Richard Jakubaszko
Por que não te calas, FHC? Pelo amor aos brasileiros e ao Brasil, pare de falas asneiras, como essa de que a corrupção é um bebezinho... Mantenha a postura elegante de um ex-presidente, e não a de um bebê chorão, inconformado com o atraso da mamadeira. Chega de dar entrevistinhas dizendo gracinhas, retrucando, reclamando, acusando, chega de escrever artigos chorosos e lamurientos, admita que seu partido perdeu, e espere 2018, candidate-se você mesmo, prove que é bom, chega de ficar dando estilingada, é deselegante isso FHC...
Este post é dedicado aos brasileiros desmemoriados e aos jovens com menos de 30 anos, que não sabem o que já aconteceu neste país quando os tucanos e peefelistas reinavam por aqui.
Confira: -
Você tem boa memória?
O
BRASIL NÃO ESQUECERÁ
os escândalos que marcaram o governo FHC com apoio do PSDB
Itinerário de um desastre
Nenhum
governo teve mídia tão favorável quanto o de FHC, o que não deixa de ser
surpreendente, visto que em seus dois mandatos ele realizou uma extraordinária
obra de demolição, de fazer inveja a Átila e a Gêngis Khan. Vale a pena
relembrar algumas das passagens de um governo que deixou uma pesada herança
para seu sucessor.
1994 e
1998 - O dinheiro secreto das campanhas: denúncias que não puderam ser investigadas, graças à providenciais operações abafa, apontaram que tanto em 1994 como em 1998
as campanhas de FHC foram abastecidas por um caudaloso
esquema de caixa-2. Em 1994, pelo menos R$ 5 milhões não apareceram na
prestação de contas entregue ao TSE. Em 1998, teriam passado pela contabilidade
paralela R$ 10,1 milhões.
A
taxa
média de
crescimento da economia brasileira, ao longo da década tucana, foi a pior da
história, em torno de 2,4%. Pior até mesmo que a taxa média da chamada década
perdida, os anos 80, com Sarney no comando, que girou em torno de 3,2%. No período, o patrimônio
público representado pelas grandes estatais foi liquidado na bacia das almas.
No discurso, essa operação serviria para reduzir a dívida pública e para atrair
capitais. Na prática assistimos a um crescimento exponencial da dívida pública.
A dívida interna saltou de R$ 60 bilhões para impensáveis R$ 630 bilhões,
enquanto a dívida externa teve seu valor dobrado.
Enquanto isso, o esperado afluxo de capitais estrangeiros não se verificou. Pelo contrário, o que vimos no setor elétrico foi exemplar. Uma parceria entre as elétricas privatizadas e o governo gerou uma aguda crise no setor, provocando um longo racionamento. Para compensar o prejuízo que sua imprevidência deu ao povo, o governo FHC premiou as elétricas com sobretaxas e um esdrúxulo programa de energia emergencial. Ou seja, os capitais internacionais não vieram e a incompetência das privatizadas está sendo financiada pelo povo.
Vai dai que temos no Brasil as tarifas mais altas do mundo em telefonia e de eletricidade.
Essa recompilação serve como ajuda à memória e antídoto contra a amnésia.
Mostra que a obra de destruição realizada por FHC não pode ser fruto do acaso e de muita incompetência.
Ela só pode ser fruto de um planejamento meticuloso.
1995 - Extinção da Comissão Especial de Investigação. Assim que assumiu a presidência
da república, em 1995, Fernando Henrique Cardoso baixou um decreto extinguindo
a chamada Comissão Especial de Investigação, instituída pelo antecessor,
presidente Itamar Franco, que, composta por representantes da sociedade civil,
tinha o objetivo de combater a corrupção. Seis anos mais tarde, em 2001, fustigado
pela ameaça de uma CPI da Corrupção, FHC conseguiu desviar a
atenção da sociedade criando uma tal Controladoria-Geral da União, que se
notabilizou por abafar as denúncias que motivaram sua criação. Entrava em ação o "engavetador geral da nação".
Nota: os 40 "causos" dos tucanos abaixo citados não incluem os mais novos, como o escândalo do metrô de S.Paulo, o do rodoanel de SPaulo, o aécioporto, o helicóptero dos Perrela, e muitos outros deslizes, nem mesmo o mensalão tucano de Minas Gerais, ou leis como o fator previdenciário...
