quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Mensagem a Bill Gates

Richard Jakubaszko 
Considero o "aquecimento" como a maior mentira do século XXI, mas faz mais de 40 anos que alguns burocratas da ONU, em conluio com alguns cientistas e ambientalistas, com apoio incondicional da grande mídia, no mundo inteiro, sendo que no Brasil é escandaloso o barulho que se faz. Com a saída de mais um livro sobre o clima, devidamente engajado, autoria de
Bill Gates, título "Como evitar um desastre climático", e ainda de um artigo engajado do jornalista Jamil Chade, no UOL / Folha SP ( https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2021/08/03/painel-mundial-de-cientistas-detona-tese-negacionista-de-clima-de-bolsonaro.htm ), sobre os quais faço o comentário abaixo, eis que no livro de Bill Gates isso é impossível, assim como no UOL, onde só publicam comentários de assinantes. Como não sou assinante respondo aqui em meu blog. Bill Gates escreveu em um livro anterior que “quando se trata de compreender as realidades energéticas precisamos trazer a matemática para o problema”. Acho que ele estava certo, então vamos a eles, pois o debate sobre o CO2 tem tudo a ver com a produção de energia elétrica.

Primeiro de tudo: não há uma única prova científica de que esteja acontecendo aquecimento no planeta. As "mudanças climáticas" sempre ocorreram, e qualquer evento extremo que acontece hoje em dia verificamos que há eventos semelhantes no passado recente, seja 20, ou 50 anos atrás. Aliás, um dilúvio não acontece há pelo menos 4 ou 5 mil anos, não é? Os eventos extremos com que o IPCC nos ameaça, e que Jamil Chade repercute hoje em outro artigo no UOL, esses, na verdade estão se reduzindo.

Vejam que o último grande furacão que houve na América Central foi o Katrina, em 2005, e foi só barulho midiático, porque de classe 5 enquanto estava no Oceano Atlântico, virou classe 3 quando adentrou aos EUA, ou seja, uma forte tempestade tropical. O problema do Katrina é que ele provocou uma enorme inundação em Nova Orleans, e matou mais de 1.800 pessoas. Porém, as mortes deveram-se à invasão das águas do mar na cidade, eis que muros de contenção velhos e com péssima manutenção foram danificados pela tempestade, provocando a inundação e as mortes numa cidade que tem cerca de 50% de sua área em uma depressão abaixo do nível do mar. Não é possível dizer que o furacão Katrina foi um evento extremo.

Li o primeiro capítulo do livro de Bill Gates, "Como evitar um desastre climático", disponível no site de uma revista no Brasil, como incentivo para ler os demais capítulos, desde que eu compre o livro. Não vou comprar. Bastou-me a leitura desse capítulo para saber da total certeza de Gates sobre o aquecimento climático do planeta, fato que qualifico como a maior mentira do século XXI conforme informei em meu livro "CO2 - aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?", obra que escrevi na companhia de vários cientistas, entre eles Luiz Carlos Molion e José Carlos Parente de Oliveira, ambos PhD em física e ainda professores das universidades federais de Alagoas e Ceará, respectivamente. A primeira edição foi de agosto/2015, a 2ª edição em setembro 2019 e teremos ainda em 2021 a 3ª edição. A obra é pouco vendida em livrarias, mas é recordista de vendas na Amazon, ancorada na página de livros ambientais.

Até aqui nada demais, Bill Gates tem a sua própria opinião e eu tenho a minha, e ambos estamos acompanhados de inúmeros e respeitados cientistas mundo afora. A primeira diferença é que Bill Gates tem ao lado dele os 240 cientistas do IPCC (Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas). Foram os que sobraram do total de 2.500 cientistas que assinaram o Relatório IV, em 2007. Ou seja, 2.260 cientistas, desde 2007, deixaram de fazer parte do corpo de cientistas do IPCC, porque discordaram da conclusão final do relatório, expressa num resumo executivo, de 40 páginas, sendo que o Relatório IV completo tem mais de 4 mil páginas. Chade, em seu artigo no UOL de hoje, nos informa que na próxima semana (a partir de 09 de agosto/2021), haverá um novo relatório do IPCC, com as mesmas ameaças de 2007, que repetia as ameaças dos anos 1980. Não aprenderam a mentir. Pelo menos temos 40 anos de tempo decorrido e sabemos que essas ameaças foram vãs e vazias, e não ocorreram eventos extremos, o nível dos mares não subiu.

