Energias alternativas em pane... |
Além de ver o sofrimento do Irã, a Arábia Saudita espera
obter um segundo dividendo político-econômico com a brusca queda do preço do
petróleo: testar a resiliência da produção norte-americana do petróleo de
folhelho (shale oil, em inglês), uma rocha sedimentar que é explorada por meio
de técnicas conhecidas como fratura hidráulica e perfuração horizontal. Nos
últimos anos, essa indústria se desenvolveu de forma impressionante nos EUA.
A revolução do folhelho é um fenômeno que dificilmente
ocorreria em outro país que não os Estados Unidos. Graças a um sistema
regulatório que permite um investimento rápido e a uma legislação que dá ao
dono da terra (e não ao governo) os direitos de mineração, a produção nas
formações de folhelho foi acelerada e hoje envolve 6 mil companhias diferentes
disputando e aquecendo um mercado abastecido por 4 milhões de poços nos EUA.
Neste cenário, a produção norte-americana de petróleo cresceu 60% desde 2008 e,
até 2016, o país pode se tornar o maior produtor do mundo, ultrapassando a
Arábia Saudita. Há tanto petróleo no mercado dos EUA que o país se tornou
autossuficiente e, em junho, pela primeira vez em quatro décadas, o governo
autorizou exportações de petróleo cru.
Os privatistas da Petrobras estão alegres... |
Para sempre, diz a OPEP, mas dou 6 meses...
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