Escândalos que marcaram o governo FHC
1
- Conivência com a corrupção
- O governo
do PSDB é conivente com a corrupção. Um dos primeiros gestos de FHC ao assumir a Presidência, em 1995, foi extinguir,
por decreto, a Comissão Especial de Investigação, instituída no governo Itamar
Franco e composta por representantes da sociedade civil, que tinha como
objetivo combater a corrupção. Em 2001, para impedir a instalação da CPI da Corrupção,
FHC criou a Controladoria-Geral da União, órgão que se especializou em abafar
denúncias.
1995 -
Quebra do monopólio da Petrobras. Pouco se lixando para a crescente importância
estratégica do petróleo, Fernando Henrique Cardoso usou seus rolo compressor
para forçar o Congresso Nacional a quebrar o monopólio estatal do petróleo,
instituído há 42 anos. Na comemoração, Cardoso festejou dizendo que essa era
apenas mais uma das "reformas" que o país precisava fazer para se
"modernizar".
2
- O escândalo do Sivam
O
contrato para execução do projeto Sivam foi marcado por escândalos. A empresa
Esca, associada à norte-americana Raytheon, e responsável pelo gerenciamento do
projeto, foi extinta por fraudes contra a Previdência. Denúncias de tráfico de
influência derrubaram o embaixador Júlio César dos Santos e o ministro da
Aeronáutica, Brigadeiro Mauro Gandra.
3
- A farra do Proer
1995. O
inesquecível PROER: em 1995 o ex-presidente FHC deu uma amostra pública do
seu compromisso com o capital financeiro e, na calada de uma madrugada de um
sábado, em novembro de 1995, assinou uma medida provisória instituindo o PROER,
um programa de salvação dos bancos que injetou 1% do PIB no sistema financeiro
– um dinheiro que deixou o sofrido Tesouro Nacional para abastecer cofres
privados, começando pelo Banco Nacional, então pertencente a família Magalhães
Pinto, da qual um de seus filhos era agregado. Segundo os ex-presidentes do
Banco Central, Gustavo Loyola e Gustavo Franco, a salvação dos bancos engoliu
3% do PIB, um percentual que, segundo economistas da Cepal, chegou a 12,3% ou R$ 111,3
bilhões.
4
- Caixa 2 de campanhas
Em 1994, pelo menos R$ 5 milhões não apareceram na prestação de
contas entregue ao TSE. Em 1998, teriam passado pela contabilidade paralela R$
10,1 milhões.
1996 - Engavetamento da CPI dos
Bancos. Disposto a controlar a crise aberta pelas suspeitas sobre o sistema
financeiro, o presidente Fernando Henrique Cardoso ameaçou e
"convenceu" as lideranças do Senado a engavetar os requerimentos para
instalação de uma CPI sobre os bancos. Em compensação, o ministério da Fazenda
se comprometeu (e nunca cumpriu) a prestar contas ao Senado sobre o PROER.
Decepcionada, a CNBB distribuiu nota dizendo não ser justo "que se roube o
pouco dinheiro de aposentados e trabalhadores para injetar no sistema
financeiro, salvando quem já está salvo ou já acumulou riquezas através da
fraude e do roubo".
5
- Propina na privatização
A
privatização do sistema Telebrás e da Vale do Rio Doce foi marcada pela
suspeição. Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de campanha de FHC e do senador
José Serra e ex-diretor da Área Internacional do Banco do Brasil, foi acusado de
pedir propina de R$ 15 milhões para obter apoio dos fundos de pensão ao
consórcio do empresário Benjamin Steinbruch, que levou a Vale, e de ter cobrado
R$ 90 milhões para ajudar na montagem do consórcio Telemar.
Depois, modificação na lei de Patentes. Cedeu em tudo que os EUA queriam e, desdenhando
às súplicas da SBPC e universidades, FHC acionou o rolo
compressor no Congresso e alterou a Lei de Patentes, dando-lhe um caráter
entreguista e comprometendo o avanço científico e tecnológico do país.
