terça-feira, 25 de abril de 2017

Desvendando 4 mitos de quem não acredita em mudanças climáticas.

Richard Jakubaszko
Reproduzo abaixo matéria publicada dia 24 de abril último no Uol/Folha de São Paulo, editoria de Ciência, a respeito das mudanças climáticas e o aquecimento. Trata-se de matéria escrita por uma jornalista alemã, ativista de questões ambientais, e que o Uol reproduziu sem observar qualquer senso crítico, seja do ponto de vista do bom senso, seja do ponto de vista jornalístico, pois é texto de uma pessoa engajada na causa ambientalista, portanto, parcial, sem qualquer valor científico, e que apresenta argumentos não científicos, ou seja, meras desculpas esfarrapadas, desconsiderando inúmeras evidências já colocadas por cientistas céticos do aquecimento.

No texto abaixo, em preto, é o que foi publicado no Uol/Folha de São Paulo, e nos intervalos faço comentários grafados em vermelho, sobre cada uma das distorções ou mentiras apresentadas pela jornalista alemã, engajada e ambientalista.

Desvendando 4 mitos de quem não acredita em mudanças climáticas.
Ines Eisele
24-abril-2017

Muitos dizem que as mudanças climáticas são uma mentira. Mas seus argumentos são pseudocientíficos e sem fundamento. A DW elenca algumas das principais alegações e mostra por quê elas são falsas. A mudança climática não é apenas uma questão de acreditar ou não: sobre o tema, há pesquisas e fatos. Portanto, é hora de examinar as afirmações dos céticos - e mostra por que elas estão erradas.

1 – Se o aquecimento global é real, por que estamos vivendo invernos com recorde de frio? Por que 1998 foi muito mais quente do que a maioria dos anos seguintes? Por que a superfície congelada no Hemisfério Sul está aumentando? O planeta não deveria estar ficando mais quente?
Comentário do blogueiro: 1998 foi o último ano mais quente nas últimas 3 décadas, isso já está provado. Depois, dados manipulados, como o da Universidade de East Anglia (Inglaterra), trataram de alterar os dados, tornando 2013 mais quente, depois 2014, 2015 e agora 2016, como os anos mais quentes desde 1880. A própria jornalista, mais adiante, se contradiz no texto.

 
Sim, os fenômenos são reais. É errado, porém, considerá-los uma prova contra o aquecimento global. Isso porque as temperaturas globais não aumentam de forma linear e uniforme: alguns invernos no hemisfério norte, como no ano 2009/2010 foram particularmente frios, e outros mais quentes. Muitos fatores influenciam o clima: extraterrestres e terrestres, naturais ou antropogênicos (causados pelas atividades humanas), que interagem uns com os outros.


Comentário do blogueiro: O fator que mais influencia o clima na Terra é o Sol. E o Sol não apresentou variações, as chamadas explosões, nos últimos 50 anos. O fator terrestre que mais influencia o clima são os oceanos, que representam 71% da superfície do planeta. Se 2009/2010 foram "particularmente frios", como afirma a jornalista no texto, o que dizer de 2017, nesta primavera no Hemisfério Norte, onde o frio tem sido lascado nesses últimos dias, com várias tempestades de neve atípicas para o período? De novo, são as mudanças climáticas? Ora, mudanças climáticas também esfriam? Mas então, como podem também aquecer? Saiba, senhora jornalista alemã, que o CO2 não influencia o clima, nem localmente, nem globalmente.

Por exemplo, há o El Niño, um fenômeno climático que, nos últimos anos, causou frequentemente altas temperaturas. Além de causar inundações em certas partes do mundo e secas em outras, o El Niño acarreta também temperaturas recordes temporárias – como no ano de 1998.

Comentário do blogueiro: como vemos, a jornalista "admite" que 1998, um ano de El Niño muito forte, foi o ano mais quente. De outro lado, o fenômeno do El Niño tem sido estudado pelo físico e climatologista Luiz Carlos Molion, coautor de vários capítulos em meu livro "CO2 aquecimentos e mudanças climáticas: estão nos enganando?". Aqui no blog Molion já publicou estudo sobre o que parece ser a maior influência causadora do El Niño. Ou seja, o El Niño não é consequência de mudanças climáticas, como insinuam os ambientalistas. Leia em https://richardjakubaszko.blogspot.com.br/2016/07/afinal-qual-e-causa-do-el-nino.html
 
A extensão da cobertura de gelo na Antártida aumenta, enquanto no Ártico acontece exatamente o oposto. A principal razão é que a Antártida é afetada de forma diferente, em comparação com o Ártico, por ventos e correntes marítimas que protegem a região contra muitas influências climáticas. Portanto, o caso especial da Antártida não coloca em xeque o aquecimento global.

