Richard Jakubaszko
Foi um festival de emoções a safra de verão que vai chegando
ao fim, tendo em vista que imprevisíveis batalhas foram travadas nas lavouras
de soja e milho Brasil adentro. Nas próximas semanas devemos ter um balanço que
registre com maior precisão os lucros e perdas desta que foi a safra das
incertezas, pois os preços permaneceram bons, tanto para soja como milho, mas o
clima e ainda as doenças e pragas mostraram um mau humor contínuo e permanente,
desafiando o otimismo dos produtores. As perdas de lucratividade com certeza
virão para muitos produtores, conforme registra a matéria “Soja aguada”, da
jornalista Marianna Peres, que ouviu especialistas e produtores de várias
regiões.
Na capa uma belíssima imagem de soja aguardando colheita ilustra em forma de poesia visual o desespero dos sojicultores, em foto do agrônomo José Tadashi Yorinori.
A reportagem do jornalista Ariosto Mesquita mostra a evolução
dos acontecimentos em relação às invasões das lagartas no milho e outras
lavouras. O episódio, crítico em algumas regiões, indica as gigantescas
dificuldades do jornalismo em busca da verdade. Como já se filosofou em outros
tempos, “quando há uma guerra, a primeira vítima é a verdade”. Guardadas as
proporções, há uma guerra de interpretações sobre as causas do fato, e não é
outro o objetivo da entrevista com o entomologista Fernando Valicente, da
Embrapa Milho e Sorgo, senão o de contrapor a visão da ciência versus a emoção
dos produtores. Ele informa, entre outras coisas, que "o problema das lagartas vai continuar".
Já na matéria do jornalista José Maria Tomazela o seguro de
renda agrícola é dissecado mostrando o que pensam os agricultores, em franca
oposição ao desiderato das seguradoras, e comprova a indiferença dos
brasileiros por quase todas as formas de seguro.
Assim, mais do que a safra das incertezas, ou ainda, de safra difícil, a safra de verão
poderia ser rotulada de safra das emoções, pois já agora no final de março
aconteceu o que já se previa: a falta de logística e de condições de transporte
da safra encareceu os custos dos fretes, entupiu estradas e os portos,
especialmente os de Paranaguá (PR) e Santos (SP), e mostrou que a malandragem
brasileira de estocar a safra na carroceria dos caminhões atingiu os limites do
possível. Registramos o tema em diversas notas, e ainda através do colunista
Décio Gazzoni, que escreveu sobre a bigorna logística.
O fato auspicioso que ressaltamos é a comemoração dos 40 anos de
existência da “Nossa Embrapa”, em registro orgulhoso de Evaristo de Miranda,
pesquisador prata da casa e integrante do Conselho Editorial da Agro DBO.
No vídeo abaixo meu depoimento sobre a edição 43 da Agro DBO, de abril 2013. A edição virtual da edição pode ser lida no site www.agrodbo.com.br
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Richard,
ResponderExcluirBelo editorial e lindíssima e emocionante foto de capa!!!
Um grande abraço,
Marlene Simarelli
Oi,Richard!
ResponderExcluirParabéns pelos 10 anos de DBO. Não é fácil encontrar e publicar material de qualidade todos os meses. Parabéns!
[]s
Odo
Boa...
ResponderExcluirA entrevista do pesquisador sobre os OGMs X insetos está particularmente interessante.
Abs
Coriolano
Pela capa se mede o conteúdo de qualidade que a Agro DBO sempre apresentou a partir do cuidado com os trabalho de repórteres e editores. O editorial dispensa qualquer comentário.
ResponderExcluirCada vez melhor a sua revista...
ResponderExcluirNota 10
PARABÉNS!
Miguel Nedel