6
- A emenda da reeleição
O
instituto da reeleição foi obtido por FHC a preços altos. Gravações revelaram
que os deputados Ronivon Santiago e João Maia, do PFL do Acre, ganharam R$ 200
mil para votar a favor do projeto. Os deputados foram expulsos do partido e
renunciaram aos mandatos. Outros três deputados acusados de vender o voto,
Chicão Brígido, Osmir Lima e Zila Bezerra, foram absolvidos pelo plenário da
Câmara.
7
- Grampos telefônicos
Conversas
gravadas de forma ilegal foram um capítulo à parte no governo FHC. Durante a
privatização do sistema Telebrás, grampos no BNDES flagraram conversas de Luiz
Carlos Mendonça de Barros, então ministro das Comunicações, e André Lara
Resende, então presidente do BNDES, articulando o apoio da Previ para
beneficiar o consórcio do banco Opportunity, que tinha como um dos donos o
economista Pérsio Arida, amigo de Mendonça de Barros e de Lara Resende. Até FHC
entrou na história, autorizando o uso de seu nome para pressionar o fundo de
pensão dos funcionários do Banco do Brasil. O grampo mostrou a voz de FHC autorizando o uso de seu nome para pressionar o fundo
de pensão dos funcionários do Banco do Brasil.
8
- TRT paulista
A
construção da sede do TRT paulista representou um desvio de R$ 169 milhões aos
cofres públicos. A CPI do Judiciário contribuiu para levar o juiz Nicolau dos
Santos Neto, ex-presidente do Tribunal, para a cadeia e para cassar o mandato
do Senador Luiz Estevão (PMDB-DF), dois dos principais envolvidos no caso.
Subserviência
internacional - Um único exemplo: ao visitar a embaixada norte-americana, em
Brasília, para apresentar a solidariedade do povo brasileiro aos EUA por
ocasião dos atentados de 11 de setembro de 2001, Cardoso e seu ministro do
exterior, Celso Lafer, levaram um chá de cadeira de 40 minutos e só foram
recebidos após passarem por uma revista que lhes fez até tirar os sapatos.
9
- Os ralos do DNER
O DNER
foi um dos principais focos de corrupção no governo de FHC. Seu último avanço em
matéria de tecnologia da propina atende pelo nome de precatórios. A manobra
consiste em furar a fila para o pagamento desses títulos. Estima-se que os
beneficiados pela fraude pagavam 25% do valor dos precatórios para a quadrilha
que comandava o esquema. O órgão acabou sendo extinto pelo governo.
1998. O
escândalo da privatização (1): A privatização do sistema Telebrás e da Vale do
Rio Doce foi marcada pela suspeição. O ex-caixa de campanha de Fernando
Henrique Cardoso e de José Serra, um tal Ricardo Sérgio de Oliveira, que depois
foi agraciado com a diretoria da Área Internacional do Banco do Brasil, não
conseguiu se defender das acusações de pedir propinas para beneficiar grupos
interessados no programa de privatização. O mala-preta de Cardoso teria pedido
R$ 15 milhões a Benjamin Steinbruch para conseguir o apoio financeiro de fundos
de pensão para a formação de um consórcio para arrematar a cia. Vale do Rio
Doce e R$ 90 milhões para ajudar na montagem do consórcio Telemar.
10
- O "caladão"
O Brasil
calou no início de julho de 1999 quando o governo FHC implementou o novo sistema de Discagem Direta a Distância (DDD). Uma pane geral
deixou os telefones mudos. As empresas que provocaram o caos no sistema haviam
sido recém-privatizadas. O "caladão" provocou prejuízo aos
consumidores, às empresas e ao próprio governo. Ficou tudo por isso mesmo.
11
- Desvalorização do real
FHC se
reelegeu em 1998 com um discurso que pregava "ou eu ou o caos".
Segurou a quase paridade entre o real e o dólar até passar o pleito. Vencida a
eleição, teve de desvalorizar a moeda. Há indícios de vazamento de informações
do Banco Central. O deputado Aloizio Mercadante, do PT, divulgou lista com o
nome dos 24 bancos que lucraram muito com a mudança cambial e outros quatro que registraram movimentação especulativa altamente suspeita às vésperas
do anúncio das medidas.
