Em julho de 2017 proferi palestra de encerramento no XXVII Congresso Brasileiro de Zootecnia, realizado em Santos (SP), sobre o tema do livro "CO2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?".
Antes da palestra, os organizadores do congresso realizaram uma entrevista comigo, em que fiz uma sinopse dos temas a serem debatidos, e que está no vídeo abaixo: divirtam-se.
Caro Richard,
ResponderExcluirAssisti sua entrevista de abertura do XXVII Zootec, sobre CO2 e mudanças climáticas. Como sempre, sua visão e, mais do que isso, sua capacidade de síntese sobre os efeitos do CO2 para a humanidade, apresentando dados concretos em contraposição a dados incompletos, “esquenta” esse clima com maturidade. Mereceria e aqui vai minha sugestão, um convite da TV Cultura para tê-lo ao centro de um RODA VIVA.
Me lembro quando trafegava na via Dutra, anos 1980-84, durantes minhas idas a Ubatuba. Apreciava a linda e esplendorosa vegetação de arbustos no meio (passarela) dessa rodovia. Para essa vigorosa vegetação, uma sustentável explicação, à luz da fisiologia vegetal, é a maior concentração de CO2 disponível no local.
Na sua entrevista, você bem introduziu e enfatizou o fato de que plantas necessitam e se beneficiam do CO2 no processo de fotossíntese. Você bem lembrou e é importante nunca se esquecer de que nesse processo Biológico a matéria prima é CO2 e luz solar, produzindo =liberando O2 = oxigênio = essência da vida.
Vegetação é riqueza desta nação chamada Brasil, onde a luz solar não é só “nascente”, mas permanente. Daí o verde+amarelo que se juntam no elo, perfeito, sem preconceito nem defeito; unindo riqueza com natureza.
É bastante provável a noção e pré-calção, mais do que preocupação das nações situadas no Hemisfério Norte, sobre o fato de que a contestável emissão de CO2 os colocaram em zona confortável, ainda que mantendo-os em uma prosperidade instável. Sob clima temperado, metade do ano sob neve/gelo é impedimento na produção de alimento, demanda alto investimento em armazenamento. Nesse meio-ambiente, a agricultura é dependente de subsídio crescente. Sem vegetação, e sem área para expansão, resta produção agrícola no porão, onde a luz do "SOL NASCENTE" não se faz presente.
Mesmo com pouco e raro investimento em educação, ciência e tecnologia, em termos de produção de alimento, o Brasil está em constante aperfeiçoamento. Como vários outros setores da economia, o da agricultura é o que desperta mais atenção por ser eficiente competente, e sempre emergente . Não somos ciumentos, apenas temos, na agricultura, força e argumento para barrar qualquer impedimento do nosso crescimento.
No item produção de alimento, qualquer ação externa é fraca e incapaz de romper a nossa paz. A questão do CO2 é um ponto escolhido para esse confronto. A proposta de compra do perdão na emissão de CO2, em troca de “um troco” é tentar fazer o Brasil permanecer “oco”. Temos clima, recursos naturais, áreas agriculturáveis ainda exploráveis. Além disso, temos talento e criatividade propulsionados pelo pouco financiamento e muita dificuldade. Podemos em breve inverter a proposta do: “Em troca do meu conforto, aceite o meu troco"; “Permaneça oco, sem água no coco”. Para essa inversão, clamamos aos três poderes a compreensão e consciência de que: Sem ciência, mais dependência! Sem escola, mais esmola!
O Brasil foi e está desenhado pelo arquiteto Divino para se prosperar no talento por ELE concedido para a produção de alimento de modo irrestrito. Mesmo com pouco ou raro financiamento esse “mandamento” parece causar constrangimento aos que reduziram a menos de 1 % suas áreas de floresta temperada, restando-lhes o mal incurável da agricultura subsidiada.
Como diz o cantor Roberto Carlos, “Não finalizo, mas interrompo” esse texto, aproveito para mais um pensamento-questionamento: Como estão os resultados de pesquisa na prospecção e simulação de danos a serem advindos do aumento de CO2 na produção agrícola. Já se passaram mais de 5 anos que milhões de reais foram e certamente ainda estão sendo injetados nessa prospecção. Certamente alguns primeiros resultados merecem divulgação em revista técnica ao alcance do setor produtivo. A revista Agro DBO é consagrada e merece ser considerada.
José Alberto Caram de Souza-Dias (Eng. Agr. PhD)
Pesquisador Científico
APTA-Instituto Agronômico/Campinas
Boa tarde caro Richard.
ResponderExcluirMais um belo pão para os não biodesagradáveis.
Um pouquinho mais de estudo da realidade e não ao achismo será uma maravilha.
Espero que esses achologistas de hoje tenham vida curta nesses pensamentos para o bem de todos nós.
Abraço
Casale