Comentário do blogueiro: é que o aquecimento da jornalista parece ser "seletivo". Aquece no Ártico, mas esfria e congela na Antártida... Como se no Norte não ocorressem também correntes marítimas, coitados...
 

Apesar de todas as variações, observa-se, desde o início das medições sistemáticas, em 1880, um aumento das temperaturas médias da atmosfera terrestre e do mar. O ano de 2016 foi o mais quente desde 1880, sendo que o segundo e o terceiro mais quentes foram 2015 e 2014. Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a temperatura global média aumentou em 0,85 graus Celsius de 1880 a 2012. Cada uma das últimas três décadas foi mais quente do que todas as anteriores desde 1850. 
Comentário do blogueiro: não falei? Apareceu aí o ano (2016) "mais quente" depois de 1880, mas depois disseram que foi o ano 2015 e depois 2014, mas lá em cima ela disse que foi 1998...

2 – A mudança climática é um processo natural e não causado pelo homem. As emissões de CO2 pelos humanos são pequenas demais para influenciar o clima.

Sim, é verdade. O clima está mudando desde que a Terra existe. No decurso de milhões de anos, os períodos frios e quentes sempre se alternam – um processo natural. A natureza tem também sua parcela nas mudanças climáticas desde a industrialização, ou seja, no aumento da temperatura global, aquecimento dos oceanos e aumento dos gases de efeito estufa na atmosfera. 
Comentário do blogueiro: ué, deu um ataque de honestidade na jornalista? Ou ela se confundiu?

Mas a mudança climática dos últimos 50 a 150 anos ocorre muito mais rápido do que quaisquer outras fases de aquecimentos conhecidas na história recente do nosso planeta. Em seu último relatório de 2013, o IPCC considera como "muito provável" que a influência humana é a principal causa do aquecimento desde a metade do século 20.
Comentário do blogueiro: gosto muito dessa afirmação do IPCC, a de que é "muito provável" que a influência humana seja a principal causa do aquecimento desde a metade do século 20. É o ápice do politicamente correto. Agora, o gráfico abaixo, produzido pela Nasa, desmente essa mentira do IPCC, porque os anos 1950 (no pós-II Guerra) foram o maior boom de industrialização do planeta, com aumento consequente da poluição e de emissão do CO2, mas a temperatura caiu... A queda da temperatura, na mesma razão, reduz as emissões de CO2 por parte da natureza. A natureza emite 97% dos chamados GEE - Gases de Efeito Estufa, enquanto a ação antropogênica é responsável por apenas 3% das emissões de CO2 equivalente, especialmente ele, além de metano. Um vulcão, como o Etna, em atividade por uma semana, emite mais CO2 (além de metano e enxofre) do que 5 anos de queimadas na Amazônia, ou 10 anos de emissões de veículos e indústrias em uma cidade como São Paulo. Mas, analise o gráfico da Nasa, logo abaixo:
 

O aumento da liberação de gases de efeito estufa como o dióxido de carbono e metano pelo homem levou a uma concentração de gases na atmosfera que não ocorria desde 800 mil anos atrás. Segundo o IPCC, desde 1750, a concentração de CO2 aumentou 40% e, de metano, 150%. É verdade que o CO2 também é liberado por vulcões e está contido no mar, no ar, em plantas e em regiões permafrost (solo encontrado na região do Ártico). Mas a natureza absorve o CO2 que ela libera, gerando, assim, um equilíbrio. No entanto, as emissões adicionais dos seres humanos não podem ser totalmente absorvidas: elas são "em excesso" e acabam na atmosfera terrestre. Este processo se torna ainda mais significativo, por exemplo, devido ao desmatamento de florestas e o degelo das regiões permafrost.
Comentário do blogueiro: de onde foi que essa jornalista engajada retirou essa informação de que "as emissões adicionais dos seres humanos não podem ser totalmente absorvidas"? Elas são em excesso? E acabam na atmosfera terrestre? Pois a tabela abaixo, desmente cabalmente a mentira, os maiores depósitos de carbono no planeta estão nos oceanos, vejam lá (observem que há fonte científica bibliográfica, o "The Carbon Cycle":