1999 - O
caso Marka/FonteCindam: Durante a desvalorização do real, em janeiro de 1999,
os bancos Marka e FonteCindam foram graciosamente socorridos pelo Banco Central
com R$ 1,6 bilhão, sob o pretexto de que sua quebra criaria um "risco
sistêmico" para a economia. Enquanto isso, faltava dinheiro para saúde,
educação, desenvolvimento científico e tecnológico.
12
- O caso Marka/FonteCindam
Durante a
desvalorização do real, os bancos Marka e FonteCindam foram socorridos pelo
Banco Central com R$ 1,6 bilhão. O pretexto é que a quebra desses bancos
criaria risco sistêmico para a economia. Chico Lopes, ex-presidente do BC, e
Salvatore Cacciola, ex-dono do Banco Marka, estiveram presos, ainda que por um
pequeno lapso de tempo. Cacciola retornou à sua Itália natal, onde vive
tranqüilo.
2000 - O
fiasco dos 500 anos: O Brasil completou seu 500º aniversário sem uma festa
decente. Em nome da contenção de gastos determinado pelo FMI, Cardoso proibiu
as comemorações, que ficaram reduzidas às armações do então ministro do Esporte
e Turismo, Rafael Greca. O fiasco foi total. Índios e sem-terra foram agredidos
pela polícia porque tentaram festejar a data em Porto Seguro. De concreto
mesmo, ficou uma caravela que passou mais tempo viajando do Rio de Janeiro até
a Bahia do que a nau que trouxe Pedro Álvares Cabral de Portugal até o Brasil
em 1500 e um estande superfaturado na Feira de Hannover. A caravela deve estar
encostada em algum lugar por aí e Paulo Henrique Cardoso, filho do presidente,
está respondendo inquérito pelo superfaturamento da construção do estande da
Feira de Hannover.
13
- Base de Alcântara
O governo
FHC enfrenta resistências para aprovar o acordo de cooperação internacional que
permite aos EUA usarem a Base de Lançamentos Espaciais de Alcântara
(MA). Os termos do acordo são lesivos aos interesses nacionais. Exemplos: áreas
de depósitos de material americano serão interditadas a autoridades
brasileiras. O acesso brasileiro a novas tecnologias fica bloqueado e o acordo
determina ainda com que países o Brasil pode se relacionar nessa área. Diante
disso, o PT apresentou emendas ao tratado – todas acatadas na Comissão de
Relações Exteriores da Câmara.
2001 -
Racionamento de energia: A imprevidência do governo Cardoso, completamente
submisso às exigências do FMI, suspendeu os investimentos na produção de
energia e o resultado foi o apagão no setor elétrico. O povo atendeu a campanha
de economizar energia e, como "prêmio", teve as tarifas aumentadas
para compensar as perdas de faturamento das multinacionais que compraram as
distribuidoras de energia nos leilões de desnacionalização do setor. Uma medida
provisória do governo Cardoso transferiu o prejuízo das distribuidoras para os
consumidores, que lhes repassaram R$ 22,5 bilhões.
14
- Biopirataria oficial
Antigamente,
os exploradores levavam nosso ouro e pedras preciosas. Hoje, levam nosso
patrimônio genético. O governo FHC teve de rever o contrato escandaloso
assinado entre a Bioamazônia e a Novartis, que possibilitaria a coleta e
transferência de 10 mil microorganismos diferentes e o envio de cepas para o
exterior, por 4 milhões de dólares. Sem direito ao recebimento de royalties.
Como um único fungo pode render bilhões de dólares aos laboratórios
farmacêuticos, o contrato não fazia sentido. Apenas oficializava a
biopirataria.
2001 - Acordos com FMI: Em seus oito anos de mandato, FHC enterrou a economia do país. Para honrar os compromissos financeiros, precisou
fazer três acordos com o FMI, hipotecando o futuro aos banqueiros. Por trás de
cada um desses acordos, compromissos que, na prática, transferiram parte da
administração pública federal para o FMI. Como resultado, o desemprego, o
arrocho salarial, a contenção dos investimentos públicos, o sucateamento da
educação e saúde, a crise social, a explosão da criminalidade.
