sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Querida neta, o Alckmin quer proibir você de visitar seus avós

Richard Jakubaszko
Imaginei enviar e-mail pra minha neta de 11 anos, a Beatriz, que mora lá em Cuiabá, começando o texto pelo título deste post.

Desisti da tresloucada empreitada, com receio de ser mal interpretado, ou de parecer um avô desnaturado. É que ela ainda não entende de política...

Acontece que, por decisão do (des)governo do estado de São Paulo, talvez tenha de ser obrigado a tomar outra atitude, eis que é prática e tradição da nossa única neta, pelo menos uma visita anual aos seus avós, junto com seus pais, justo no Natal, Ano Novo e mais alguns dias a título de férias.
Ocorre que o (des)governo de São Paulo ameaça aos usuários de água (da multinacional Sabesp) que ultrapassarem 20% do consumo de água, com uma multa de 20%, adicional ao valor da água consumida, evidentemente. E, se o consumo ultrapassar os 20% a multa poderá ser de 50% adicionais. Val faltar dinheiro pra pagar tanta multa, pois não poderei proibir a neta e seus pais de tomarem banho, por exemplo. Em pleno verão de São Paulo, com todo esse calor, como dizer pra neta que hoje não vai poder tomar banho?

Ou seja, a conta vai estourar, como acontece todo final de ano lá em casa. Porque onde vivem duas pessoas, e o consumo é de 11 a 14 m3/mês, quando chegam mais três pessoas, esse consumo sobe para 18 a 20 m3, o que é absolutamente normal e todo ano é assim. Mas a Sabesp e o (des)governador não sabem disso, evidentemente, nem os burocratas que são os assessores do (des)governador. Por tabela, eles já avisaram, vai ter multa. E assim, proíbem aos paulistanos, por tabela, receber visitas em casa, mesmo que sejam netas únicas.
Tudo isso porque o (des)governo de São Paulo não planejou aumentar a área de captação de água para consumo da população crescente. Porque deixa vazar água nas tubulações do centro velho da capital paulista, por onde se perde mais de 40%, talvez 60% da água tratada que é originária do sistema Cantareira.
Excesso de gestão do (des)governo de São Paulo.

Cadê a água Geraldo Alckmin?
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