Não se
conhecem as razões que levaram o Vaticano a aderir à causa ambientalista. A
chantagem de Al Gore, com a promessa de conversão ao catolicismo, certamente
não foi a motivação principal. É provável que conquistar novos adeptos de fé no
catolicismo tenha sido uma das mais importantes intenções de o Papa Francisco publicar
a Encíclica esta semana, pois a Igreja Católica Apostólica Romana tem perdido
fiéis para outros ramos do cristianismo. Aderir ao ambientalismo traria
simpatias. Entretanto, não vejo com bons olhos essa tomada de posição da Igreja, mesmo
sendo um praticante de fé católica. Até porque, somos todos ambientalistas.Como profissional de comunicação, entretanto, me preocupa a "leitura" que será feita da Encíclica pela mídia, e de como está sendo divulgada, distorcendo o apelo papal ao bom senso, fazendo parecer que o Papa e o Vaticano aderiram à causa dos que divulgam o aquecimento e as mudanças climáticas. Na verdade, escritas de próprio punho, as palavras do Papa Francisco são sábias, serenas, e de uma clareza "franciscana", como se costuma dizer. O Papa Francisco critica o mau uso dos recursos naturais, a poluição irresponsável, a agressão que se faz à natureza, o consumismo, a exacerbada exploração financeira de tudo o que diga respeito ao meio ambiente, como os créditos de carbomo, e até mesmo recomenda uma menor velocidade do crescimento social e econômico do planeta. Talvez, aqui, o perigo esteja presente.
Estudo o assunto há mais de 8 anos, e não tenho receios de afirmar que o aquecimento e as mudanças climáticas são a grande mentira do século XXI, conforme registro em meu livro “CO2, aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?”, a sair de gráfica em julho próximo, e o fato de o Papa Francisco abençoar a questão ambientalista dará ânimo redobrado aos adeptos do aquecimentismo.
Haverá um estupro da humanidade no futuro breve, e prevejo a exacerbação do assunto, da seguinte forma:
O principal problema da humanidade é o excesso populacional. Todos os pontos críticos decorrem dessa premissa. Todavia, o expressivo crescimento demográfico nunca é colocado em debate público. O Vaticano nega-se a apoiar medidas que incentivem a redução da velocidade desse crescimento. As guerras, a fome e as doenças das populações mais pobres e desassistidas, em maior amplitude do que já existem hoje, permitirão uma população inferior a 6 bilhões de pessoas ao final do século XXI.
Do ponto de vista humano, de fé, de ideais protecionistas da natureza, a Encíclica de Francisco é perfeita e irretocável, digna do representante de Deus entre nós. Do ponto de vista político a Encíclica é um desastre, porque terá distorções no seu uso e na sua divulgação, e provocará um tsunami planetário, um estupro político inevitável da humanidade.
Prezado Richard: Uma reflexão que pode ser feita como contraponto dessa escolha de "menos presença humana" é o Manifesto Ecomodernista (http://www.ecomodernism.org/manifesto/ ). Vale a pena a leitura.
ResponderExcluirUm abraço, Milton Rego
Richard,
ResponderExcluirnão entendi, se a enciclica é boa, como vc escreve, qual o pecado político do papa?
Pedroso
RESPOSTA DO BLOGUEIRO:
Em minha opinião, ao aderir à causa ambientalista, fora da seara religiosa, indiretamente, o Papa Francisco endossa a causa ambientalista. Em si, é uma boa causa, o problema está na demonização do CO2 e dos chamados (injustamente) GEE - gases de efeito estufa, pois aí há interesses comerciais e políticos. O Papa nada falou de GEE, mas a leitura ambientalista já abraçou a ideia, porque é conveniência deles.
Mas os detalhes e as razões você poderá conhecer ao ler o meu livro, porque é uma tramoia de cachorro grande.