Richard Jakubaszko
19.Jun (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff classificou nesta terça-feira de "uma vitória do Brasil" a aprovação de um texto final na Rio+20 antes da chegada dos chefes de Estado na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável.
Na avaliação da presidente, o documento, aprovado mais cedo em reunião plenária com as delegações e alvo de críticas de organizações não-governamentais de defesa do meio ambiente, representa ainda "um grande avanço".
"Um acordo entre 191 países e delegações e chefes de Estado é um acordo complexo", disse Dilma a jornalistas em Los Cabos, no México, onde participou de encontro do G20, grupo que reúne as principais economias do mundo.
"É sempre bom olhar que há a necessidade de um balanço entre os países. A questão do documento não é uma questão que diga respeito a só um país. É impossível você ter um documento que represente as partes, se você não considerá-las. As partes são quem? São os países."
Mais cedo, após negociações que avançaram na madrugada desta terça-feira, as delegações que participam da Rio+20 superaram impasses e chegaram a um acordo sobre o texto final da conferência, que será levado aos chefes de Estado a partir de hoje, quarta-feira (20).
A aprovação, possível graças aos esforços brasileiros de buscar simplificar pontos que geravam divergências, foi alvo de críticas de ambientalistas, que chegaram a classificar a conferência de um "fracasso épico".
Apesar das críticas, Dilma exaltou a aprovação do texto, embora tenha admitido que foi o "possível" de ser alcançado.
"Nós estamos fazendo o documento possível entre diferentes países, entre diferentes visões do processo relativo à questão ambiental... Eu não conheço nenhuma reunião ambiental que tenha tido um documento prévio acordado entre as partes", acrescentou.
COMENTÁRIOS DESTE BLOGUEIRO:
Na minha opinião, nem vitória do Brasil, nem fracasso épico. Em verdade, os ambientalistas permanecem como "donos da bola". O que se assiste é um desfile de empresários, políticos, diplomatas, integrantes de ONGs, jornalistas, todos querendo "vender" um peixe podre chamado "sustentabilidade", e o preço do peixe é que é o problema. Vender, todos querem. Comprar, e pagar, ninguém aceita.
A questão do crescimento demográfico planetário, que promove o excesso de consumo, que esgota a capacidade do planeta em nos fornecer alimentos, água, e demais elementos necessários à sobrevivência humana, nem sequer foi arranhado, exceto num ou noutro discurso sem importância nas plenárias, ao qual ninguém deu bola, nem a imprensa repercutiu.
Acho que a Rio+20 foi mais um badalado convescote ambientalista, que apenas se superou em expectativas geradas pelas prévias midiáticas, ou melhor, onde o melhor da festa foi esperar por ela.
Vem aí a Rio-20:
Luiz Carlos Molion em São Paulo sobre Rio+20: venha participar nesta quinta-feira
O PhD em Meteorologia, membro do Instituto de Estudos Avançados de
Berlim e representante da América Latina na Organização Meteorológica
Mundial, Luiz Carlos Molion, professor de Climatologia e Mudanças
Climáticas da Universidade Federal de Alagoas, falará ao público de São
Paulo por ocasião do Painel promovido pelo Instituto Plinio Corrêa de Oliveira sobre o tema:
O evento vai acontecer no dia 21 de junho (quinta-feira), às 19 horas e trinta minutos, no Clube Homs, na Avenida Paulista, 735 (a 100 metros do metrô Brigadeiro).
O doutor Molion falará sobre os mitos e fatos da mudança climática.
Não perca a chance de ouvir de um grande cientista brasileiro sobre os verdadeiros problemas que estão em jogo na Rio+20.
RioMENOS20
DENÚNCIA: O que os jornais não irão publicar sobre a Rio+20
Mitos e verdades sobre o desenvolvimento sustentável
O evento vai acontecer no dia 21 de junho (quinta-feira), às 19 horas e trinta minutos, no Clube Homs, na Avenida Paulista, 735 (a 100 metros do metrô Brigadeiro).
O doutor Molion falará sobre os mitos e fatos da mudança climática.
Não perca a chance de ouvir de um grande cientista brasileiro sobre os verdadeiros problemas que estão em jogo na Rio+20.
“Não vejo muita contribuição que essa reunião [Rio+20] possa dar. Quer dizer, estão tentando algo que é utópico como o desenvolvimento sustentável. Isso não existe, absolutamente.
“O problema é muito mais complexo. O que se discute na Rio+20 é a governança mundial. No fundo, é o que esses burocratas da ONU querem. Eles querem ter o poder de ditar o que nós vamos fazer: o Brasil só pode fazer isso! O Brasil não pode fazer aquilo!”
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