Palestra proferida no Foro de Guadalajara, em Guadalajara, México, em 22 de outubro de 2014. Por motivos de espaço, apenas alguns dos slides mostrados foram incluídos nesta transcrição. Subtítulos agregados pela editoria.
Rio, novembro/2014 - Antes de começar, quero advertir-lhes de que algumas coisas que ouvirão aqui poderão parecer ficção científica, mas lembrem-se de que a ficção de ontem é a realidade de hoje e, em alguns casos, nem mesmo os ficcionistas mais imaginativos conseguiram antecipar avanços tecnológicos como a internet.
O meu tema desta manhã é o novo paradigma científico que se apresenta como candidato a se impor nessa era de transformações rápidas que vivemos, em substituição ao existente, que já se mostra tão disfuncional como os outros paradigmas que temos discutido nestes dois dias do nosso foro, o político e o econômico, que também já não respondem às aspirações e necessidades da maior parte da humanidade.
Como, talvez, nem todos estejam familiarizados com o conceito de paradigma, uma explicação. Um paradigma é um padrão de crenças, um conjunto de parâmetros que orienta a nossa visão do mundo. Os encontramos em todas as áreas das atividades humanas – política, economia, ciência etc.
Na política, o paradigma prevalecente é o da democracia, que se baseia nos conceitos de uma pessoa, um voto, liberdade de organização política e partidária e possibilidade de alternância de poder. Na prática, como sabemos os mexicanos, brasileiros e outros povos, não funciona exatamente assim, mas o conceito é este.
Na ciência, o paradigma prevalecente se chama mecanicismo. Em linhas gerais, é uma visão que considera o Universo como um gigantesco mecanismo, como um relógio colossal, e todos os seus fenômenos, inclusive as formas de vida, como mecanismos menores. Este modelo se impôs a partir do século XVII, com as ideias de Francis Bacon, Galileu Galilei, René Descartes, Isaac Newton e outros, e substituiu a visão do mundo anterior, que favorecia uma concepção “orgânica” do Universo, considerando-o uma espécie de “organismo vivo” criado por Deus. Gradativamente, o mecanicismo se impôs, virtualmente, em todos os campos da ciência – física, química, biologia e, até mesmo, em áreas como a medicina e a psicologia.
Inicialmente, os mecanicistas mantiveram Deus, como o criador que dava corda ao relógio e se afastava da sua criação; depois, Deus foi, simplesmente, excluído do esquema, pelos mecanicistas posteriores, e o Universo ficou por conta das interações aleatórias dos seus elementos constituintes – ou seja, de um deus bastante caprichoso, o “Deus Acaso”.
O paradigma mecanicista se baseia no princípio do reducionismo, ou seja, ele supõe que o funcionamento do sistema estudado pode ser entendido se o sistema for reduzido às suas partes constituintes e estas partes forem estudadas e entendidas; a soma do entendimento das partes levaria ao entendimento do sistema integral. Esta abordagem funciona para fenômenos não muito complexos e, principalmente, para os sistemas tecnológicos, o que foi uma das razões pelas quais o mecanicismo ganhou tanta proeminência, nos últimos séculos. Atualmente, a grande maioria dos cientistas é mecanicista.
Um bom exemplo de aplicação do reducionismo pode ser visto nos badalados modelos climáticos computadorizados, usados para justificar a hipótese do aquecimento global supostamente causado pelas atividades humanas (antropogênico). Na Fig. 1, vemos um esquema de como funcionam esses modelos. Os climatologistas dividem a atmosfera da Terra em “caixas” de ar, cada uma com muitas centenas de quilômetros de comprimento, algumas centenas de quilômetros de largura e algumas dezenas de quilômetros de altura, e tentam estimar as trocas de energia entre as “caixas”, para detectar o que pensam ser a ação humana na dinâmica climática, que atribuem, principalmente, às emissões de carbono dos combustíveis fósseis – petróleo, gás natural e carvão mineral.
