sábado, 21 de setembro de 2019
Água: quanto de mentira tem nessa falsa polêmica?
Richard Jakubaszko
É incrível a capacidade da mídia em replicar fake news, e depois colocam a culpa no Whatsapp...
No infográfico abaixo a Sabesp afirma que 1 kg de manteiga gasta 18 mil litros, e que 1 kg de carne consome 17 mil e 100 litros de água para serem produzidos. Daí que o site da Abril/Planeta Sustentável replica de forma acrítica a imbecilidade. Imbecilidade, aqui, empregada no sentido lato da palavra, que é um termo médico para indicar o adulto que tem o raciocínio emocional de uma criança de 10 anos.
Ora, o que importa isso? Revela, indiretamente, os grandes "gastadores" de água do planeta. Primeiro, não há coerência quando aponta que 1 litro de leite gasta 712,5 litros de água, e que 1kg de queijo gasta 5,289 litros de água. Ora, se manteiga e queijo são feitos de leite, e não entra água nessa produção, como é que existe essa diferença brutal? Ah! Sei, eles devem ter calculado a água da chuva...
Segundo, que a conta dessa pegada hídrica é uma lógica sem ciência. A Sabesp preconiza economia de água, porque pode faltar, é a ameaça embutida na mentira. Água não vai faltar, isso eles "esqueceram" de revelar. Pode faltar água tratada, para se tornar potável, este é o negócio da Sabesp, hoje uma empresa privada, com acionistas na Bolsa de Valores dos EUA, através de fundos de investimentos americanos.
Onde está o busílis? Esse está na mardita da estatística distorcida, pois quando se tortura a dita cuja ela confessa qualquer coisa, dependendo da análise do estatístico de plantão. Ou seja, tentam apontar os culpados pela "gastança de água", e descobrem a manteiga como a maior criminosa. Ocorre que, em números macros, apontados por um estudo tendencioso de uma universidade holandesa, o consumo de água em dois dos países mais secos do mundo (Israel e Espanha), indica que o consumo de água de um rio (é de lá que vem a água, né não?) é feito em 10% pela população (para comer, tomar banho, lavar roupa e a casa), 20% é feito pela indústria (lavagem de alimentos in natura, indústria de laticínios, conforme aponta o estudo da Sabesp etc.), e que 70% do consumo de água de um rio é feito pela irrigação na agricultura, a mais perdulária das ações humanas.
Ora, mas as cidades do mundo inteiro não nasceram à beira de rios? Por que a água é fundamental? Estão querendo mudar essa lógica de consumo?
Ao mesmo tempo, me diga o leitor: quanto você imagina que as cidades retiram de água de um rio, já que todos eles correm para o mar? Informo: entre 1% e 5% do total das águas de um rio são consumidas pelos urbanos nas cidades. Ou seja, de 95% a 99% das águas dos rios desaguam nos mares, e reiniciam o ciclo hidrológico. Então, estamos discutindo que gastar 70% de 1% é perdulário? Definitivamente, a ciência imbecilizou...
Assim, a "água que você não vê", é uma divulgação fake news da Sabesp, uma mensagem truncada pelo marketing enganoso de uma empresa produtora de água, mentira que é avalizada pela mídia acrítica ambientalista. Uma empresa que trata a água, numa cidade como São Paulo, e que deixa 40% dessa água perder-se por canos furados no centro velho da capital paulista. Isso sim, é desperdício. Essa empresa não merece o crédito de ninguém! Para reduzir essa perda, a Sabesp, toda noite, desde 2014, entre 24h00 e 06h00 fecha a água dos cidadãos que moram no centro velho de São Paulo, sei o que é isso, moro no Bixiga, atendido pelas águas do reservatório Cantareira, que anda com 50% do seu manancial, enquanto que as demais represas que atendem a capital estão com mais de 90% estocadas de água.
Sabesp, vocês querem parar de mentir? A água não vai acabar, o planeta Terra deveria se chamar planeta Água, pois 71% da superfície do planeta é coberta por água. E água, principal meio de vida da humanidade, segue seu ciclo hidrológico, é 3 em 1, é líquida, ou sólida, ou gasosa. Recicla-se permanentemente. E a Sabesp passa a ideia de que água vai acabar, é finita, e que os seres humanos são perdulários, gastam água demais pra fazer manteiga. Acho que é para vender mais caro a água que eles tratam, ou não?
