terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Atirando estrelas ao mar

Richard Jakubaszko

Atirando estrelas ao mar

Era uma vez um escritor que morava em uma praia tranquila, próximo a uma colônia de pescadores.
Todas as manhãs ele caminhava à beira do mar para se exercitar, e, à tarde, ficava em casa escrevendo.
Certo dia, caminhando pela praia, viu um vulto ao longe que parecia dançar.

Ao chegar perto, reparou que se tratava de um jovem que recolhia estrelas-do-mar da areia, para, uma a uma, jogá-las de volta ao oceano, para além de onde as ondas quebravam.

"Por que você está fazendo isto?", perguntou o escritor.

"Você não vê?", explicou o jovem, que alegremente continuava a apanhar e jogar as estrelas ao mar.
"A maré está vazando e o sol está brilhando forte... Elas irão ressecar e morrer se ficarem aqui na areia."

O escritor espantou-se com a resposta e disse com paciência: "Meu jovem, existem milhares de estrelas-do-mar espalhadas pela praia. Você joga algumas poucas de volta ao oceano, mas a maioria vai perecer de qualquer jeito. De que adianta tanto esforço, se não vai fazer diferença?"
O jovem se abaixou e apanhou mais uma estrela na praia, sorriu para o escritor e disse:
"Para esta aqui faz....", e jogou-a de volta ao mar.

Naquela tarde o escritor não conseguiu escrever, nem sequer dormir à noite. Pela manhã, voltou à praia, procurou o jovem, uniu-se a ele, e, juntos, começaram a jogar estrelas-do-mar de volta ao mar.

Reflexões:
1. Quando foi a última vez que você jogou estrelas ao mar? Alguém já lhe ajudou a jogá-las?
2. E quantas vezes você ajudou alguém a jogá-las?
3. Quantas vezes você parou de jogar estrelas de volta, porque alguém lhe disse que não adianta, não tem jeito mesmo?
4. Você já se sentiu como uma estrela-do-mar, lançada de volta ao mar, salva por alguém?
5. Depois de ser atirado ao mar, como uma estrela, você lembrou-se de agradecer? Ainda há condições de agradecer?

Façamos do nosso mundo um lugar melhor.
Façamos a diferença!
.

Um comentário:

  1. Ana Maria de Castro, São Paulo2 de janeiro de 2013 às 00:15

    Bonita e edificante história.
    Se todos fossem assim, o mundo seria outro.
    Ana

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