A segunda diferença é que entre os cientistas atuais do IPCC que foram signatários do chamado aquecimento global antropogênico (AGA), depois de 2007 passou a ser designado pelo IPCC como "mudanças climáticas", há pouquíssimos especialistas em clima, enquanto que estes estão, em quantidade e qualidade, alinhados comigo e somos assim designados como céticos do clima, pelos cientistas sérios, ou como "negacionistas" como faz a grande mídia internacional, já que o mainstream deixou há muito tempo de ser imparcial e está engajado na causa climática. O artigo de Jamil Chade já cita "negacionistas" no título, como se fosse um xingamento. Na verdade é um xingamento, ou no mínimo uma tentativa rasteira de desqualificar aqueles que não são alinhados com os aquecimentistas.
Para colocar o leitor em sintonia, reproduzo abaixo, em itálico, pequenos trechos do primeiro capítulo do livro de Bill Gates, onde ele se justifica no seu engajamento:
 

Tenho consciência de que não sou o mensageiro ideal para o combate às mudanças climáticas. O que não falta no mundo hoje é gente rica com ideias grandiosas sobre o que os outros deveriam fazer ou que acreditam que a tecnologia pode consertar qualquer problema. Sou proprietário de casas enormes e viajo em jatinhos particulares — inclusive, tomei um para a conferência do clima —, portanto quem sou eu para puxar a orelha de quem quer que seja em relação ao ambiente?


Confesso-me culpado das três acusações.

Não posso negar que sou mais um ricaço cheio de opiniões. Mas acredito que minhas opiniões são bem embasadas e sempre tento aprender mais.

Além disso, sou um tecnófilo. Diante de um problema, vou atrás da tecnologia para consertá-lo. Quando a questão são as mudanças climáticas, sei que inovação não é a única coisa de que precisamos. Mas não podemos manter a Terra habitável sem isso. Apenas as soluções tecnológicas não bastam, mas elas são necessárias.

Por fim, é verdade que minha pegada de carbono é absurdamente alta. Por muito tempo, me senti culpado por isso. Sempre soube que minhas emissões eram enormes, mas trabalhar neste livro me deixou ainda mais consciente de minha responsabilidade em reduzi-las. Diminuir minha pegada de carbono é o mínimo a se esperar de alguém numa posição como a minha que se preocupa com as mudanças climáticas e vem a público para exigir que algo seja feito.

Nos capítulos finais deste livro, proporei um plano baseado nos conselhos que recebi de especialistas em todas essas áreas. Nos capítulos 10 e 11, vou me concentrar em políticas que os governos podem adotar e, no capítulo 12, sugerir os passos que cada um pode dar para ajudar o mundo a chegar a zero. Não importa se você é um chefe de governo, um empresário ou um cidadão ocupado com pouquíssimo tempo livre (ou todas as anteriores), sempre existem coisas que pode fazer para ajudar a evitar um desastre climático.

Então, é isso. Agora vamos lá.

.-.-.-.-.-.--.-

Então, para alinharmos em sintonia fina sobre o que estamos a debater: escrevi em outubro de 2009 um artigo sobre o CO2, publicado aqui no blog e alhures, na internet e em muitos outros locais, especialmente jornais impressos. O artigo teve a parceria de um amigo, o engenheiro agrônomo Odo Primavesi, hoje aposentado da Embrapa, e que foi, em fevereiro/2007, um dos 2.500 cientistas signatários do malfadado relatório 4 do IPCC, no qual se previa o início do fim do mundo, e que o político Al Gore leu e entendeu ao pé da letra, assim como você e muita gente.

https://richardjakubaszko.blogspot.com/2009/10/co2-unanimidade-da-midia-e-burra.html

Entendamos, meu caro Bill Gates, e isto vale para Jamil Chade, que o CO2 é o gás da vida. Vejam a sua importância:

Os 6 elementos essenciais à vida

São eles, sem os quais a vida não existiria, conforme a conhecemos:
1 – carbono
2 – hidrogênio
3 – oxigênio
4 – nitrogênio
5 – enxofre
6 – fósforo
e energia solar (luz e calor, sem o qual não haveria fotossíntese)

(A fórmula é CHONSP)

O carbono é um elemento notável por várias razões. Suas formas alotrópicas incluem, surpreendentemente, uma das substâncias mais frágeis e baratas (o grafite) e uma das mais duras e caras (o diamante). Mais: apresenta uma grande afinidade para combinar-se quimicamente com outros átomos pequenos, incluindo átomos de carbono que podem formar largas cadeias. O seu pequeno raio atômico permite-lhe formar cadeias múltiplas; assim, com o oxigênio forma o dióxido de carbono, vital para o crescimento das plantas (ciclo do carbono, a fotossíntese); com o hidrogênio forma numerosos compostos, denominados, genericamente, hidrocarbonetos, essenciais para a indústria e o transporte na forma de combustível derivados de petróleo e gás natural. Combinado com ambos forma uma grande variedade de compostos como, por exemplo, os ácidos graxos, essenciais para a vida, e os ésteres que dão sabor às frutas. Além disso, fornece, através do ciclo carbono-nitrogênio, parte da energia produzida pelo Sol. O carbono é a plataforma da vida sobre a Terra. Mas os ambientalistas do IPCC e a mídia parecem não saber, e não dão bola para essas coisas.