15
- Encol
Eduardo Jorge Caldas,
ex-secretário-geral da Presidência, um dos mais eficazes "gerentes
financeiros" da campanha de reeleição de Fernando Henrique Cardoso, se
empenhou vivamente no esquema de liberação de verbas para o TRT paulista. As
maus línguas ainda falam em superfaturamento no Serpro, lobby para empresas de
informática, ajuda irregular à Encol e manipulação de recursos dos fundos de
pensão na festa das privatizações.
16
- Medidas provisórias
Autoritarismo:
Passando por cima do Congresso Nacional, Fernando Henrique Cardoso burlou o
espírito da constituição e administrou o país com base em medidas provisórias,
editadas e reeditadas sucessivamente. Enquanto os presidentes José Sarney e
Fernando Collor, juntos, editaram e reeditaram 298 MP’s, Cardoso exerceu o
poder de forma autoritária, editando mais de 5.491 medidas provisórias.
17
- Drible na reforma tributária
O PT
participou de um acordo, do qual faziam parte todas as bancadas com
representação no Congresso Nacional, em torno de uma reforma tributária
destinada a tornar o sistema mais justo, progressivo e simples. A bancada
petista apoiou o substitutivo do relator do projeto na Comissão Especial de
Reforma Tributária, deputado Mussa Demes (PFL-PI). Mas o ministro da Fazenda,
Pedro Malan, e o Palácio do Planalto impediram a tramitação.
O
escândalo dos computadores: a idéia de equipar as escolas públicas com 290 mil
computadores se transformou numa grande negociata com a completa ignorância da
Lei de Licitações. Não satisfeito, o governo Cardoso fez mega-contrato com a
Microsoft para adoção do sistema Windows, uma manobra que daria a Bill Gates o
monopólio do sistema operacional das máquinas. A Justiça e o Tribunal de Contas
da União suspenderam o edital de compra e a negociata foi suspensa.
18
- Rombo transamazônico na Sudam
O rombo
causado pelo festival de fraudes transamazônicas na Superintendência de
Desenvolvimento da Amazônia, a Sudam, no período de 1994 a 1999, ultrapassa R$
2 bilhões. As denúncias de desvios de recursos na Sudam levaram o ex-presidente
do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA) a renunciar ao mandato. Ao invés de acabar
com a corrupção que imperava na Sudam e colocar os culpados na cadeia, o
presidente Fernando Henrique Cardoso resolveu extinguir o órgão. O PT ajuizou
ação de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal contra a providência
do governo.
Mudanças
na CLT: Fernando Henrique Cardoso usou seu rolo compressor na antiga Câmara dos
Deputados para aprovar um projeto que "flexibilizava" a CLT, ameaçando
direitos consagrados como férias, décimo terceiro salário e licença
maternidade. Graças à pressão da sociedade civil o projeto estancou no senado.
19
- Os desvios na Sudene
Foram
apurados desvios de R$ 1,4 bilhão em 653 projetos da
Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, a Sudene. A fraude consistia
na emissão de notas fiscais frias para a comprovação de que os recursos
recebidos do Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor) foram aplicados. Como
no caso da Sudam, FHC decidiu extinguir o órgão. O PT também questionou a
decisão no Supremo Tribunal Federal.
Explosão
da dívida pública: Quando FHC assumiu a presidência da República, em
janeiro de 1995, a dívida pública interna e externa era de R$ 153,4 bilhões. Em abril de 2002, essa dívida já era de R$ 684,6 bilhões. A
dívida alcançava 61% do PIB.
20
- Calote no Fundef
O governo
FHC desrespeitou a lei que criou o Fundef. Em 2002, o valor mínimo deveria ser
de R$ 655,08 por aluno/ano de 1ª a 4ª séries e de R$ 688,67 por aluno/ano da 5ª
a 8ª séries do ensino fundamental e da educação especial. Mas os
valores estabelecidos ficaram abaixo: R$ 418,00 e R$ 438,90, respectivamente. O
calote aos estados mais pobres soma R$ 11,1 bilhões desde 1998.
Violação
aos direitos humanos: em 1996, o Brasil ganhou as manchetes mundiais
pelo chamado "Massacre Eldorado do Carajás", quando 19 sem-terra
foram assassinados no sul do Pará.