Cerca de 97% de todos os pesquisadores sobre o clima estão certos de que as atividades humanas influenciam a mudança climática. Portanto, pode-se falar de um consenso científico. De acordo com estudos, os 3% dos cientistas que negam o aquecimento global antropogênico – quer dizer, causados pelo homem – são, muitas vezes, menos especializados na área. Eles vêm geralmente de observatórios conservadores como o Instituto Cato, que é financiado, entre outros, pela Volkswagen e empresas de energia.
Comentário do blogueiro: a jornalista alemã, agora, pisou no tomate. Diz que 97% dos cientistas pesquisadores do clima estão certos de que as atividades humanas influenciam a mudança climática. É mentira deslavada isso! Se ela tomou por referência os 2.500 cientistas que foram signatários do Relatório IV do Clima, emitido pelo IPCC em fevereiro de 2007, está errada. Como afirmo em meu livro, já citado, entre os 2.500 "cientistas" de então havia até técnico administrativo da Sabesp, do Brasil, e profissionais de diversas áreas, como físicos, médicos, biólogos, agrônomos etc., mas climatologistas mesmo, não chegavam a 3% do total de 2.500 cientistas. Destes, procurem a relação atual em www.ipcc.org que vocês não vão encontrar nem 500 remanescentes. Isto porque cerca de 2.000 cientistas renomados pediram formalmente a retirada de seus nomes como signatários daquele relatório. Alguns, mais renomados, como Richard Lindzen, do MIT, tiveram que acionar a justiça, pois o IPCC se recusava a retirar seus nomes da lista, mas depois tiveram que obedecer a ordem judicial. Os cientistas que assim fizeram, fica óbvio, foi por não concordarem com os argumentos apresentados pelo IPCC. De outro lado, mostra que a ciência não tem consenso, pois consenso é coisa de acordo entre políticos ou empresários, ou jornalistas engajados.

3 – Se não conseguimos prever com exatidão como será o tempo amanhã, como podemos antever o clima daqui a 100 anos?

Quem não conhece essa situação: a previsão era de um fim de semana com muito sol, mas, no final das contas, ele foi chuvoso. Em princípio, as previsões meteorológicas são diferentes dos modelos climáticos. O tempo é referente a um período mais curto, caótico e influenciado por muitos fatores. Por outro lado, o clima é referente a um prazo mais longo, e eventos caóticos são estatisticamente equilibrados.

Portanto, reconhecer uma tendência climática ao longo de várias décadas – no caso de um aumento de temperatura causada por gases de efeito estufa – é mais fácil do que prever o tempo com precisão de horas. Segundo o IPCC, a confiabilidade das previsões climáticas nos últimos anos melhorou significativamente. Muitos modelos climáticos foram desenvolvidos e são capazes de fazer uma simulação mais completa.

Comentário do blogueiro: os modelos climáticos desenvolvidos são viciados e tendenciosos, diria mesmo desonestos. Se não se consegue prever o tempo para mais de uma semana ou um mês, como "adivinhar" o clima para 30 ou 50 anos a frente? Com planilhas é possível, basta acrescentar mais emissão de CO2, e a variável de quanto mais CO2, mais quente vai ficar...

4 – Ok, então a temperatura está aumentando em todo o mundo em apenas alguns graus Celsius. Isso é realmente tão ruim? Afinal, a Terra já lidou com muitas mudanças. Dois ou três graus a mais não parece muito.

Algumas pessoas acham até melhor ter mais verão e menos inverno. Mas esses graus Celsius de diferença podem ter consequências extremas para o clima global. De acordo com o IPCC, sem uma proteção ambiciosa do clima, a temperatura média global poderia subir 5,4 graus até o final do século 21 em comparação ao período pré-industrial. Isso significaria mais eventos climáticos extremos, como secas e precipitações intensas.

