sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Pecuária no alvo dos biodesagradáveis

Richard Jakubaszko
Recebo e-mail de Stefan Mihailov, presidente da Phibro Animal Health no Brasil, em que me enviou cópia de texto publicado no jornal O Globo, assinado pela (provavelmente) jornalista Ana Lucia Azevedo. Depois de ler o texto enviado por Stefan, fiquei matutando sobre as razões da coleguinha ter publicado tanta imbecilidade ambiental. Mais uma vez, tenta-se criminalizar a pecuária de corte pelas neuroses ambientais urbanas. Os urbanos consideram-se isentos de qualquer tipo de responsabilidade.

A colega deve ser do gênero vegetariana, metida a economista, sem deixar de ser biodesagradável, e chama a vaca brasileira de latifundiária, esquecendo que somos um país autossuficiente na produção de leite e carne, produtos que, por diversas vezes, há alguns anos, chegamos a importar para abastecer o mercado interno, e hoje em dia exportamos não apenas derivados do lácteo, mas somos líderes mundiais na exportação de carne.

Aqui no blog tenho um artigo, de 2009, publicado às vésperas da COP15 de Copenhague: http://richardjakubaszko.blogspot.com.br/2009/12/indefinicoes-da-ciencia-em-tempos-de.html 

No livro "CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?", eu e outros autores, desmentimos e ridicularizamos todas as acusações infantis denunciadas pela jornalista-vegetariana-economista, e recomendamos à senhora, ou moça, que leia o livro para não repetir de hoje em diante tanta impropriedade em tão reduzido espaço de jornal. A aquisição do livro (R$ 40,00 + taxa postal) pode ser feita apenas pelo e-mail co2clima@gmail.com ou pelo fone 11 3879.7099 com Cristiane.

Abaixo, as imbecilidades da vegetariana...
Para cada R$ 1 milhão de receita com pecuária extensiva, R$ 22 milhões de impacto ambiental.
Atividade gera desmatamento, gasta mais água e degrada solo por mais tempo
RIO - A latifundiária vaca brasileira traz custos ambientais que, se internalizados, tornariam a pecuária bovina inviável. Um estudo sobre os riscos de financiamento lista a criação de gado como um dos setores de maiores custos de capital natural, com impacto no desmatamento, na degradação do solo e na emissão de gases do efeito estufa — a flatulência bovina está entre as maiores fontes do mundo de metano, um potente gás-estufa.
Apresentado pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e pela Agência Alemã para a Cooperação Internacional (GIZ), o relatório “Exposição do Setor Financeiro ao Risco do Capital Natural” analisou 45 setores, incluindo agropecuária, petróleo e gás, cimento, energia, aço, florestas e produtos químicos. Ele recomenda aos bancos e fundos de pensão novas formas de avaliar o risco de investimentos.

Segundo o relatório, para cada R$ 1 milhão de receita da pecuária bovina, são gerados R$ 22 milhões de impactos ambientais, principalmente em desmatamento e emissão de gases-estufa. A presidente do CEBDS, Marina Grossi, explica que a proposta do estudo é orientar bancos e outras fontes financiadoras na hora de conceder empréstimos. Ela lembra que a resolução 4.327 do Banco Central, de 2014, determina a responsabilidade pelo risco ambiental tanto por quem pratica quanto por quem financia.

Segundo Marina, a pecuária de fronteiras, que abre caminho no cerrado e na Amazônia, é a de maior risco:
— A vaca latifundiária consome mais água, degrada o solo por mais tempo. Existe tecnologia para mudar isso e tornar a pecuária mais competitiva.

UM ANO PARA RECUPERAR SOLO
O gado destrói o solo bem mais do que parece à primeira vista. Ele não apenas come o capim: pisoteia e arranca a camada fértil da terra. Alcança áreas vulneráveis, como as margens e nascentes de rios, além daquelas de encosta, sujeitas a uma maior erosão. Por isso, projetos de recuperação não são triviais. Precisam se adequar ao bioma, à legislação de cada estado, ao tipo de solo, relevo e clima.
— O solo degradado já perdeu muito de sua capacidade produtiva. Leva pelo menos um ano para recuperar uma área. E é preciso saber que tipo de uso será melhor. Se for uma área plana e capaz de repor a fertilidade, pode ser empregada na integração pecuária-lavoura. Já margens de rios e topos de morro se adaptam mais à regeneração da vegetação nativa — diz Édson Bolfe, pesquisador da Embrapa Monitoramento por Satélite.
Se a ideia for recuperar a área para a pastagem, é preciso levar em conta variáveis como a chamada safra do pasto e o manejo genético do gado. E tratar o pasto como qualquer outra cultura.

— Ao mesmo tempo em que você recupera, precisa colocar mais cabeças de gado por hectare. Há tecnologia para isso. Com isso, você aumenta os ganhos e evita desmatar novas áreas — observa Bolfe.
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