sexta-feira, 24 de julho de 2009

Você já comeu hoje? Agradeça a um agricultor!

Por Valdir Colatto
No mundo agitado em que vivemos quase não temos tempo para refletir sobre a importância da agricultura e da pecuária em nossas vidas. O alimento que chega à mesa, o sapato que calçamos, as roupas que vestimos, o combustível que move os veículos, enfim, boa parte do que consumimos e dos serviços que usufruímos são fruto direta ou indiretamente do esforço do produtor rural, profissional que trabalha sem saber se vai ser remunerado devido o risco de sua atividade. E para que tenhamos todo este conforto, precisamos reconhecer a importância daquele que transporta nossas riquezas e possibilita que a produção nacional chegue a nós.

Quando comemoramos o Dia do Agricultor e do Motorista - 25 de julho – celebramos duas atividades pouco reconhecidas e que tem relação direta no nosso dia-a-dia, pois se faltar o alimento ou ele não chegar como confortavelmente chega às prateleiras e à nossa mesa, causa um verdadeiro transtorno. Também nem sempre fica claro para o consumidor o porquê da alta nos preços dos alimentos, fruto de fatores econômicos, climáticos e logísticos. 

Os grandes vilões têm sido os preços exorbitantes do barril de petróleo, dos insumos e defensivos agrícolas, juros, além da alta carga tributária que obriga os produtores a repassarem aos consumidores custos cada vez mais elevados.
Embora seja pequena a incorporação de novas áreas destinadas ao plantio, devido às resoluções ambientais estarem cada vez mais rigorosas, a demanda por alimentos é crescente em todo o mundo. Aumentar a produtividade sem ampliar a área de cultivo depende diretamente do apoio à pesquisa, de uma política agrícola de longo prazo, da garantia do direito à propriedade e da recuperação de renda, crédito e tecnologia.
O Brasil precisa de uma agricultura sustentável do ponto de vista econômico e ambiental para manter o alto desempenho das nossas exportações. A garantia de renda ao produtor favorece a geração de empregos e fornecimento de alimentos aos brasileiros.
O setor produtivo brasileiro precisa se envolver na discussão da reformulação da legislação ambiental nacional. Precisamos modernizar a atual legislação, criada em 1965, remendada e unilateral, pois a preservação ambiental é necessária, sem dúvida, mas que prevaleça a harmonia entre a preservação e a produção rural.
Dentre estas e todas as situações suportadas hoje pelo produtor rural brasileiro, caberá sempre a indagação: “Você já comeu hoje?” Certamente sim, então “Agradeça a um agricultor”.  

* Engenheiro agrônomo, deputado federal e presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária no Congresso
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6 comentários:

  1. Fernando Penteado Cardoso24 de julho de 2009 às 23:28

    A Richard Jakubaszko
    Oportuna lembrança do crédito ao trabalho do produtor, cuja atividade depende, por sua vez, da terra sujeita à luz, calor e chuva. A expectativa de que os ganhos em produtividade serão suficientes para atender à demanda próxima por alimentos é apenas desiderativa. Vai ser necessário ampliar áreas favorecidas pelos fatores mencionados. Os subjetivos impedimentos ambientais terão que ceder frente à ameaça de fome. A Amazônia tem 100 milhões de ha (1/5 do total) de terras altas, livres de enchentes, onde chove, tem luz e faz calor, além de favorecidas por transporte fluvial. Vamos desperdiçá-las? As populações carentes de alimento irão permitir que essas áreas fiquem ociosas? Os jovens de hoje irão encontrar as respostas dentro de 20/30 anos!
    Fernando Penteado Cardoso
    Eng. agr. sênior, ESALQ-USP 1936.

