Pela leitura on line dos principais jornais, a situação anda de mal a pior. Caminhamos a passos acelerados para o caos total, de forma irresponsável.
O governo Temer age como uma barata tonta, com declarações estapafúrdias de que vai prender os líderes da greve dos caminhoneiros, de que vai colocar o exército nas estradas, e de que entre os caminhoneiros há acusações de infiltrações no movimento, gente radical que impede a dispersão dos caminhões, desde que tiveram atendidas as reivindicações pelo governo federal, mas a greve vai se estendendo, e completamos o 8º dia de paralisação. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ver nota abaixo), na tentativa de defender seus associados, informa a mortandade de animais, especialmente aves, por fome, já que a ração não chega aos avicultores. Lá se foram mais de 70 milhões de aves, e há o perigo de se atingir 1 bilhão de galinhas nesse processo de bloqueio das estradas, e que já atinge níveis insuportáveis. Prejuízo de produtores rurais, de todos os tamanhos, que não serão jamais ressarcidos. Vai faltar carne de frango e ovos.
Os caminhoneiros até hoje tinham o apoio da população, inclusive de entidades associativas de todas as áreas atingidas, mas o movimento de greve derivou para um viés político com pitadas de radicalização insana. Aparentemente essa radicalização impede o fim da greve. Quem sabe o que está acontecendo? Sem informações reais, pois a mídia sonega a realidade, estamos em guerra, e nesta, como sabemos, a primeira vítima é a verdade. Os desencontros de notícias geram desinformação, e até mesmo a Polícia Rodoviária Federal se omite, simplesmente parou de registrar informações para a mídia.
O governo federal mostra toda a sua incompetência para gerir a crise, desde o início isso ficou evidente. Agora, politicamente, o governo Temer está de joelhos, nem o exército atendeu a ordem presidencial de intervir e liberar as estradas. O caos vai crescendo.
Levaremos semanas, ou meses, em alguns segmentos, para recolocar a vida em ordem. Prejuízos imensos, de produtores, cooperativas agrícolas, atacadistas, comércio em geral, postos de gasolina, prenunciando uma apoteótica quebradeira de muita gente. Na sequência, depois que a poeira abaixar, continuaremos com o desabastecimento, inflação com recessão, e mais crise econômica. Tudo isso em um ano eleitoral que se pronunciava tumultuado, e que promete muito mais emoções em termos de malvadezas. Os radicais, grevistas e não grevistas, já pedem ensandecidos intervenção militar, como se isso fosse resolver qualquer dos problemas em andamento ou os que estão a caminho.
Aturdidos, vários segmentes urbanos (universidades, escolas, correios) e mesmo de propriedades rurais começam a paralisar atividades, pela impossibilidade de reunir os trabalhadores nos seus locais de trabalho, devido à falta de combustíveis que sufoca o transporte público. Vai ser um trabalho hercúleo recompor a normalidade do país. E falta pouco para começarem os assaltos famélicos, espero que nem comecem, pois meu otimismo deseja acreditar que as fofocas midiatizadas de que o movimento dos caminhoneiros começa a arrefecer. Não sei, tenho dúvidas, e o caos está chegando...
Espero que o bom senso volte a prevalecer. Não há condições mínimas de a sociedade voltar à normalidade diante dos radicalismos e omissões. Os aproveitadores e oportunistas, tanto do ponto de vista político como econômico, começam a mostrar suas garras. O mercadismo não pode prevalecer sobre o bom senso.
Alguém aí deseja ver o Brasil normal e com o povo em paz? Mas, para onde querem levar o Brasil desta vez? Fora Temer, parece ser um bom começo... Logo estaremos gritando "Fora Maia", mas o Temer, nesse caso, já terá ido embora, levando com ele o tucano Pedro Parente, rolabosta causador dessa merda que presenciamos.
COMUNICADO DA ABPA
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informa que os bloqueios dos caminhoneiros seguem impedindo o fluxo de produtos, aves e ração para a avicultura e a suinocultura do Brasil.
Segundo levantamento feito pela entidade junto a seus associados, caminhões com rações, insumos para a produção da alimentação animal (como milho e soja) e outros produtos são impedidos de circular em mais de 300 pontos de 22 estados pelo País.
Além dos bloqueios, há relatos de ameaças a motoristas que querem deixar a paralisação.
A mortandade continua crescendo nos polos de produção pelo país. Desde o início da greve, são quase 70 milhões de aves mortas. Volumes próximos de 120 mil toneladas de carne de frango e de carne suína deixaram de ser exportados desde o início da greve.
Os animais mortos são colocados em composteiras nas próprias propriedades, mas o sistema já está no limite. O risco ambiental e de saúde pública é crescente.
Cerca de 1 bilhão de aves e 20 milhões de suínos ainda estão em risco de morte como consequência direta dos bloqueios.
Todos os esforços estão sendo realizados por avicultores, técnicos do setor, colaboradores da cadeia produtiva (inclusive motoristas que não concordam com a continuidade da greve) para diminuir os graves impactos causados pela paralisação. A situação é alarmante para todo o setor. A continuação dos bloqueios para produtos alimentícios rações e animais são um grave risco ao País e exigem uma ação forte e imediata do governo. Não é mais possível esperar.
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Fora Temer!!!
ResponderExcluirParabéns pro mais essa visão expressa com precisão.
ResponderExcluirRichard,
ResponderExcluirtoda crise tem em si uma oportunidade desfarcada...
SDS
Gerson
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Gabriel o pensador - PAGO
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Marcos Cintra A Verdade sobre o Imposto Único
Eficiência, comodismo, sonegação, obsolescência, interesses corporativos, cumulatividade
Fatos e mitos da reforma tributária no Brasil
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Bank transactions: pathway to the single tax ideal A modern tax technology; the Brazilian experience with a bank transactions tax (1993-2007)
Marcos Cintra Funda ¸c ~ao Getulio Vargas July 2009
-->https://mpra.ub.uni-muenchen.de/16710/1/MPRA_paper_16710.pdf
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