverna, é que Damares não merece ser estuprada, por ser feia demais, e já deve ter perdido quase todos os seus dentes, caso contrário seria o caso de mandar extraí-los, mas isso, a bem da verdade, não traria justiça para o caso. Até porque, esse é o "novo normal". Jair trouxe ao Brasil e aos brasileiros esse sistema elegante de fazer política.

Como dizem no Pará: arre égua!!!



 

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