quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Veganos à solta: segunda sem carne! É lei aprovada em S.Paulo!

Richard Jakubaszko  
Os tempos mudam hábitos e regras, para quem não sabe, ou ainda não tem idade para avaliar isso. Numa época, isso ou aquilo é permitido, e algum tempo depois passa a ser proibido. Ou ao contrário. O que era bom, bonito e legal, passa a ser brega, conservador e de mau gosto. Fumar era um bom exemplo de hábito social e sofisticado no passado recente. As indústrias de cigarros eram, disparadas, as maiores anunciantes das TVs. Mas fumar virou ato repulsivo hoje em dia. Usar roupa rasgada, puída, era considerado deplorável num passado bem recente, coisa de pobre irrecuperável, mas hoje é considerado legal, despojado, chique no úrtimo, e que faz algumas pessoas pagarem mais caro por uma calça jeans rasgada e ainda se "sentirem bem".

Fui comprar calças jeans neste Natal, para me dar de presente, e custei a encontrar uma não rasgada ou desfiada. O mundo imbecilizou? Ou fiquei velho? É o que costumo me perguntar com essas mudanças radicais de hábitos. Concluo que são as duas coisas...

A comprovar esse aforismo de que o tempo muda tudo, os veganos e vegetarianos estão em alta, e um deles, deputado estadual Feliciano Silva Filho (atual PSC, antes foi, desde 2003, PSDB, Partido Verde, e do Partido Ecológico Nacional), um político da região de Campinas (SP), mas inexpressivo em termos estaduais, conseguiu aprovar seu projeto de lei na Assembleia Legislativa de São Paulo, num dia de plenário vazio, quase às moscas, a "segunda-feira sem carne", que proíbe carne no estado inteiro, em merendas nas escolas, refeições em hospitais, presídios, creches, ou qualquer órgão público, inclusive torna proibida a doação de carnes a qualquer título nas segundas-feiras. Multa de R$ 7.500,00 a quem transgredir, e que dobra de valor em casos de reincidência.

O que se passa na cabeça de um vegano? Não dá para imaginar, mas com certeza a ausência de zinco (elemento vitamínico rico nas carnes vermelhas, e ausente na maioria dos demais alimentos) deve provocar algum distúrbio funcional nos neurônios dos veganos, que querem nos convencer  a todo custo que eles têm razão. Mas surpreende que o projeto de lei do deputado defensor do bem estar dos animais tenha sido aprovado em plenário, o que requer mais de 45 votos de outros deputados. No dia da votação devia ter um 30 deputados em plenário, e ele precisou convencer 16 deles para aprovar a despropositada lei vegana.

Agora, o PL aprovado vai para sanção do governador Geraldo Alckmin, que terá de decidir se ganha os votos dos veganos, nas próximas eleições, ou se perde o voto da imensa maioria dos paulistanos, que adoram um churrasquinho ou um bom bife para começar a semana. O deputado, e todos na assembleia legislativa de São Paulo, deveriam é estar preocupados com o bem estar dos seres humanos jogados nas sarjetas de São Paulo, porque não há mais marquises para abrigar tanta gente abandonada. Tá faltando marquise em São Paulo. Que tal um PL que obrigue os prédios a terem marquises? Já perceberam? Os arquitetos contemporâneos não projetam mais marquises nos novos prédios, para evitar a presença dos moradores de ruas.

Os pecuaristas, associações de produtores, frigoríficos, açougueiros, e carnívoros em geral, estão em estado de pânico e em permanente vigília, rezando para que o governador vete o PL integralmente. Para pecuaristas, a proibição representa significativa queda das vendas no mês a mês.

O deputado autor do PL nem teve ideia original: na Holanda há uma lei que permite um dia sem carne, mas não é obrigatória, é opcional. Paul McCartney, o ex-Beatle, é um vegano conhecido e propõe sempre um dia sem carne, mas ninguém na Inglaterra admitiria uma lei nesse sentido.

Se vocês acham que não é nada, saibam que antigamente era permitido fumar nos elevadores e cinemas. Depois, foi crescendo a proibição. Primeiro, nos aviões os fumantes foram para os assentos dos fundos. Depois, proibido para viagens de menos de duas horas, e hoje é proibição total. Nos restaurantes era a mesma coisa, tinha o espaço dos fumantes, e depois tudo foi proibido.
Toda proibição é como uma maratona, tem mais de 43 mil passadas, mas todos têm de dar o primeira...
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2 comentários:

  1. Sebastião da Costa Guedes, São Paulo3 de janeiro de 2018 às 20:46

    Melhor seria o dia da carne de segunda, como dizia o saudoso Carlos Sperotto.
    Guedes

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  2. Bom dia Richard, feliz 2018!
    Tem maluco prá tudo no nosso País, cuja população padece pela falta de cidadania, comando e governança.
    Abs,
    RT

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