A camada de gases de efeito estufa - GEE
Se ela não existisse morreríamos fritos durante o dia (assim como os animais e plantas), pela ação dos raios solares, e à noite congelaríamos pelo frio, pois o calor se dissiparia na estratosfera. A camada de nossa atmosfera, chama de "GEE" é composta em 99% de nitrogênio e oxigênio, sendo que o 1% restante contém carbono, hidrogênio, metano e outros compostos químicos. Dessa ínfima parcela de 1% o carbono representa 0,035% do total hoje em dia, mas já foi de 0,029% há pouco mais de 2 séculos, quando começou a era industrial. Ou seja, do total da camada de "GEE" o carbono representa somente 0,035%. Entendam que 0,035% de alguma coisa não modifica o todo. De outro lado, verifica-se que a proporção de carbono na camada de GEE aumentou cerca de 20% nos últimos duzentos anos e seria responsável pelo futuro cataclismo que se anuncia para dentro em breve no planeta, ou seja, o apocalipse. Vejam onde estão os depósitos e as fontes de carbono no planeta:


Estimativa dos maiores depósitos de carbono na Terra

Fonte: Pidwirny, M. (2006). "The Carbon Cycle". Fundamentals of Physical Geography, 2nd Edition.
Disponível em: http://www.physicalgeography.net/fundamentals/9r.html

A versão em inglês da mesma tabela é assim:

Table 9r-1: Estimated major stores of carbon on the Earth.

Sink

Amount in Billions of Metric Tons

Atmosphere

578 (as of 1700) - 766 (as of 1999)

Soil Organic Matter

1500 to 1600

Ocean

38,000 to 40,000

Marine Sediments and Sedimentary Rocks

66,000,000 to 100,000,000

Terrestrial Plants

540 to 610

Fossil Fuel Deposits

4000

“Verdades” convenientes
O documentário "Uma verdade inconveniente", apresentada pelo político e hoje prêmio Nobel da Paz, Al Gore, fez sensacionalismo com a presença do carbono que teria subido de 278 ppm (partes por milhão) no início do século XX para 370 ppm no início do século XXI, e de que isso iria aquecer o planeta, e provocaria o aumento do nível dos mares, inundando tudo.
(Obs. Al Gore, aliás, nunca acreditou nisso, pois comprou em 2011 uma mansão à beira-mar, em Salsalito, na Califórnia, no valor de US$ 7,5 milhões)

Ora, Al Gore esqueceu-se ainda de esclarecer, nessa profecia apocalíptica, várias questões sobre o carbono:

1 – cerca de 60% do carbono que está na atmosfera é sequestrado pelas algas marinhas e 40% pelas florestas e árvores urbanas remanescentes, de outras vegetações naturais, e de atividades agrícolas. E são valores insignificantes.

2 – se não houvesse esse carbono na atmosfera não haveria fotossíntese, e sem essa não haveria agricultura, florestas, árvores;

3 – mais de 50% do carbono está fixado nas árvores (na madeira e raízes) e na agricultura (nas raízes) em forma de "carbono estocado".

4 – outros 50% do carbono estão no solo (trazidos de volta pelas chuvas) e o sistema de plantio direto e pastagens bem manejadas são uma forma de conservar (sem liberar) este carbono.

5 – o carbono atmosférico (CO2 (gás inodoro, que não provoca mal aos humanos) e CO = monóxido de carbono, este sim, é tóxico) está concentrado sobre as áreas de queimada e nos grandes conglomerados urbanos participando da "aura" amarronzada sobre todas as grandes cidades quando as sobrevoamos nas aterrissagens e decolagens por avião. Essa concentração de poluentes de origem urbana tem duas formas de ser dissipada: ou pelos ventos ou por chuva, e neste último caso provoca o fenômeno da "chuva ácida", muito comum em metrópoles gigantescas como Pequim, Nova York, São Paulo, Los Angeles etc.