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É incrível a capacidade da mídia em replicar fake news, e depois colocam a culpa no Whatsapp...
No infográfico abaixo a Sabesp afirma que 1 kg de manteiga gasta 18 mil litros, e que 1 kg de carne consome 17 mil e 100 litros de água para serem produzidos. Daí que o site da Abril/Planeta Sustentável replica de forma acrítica a imbecilidade. Imbecilidade, aqui, empregada no sentido lato da palavra, que é um termo médico para indicar o adulto que tem o raciocínio emocional de uma criança de 10 anos.
Ora, o que importa isso? Revela, indiretamente, os grandes "gastadores" de água do planeta. Primeiro, não há coerência quando aponta que 1 litro de leite gasta 712,5 litros de água, e que 1kg de queijo gasta 5,289 litros de água. Ora, se manteiga e queijo são feitos de leite, e não entra água nessa produção, como é que existe essa diferença brutal? Ah! Sei, eles devem ter calculado a água da chuva...
Segundo, que a conta dessa pegada hídrica é uma lógica sem ciência. A Sabesp preconiza economia de água, porque pode faltar, é a ameaça embutida na mentira. Água não vai faltar, isso eles "esqueceram" de revelar. Pode faltar água tratada, para se tornar potável, este é o negócio da Sabesp, hoje uma empresa privada, com acionistas na Bolsa de Valores dos EUA, através de fundos de investimentos americanos.
Onde está o busílis? Esse está na mardita da estatística distorcida, pois quando se tortura a dita cuja ela confessa qualquer coisa, dependendo da análise do estatístico de plantão. Ou seja, tentam apontar os culpados pela "gastança de água", e descobrem a manteiga como a maior criminosa. Ocorre que, em números macros, apontados por um estudo tendencioso de uma universidade holandesa, o consumo de água em dois dos países mais secos do mundo (Israel e Espanha), indica que o consumo de água de um rio (é de lá que vem a água, né não?) é feito em 10% pela população (para comer, tomar banho, lavar roupa e a casa), 20% é feito pela indústria (lavagem de alimentos in natura, indústria de laticínios, conforme aponta o estudo da Sabesp etc.), e que 70% do consumo de água de um rio é feito pela irrigação na agricultura, a mais perdulária das ações humanas.
Ora, mas as cidades do mundo inteiro não nasceram à beira de rios? Por que a água é fundamental? Estão querendo mudar essa lógica de consumo?
Ao mesmo tempo, me diga o leitor: quanto você imagina que as cidades retiram de água de um rio, já que todos eles correm para o mar? Informo: entre 1% e 5% do total das águas de um rio são consumidas pelos urbanos nas cidades. Ou seja, de 95% a 99% das águas dos rios desaguam nos mares, e reiniciam o ciclo hidrológico. Então, estamos discutindo que gastar 70% de 1% é perdulário? Definitivamente, a ciência imbecilizou...
Assim, a "água que você não vê", é uma divulgação fake news da Sabesp, uma mensagem truncada pelo marketing enganoso de uma empresa produtora de água, mentira que é avalizada pela mídia acrítica ambientalista. Uma empresa que trata a água, numa cidade como São Paulo, e que deixa 40% dessa água perder-se por canos furados no centro velho da capital paulista. Isso sim, é desperdício. Essa empresa não merece o crédito de ninguém! Para reduzir essa perda, a Sabesp, toda noite, desde 2014, entre 24h00 e 06h00 fecha a água dos cidadãos que moram no centro velho de São Paulo, sei o que é isso, moro no Bixiga, atendido pelas águas do reservatório Cantareira, que anda com 50% do seu manancial, enquanto que as demais represas que atendem a capital estão com mais de 90% estocadas de água.
Sabesp, vocês querem parar de mentir? A água não vai acabar, o planeta Terra deveria se chamar planeta Água, pois 71% da superfície do planeta é coberta por água. E água, principal meio de vida da humanidade, segue seu ciclo hidrológico, é 3 em 1, é líquida, ou sólida, ou gasosa. Recicla-se permanentemente. E a Sabesp passa a ideia de que água vai acabar, é finita, e que os seres humanos são perdulários, gastam água demais pra fazer manteiga. Acho que é para vender mais caro a água que eles tratam, ou não?
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Um comentário:
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Brilhante avaliação. Esta verdade precisa ser espalhada, pois esta fakenews dos fabulosos consumos de água tem sido ensinada nas escolas.
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