Fig. 1 – Diagrama conceitual de um modelo climático. |
Evidentemente, as coisas não são tão simples, pois, como se
pode ver na figura, cada “caixa” abarca áreas com muitas diferenças de relevo,
vegetação, cobertura de solo, corpos líquidos e muitos outros fatores que
afetam os fluxos de energia. Os resultados podem ser vistos na Fig. 2, que
mostra uma comparação dos resultados dos mais de 40 modelos climáticos
existentes, com as temperaturas atmosféricas registradas no período desde 1975
e projeções até 2025. Observem que nenhum deles conseguiu prever que, depois de
subirem desde 1975, as temperaturas estacionariam, a partir do final do século
passado. Isso sugere que a dinâmica do clima é complexa demais para ser
avaliada com o método reducionista – claramente, um novo enfoque é necessário.
De qualquer maneira, o sucesso do mecanicismo reducionista foi de tal ordem que, no final do século XIX, um cientista como o físico William Thompson, mais conhecido como Lorde Kelvin, chegou a dizer: “Já não há nada novo a ser descoberto na física. Tudo o que resta são medições cada vez mais precisas.”
Isso foi apenas alguns anos antes que a chamada Mecânica Quântica virasse todo o mundo da Física pelo avesso.
Apesar deste e de outros exemplos, a lição da humildade não foi aprendida. Quase um século depois, em 1997, o jornalista científico John Horgan escreveu um livro com o emblemático título de “O fim da ciência”, em que faz a seguinte afirmativa: “Se se acredita na ciência, deve-se aceitar a possibilidade de que a grande era dos descobrimentos científicos terminou. (…) As pesquisas adicionais podem não mais produzir grandes revelações ou revoluções, mas apenas resultados incrementais e decrescentes.”
Bem, parece que não é exatamente assim. Por exemplo, o genoma humano contém cerca de 20 mil genes, que são os modelos de “codificação” para todas as proteínas do corpo humano. O problema é que os genes “codificadores” são apenas 3%, sendo que as funções dos 97% restantes não são conhecidas.
Olhando para a Cosmologia, os astrofísicos estimam que somente 4% do Universo é constituído por energia e matéria como as conhecemos; o restante é representado por “energia escura” e “matéria escura”, de origem desconhecida.
Ou seja, ainda temos bastante o que descobrir e aprender sobre o nosso Universo e a vida.
As limitações do mecanicismo também se mostram em novas tecnologias, como um novo sistema de propulsão estudado pela NASA, que diz que ele pode gerar empuxo sem o uso de propelentes, para manobrar satélites em órbita (Fig. 3). Segundo uma reportagem publicada no sítio tecnológico Gizmag.com, em 2 de agosto último, o motor é capaz de captar a radiação de microondas cósmicas e transformar eletricidade em impulso mecânico. Não há detalhes, mas não creio que a NASA correria o risco de anunciar algo assim, se não fosse sério (Dario Borghino, “NASA says puzzling new space drive can generate thrust without propellant”, Gizmag.com, 2/08/2014).
Fig. 3 – Concepção artística de um satélite dotado do sistema de propulsão Cannae (NASA). |
Ou essa experiência, relatada pelo jornal Daily Mail, em 6 de setembro, com a manchete: “Cientistas afirmam êxito com ‘telepatia’ depois de enviar mensagem mental de uma pessoa a outra a 4 mil milhas de distância”. Trata-se de um estudo que foi publicado na revista PLOS One, que é uma revista científica das mais sérias. Os cientistas envolvidos estavam em Mumbai, na Índia, e Paris, e usaram audifones eletromagnéticos de alta tecnologia, conectados via internet. Um enviou uma saudação “telepática” ao outro, que informou ter registrado umas “manchas luminosas”, no mesmo instante.
Para explicar fenômenos como esses, se faz necessário um novo paradigma científico.
O paradigma “holístico/quântico”
O candidato mais qualificado para isso ainda não tem nome oficial. Alguns o chamam paradigma “holístico”, nome que vem do grego holos, que significa todo ou inteiro. Outros preferem chamá-lo paradigma “quântico”. Mas não nos preocupemos em batizá-lo e vejamos algumas das suas características fundamentais.
O paradigma holístico/quântico considera que todas as partes do Universo estão interconectadas entre si e, ao contrário do reducionismo, o sistema como um todo é quem determina o funcionamento das partes. Essa interconexão abrange até mesmo os processos vivos e conscientes, ou seja, inclusive a mente humana (ao contrário do que sugeria Descartes, que separava mente e matéria).