6 - 99,9% do carbono existente no planeta está no fundo dos mares. 

7 - um planeta carbono zero é impossível, porque a natureza (vulcões, algas marinhas, florestas tropicais) emite 97% do CO2, enquanto que as atividades humanas (transportes, indústrias, queimadas, plantio de arroz irrigado na Ásia, criação de ruminantes) representam apenas 3% do total de emissões de CO2 lançado na atmosfera.

8 - me parece que o número citado no livro de Gates, de 51 bilhões de toneladas anuais de emissão de CO2, e que teria de ser zerado, não é o importante, o que vale são 200 bilhões de toneladas anuais de CO2 equivalente, ou seja, o montante inclui CO2, mais metano (emissão do gado e dos arrozais irrigados), e mais o óxido nitroso, emitido pelos fertilizantes nitrogenados. Sem os fertilizantes nitrogenados a produção agropecuária seria reduzida em mais de 75%. O planeta teria sua população reduzida, em virtude da fome que se instalaria. A proposta de carbono zero, portanto, é imbecil, e é impossível de ser alcançada.

Em ciência, devemos saber, há pelo menos 3 grande degraus. O primeiro é a hipótese. Esta, se for consistente, e com aprovação de outros cientistas, é lançada já como teoria. Permanecerá como teoria enquanto não for comprovada – ou se for negada – por outros cientistas, em número representativo. Só para lembrar, duas teorias conhecidas e respeitadas permanecem nesse patamar, como a teoria da Relatividade, de Einstein, e a teoria da Evolução das Espécies, de Darwin. Já a Lei da Gravidade, de Newton, deixou de ser teoria. Enquanto que a hipótese do aquecimento permanece como hipótese, e, em minha opinião, e na de muitos cientistas, é completamente equivocada nem alcançou o status de teoria, mas é aceito pela mídia e pelos ambientalistas como lei...

A hipótese climatológica em que o IPCC baseia suas afirmações de "efeito estufa" é incorreta. Mais incorreta ainda a acusação plena de absurdos de que seja proveniente das atividades humanas. A presença de CO2 na atmosfera já foi centena de vezes mais alta, há milhares de anos, e nem existia, naquela época, automóveis e fábricas.

A teoria do "efeito estufa" e da hipótese do aquecimento global foi elaborada por Arthenius no fim do século XIX, muito antes da existência de satélites meteorológicos. A teoria climatológica moderna, dos anticiclones móveis polares, foi elaborada pelo grande cientista Marcel Leroux (1938-2008). Há um resumo da sua teoria em https://resistir.info/climatologia/impostura.cientifica.html
Mas Arthenius nunca afirmou que o efeito estufa tinha causa antropogênica, essa é uma dedução moderna dos 240 "cientistas" do IPCC, que antes eram 2.500, e 2.260 discordaram dessa teoria conspiratória e se retiraram de lá. Em meu livro abordo essa mentira de forma mais aprofundada, inclusive com exemplos práticos, desconstruindo essa "teoria" enganadora.


No segmento financeiro, a teoria fantasiosa do aquecimento global proporciona bons negócios para o capital financeiro que inventou a venda de direitos de emissão de CO2, o chamado crédito de carbono. Trata-se de algo como as "indulgências para pecar" vendidas pela Igreja Católica, no período da Renascença, contra as quais se revoltou Lutero. Esse negócio dá bons lucros aos banqueiros, mas não beneficia a humanidade. Neste momento já há uma verdadeira indústria do aquecimento global. Mas é um mercado em decadência. Cerca de 5 anos atrás uma tonelada de CO2 "sequestrado" valia mais de US$ 75.00 dólares, e hoje vale US$ 3.00. Quem emite carbono paga muito menos por essa indulgência. Acredita em efeitos positivos ao meio ambiente quem quiser. As indústrias altamente poluentes de ontem tornaram-se as empresas verdes de hoje.

Para saber mais sobre o meu livro clique aqui.


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Um comentário:

  1. Save the soils to save civilization - or we all starve and die
    Soil food web expert Dr. Elaine Ingham www.soilfoodweb.com how to SAVE humans and the planet by HALTING agricultural chemical inputs
    https://www.brighteon.com/cb713718-027e-4d8b-9e3b-3072ad9e6d18
    https://video.brighteon.com/file/BTBucket-Prod/audio/e8bdf711-c6ae-46d3-8d05-655ff68e923b.mp3
    https://www.naturalnews.com/2023-05-04-save-the-soils-to-save-civilization.html
    ===
    Who is Bill Gates
    https://rumble.com/v24scf6-who-is-bill-gates.html

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