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domingo, 9 de junho de 2013
Apagão logístico vai ter repeteco em julho.
Richard Jakubaszko
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Começou a circular desde o último dia 3 a Agro DBO 45, edição de junho 2013, onde colocamos em debate a problemática da logística brasileira de armazenar e transportar uma
safra recorde de grãos. A constatação pura e simples a que se pode chegar é de
que não há nada que esteja tão ruim que o ser humano não consiga piorar. O
antigo aforismo confirma-se e aplica-se aos problemas de logística enfrentados
pelos produtores rurais na safra de verão recém-finda e irá repetir-se na 2ª safra
a partir de julho próximo.
Ou seja, tivemos um apagão logístico de proporções
assustadoras na 1ª safra, mas não foi suficiente, não resolvemos esses
problemas, e teremos outro apagão na 2ª safra, com reflexos ainda mais profundos.
Provavelmente provocará prejuízos que se tornarão dramáticos, a ponto de expor
o Brasil ao ridículo ante os nossos compradores.
Tudo porque a 2ª safra, predominantemente de milho, vai
encontrar silos e armazéns cheios de soja, e terá de ser transportada às
pressas. Ou apodrecer no campo, a céu aberto.
A iniciativa privada, empresas e produtores rurais, arriscam
propostas saneadoras, algumas paliativas, outras definitivas, mas a verdade é
que o Governo Federal e a sociedade - através do Congresso Nacional - precisam dar respostas e soluções
consistentes ao atual status quo
logístico, seja na armazenagem, seja no transporte da safra, pois a situação
tende a se agravar no futuro breve ante o aumento da demanda por grãos.
Há caminhos, que registramos nesta edição, em formato de
reportagem, de entrevista e de artigos de nossos colunistas, mas precisa-se de vontade política para
tanto. Tanto quanto a vontade política, há carência de marcos
regulatórios, que incentivem e possibilitem os investimentos da iniciativa
privada. Todavia, em paralelo, e tão importante quanto isso, temos a imperiosa
necessidade de se fazer “cair na real” o poderio ambientalista na capacidade de
travar a construção de uma hidrovia, por exemplo. Os ambientalistas brasileiros
e as ONGs estrangeiras que por aqui gorjeiam críticas diárias na mídia são os
únicos seres do planeta contrários à navegação fluvial. Com tantas restrições histriônicas
impostas pelos ambientalistas, acompanhadas por liminares jurídicas de
procuradores estaduais e federais, e aplaudidas pela grande mídia, teremos um
caminho difícil a percorrer para dar fim aos apagões logísticos.
Apesar de tudo, não podemos nos esquecer da Helicoverpa, ela
também veio para ficar, e volta à cena nas páginas desta edição, sugerindo aos
produtores de que todo cuidado é pouco.
Há ainda na edição uma matéria sobre a Agrishow 2013, de Ribeirão Preto, onde destacamos as tecnologias embarcadas apresentadas por inúmeras empresas.
Para quem deseja ler a revista virtualmente, ou assinar, clique no link www.agrodbo.com.br
No vídeo abaixo há um depoimento meu para o DBO na TV sobre a referida edição.
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2 comentários:
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O dito "apagão logístico" de Jan/Fev. explica-se por contratos para entrega naqueles meses que sofreram dificuldades de natureza climática retardando a colheita. Os compromissos com barcos e caminhões não puderam ser cumpridos acarretando congestionamento rodoviário e portuário além de prejuízos e dissabores. A próxima colheita de milho “safrinha” acontece em meses de menor risco de chuvas e poderá ser movimentada ordenadamente de acordo com planejamento prévio apoiado no milagroso transporte por caminhão que tem amparado nossa produção. As dificuldades e problemas serão resolvidos de acordo com a experiência de anos anteriores. Não há porque temer novo “apagão logístico” criando pânico por antecipação com reflexos sobre o mercado.
ResponderExcluirDr. Fernando,
ResponderExcluirtomara que o Senhor tenha razão. Entretanto, 2 fatores devem ser considerados: 1º que os silos e armazéns ainda estão completamente cheios da safra de verão, e, 2º, que a safrinha, ou 2ª safra, cresceu muito, lá no Centro-Oeste, como sabemos.
De toda forma, não houve nenhuma intenção de criar pânico no mercado por antecipação, mas apenas de informar as projeções dos ditos especialistas. Como jornalista não posso brigar com as notícias e as opiniões, tenho apenas o dever de registrá-las, se forem importantes, e foi o que fizemos na Agro DBO.