Comentário do blogueiro: o esperto pilantra Al Gore, que ganhou até Oscar e Nobel pelas mentiras ditas, não acredita na elevação dos mares. Procure no Google pela mansão dele na Califórnia, Salsalito, fica à beira mar, custou US$ 27 milhões e foi comprada em 2010, depois das mentiras inconvenientes...

Assim, as geleiras continuariam a derreter, o nível do mar subiria e muitas regiões habitadas pelos humanos seriam inundadas. Os oceanos se tornariam mais quentes e ácidos, e a flora e fauna sofreriam. A Terra é um sistema flexível. No passado, ela e seus habitantes já tiveram que se adaptar a notórias mudanças. Mas a capacidade de mudar também tem seus limites: a mudança climática antropogênica é muito mais rápida do que a capacidade de adaptação da natureza a essas alterações causadas pelos homens.
Comentário do blogueiro: os oceanos são alcalinos, com 7,8 a 8,3 de pH.
Independentemente disso, porque é que nos anos 1970 a turma mais antiga do IPCC dizia que o planeta iria congelar? Depois, nos anos 1990 criaram o "aquecimento". O congelamento gerou 4 capas na revista Time nos anos 1970, vejam:

O fato de a jornalista ter escrito esse monte de asneiras é possível de entender. Ou é uma crédula ambientalista, ou foi paga para contar essas mentiras, a serviço de interesses escusos e inconfessáveis, conforme denuncio em meu livro. Mas o que não é possível aceitar é o Uol/Folha de São Paulo dar espaço a essas mentiras. Quando lancei o livro, em agosto de 2015, o jornal publicou uma única notinha de meia dúzia de linhas, e nada mais saiu. Os escribas e editores de ciência do Uol/FSP são engajados na causa ambiental, enganam os leitores, dibulgam desgraças para ajudar a vender jornal.
Por último, e muito importante: a autora não desvendou nenhum mito daqueles que não acreditam em mudanças climáticas, como promete no título. Mas eu desafio a autora, e aos jornais, especialmente os editores de Ciência, a me apresentarem uma mísera prova científica de que as mudanças climáticas vão aquecer o planeta. Só uma.
E tem mais, nem precisa tentar comprovar que as mudanças climáticas são de causa antropogênica, basta provar que elas existem. Alguns tentaram provar, e quebraram a cara, pois as causas apontadas são essas que a mídia propaga, sem nenhuma base científica. São milenarismos.

Veja o artigo original em https://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2017/04/24/quatro-alegacoes-falsas-de-ceticos-do-clima.htm?cmpid=copiaecola

Um comentário:

  1. As idiotices da jornalista são maiores... "Portanto, o caso especial da Antártida não coloca em xeque o aquecimento global." Se cerca de 25 a 30% do hemisfério sul congela e é considerado caso particular, não sei mais o que é caso geral. Ademais, Ártico congela e descongela muito. Seus ciclos já são bem conhecidos pelos militares dos EUA e Rússia há décadas e nada tem que ver com o AGA. O caso é que as temperaturas pararam de subir em 1998, como era esperado, e o tal CO2 só sobe. Neste ponto crucial é que a hipótese fraudulenta de que CO2 controla as temperaturas foi derrubada (não só por esse, mas muitos outros mais). Em se tratando de "consenso", Legates, Soon e Briggs, 2013, derrubaram levantamento de Bedford e Cook, de 2013 também. Ao se avaliar 11.944 artigos científicos, apenas 0,37% deles puseram a mão no fogo em dizer que foi o Homem o responsável pela suposta subida de 0,7ºC da temperatura média global. Ao se somar os incertos, sem posição (66,0%), supostos (24,3%) e os que rejeitaram, a soma chegou a 99,63%.Assim, usemos a frase de John Michael Crichton (1942-2008) "Os maiores cientistas da História são grandes precisamente porque romperam com o consenso. Não existe tal coisa como a Ciência Consenso. Se é Ciência, não é consenso. Se é consenso, não é Ciência." (Aliens Cause Global Warming, 17/01/2003). Assim, tudo não passa de uma articulação política, pois é isto que trata o tal consenso. E para terminar, adoraria aceitar financiamento para as minhas pesquisas de climatologia, já que tenho que usar parte do próprio salário para fazê-las, o que será bem difícil atualmente.

    Ricardo Augusto Felicio
    Prof. Dr. Climatologia

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