quarta-feira, 14 de outubro de 2015

A Justiça Divina tarda, mas não falha.

Richard Jakubaszko
A Justiça Divina tarda, mas não falha. Parafraseio o radialista Mendes Ribeiro, em sua mais famosa locução, para dividir com os bataticultores, pesquisadores e amigos, a alegria do amigo José Alberto Caram de Souza Dias, do IAC/Campinas. Eis que ele me enviou, duas horas atrás, o e-mail abaixo, por si só explicativo.

Caro Richard
É com enorme alegria que lhe escrevo para informar que Comissão do Prêmio José de Castro, do CONSEA-SP, classificou a Tecnologia do Broto/Batata-semente em 1° lugar, na categoria de Pesquisa Científica. Prêmio relacionado com Segurança Alimentar e Redução de Desnutrição (combate a fome, gerando renda, sem grandes investimentos).

Você está sendo o primeiro amigo (conhecedor dessa tecnologia) a saber desse resultado.

Richard, por favor, veja que haverá um Cerimonial de Premiação na manhã do dia 16 (próxima sexta-feira). Por favor, se você puder estar presente para prestigiar esse momento, ficarei ainda mais feliz.

Estou preparando (reduzindo o texto – que serviu de base para concorrer a esse Prêmio) para lhe submeter à publicação na sua revista Agro DBO.

Essa premiação vem num momento em que os pesquisadores científicos, dos institutos de pesquisa do Estado de São Paulo, são considerados 50% a 70% inferiores (em teremos de salário) aos professores de universidades desse mesmo Estado. A qualificação e avaliação (a cada 4 anos pela Comissão Permanente de Regime de Tempo Integral) têm revelado que somos e exercemos atividades correlatas (iguais, senão a mais).

Essa premiação chega também no momento preciso e precioso, para reforçar a importância das pesquisas científicas, desenvolvidas e transferidas de forma a contribuir não apenas com o agroeconômico, mas também com o social e ambiental. Demonstra a importância da persistência na ciência. A primeira publicação que fiz sobre os trabalhos de pesquisa relacionada com a Tecnologia do Broto/Batata-semente datam de 1985 (30 anos – Souza-Dias & Costa, 1985. Summa Phytopathologica, 11(1):52-54)

Aproveito para anexar também o pôster que apresentei este ano no Congresso de Proteção de Plantas em Berlim, Alemanha (23 a 30 de Agosto 2015), sobre avanços em direção ao nosso pioneirismo na movimentação (importação – exportação) de “broto”, sem os tubérculos, para servirem como renovação de estoques básicos de batata-semente (livres de vírus). Menos frete internacional e maior segurança (proteção) vegetal (menos risco de movimentar pragas do solo – presentes na epiderme e polpa de tubérculos/batata-semente).

Agradeço sua atenção e amizade.
Abraço
Caram

José Alberto Caram de Souza Dias (Eng. Agr. PhD)
Pesquisador Científico - Virologista
APTA/IAC – CPD Fitossanidade
Campinas, SP


COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO: *
Caram, repetindo o que disse a você, há alguns anos: quando os demais humanos nos ignoram em alguma coisa que tenhamos feito ou criado, não nos desesperemos. Quando nos troçam ou tentam nos humilhar, não devemos dar bola. Quando nos combatem, é porque ganhamos. E você, hoje, ganhou, meu amigo, parabéns.
* Adaptação de um pensamento de Mahatma Ghandi.
.

Um comentário:

  1. Jose Alberto Caram de Souza Dias14 de outubro de 2015 às 16:58

    Caro Richard
    Muitíssimo obrigado!
    Se for possível, coloque também na sua Revista Agro DBO (Tecnologia, produção e mercado). Atingirá na veia, dos cérebros pequenos, de muita gente que não acredita na Pesquisa-científica, geradora de Tecnologias aplicáveis, criadoras de benefícios econômicos, sociais, ambientais.
    O Prêmio "Josué de Castro" outorgado à Tecnologia do Broto/Batata-semente (tema de várias matérias de edições passadas da AGRO DBO) revela de forma explícita que Institutos de Pesquisa do Estado de São Paulo não são geradores de despesas, mas sim de lucros; não devem ser colocados no item: "gastos", mas "ganhos", "retorno", "receitas"!
    Comunicar a você, em primeira mão, sobre a conquista desse prêmio foi um acerto, não na veia, mas na alma de um jornalista com espírito aberto para análise crítica, discussão produtiva, e divulgação ampla.
    No Agro-jornalismo, você se destaca como sendo "o Cara"!
    Abraço
    Caram

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