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  2. Richard, bom dia
    Meus parabéns pelo encarte sobre pulverizadores e pulverização publicado na DBO Agrotecnologia. Ele está sendo usado nos nossos setores específicos que utilizam a tecnologia para experimentação.
    Saudações
    Prof. Santin Gravena
    GRAVENA Ltda - Diretor Presidente
    Jaboticabal/SP: (16) 3203-2221

    Comentário: Prof. Santin: obrigado por suas palavras, e se desejar mais exemplares da Agenda do Pulverizador é só me avisar.
    Richard Jakubaszko

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  3. Helder Devos Ferreira25 de julho de 2009 às 08:32

    CARO AMIGO, O QUE PRECISAMOS E FAZER UM MOVIMENTO PARA QUE NAO PLANTEMOS, AI VOCE VAI VER O TRATAMENTO QUE NOSSOS GOVERMANTES VÃO NOS DAR, E EU TI GARANTO, QUE QUANDO CHEGAR EM AGOSTO, QUE AS EMPRESAS DE FERTILIZANTES, SEMENTES E DEFENSIVOS, SE NAO TIVER VENDIDO NADA JA FICAM DESEPERADOS E AI CHAMAM A GENTE PARA CONVERSAR. O QUE VOCE ACHA DE NÓS DEIXARMOS QUE OS "SEM TERRA" SUSTENTEM O SALDO DA BALANÇA COMERCIAL PELO MENOS POR UM ANO, SO PARA QUE ELES JUSTIFIQUEM AS SUAS BADERNAS? PORQUE ATE HOJE É SO O QUE ELES TEM FEITO, NAO ADIANTA DAR UM ANO A MAIS DE PRAZO NAS NOSSAS DIVIDAS, O PRAZO VENCE, O QUE PRECISAMOS É DE UMA POLITICA AGRICOLA JUSTA E PERFEITA PARA QUE POSSAMOS LEVAR COMIDA FARTA NA MESA DO POVO BRASILEIRO E SALDAR NOSSOS COMPROMISSOS, NAO PODEMOS MAIS SERVIR DE ANCORA PARA REELEIÇAO DE PRESIDENTE, COM COMIDA BARATA NAS COSTAS DE NOS AGRICULTORES, E O PIOR É QUE NAO TEMOS ENTIDADES QUE NOS DEFENDA DE UNHAS E DENTES, ATÉ PARECE QUE SAO COMPRADOS, TAO QUERENDO FAZER NÓS DE ESCRAVOS E A LEI ÁUREA JA FOI ASSINADA HA ANOS.
    HELDER DEVOS FERREIRA, AGRICULTOR
    SACRAMENTO - MG

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  4. Luiz Fernando Ferraz de Siqueira25 de julho de 2009 às 14:55

    Richard,
    Agricultor não, “Vigaristas”...
    Não viu o nosso ministro ??????????????
    Luiz Fernando Ferraz de Siqueira
    Usina São Fernando

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  5. Prezado Jakubaszko,
    Oportuna a inserção do texto do político em seu blog. Indubitavelmente, tudo a favor ao mérito da homenagem às duas categorias ressaltadas pelo transcurso da data. Apenas deve-se ressaltar que, como todo bom político,não há aprofundamento em nenhuma proposta efetuada, são idéias genéricas e tangenciais à realidade atual. Observa-se que o bom político não quer perder voto de nenhum lado, não embarca em "canoa furada" ou "onda que pode não chegar até à praia". Por isso se reelege sempre e agrada à todos, este é o político de sucesso garantido.
    Um abraço.

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  6. Olá professor Richard, eu tenho aquele encarte da agenda do pulverizador publicado pela dbo e me é de muita valia em meu dia-dia tanto nos experimentos quanto no estágio, e muitas pessoas me pedem como conseguir um igual, eu disse a muitos para assinar a revista como eu mas estes só receberam os exemplares subsequentes. peço então caro amigo e professor richard, se tem como me mandar alguns exemplares novos para fotocopiar, já que o meu está bem gasto de tanto andar com ele no bolso rsrsrss. Ou melhor me mandar em pdf em nosso e-mail, para que possamos imprimir quantos exemplares forem necessários, o meu muito obrigado !
    cacio barbosa de meneses, acadêmico ultimo semestre agronomia da universidade do estado de mato grosso. e-mail caciobm@hotmail.com
    Obrigado richard estarei no aguardo.

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