Pensar o novo não implica pensar o futuro, mas dar soluções aos problemas de hoje. Todos os problemas contemporâneos da humanidade serão agravados na medida em que a população cresce no planeta, hoje somos 7,3 bilhões de bocas, e seremos 9 bilhões dentro de 30 anos.
Pensar o novo, desta forma, implica não engessar as gerações futuras, significa entregar aos nossos filhos e netos um mundo tão bom como o recebemos, porém menos poluído, e menos neurótico. Esse pensar o novo acarreta um conceito filosófico de que se deveria desejar "ser", e não "ter", pois o ter, obrigatoriamente, implica num consumismo exacerbado.
Consumismo
O consumismo tem limites, não apenas na produção de alimentos, mas nas tais tecnologias com obsolescência planejada, a começar pela informática e celulares, no hardware e no software, pois nesse ritmo e velocidade a humanidade não vai longe, ela se projeta ao precipício apocalíptico, acreditem, sem nenhum pessimismo de minha parte. Haja espaço para tanto lixo eletrônico!
Portanto, pensar o novo implica em prever soluções para problemas, e para solucionar os problemas precisamos, primeiro, reconhecer que existe o problema, e que o principal problema do planeta hoje chama-se superpopulação, cujo crescimento demográfico precisa ter velocidade reduzida, cair quase a zero por alguns anos, estimulada por novas políticas públicas, sob o perigo de extinção da humanidade por esgotamento do planeta e de seus recursos naturais. Não duvidem de que o Clube de Roma volte a falar em decrescimento, seguindo as recomendações malthusianas, eles já fizeram isso, e os países desenvolvidos fazem isso há décadas, os pobres que se virem, conforme sugeriu Malthus! Na próxima solução, a ser proposta pelos ricos, o que de pior pode acontecer? Guerras, para extermínio em massa de milhões de bocas, talvez na casa do bilhão...
NOTA DO BLOGUEIRO: recebi hoje - 25-03-2013 - o e-mail abaixo, por si só explicativo:
O plantio direto inverteu este processo de esgotamento, e desde o começo se mostrou como um sistema de produção com impacto positivo no solo, ano após ano ganhando mais vida, mais matéria orgânica e produção, isto representa ao nosso País, nos últimos 30 anos, um crescimento maior na produção de mais de 200% por ha.
A descoberta dos fertilizantes deu no passado um crescimento significativo nas produções de alimentos no mundo. Tentava-se manter a fertilidade na troca de minerais.
A primeira grande revolução com aumento da produção foi através do melhoramento genética de plantas: foi com Norman Borlaug, que atendeu a escassez de alimentos de 3 bilhões de pessoas nos anos 60.
A segunda grande revolução na preservação do solo e produção foi com o plantio direto. Na qual Shirley Phillips se destacou com suas experiências e ainda na divulgação do sistema, a quem queria fazer uso, e isso já está completando 50 anos. . Através do PD se conseguiu uma maior produção, atendendo a necessidade de alimentos dos 7 bilhões de pessoas atuais.
O que motivou os pioneiros do plantio direto a erigir o busto do “Em memória” a Shirley Phillips, da Universidade de Kentucky, que deu esta contribuição.
Com o apoio da Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha.
Foi por uma orientação Divina, uma Luz que abriu mais esta porta para atender estas necessidades...
Franke Dijkstra
Bem lembrado,
ResponderExcluircomo alimentar esse oceano de gente?
Mairson R. Santana
Girassol Sementes
Você disse e lhe envio mil parabéns:
ResponderExcluir“O fator limitante da produção de alimentos é terra agricultável e ainda a água e o sol, na ausência de um desses 3 fatores não existe agricultura. Dentro de 5 anos teremos de rediscutir o uso da terra, para amenizar as limitações do Código Florestal, pois a demanda de alimentos será gigantesca. Teremos que rediscutir o Código Florestal, e a logística da produção, estocagem e distribuição. Isso vai mitigar o problema, pois não vai haver comida suficiente para todos, e os alimentos ficarão mais caros ainda.”
E eu faço minhas suas sensatas palavras, lembrando que tocos e troncos levam 20/30 anos para se decomporem permitindo então uma limpeza econômica para a produção mecanizada. Urge agir já!
Mas quando V. cita Malthus “os pobres que se virem”, fico estarrecido pela implicação ética envolvida e um pensamento me ocorre: quando a fome incomodar os ricos, então estes irão encontrar solução para mitigar o problema.
