Richard Jakubaszko
O mais importante a saber sobre pesquisas eleitorais é que elas refletem um dado e exato momento existente entre os eleitores. Tão importante quanto isso é saber ler as tendências que os números das pesquisas revelam, como manifestação do eleitor.
Lendo os números do gráfico acima, de pesquisa do Instituto Vox Popoli divulgada ontem, terça, dia 23 de setembro, e que era para ter sido divulgada na segunda, 22, mas foi protelada pela TV Record de forma ainda inexplicada, a tendência do eleitorado é a de consolidar uma definição nas eleições para Presidente da República já no dia 5 de outubro, ou seja, ainda no primeiro turno.
Isto porque, os números de Dilma Roussef mostram a sólida tendência de recuperação, os números de Marina Silva são consistentes nas perdas de votos, e, mesmo com a pequena recuperação de Aécio Neves, a soma dos votos úteis, que é o que importa para o TSE - Tribunal Superior Eleitoral, indicam 48,78% desses votos para a reeleição da presidente Dilma. Para ser eleito o(a) candidato(a) deve conquistar 50,1% dos votos úteis. Considerando as margens de erro informadas pelos institutos de pesquisas, de 2%, os otimistas podem começar a comemorar.
Se o leitor deste blog analisar as outras pesquisas, Datafolha e Ibope, as mesmas tendências são registradas nos números das pesquisas mais recentes, o que pode divergir é o percentual de cada candidato, diferente em cada instituto por questões de amostra do universo de eleitores.
Podem vociferar os discordantes. Podem espernear à vontade, é parte da prática da democracia, mas essa é a tendência, a não ser que uma hecatombe ocorra entre hoje e dia 5 próximo. O que pode ser feito por cada militante é participar, trabalhar junto ao seu círculo de conhecidos para consolidar ou mudar os votos em prol do seu candidato. Tão importante quanto isso, é fazer a cabeça dos indecisos, pois no final das contas serão eles que irão desempatar o imbróglio. E também os que não sabem responder para os entrevistadores, pois somados, conforme o gráfico acima, representam 18% dos votos.
Sobre votos em branco, indecisos, e os que não sabem, sinto-me um imbecil, ao lembrar que durante a ditadura militar tanto lutei para que os brasileiros recuperassem o direito de eleger os seus governantes. Hoje em dia essa turma embarca num carro ou ônibus e vai para a praia, negando-se, ou rejeitando, seu direito e dever máximo de cidadania, que é o voto.
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