Recebi da assessoria de imprensa do MAPA às 19:42 horas de hoje a informação de que Wagner Rossi pediu demissão por causa das denúncias publicadas pela grande mídia, especialmente Veja.
Junto veio o teor da carta de demissão.
Não tenho dúvidas, houve mais um assassinato de reputação, lamentavelmente não será o último, e foi concluído por interesses essencialmente políticos. Não vi ninguém da grande imprensa publicar os desmentidos e explicações dadas por Rossi e sua assessoria de imprensa nos últimos dias, muitas delas bastante coerentes.
Tive alguns contatos profissionais em coletivas de imprensa com Rossi, até reconheço que foi ativo enquanto esteve à frente do MAPA, apesar de não deixar nenhuma marca notável, mas que foi crucificado, não há como se duvidar. Foi um ministro de caráter político, vinculado ao PMDB, e não técnico, desde abril 2010 quando assumiu, apesar de ser produtor rural.
Corri para a TV, e assisti na Globo News, tv a cabo, um dos espetáculos mais deprimentes do jornalismo contemporâneo, em termos de partidarismo e de aula de como não fazer jornalismo. Não havia informação, apenas manchetes da mídia rodavam piruetas na telinha. Entrevistavam de um estúdio no Rio de Janeiro o economista Paulo Tenani, da FGV, que estava em São Paulo, em outro estúdio, havia um comentarista e uma apresentadora, ambos sem nenhum conhecimento sobre o que seja o agronegócio e sua importância para o Brasil, fazendo comentários estapafúrdios, sobre as "supostas" denúncias...
O entrevistado, de forma muito objetiva, esclareceu que as estruturas do país mudaram e que a simples troca de um ministro, hoje em dia, não paralisa um ministério, conforme levantavam suspeitas os entrevistadores.
Aí entrou no ar George Vidor, comentarista que se diz especializado em economia, que "ameaçou" fazer perguntas ao entrevistado, não as fez, e comentou, comentou, deu opinião sobre o agronegócio, falou uma série de asneiras sobre a "importância" do MAPA, mas por causa da Embrapa, e não do MAPA, "esclareceu" que a Conab é quem "fixa os preços mínimos" aos produtores, e por aí afora foi esbanjando "desconhecimento" do que seja o agronegócio, deu exemplos do algodão, que a Embrapa criou "genética" para plantio no Brasil-Central, e do boi que hoje se produz em menos de 18 meses, e que por isso é importante o agronegócio, e esqueceu de perguntar ao entrevistado... Depois de uns 5 minutos de comentários (o que na TV é um exagero de tempo) o entrevistado, após "ouvir" a palestra do jornalista e comentarista, apenas ratificou um "concordo com você, por duas vezes...
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