21
- Explosão da violência
Explosão
da violência: FHC transformou o Brasil num país super
violento. Na década fr 1990, o número de assassinatos subiu quase 50%. Pesquisa
feita pela Unesco em 60 nações colocou o Brasil no 3º lugar no ranking dos
países mais violentos. Ao final do mandato de FHC, cerca de 45
mil pessoas eram assassinadas anualmente no Brasil.
22
- Acidentes na Petrobras
Por
problemas de gestão e falta de investimentos, a Petrobras
protagonizou uma série de acidentes ambientais no governo FHC que viraram
notícia no Brasil e no mundo. A estatal foi responsável pelos maiores desastres
ambientais ocorridos no país nos últimos anos. Provocou, entre outros, um
grande vazamento de óleo na Baía de Guanabara, no Rio, outro no rio Iguaçu, no
Paraná. Uma das maiores plataformas da empresa, a P-36, afundou na Bacia de
Campos, causando a morte de 11 trabalhadores. A Petrobras também ganhou
manchetes com os acidentes de trabalho em suas plataformas e refinarias que
ceifaram a vida de centenas de empregados.
Renda em
queda e desemprego em alta: a Era FHC foi marcada pelos altos índices de
desemprego e baixos salários.
23
- Apoio a Fujimori
O
presidente FHC apoiou o terceiro mandato consecutivo do corrupto ditador
peruano Alberto Fujimori, um sujeito que nunca deu valor à democracia e que
fugiu do país para não viver os restos de seus dias na cadeia. Não bastasse
isso, concedeu a Fujimori a medalha da Ordem do Cruzeiro do Sul, o principal
título honorífico brasileiro. O Senado, numa atitude correta, acatou sugestão
apresentada pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR) e cassou a homenagem.
Desenvolvimento
Humano - Segundo o Human Development Report 2001 (ONU), o Brasil ficou na 69ª
posição, atrás de países como Eslovênia (29º posição), Argentina (34º posição),
Uruguai (37º posição), Kuwait (43º posição), Estônia (44º posição), Venezuela
(61º posição) e Colômbia (62º posição).
24
- Desmatamento na Amazônia
Por meio
de decretos e medidas provisórias, FHC desmontou a legislação
ambiental existente no País. As mudanças na legislação ambiental debilitaram a
proteção às florestas e ao cerrado e fizeram crescer o desmatamento e a
exploração descontrolada de madeiras na Amazônia. Houve aumento dos focos de
queimadas. A Lei de Crimes Ambientais foi modificada para pior.
25
- Arapongagem
O governo
FHC montou uma verdadeira rede de espionagem para vasculhar a vida de seus
adversários e monitorar os passos dos movimentos sociais. Essa máquina de
destruir reputações era constituída por ex-agentes do antigo SNI ou por empresas
de fachada. Os arapongas tucanos sabiam da invasão dos sem-terra à propriedade
do presidente em Buritis, em março deste ano, e o governo nada fez para evitar
a operação. Eles foram responsáveis também pela espionagem contra Roseana
Sarney.
26
- O esquema do FAT
A Fundação
Teotônio Vilela, presidida pelo ex-presidente do PSDB, senador alagoano
Teotônio Vilela, e que tinha como conselheiro o presidente FHC, foi acusada de
envolvimento em desvios de R$ 4,5 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador
(FAT). Descobriu-se que boa parte do dinheiro, que deveria ser usado para
treinamento de 54 mil trabalhadores do Distrito Federal, sumiu. As fraudes no
financiamento de programas de formação profissional ocorreram em 17 unidades da
federação e estão até hoje sob investigação (ou melhor, engavetadas...) do Tribunal de Contas da União (TCU) e do
Ministério Público.
27
- Mudanças na CLT
A maioria
governista na Câmara dos Deputados aprovou, contra o voto da bancada do PT,
projeto que flexibiliza a CLT, ameaçando direitos consagrados dos
trabalhadores, como férias, décimo terceiro e licença maternidade. O projeto
esvazia o poder de negociação dos sindicatos. No Senado, o governo FHC não teve
forças para levar adiante essa medida anti-social.
