Toda
a água que escoa pelas bacias do Rio Amazonas, Rio Tocantins, Rio
São Francisco e Rio da Prata se origina do deslocamento de massas
incomensuráveis de vapor d'água formadas sobre o oceano Atlântico
Equatorial aquecido pelo sol.
A
rotação da terra de oeste para leste, que origina os ventos alísios
soprando do leste, coloca a extensa planície amazônica debaixo
dessa imensa calota úmida.
Ao
encontrarem o obstáculo da cordilheira dos Andes e as áreas de alta
pressão atmosférica sobre o oceano Pacífico, bem como por efeito
da rotação, essa volumosa corrente gasosa sofre uma deflexão à
esquerda e prossegue até alcançar o sul do país.
Ao
longo desse percurso, prosseguindo para o sul como ventos noroeste,
rumo esse bem conhecido como “chovedor”, muita água se precipita
como chuva, parte formando rios, parte tornando a se evaporar em um
processo natural de reciclagem.
Ao
se encontrarem com as frentes frias procedentes do sudoeste,
formam-se as “zonas de convergência” nas quais chove pela
condensação da água atmosférica vaporizada, toda provinda do mar
e a ele retornando como rios caudalosos. Não existe produção de
água no território continental, seja ou não florestado.
Tanta
água das chuvas pode ser avaliada pela vasão dos rios que a
devolvem ao mar. O volume conjunto dos quatro rios mencionados soma a
7,61 quatrilhões de metros cúbicos por ano, suficiente para formar
um lençol d´água de 90 cm se o Brasil fosse plano e murado. A
comparação das vazões mostra a imensidão do Rio Amazonas com
209.000 metros cúbicos por segundo - m3/s, Rio Tocantins - 11.000
m3/s, Rio São Francisco - 1.500 m3/s; Rio da Prata - 20.000 m3/s.
Navegadores
em nosso litoral relatam que a temperatura da superfície do mar
(TSM), ao longo da costa dos estados do RJ e SP, está acima da
normal o que provocou a proliferação de algas coloridas tornando
rosadas grandes extensões marítimas. Afirmam ainda que estão pouco
ativas as correntes marítimas frias, que surgem das profundezas,
aflorando em Cabo Frio e a leste da Ilha Bela.
Haveria
correlação entre esses fatos e a “bolha” de alta pressão
atmosférica que vem dificultando a entrada das correntes úmidas
mencionadas, ditos “rios que voam”, fazendo que despejem sua água
no meio do caminho, provocando inundações regionais e a atual falta
de chuvas no sudeste do país?
Estamos
enfrentando uma situação inédita, com precipitação de 723 mm nos
12 meses findos em Outubro pp, a menor dos últimos 123 anos, 48%
inferior à média de 1.395 mm (Campinas/SP).
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