Richard Jakubaszko
James Lovelock é conhecido por ter formulado, em 1970, a "hipótese de Gaia", apresentando a Terra como um ser vivo, capaz de autorregulação. Na época, sua teoria foi muito criticada por seus pares.
Aqui no blog destacamos a retratação de Lovelock, em 2012: https://richardjakubaszko.blogspot.com/2012/04/aquecimento-global-pai-da-hipotese-gaia.html
Nos obituários publicados deste ontem na mídia e na blogosfera, convenientemente, ninguém se lembrou de dizer que ele havia se retratado (em 2012) em relação às suas previsões climáticas.
Os destaques do que James Lovelock se retratou foram:
Parafraseando os argumentos dos cientistas objetivos, explicou:
– “O problema é que não sabemos o que é que o clima vai fazer. Há 20 anos nós achávamos que sabíamos. Isso nos levou a escrever alguns livros alarmistas – o meu inclusive – porque parecia evidente, porém não aconteceu”.
– “O clima está fazendo suas trapaças habituais. Em verdade, não há muita coisa acontecendo ainda, quando nós deveríamos estar num mundo a meio caminho da fritura”.
– “O mundo não se aqueceu muito desde o milênio. Doze anos é um tempo razoável ... ela [a temperatura] manteve-se praticamente constante, quando deveria ter ido aumentando”.
Tarde demais para salvar o planeta
Lovelock se apresentava como um "cientista independente", gerando polêmica, às vezes, com a sua visão apocalíptica da crise climática. "Hoje já é tarde, tarde demais para salvar o planeta como o conhecemos", explicou ele à AFP, em 2009, poucos meses antes da Conferência do Clima de Copenhague (COP15), que terminou em um fracasso retumbante.
"Esteja pronto para a mudança, adapte-se à mudança que está por vir. E prepare-se para enormes perdas humanas", declarou ele, então uma posição minoritária no mundo científico.
Em uma vida dedicada à ciência, o ambientalista britânico James Lovelock ficou conhecido por ter feito o alerta precoce da crise climática e por sua "hipótese de Gaia", em que apresenta a Terra como um ser vivo capaz de autorregulação. De acordo com a família, sua saúde havia se deteriorado após uma queda recente e ele morreu nesta terça-feira (26), aos 103 anos. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (27).
Nascido em 1919, Lovelock cresceu no sul de Londres entre as duas grandes guerras e trabalhou para o Instituto Britânico de Pesquisa Médica durante 20 anos. Na década de 1950, inventou um dispositivo usado para detectar o buraco na camada de ozônio.
Apoiador da energia nuclear
Seu apoio à energia nuclear e suas críticas às energias renováveis - ele disse, em 2009, que elas "não tinham o menor impacto na luta contra o aquecimento global" - chocaram os ambientalistas. "Indiscutivelmente, o cientista independente mais importante do século passado, Lovelock estava décadas à frente de seu tempo em seu pensamento sobre a Terra e o clima", elogiou, por sua vez, o Museu de Ciências de Londres.
"Trabalhando para a Shell, NASA, MI6 (British Foreign Intelligence) e Hewlett Packard, Lovelock tinha acesso ao conhecimento. Quando alertou o mundo sobre a crise climática, falou com imensa autoridade", sublinhou Watts, seu biógrafo, enfatizando a tensa relação que Lovelock teve com os movimentos ambientalistas. Ele "trabalhou para grupos petrolíferos, conglomerados químicos e para o Exército. Era apaixonadamente pró-nuclear", acrescentou o biógrafo.
Em meu blog, em 2012, por ocasião da retratação de Lovelock, publiquei um comentário crítico:
COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO:
Ah! É assim, é? "Errei, me adescurpem".
E quem vai arrumar essa merreca ambientalista toda, espalhada como lixo pelo planeta inteiro? Quem vai indenizar os prejuízos? Vai ficar por isso mesmo? Dever-se-ia iniciar um novo período de inquisição. Inquisição nesses cabras da peste! Às fogueiras com todos eles! Teremos bastante CO2 para alimentar as lavouras do planeta, e produzir alimentos para todos!
Alguém aí ainda tem dúvidas?
Quer saber mais, acesse os links abaixo:
https://exame.com/mundo/guro-ambiental-james-lovelock-admite-fui-alarmista-sobre-o-clima/
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2010/03/100331_lovelock_entrevista_rw
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