Nesse paradigma, o tecido fundamental do Universo é constituído por um oceano de energia pulsante, que os físicos chamam “campo do ponto zero” ou “vácuo quântico”. O nome vem do fato de que a sua energia continua se manifestando até mesmo na temperatura do zero absoluto (273oC negativos), quando a vibração dos átomos cessa e não há mais conversão de energia cinética em calor. Numerosas experiências têm demonstrado que, mesmo nesta condição, ainda existe uma energia fundamental, a “energia do ponto zero”.
Outro nome usado para qualificar o “campo do ponto zero” é o “éter”, conceito que não se assemelha ao éter luminífero passivo dos físicos do século XIX, que servia apenas como meio de propagação das radiações eletromagnéticas, como a luz, mas se parece mais com o “éter” ou “quintessência” dos indianos e gregos antigos, do qual também se originavam os elementos constituintes do Universo.
Toda a energia e a matéria do Universo provêm das “flutuações” dos fótons reais e virtuais do “campo do ponto zero”, assim como as forças fundamentais da natureza – eletromagnetismo, gravidade, energia nuclear fraca e energia nuclear forte.
Nessa concepção, a matéria não tem existência própria, mas é “energia condensada”.
No paradigma “holístico/quântico”, o Universo e seus fenômenos mostram características de “autoorganização”, e o Universo pode ser comparado a um holograma, em que todo o seu funcionamento se mostra em todos e cada um dos seus elementos.
Pioneiros do novo paradigma
Como o tempo disponível não permite um detalhamento maior e o objetivo é apenas apresentá-los a esses novos conceitos, vejamos alguns dos pioneiros dessa nova visão do Universo.
Talvez, o mais importante de todos seja o engenheiro e inventor sérvio-estadunidense Nikola Tesla (1856-1943), um dos maiores gênios da História da Humanidade, que, entre muitas outras coisas, inventou o sistema de geração de eletricidade em corrente alternada, responsável pela eletrificação do mundo em grande escala, a partir das primeiras décadas do século XX. Em experiências feitas já no final do século XIX, ele afirmava ter descoberto o que chamava “energia radiante” (o que hoje chamamos “energia do ponto zero”) e a possibilidade de extraí-la diretamente do “éter”. Infelizmente, todos os seus esforços de desenvolver esta linha de pesquisas esbarraram na incompreensão da maioria dos cientistas e pesquisadores da época e, até mesmo, na sabotagem deliberada de grandes financistas que investiam na exploração comercial da eletricidade, como John Pierpoint Morgan.
Outro pioneiro foi Thomas Henry Moray (1892-1974), um engenheiro elétrico estadunidense que levou décadas aperfeiçoando um processo de extração da “energia radiante”. Ele construiu um equipamento que gerava 55 quilowatts de eletricidade, aparentemente, a partir do nada, o qual foi examinado por vários engenheiros e cientistas, que não detectaram qualquer indício de fraude. Entretanto, assim como ocorreu com Tesla, ele sofreu todo tipo de oposição, inclusive, atentados contra a sua vida e a sua família, e morreu sem conseguir comercializar o seu invento.
Thomas Townsend Brown (1905-1985) foi um físico experimental estadunidense, que descobriu um vínculo entre o eletromagnetismo e a gravidade, um efeito “eletrogravitacional”. Em uma série de experiências, iniciadas ainda na década de 1920, ele observou que, quando se aplica uma voltagem alta (da ordem de dezenas de quilovolts para cima) a um corpo dielétrico (que se torna condutor a partir de uma certa voltagem), as cargas elétricas positivas se acumulam de um lado do corpo e as negativas, do lado oposto. Mas o mais interessante é que se observa um empuxo na direção das cargas positivas, capaz de movimentar o corpo. Uma de suas demonstrações foi feita em discos metálicos ligados a uma fonte elétrica superior a 100 kV, que giravam na direção das cargas positivas acumuladas em suas extremidades (Fig. 4). Segundo alguns autores, o superbombardeiro “invisível” Northrop B-2, da Força Aérea dos EUA, incorpora este princípio no seu sistema de propulsão, embora este fato tenha sido negado pelas autoridades militares estadunidenses.