28
- Obras irregulares
Um
levantamento do Tribunal de Contas da União, feito em 2001, indicou a
existência de 121 obras federais com indícios de irregularidades graves. A
maioria dessas obras pertence a órgãos como o extinto DNER, os ministérios da
Integração Nacional e dos Transportes e o Departamento Nacional de Obras Contra
as Secas. Uma dessas obras, a hidrelétrica de Serra da Mesa, interior de Goiás,
deveria ter custado 1,3 bilhão de dólares. Consumiu o dobro.
29 - Avanço da dengue
A omissão
do Ministério da Saúde é apontada como principal causa da epidemia de dengue no
Rio de Janeiro. O ex-ministro José Serra demitiu seis mil mata-mosquitos
contratados para eliminar focos do mosquito Aedes Aegypti. Em 2001, o
Ministério da Saúde gastou R$ 81,3 milhões em propaganda e apenas R$ 3 milhões
em campanhas educativas de combate à dengue. Resultado: de janeiro a maio de
2002, só o estado do Rio registrou 207.521 casos de dengue, levando 63 pessoas
à morte.
30
– Verbas do BNDES
Além de
vender o patrimônio público a preço de banana, o governo FHC, por meio do
BNDES, destinou cerca de R$ 10 bilhões para socorrer empresas que assumiram o
controle de ex-estatais privatizadas. Quem mais levou dinheiro do banco público
que deveria financiar o desenvolvimento econômico e social do Brasil foram as
teles e as empresas de distribuição, geração e transmissão de energia. Em uma
das diversas operações, o BNDES injetou R$ 686,8 milhões na Telemar, assumindo 25%
do controle acionário da empresa.
31
– Renúncias no Senado
A disputa
política entre o Senador Antônio Carlos Magalhães
(PFL-BA) e o Senador Jader Barbalho (PMDB-PA), em torno da presidência do
Senado expôs publicamente as divergências da base de sustentação do governo.
ACM renunciou ao mandato, sob a acusação de violar o painel eletrônico do
Senado na votação que cassou o mandato do senador Luiz Estevão (PMDB-DF). Levou
consigo seu cúmplice, o líder do governo, senador José Roberto Arruda
(PSDB-DF). Jader Barbalho se elegeu presidente do Senado, com apoio ostensivo
de José Serra e do PSDB, mas também acabou por renunciar ao mandato, para
evitar a cassação. Pesavam contra ele denúncias de desvio de verbas da Sudam.
32 -
Assalto ao bolso do consumidor
FHC queria
que o seu governo fosse lembrado como aquele que deu proteção social ao povo
brasileiro. Mas seu governo permitiu a elevação das tarifas públicas bem acima
da inflação. Desde o início do plano real até agora, o preço das tarifas
telefônicas foi reajustado acima de 580%. Os planos de saúde subiram 460%, o
gás de cozinha 390%, os combustíveis 165%, a conta de luz 170% e a tarifa de
água 135%. Neste período, a inflação acumulada ficou em 80%.
33
– A falácia da Reforma Agrária
O governo
FHC apresentou ao Brasil e ao mundo números mentirosos sobre a reforma agrária.
Na propaganda oficial, espalhou ter assentado 600 mil famílias durante oito
anos de reinado. Os números estavam inflados. O governo considerou assentadas
famílias que haviam apenas sido inscritas no programa. Alguns assentamentos só
existiam no papel. Em vez de reparar a fraude, baixou decreto para oficializar
o engodo.
34
- Subserviência internacional
A timidez
marcou a política de comércio exterior do governo FHC. Num gesto unilateral, os
Estados Unidos sobretaxaram o aço brasileiro. O governo do PSDB foi acanhado
nos protestos e hesitou em recorrer à OMC. Por iniciativa do PT, a Câmara
aprovou moção de repúdio às barreiras protecionistas. A subserviência é tanta
que em visita aos EUA, no início daquele ano, o ministro Celso Lafer foi obrigado
a tirar os sapatos três vezes e se submeter a revistas feitas por seguranças de
aeroportos.
35 – Renda em queda e desemprego em alta
Para o
emprego e a renda do trabalhador, a Era FHC pode ser considerada perdida. O
governo tucano fez o desemprego bater recordes no País. Na região metropolitana
de São Paulo, o índice de desemprego chegou a 20,4% em abril, o que significa
que 1,9 milhão de pessoas estavam sem trabalhar. O governo FHC promoveu a
precarização das condições de trabalho. O rendimento médio dos trabalhadores
encolheu nos últimos três anos de FHC.
