Não há bom senso. Não existem lideranças políticas para dar um basta nas imbecilidades que circulam e são divulgadas justamente pela grande mídia, onde deveria haver informação, debate, mas notícia e debate fundamentado, e isso não há.
Lojas Americanas pagará R$ 250 mil por trabalho escravo
Cinco bolivianos foram flagrados em condições precárias em uma oficina clandestina de costura, na cidade de Americana (SP).
02 de outubro de 2013
Ricardo Brandt - Agência Estado
http://economia.estadao.com.br/noticias/negocios-comercio,lojas-americanas-pagara-r-250-mil-por-trabalho-escravo,166288,0.htm
Segundo a nota divulgada pelo MPT, o TAC indica que a Lojas Americanas terá que "verificar se a empresa contratada é constituída como pessoa jurídica e se os seus empregados estão devidamente registrados em carteira de trabalho, mediante vistorias e solicitação de documentos". ONGs no páreo
Já a revista Exame, porta-voz do empresariado brasileiro, aceita o lixo da “sugestão de pauta” emitida por uma ONG estrangeira, que pretende incentivar os consumidores a não comprar produtos da Coca Cola e da Pepsi Cola, porque essas empresas "supostamente apoiam usineiros acusados de grileiros".
Coca e Pepsi ignoram roubo de terras no Brasil, diz Oxfam.
Segundo a ONG, as empresas que mais compram açúcar não impedem que pequenos agricultores tenham as terras roubadas para aumentar o cultivo de cana deve ser adotado antes de a empresa efetuar os pedidos de compra.
Londres - As empresas que mais compram açúcar, como Coca-Cola e PepsiCola, ignoram os roubos de terras de pequenos lavradores por parte de grandes plantadores de cana, denuncia nesta quarta-feira a Oxfam.
A ONG internacional divulgou em Londres o relatório "Não há nada de doce nisto: como o açúcar alimenta o roubo de terras", que conclui que "os grandes nomes da indústria de alimentos e bebidas não faz o suficiente para impedir que gente pobre tenha suas terras e casas roubadas para aumentar o cultivo" de cana-de-açúcar.
Oxfam cita casos de terras roubadas nos estados de Pernambuco e Mato Grosso do Sul. Em Pernambuco, a Oxfam denuncia que 53 famílias que viviam nas ilhas do estuário de Sirinhaem foram expulsas em 2002, "após décadas de pressão intermitente da Usina Trapiche, uma empresa que fornece açúcar à Coca-Cola e à PepsiCola".
"Todos precisam assegurar que o que consumimos não contribui para que os mais vulneráveis sejam retirados de suas terras sem consentimento e sem indenização. As grandes corporações devem garantir que seus produtos não estejam manchados por estes escândalos que ocorrem em lugares remotos...", disse o diretor-executivo da Oxfam, Mark Goldring.
“Associated British Foods, Coca-Cola e PepsiCola estão entre os maiores compradores e produtores de açúcar e têm uma posição privilegiada para acabar com as apropriações de terra garantindo que o açúcar que utilizam não vêm de terras adquiridas contra a vontade da comunidade".
Segundo dados proporcionados pela Oxfam, a produção de açúcar cresceu 25% em 2020. Em 2012, foram produzidas 176 milhões de toneladas de açúcar, com a metade sendo destinada à indústria de comidas e bebidas.
Aqui no blog reproduzi recentemente artigo do jornalista Mauro Santayana
http://richardjakubaszko.blogspot.com.br/2013/09/a-justica-e-infraestrutura.html
onde ele vitupera contra a ação indevida da Justiça e dos procuradores, impedindo o desenvolvimento do País:
“É preciso arranjar uma forma de a justiça se pronunciar, definitivamente, a propósito da construção de grandes projetos, antes do início das obras, e não quando já estão em andamento.”
A constante interrupção - por longos períodos e por repetidas vezes - de obras tocadas pelo Governo Federal ou pelos estados, que são fundamentais para o desenvolvimento nacional, é o principal fator de insegurança, hoje, para os investidores.
Ainda anteontem, o Tribunal Regional Federal da Primeira Região determinou a suspensão imediata da construção da hidrelétrica de Teles Pires, ameaçando o consórcio responsável de multa de 500.000 reais por dia, em caso de desobediência.
Essa decisão – alega-se agressão à natureza e à cultura indígena – deveria ter sido tomada antes que fossem investidos os quatro bilhões de reais gastos até agora.
O que o consórcio vai fazer? Demitir os 6.000 trabalhadores que contratou, treinou, instalou no meio da selva, para recontratar depois outros quando a liminar for cassada?
Aí, quando a obra termina, com o dobro de tempo esperado e duas ou três vezes o custo inicialmente previsto, muita gente vai para a internet – uns por desinformação, e outros por má fé mesmo – para colocar, a torto e a direito, a culpa na corrupção e no ‘desgoverno’.”
COMENTÁRIOS ADICIONAIS DO BLOGUEIRO
Tem alguma coisa muito errada com os brasileiros. A imbecilidade se generaliza, como se pode depreender pelas notícias acima publicadas. Falta bom senso para frear essas imbecilidades? Ou isso seria um dos efeitos colaterais da nossa democracia claudicante, temperada pela falta de cultura política do povo? O tema é abrangente, suscita centenas de argumentos contrários ou a favor. Entretanto, a meu ver, demonstra que a humanidade chegou num ponto em que a diversidade de opiniões e interesses, estimulada por necessidades difusas, chegou a uma encruzilhada. Ou pega uma estrada para ir em frente, ou vai para o precipício, hipóteses mais provável diante do crescimento demográfico.
Entendo que foram proféticas as palavras de Pulitzer: "Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta, formará um público tão vil como ela mesma."
Joseph Pulitzer
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Nelson Rodrigues disse:
ResponderExcluirUma mídia obtusa e um leitor obtuso justificam um ao outro e mutuamente se absolvem.