Royal Raymond Rife (1888-1971) foi um engenheiro ótico estadunidense, que, na década de 1930, inventou um microscópio com resolução suficiente para identificar vírus causadores de certos tipos de câncer, façanha que, até hoje, é difícil, mesmo com os atuais microscópios eletrônicos. Além disto, ele e seus colaboradores descobriram que podiam reverter certos tipos de tumores cancerígenos com radiações eletromagnéticas. Como isto contrariava – e ainda contraria – a concepção da medicina sobre o câncer, ele foi acusado de charlatanismo, processado e perseguido, e sua linha de pesquisas, simplesmente, abandonada, em lugar de investigada de acordo com critérios científicos rigorosos.
Karl Pribram é um neurocientista austríaco, nascido em 1919, que emigrou para os EUA e, durante décadas, desenvolveu pesquisas sobre a memória. Uma de suas conclusões, feita após muitas experiências com ratos, foi a de que a memória não se situa totalmente no cérebro, encontrando-se espalhada em outros órgãos. Uma das possibilidades levantadas pelo seu trabalho é o de que pelo menos parte do processo da memória tenha algum vínculo com o “campo do ponto zero”. Imaginem as perspectivas que isto abriria para a neurologia e o tratamento de certas doenças cerebrais.
Outro pioneiro, que influenciou o trabalho de Pribram, é o físico estadunidense, depois radicado no Reino Unido, David Bohm (1917-1992), que Einstein considerava como um dos seus mais sucessores mais promissores. Além de aportar importantes contribuições à física dos plasmas, dos quais foi um dos primeiros a reconhecer características de autoorganização, criou o conceito da “ordem implícita”, da qual emergiriam os fenômenos “explícitos” da energia, matéria, espaço e tempo. Ele sintetizava assim o seu pensamento: “Em última análise, todo o Universo (com todas as suas ‘partículas’, inclusive as que constituem os seres humanos, seus laboratórios, instrumentos de observação etc.) tem que ser entendido como um todo indivisível, no qual a análise em partes existentes separadas e independentes não tem qualquer status fundamental.”
Harold Puthoff, físico estadunidense nascido em 1936, é um pioneiro que tem desenvolvido pesquisas, tanto sobre a fundamentação teórica do novo paradigma “holístico/quântico”, como sobre as suas aplicações, na física energética e no campo da consciência, na área da transmissão de pensamentos.
Evgeny Podkletnov é um físico russo nascido em 1955, que tem trabalhado em pesquisas numa área que parece ficção científica, a da anulação da gravidade, em que já obteve resultados bastante interessantes.
John Bedini é um engenheiro elétrico e empresário estadunidense, que, desde a década de 1980, tem construído numerosos modelos de geradores eletromagnéticos que, por incrível que pareça, produzem mais energia do que a utilizada para movimentá-los. Vocês dirão: e como fica a lei da conservação de energia, que impediria tal coisa? Pois este é um dos numerosos aspectos do conhecimento prevalecente que, provavelmente, terão que ser revistos com o advento do novo paradigma científico.
Finalmente, embora esta pequena lista indique apenas alguns dos pioneiros mais relevantes, vale citar o biólogo inglês Rupert Sheldrake, nascido em 1942 e autor da hipótese dos “campos morfogenéticos”, que orientariam a formação da matéria e dos sistemas biológicos. Ele tem sido um prolífico defensor do novo paradigma científico, ao qual tem dedicado vários livros.
Novas perspectivas científicas e tecnológicas
Algumas das promessas dos entendimentos proporcionados pelo novo paradigma já constituem realidade, para numerosos pesquisadores que têm estudado fenômenos conhecidos sob uma nova ótica. Na sismologia, uma grande atenção tem sido dada às pesquisas para a detecção antecipada de terremotos, envolvendo conceitos que vão além do entendimento dos terremotos como fenômenos estritamente mecânicos, provocados pelo alívio de tensões ao longo de certas estruturas geológicas. Em vários terremotos recentes, têm sido observadas emanações de radiações eletromagnéticas, nos dias anteriores a eles, que, futuramente, talvez, permitam que a sua ocorrência seja antecipada com certa precisão. Na Fig. 5, por exemplo, podemos observar padrões de emissão de radiações infravermelhas, antes do sismo, que ocorreu em 26 de janeiro de 2001. Observem que as radiações aumentaram e diminuíram, quase na véspera do terremoto, e ainda não se sabe explicar as causas exatas, mas o avanço das pesquisas oferece perspectivas bastante promissoras, que, talvez, venham a permitir futuramente uma considerável redução no número de vítimas dos terremotos.