36 - Relações perigosas
Diga-me
com quem andas e te direi quem és. Esse ditado revela um pouco as relações
suspeitas do presidenciável tucano José Serra com três figuras que estiveram na
berlinda nos últimos tempos. O economista Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de
campanha de Serra e de FHC, foi acusado de exercer tráfico de influência quando
era diretor do Banco do Brasil e de ter cobrado propina no processo de
privatização. Ricardo Sérgio teria ajudado o empresário espanhol Gregório Marin
Preciado a obter perdão de uma dívida de R$ 73 milhões junto ao Banco do
Brasil. Preciado, casado com uma prima de Serra, foi doador de recursos para a
campanha do senador paulista. Outra ligação perigosa é com Vladimir Antonio
Rioli, ex-vice-presidente de operações do Banespa e ex-sócio de Serra em
empresa de consultoria. Ele teria facilitado uma operação irregular realizada
por Ricardo Sérgio para repatriar US$ 3 milhões depositados em bancos nas Ilhas
Cayman - paraíso fiscal do Caribe.
37 – Correção da tabela do IR
Com fome
de leão, o governo congelou por seis anos a tabela do Imposto de Renda. O
congelamento aumentou a base de arrecadação do imposto, pois com a inflação
acumulada, mesmo os que estavam isentos e não tiveram ganhos salariais,
passaram a ser taxados. FHC só corrigiu a tabela em 17,5% depois de muita pressão
da opinião pública e após aprovação de projeto pelo Congresso Nacional. Mesmo
assim, após vetar o projeto e editar uma Medida Provisória que incorporava
parte do que fora aprovado pelo Congresso, aproveitou a oportunidade e aumentou
alíquotas de outros tributos.
38 – Intervenção na Previ
FHC
aproveitou o dia de estréia do Brasil na Copa do Mundo de 2002 para decretar intervenção na Previ, o fundo de pensão dos funcionários do
Banco do Brasil, com patrimônio de R$ 38 bilhões e participação em dezenas de
empresas. Com este gesto, afastou seis diretores, inclusive os três eleitos
democraticamente pelos funcionários do BB. O ato truculento ocorreu a pedido do
banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunitty. Dias antes da intervenção, FHC
recebeu Dantas no Palácio Alvorada. O banqueiro, que ameaçou divulgar dossiês
comprometedores sobre o processo de privatização, trava queda-de-braço com a
Previ para continuar dando as cartas na Brasil Telecom e outras empresas nas
quais são sócios.
39 – Barbeiragens do Banco Central
O Banco
Central – e não o crescimento de Lula nas pesquisas – foi naquele ano de 2002 o
principal causador de turbulências no mercado financeiro. Ao antecipar de
setembro para junho o ajuste nas regras dos fundos de investimento, que
perderam R$ 2 bilhões, o BC deixou o mercado em polvorosa. Outro fator de
instabilidade foi a decisão de rolar parte da dívida pública estimulando a
venda de títulos LFTs de curto prazo e a compra desses mesmos papéis de longo
prazo. Isto fez subir de R$ 17,2 bilhões para R$ 30,4 bilhões a concentração de
vencimentos da dívida nos primeiros meses de 2003. O dólar e o risco Brasil
dispararam. Combinado com os especuladores e o comando da campanha de José
Serra, Armínio Fraga não vacilou em jogar a culpa no PT e nas eleições.
40 - Muita coisa mais
A tentativa frustrada de vender a Petrobras, o governo chegou a pagar mais de R$ 400 milhões para uma consultoria mudar o nome para Petrobrax... Teve o arrocho dos aposentados, FHC aprovou o "fator previdenciário", e ferrou com quem ia se aposentar... O segundo mandato de FHC foi uma época de desemprego, alta inflação, salários arrochados, muita corrupção e muita privatização...
E então, quem vai querer encarar o PSDB mais uma vez? Viu só como FHC deixou uma herança maravilhosa aos brasileiros? Entendeu por que FHC saiu do governo com 22% de aprovação? Entendeu por que ele só dá entrevista, e nunca se candidata a nada?
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