Richard Jakubaszko
A reportagem, abaixo reproduzida, foi publicada no UOL, que por sua vez republicou matéria veiculada no Estadão. Os autores da matéria, e tampouco os cientistas, não esclarecem quais "efeitos negativos podem ser drásticos". Seria a salinização dos solos, inviabilizando a agricultura pela acidificação dos solos?
Ou os cientistas descobriram que o sal do mar pode ser evaporado... e assim atingir o estágio gasoso, da mesma forma que a água? Seria um espanto...
No livro "CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?" esclareço algumas das mais alucinadas hipóteses conspiratórias de diversos cientistas, mas esta ideia de pulverizar as nuvens é campeã em termos de imbecilidade. Eu jamais poderia imaginar uma proposta semelhante...
O mais maluco disso tudo é que a grande mídia dá abrigo e repercute sobre qualquer proposta ou acusação que tenha algum verniz de ciência. Com isso adentramos ao mundo orwelliano, onde todo mundo pensa igual. E onde todos pensam igual é porque ninguém está pensando. É isso: "mudanças climáticas" é a maior mentira de todos os tempos, conforme afirmo no livro.
Cientistas avaliam usar sal em nuvens para conter aquecimento do mar
Técnica busca aumentar capacidade de nuvens refletirem radiação solar |
Técnica busca aumentar capacidade de nuvens refletirem radiação solar
Um novo método para diminuir o ritmo das mudanças climáticas chamado MCB (marine cloud brightening) está ganhando destaque como uma das formas de intervenção na natureza para controlar o aquecimento global. Um artigo publicado recentemente na revista “Science Advances” avalia, porém, que é preciso ter cautela com o método, já que os efeitos negativos podem ser drásticos.
O MCB consiste no uso de sprays de água salgada nas nuvens marinhas para aumentar sua capacidade de refletir a radiação solar. Com isso, a quantidade de energia absorvida pelo mar irá diminuir, o que minimizaria a elevação das temperaturas do oceano.
A ideia é utilizar um barco para, já no oceano, lançar água do mar na atmosfera por meio de um spray. As gotículas de água vão evaporar e, assim, produzir finas partículas de névoa de aerossol, que serão transportadas por movimentos do ar até as nuvens.
A técnica deve ser somada aos esforços para diminuir a emissão de gases poluentes, como a redução da dependência em combustíveis fósseis.
À medida que as mudanças climáticas avançam, novos estudos avaliam formas de intervir de forma deliberada na natureza.
O gerenciamento da radiação solar, por exemplo, objetiva reduzir a energia absorvida em determinado sistema ao fazer com que mais raios que voltem para o espaço. Hoje, há dois métodos de maior destaque focados nesse gerenciamento, um deles é o MCB.
Essa técnica pode ser eficiente, mas também é uma das que envolve maiores incertezas pela falta de dados e de informações. Os riscos, defende o artigo, são muito grandes. Erros poderiam resultar em mudanças no regime de clima e precipitações em diversas áreas, o que iria impactar populações e prejudicar ecossistemas sensíveis.
Os autores do artigo propõem um programa de pesquisa em MCB que inclui estudos em laboratório, experimentos em campo e modelagem de nuvens. Até o momento, existem poucas instalações de laboratório capazes de suprir essas lacunas.
"O interesse no MCB está crescendo, mas criadores de políticas públicas não tem atualmente a informação que precisam para chegar a decisões sobre quando e se o MCB deve ser colocado em prática", afirma o autor e líder do estudo, Graham Feingold, pesquisador no Laboratório de Ciências Químicas da NOAA (Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos).
Faltam informações para determinar viabilidade
A pesquisa reuniu as reflexões e pontos de uma discussão de abril de 2022 entre 31 cientistas que trabalham na área de aerossol-nuvem-radiação. A intenção era revisar assuntos críticos, avaliar as lacunas de conhecimento e desenvolver um roteiro para pesquisa em MCB. Os resultados da discussão foram publicados em março deste ano.
Os cientistas chegaram a um consenso de que para captar informações suficientes e verificar a viabilidade do MCB é preciso estudos de campo associados com sensoriamento remoto por satélite.
Apesar de uma abordagem mais cautelosa ser preferível, o artigo destaca que isso teria como consequência uma redução no alcance.
Os dois grandes desafios para implementação do MCB
- Falta de compreensão sobre a relação entre as condições meteorológicas e o aerossol, bem como a quantidade de aerossol que deve ser injetada em cada nuvem.
- Faltam modelos capazes de simular a influência local do MCB no padrão de circulação global. O artigo afirma que as ferramentas necessárias para entender as consequências de larga escala do MCB, por enquanto, não existem.
- Para uma implementação segura do método, as evidências precisam ser consistentes em indicar que as nuvens com aerossol conseguiriam diminuir a temperatura dos oceanos de forma significativa.
Publicado no UOL, e originariamente no Estadão:
https://www.uol.com.br/ecoa/ultimas-noticias/estadao-conteudo/2024/03/29/cientistas-avaliam-usar-sal-em-nuvens-para-conter-aquecimento-do-mar.htm
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