domingo, 9 de julho de 2017

O ambientalista consciente

Richard Jakubaszko  
O Dr. Patrick Moore, que faz um notável depoimento no vídeo abaixo, foi fundador e o principal líder do Greenpeace nos anos 1980. Abandonou a entidade, no início dos anos 1990, desgostoso com o monstruoso apetite monetário que assolou os seus parceiros, ao mesmo tempo em que apoiavam de forma dramática a proibição dos gases CFC, depois aprovada pelo Protocolo de Montreal, em 1992.

No vídeo, Moore faz uma série de considerações sobre a mentira do século 21, especialmente sobre o CO2 , conforme também denuncio no livro "CO2 - aquecimento e mudanças climáticas, estão nos enganando?".
Leia, na parte abaixo do vídeo, meus comentários sobre a importância do CO2 , associado a ideias experimentais feitas pelos holandeses no início deste século.

COMENTÁRIOS DO BLOGUEIRO SOBRE O CO2:
Pois os holandeses, maiores produtores do mundo de flores em estufas, acreditando que CO2 é o gás da vida, e o mais importante alimento das plantas, adicionaram CO2 no interior das estufas. Levantaram a concentração do CO2 na atmosfera fechada (e controlada) dentro das estufas, de 350 ppm, para cerca de 700 e até 1.000 ppm (partes por milhão), ajudados por escapamentos de motores a combustão instalados ao lado das estufas, que jogavam fumaça para dentro das estufas.

Em poucas semanas os resultados apareceram: as tulipas cresciam mais rápido, e ficavam cerca de 20% maiores e mais bonitas, ou seja, tulipas exuberantes. Mas a experiência não deu certo, ou melhor, não trouxe os benefícios esperados, de se obter mais lucros, porque depois de colhidas não duravam nem 48 horas. Sofriam um estresse agudo (devido à mudança brusca de ambiente) e já chegavam às gôndolas dos supermercados e das floriculturas murchas, sem vida, e sem condições de serem vendidas aos consumidores.

Na razão direta da ideia dos holandeses, me ocorreu pesquisar na internet a causa de porque nos topos de morros e montanhas (Alpes, Andes etc.) não há quase vegetação, especialmente árvores, processo que é mais visível em montanhas com altitude superior a 2 mil metros em comparação ao nível do mar. Nessas altitudes a composição da atmosfera é diferente da existente ao nível do mar. Aqui em baixo, grosso modo, temos 78% de Nitrogênio e 21% de oxigênio. No total de 99% sobra 1% onde estão presentes todos os gases conhecidos, como Hélio, Hidrogênio, óxido Nitroso, Metano, Zircônio, mais um tanto de 20 outros gases, mais o abençoado CO2 , que corresponde a 0,035%, ou meros 350 ppm.

Já nas altitudes a presença de Nitrogênio e Oxigênio caem, sendo que o Oxigênio tem menos de 15%, por isso se chama de ar rarefeito, que deixa as pessoas e esportistas cansados quando estão por lá. Na verdade, nas altitudes há uma expansão dos gases, a troca de energia e calor tem pressão menor, e por isso o CO2 tem menor presença na composição da atmosfera, algo como 0,020% nas médias altitudes (3.000 metros) e menos ainda quanto mais alto for a montanha. Ocorre que as plantas precisam de um mínimo de 250 ppm para processarem o CO2 , ou seja, para fazer a fotossíntese, e nas altitudes não há CO2 suficiente para isso, portanto, essa é a razão de a vegetação ser rala nos topos de grandes montanhas.

Se considerarmos a Física como premissa de raciocínio, é só calcular o peso molecular do oxigênio ou do nitrogênio, muito mais leves do que o CO2. As medições citadas no parágrafo anterior são ao nível do mar. É por isso que 99,9% do CO2 encontra-se estocado em sedimentos marinhos, conforme tabela que publiquei na página 86 do livro "CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?". Tudo de acordo com o que está em http://www.physicalgeography.net/fundamentals/9r.html

Consequentemente, se a gente imaginar que essa utopia ambientalista de reduzir a emissão dos GEE fosse atingida, a composição da atmosfera no ambiente ao nível do mar provocaria quedas na presença de CO2 , e com isso inviabilizaria a agricultura em todo o mundo, aspecto que se reveste de uma enorme imbecilidade científica. Considere o leitor que a emissão total dos chamados GEE (200 bilhões de t/ano de CO2 equivalente), como CO2 , metano e óxido nitroso, é feita 97% pela natureza (proveniente dos mares, que correspondem a 71% da área do planeta, pelas florestas, e vulcões), enquanto que apenas 3% dos GEE são emitidos por todas as atividades humanas (como o dióxido de Carbono) expelido pelo automóveis, aviões e navios, pelas queimadas, pela criação de ruminantes, e até pela respiração humana.

Pergunto: como os ambientalistas do IPCC e os apoiadores do Acordo de Paris imaginam que os países irão "fazer esforços" para reduzir as emissões de GEE e mantermos um aquecimento inferior a 2ºC? Encontraram alguma fórmula mágica para controlar a natureza e proibir a emissão de CO2? Acreditam que a simples renovação da hipocrisia do Protocolo de Kiyoto vai alcançar este milagre? Ou depositam apenas fé inabalável nas tecnologias que pretendem vender aos países em desenvolvimento, a custos altíssimos, financiadas pelo mercado financeiro?

Na luta pelo poder político, e na busca insana do ganhar dinheiro a qualquer custo, a humanidade perdeu o pudor e enlouqueceu de vez.
.

2 comentários:

  1. Richard, parabéns pela divulgação dessa palestra. Meu pobre inglês não permitiu que eu captasse mais do que 50% da mensagem. Você consegue traduzir? Pelo que eu entendi está tudo errado, como aliás você atesta na sua brilhante publicação.
    Viacava

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Viacava,
      vc pode colocar legendas em português no vídeo. Clique na barra do vídeo, no retângulo, e vai aparecer uma ordem, tipo "exibir legenda". Clique nela. Vai aparecer legenda em inglês no vídeo. Então, clique na "roda dentada", ao lado do retângulo. Clique em legendas automáticas, e depois para traduzir para outro idioma, e então escolha na lista, correndo a barra de rolagem vertical, o português de Brasil... A tradução é um pouco melhor do que o nosso inglês macarrônico...
      abs
      Richard

      Excluir

Obrigado por participar, aguarde publicação de seu comentário.
Não publico ofensas pessoais e termos pejorativos. Não publico comentários de anônimos.
Registre seu nome na mensagem. Depois de digitar seu comentário clique na flechinha da janela "Comentar como", no "Selecionar perfil' e escolha "nome/URL"; na janela que vai abrir digite seu nome.
Se vc possui blog digite o endereço (link) completo na linha do URL, caso contrário deixe em branco.
Depois, clique em "publicar".
Se tiver gmail escolha "Google", pois o Google vai pedir a sua senha e autenticar o envio.