Mestre Fernando Penteado Cardoso,
Excluirobrigado pela sua visita ao blog e pelo comentário. Lembro que aqueles que citam Malthus apenas registram sua projeção de crescimento populacional maior do que a de alimentos. E esquecem, ou ignoram, que Malthus, o matemático e religioso inglês, recomendava aos reis de sua época que deveriam deixar os pobres "matarem-se e guerrearem-se", pela fome e pelas pestes.
O Clube de Roma tem recomendado isto desde os anos 1990. Agora, os países ricos, com ou sem ética, não tenhamos dúvidas, vão provocar guerras para reduzir a população mundial. É estarrecedor! Os países ricos não terão alternativas. Não existe nenhuma tecnologia à vista para aumentar a produção de alimentos.
abs
Quando Franke Dijkstra homenageou Shirley Plhillips em sua fazenda de Castro/PR, convidou-me para interprete junto aos admiradores brasileiros. Foi uma oportunidade única de conhecer esse pesquisador pioneiro do PD nos EUA, com base no paraquat que acabava de ser inventado pela ICI da Inglaterra.
ExcluirLembranças de um passado agronômico.
Vejo a questão populacional como um dos temas relevantes no cômputo geral dos problemas mundiais. O lixo que produzimos e ainda não tratamos, outro. Mas analisemos o mundo. A população do continente europeu é velha e não cresce mais. Casais na Itália e França, por exemplo, recebem benefícios governamentais para ter um filho. O Japão está senil, a China caminha rapidamente para o mesmo estado. No Brasil, o crescimento demográfico está sob controle, e também em breve seremos um país de velhos - veja estudos recentes do IBGE (sobre bônus populacional). As recomendações do chamado Clube de Roma, foram refutadas por muitos especialistas, assim como caíram por terra e por muitos anos as teorias do monge Malthus. Eu acredito no homem e na ciência, "na capacidade da ciência de se reinventar e se expandir a partir de suas próprias descobertas, um ingrediente fundamental para que a busca do conhecimento nunca chegue ao fim". A biotecnologia, a nanotecnologia, os alimentos a partir de novas fontes de novas matérias primas a exemplo das algas e um sem número de oportunidades que abre à inteligência humana, sem falar em nossa agricultura tradicional, com os incrementos tecnológicos cada vez mais dinâmicos e inovadores. Ademais, inúmeros pensadores e cientistas olham em outra direção com relação ao futuro da humanidade. Um deles - Gary Becker - disse "não subestimo a capacidade humana de atingir níveis cada vez mais elevados de produtividade. O mundo não ficará mais pobre nem faltará comida, como preconizam alguns. O planeta poderá até se tornar mais próspero".
ResponderExcluirEng. Agr. Maurício Carvalho de Oliveira
Fiscal Federal / MAPA
Brasília - DF
COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO:
Maurício, sou otimista, como vc. Entretanto, seja na poluição, seja no esgotamento de alguns recursos naturais (o cobre já era, e temos hoje a fibra ótica...) a humanidade está cavando a própria cova. É só projetar as áreas de agricultura e ver que estamos perigosamente próximos dos limites, previstos para dentro de 30 anos. Não estou preocupado comigo e nem com vc, mas com minha neta...
As grandes cidades estão explodindo, no trânsito caótico, na poluição, e algumas chegam a travar, como São Paulo em alguns dias. As políticas públicas não dão conta (nunca!) de atender a todos os necessitados em escolas, hospitais, segurança, transporte...
Só discordo que a China vá envelhcer... E tem a Índia que vai ultrapassar a China dentro de menos de 10 anos, e de sobra os países que já citei.
Muito bom.
ResponderExcluirjco
JCO Fertizantes
Richard,
ResponderExcluirEntendo que os cálculos sobre a população mundial, o consumo de alimentos e a perspectiva da fome são subdimensionados, porque não consideram a alteração significativa no consumo per capita, por parte do 1 bilhão de pessoas com sobrepeso (que comem por 2 bilhões, no mínimo) e dos 500 milhões de obesos (que comem por dois bilhões). Faça as contas: os sete bilhões de habitantes equivalem a 9,5 bilhões de consumidores de alimentos. Ainda que se "desconte" desse total o sub-consumo do 1 bilhão de famintos, teremos no mínimo 8,5 bilhões, e não sete, de
equivalente-pessoas para alimentar.
Há algum tempo escrevi um artigo sobre isso (mandei a vc por e-mail), que frustrou-me bastante, porque quem comentou a respeito só focou nas questões de saúde e de estética,
deixando de lado o que considero mais importante, que é o prognóstico assustador
dessa combinação enlouquecida de gente com muito dinheiro para comer/enorme oferta de alimentos/sedentarismo/estímulo permanente a comer comidas-porcarias etc., etc.
Um abraço,
VMP