Fig. 5 – Detecção de radiação infravermelha em imagens de satélite (dentro das elipses vermelhas), nos dias anteriores ao terremoto em Gujarat, Índia, ocorrido em 26 de janeiro de 2001. |
Na área da geração de energia, no Brasil, há uma empresa chamada Evoluções Energia ( http://energiauniversal.eco.br/ ), criada por dois técnicos de eletricidade, que inventaram e patentearam o que chamam “gerador captor de elétrons”. O aparelho já foi testado por engenheiros independentes e, em um dos testes, produziu 169 kW (797 A a 212 V), a partir de uma entrada de 1,65 kW (7,5 A a 220 V), aparentemente, sem qualquer truque, ou seja, um fator de eficiência superior a 100 vezes. Segundo eles, o aparelho é capaz de captar a “energia da Terra”, que, suspeito, tenha algo a ver com a energia do vácuo quântico. Esperemos que o gerador seja mesmo o que afirmam que é – apesar de, aparentemente, também contrariar a lei da conservação de energia – e possa vir a ser comercializado regularmente. Imaginem as perspectivas, para a geração de eletricidade para comunidades afastadas das grandes redes de distribuição de energia elétrica.
E para que vejam que essas considerações não são oriundas de mentes delirantes, apresento-lhes uma lista de potenciais aplicações da exploração das “tecnologias quânticas”, descritas por um analista estratégico estadunidense, de nome MK Matai, em um artigo publicado recentemente no sítio de investimentos inglês Market.Oracle.com.uk (7/10/2014):
relógios quânticos;
sensores quânticos;
componentes de precisão quânticos;
criptografia quântica;
telecomunicações quânticas;
computação quântica;
medicina quântica;
energia quântica.
Analistas de investimentos costumam ser pessoas bastante pragmáticas e, para que considerem oportunidades como essas, certamente, têm bons motivos.
Quanto às consequências gerais da “Revolução Holístico-Quântica” – ou outro nome que venha a receber -, não é difícil imaginá-las. O fato é que terá impactos tremendos em praticamente todas as áreas das atividades humanas, com destaque para a possibilidade de geração de eletricidade de uma forma praticamente ilimitada, superando, de vez, as restrições energéticas ao desenvolvimento de todos os povos e países.
Evidentemente, poderemos esperar um grande impacto geopolítico, na medida em que colocará em xeque a base econômica das grandes potências globais, especialmente, o controle que exercem sobre os fluxos energéticos e de matérias-primas.
Da mesma forma, a educação, em particular, terá que se reciclar bastante para fazer frente ao desafio de entender e traduzir o novo paradigma científico e sua revolução tecnológica, principalmente, aos jovens que viverão em meio a eles.
Aliás, os jovens terão um papel fundamental na emergência e na consolidação do novo paradigma, pois, como dizia o grande físico alemão Max Planck, um dos pioneiros da Física Quântica: “Uma verdade científica não triunfa porque convence os seus adversários e os faz ver a luz, mas porque os seus adversários morrem, paulatinamente, e surge uma nova geração familiarizada com a nova verdade.”
Para concluir, quero ressaltar que, para os países ibero-americanos, em particular, a “Revolução Holístico-Quântica” representa uma oportunidade histórica para que deixemos de largar atrás na corrida da evolução do conhecimento e possamos sair quase juntos com os centros mais avançados. De forma especial, este é um campo que oferece inúmeras oportunidades de cooperação entre países como o México, Brasil, Argentina e outros, que dispõem de centros avançados de pesquisas, pesquisadores e técnicos qualificados, em número suficiente para desenvolver quase todo tipo de pesquisas referentes ao novo paradigma científico. Portanto, tratemos de por as mãos à obra.
Bem-vindos à “Revolução Holístico-Quântica”!
Publicado originalmente em http://www.alerta.inf.br/um-novo-paradigma-cientifico-para-uma-era-de-transformacoes/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=um-novo-paradigma-cientifico-para-uma-era-de-transformacoes
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