Não existe comunicação genuína sem o envolvimento da liderança empresarial.
O mundo globalizado exige rapidez e assertividade. E como assegurar que os objetivos empresarias, bem como os resultados operacionais, sejam atingidos com sucesso em mercados cada vez mais competitivos e em constante transformação?
Hoje, mais do que nunca, a comunicação empresarial tem desempenhado um papel estratégico nas organizações e contribuído, como facilitadora do processo comunicacional, para o alcance dos resultados esperados.
Não há mais espaço para culturas organizacionais fragmentadas. As informações devem fluir em todos os níveis no tempo correto, de forma clara, direta e com o significado adequado, proporcionando um ambiente favorável à integração, criatividade, ousadia e iniciativa. É a comunicação “construtiva” como diferencial estratégico, facilitando a cultura da integração e a gestão do conhecimento.
Compartilhar informações é um fator-chave neste cenário. No entanto, nem sempre as organizações percebem com facilidade o real significado e valor desta troca, ou seja, de que se chegará ao alvo com mais rapidez e menos dispêndio de energia se as pessoas souberem para onde estão caminhando e entenderem a razão pela qual devem seguir juntas para um determinado rumo. Sabemos, ainda, que dentro de uma mesma organização existem diferenças culturais que levam a percepções variadas sobre um mesmo tema.
É indiscutível que os recursos humanos representam o ativo mais importante de uma organização. Afinal, está nas mãos dos “colaboradores” movimentar as empresas na direção dos objetivos acordados com os acionistas. E este público espera respeito, que pode ser traduzido como transparência, troca e coerência entre o discurso empresarial e as ações. Isso só para citar as relações com um dos públicos estratégicos das organizações. Espera-se a mesma transparência e assertividade para os demais públicos, como os próprios acionistas, imprensa, organizações não-governamentais, governo, clientes, fornecedores, enfim, todos os representantes do grande grupo conhecido como stakeholders. Não se pode esquecer que as empresas são organismos vivos.
Voltando ao cenário da comunicação interna, o desafio é a “ponte”, ou seja, o profissional de comunicação deve ser um facilitador do diálogo e precisa estar atento às variáveis. Mas são os gestores os verdadeiros responsáveis por impulsionar este processo. Não existe comunicação genuína sem o envolvimento da liderança empresarial. O comunicador, sendo o facilitador e especialista, deve ter o “conhecimento humano” e isto significa entender as pessoas, as diferentes percepções, reações, ser capaz de traçar cenários a fim de transmitir as mensagens em alinhamento com a estratégia, os valores e os princípios organizacionais de forma compreensível em todos os níveis.
Esta visão holística, aliada à sensibilidade, é o diferencial que permite ao profissional de comunicação decodificar mensagens e transmiti-las de forma “construtiva” ao público interno. Afinal, só existe construção por meio da troca – base das relações humanas.
Este movimento de comunicação interna, que permeia todos os níveis, gera a interação entre os colaboradores e desencadeia uma reação positiva voltada à cultura da integração. Equipes unidas – independentemente da área de atuação ou função – são capazes de apresentar resultados sustentáveis de forma mais saudável à organização. E neste contexto a comunicação interna desempenhará, sem dúvida alguma, um papel cada vez mais importante de apoio aos gestores.
* A autora é jornalista e Gerente de Comunicação América Latina da Bayer CropScience.
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