sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O homem com 30 segundos de memória

Richard Jakubaszko
Um homem sem memória, sem passado e sem futuro. Clive Wearing é um músico inglês, maestro, e que em 1985 contraiu encefalite por herpes. A partir daí perdeu toda sua memória do passado, exceto a música, pois é capaz de tocar piano, ler partituras ou reger um coral com as mesmas habilidades de antes. Clive é incapaz sequer de lembrar da esposa, mas a cada "reencontro" (depois de poucos minutos sem vê-la) ele a cumprimenta com enorme carinho, demonstrando uma autêntica saudade, com manifestações efusivas da alegria de seus sentimentos.
O vídeo abaixo é de uma reportagem da BBC, apenas em inglês, sem legendas, e que capturei no Youtube, mas mesmo para os que nada entendem do idioma bretão dá para perceber a exótica situação de Clive e esposa.
Os médicos possuem apenas suposições, pois a doença é raríssima.



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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

SOS aos cientistas pesquisadores

Richard Jakubaszko
SOS aos cientistas pesquisadores

• • • – – – • • • (sinais em código Morse)

dit dit dit dah dah dah dit dit dit (som)
(SOS = Salvem nossas almas)

Há uma guerra se desenrolando em frente aos nossos olhos. Diante da febre ambientalista que invade permissivamente a vida de todos os seres do planeta, independentemente de serem urbanos ou do campo, impõe-se que os cientistas e pesquisadores tragam respostas concretas às indagações dos céticos sobre a propalada culpa antropogênica em causar as anunciadas ameaças de mudanças climáticas.
 
Temos manifestado nossas preocupações de preservação ambiental aqui nas páginas da DBO Agrotecnologia e também neste blog, mas insistimos em afirmar que há uma falaciosa campanha internacional, de conotação catastrofista, colocando culpa nos chamados gases de efeito estufa (GEE), quando se sabe que, especialmente o CO2, é o gás da vida, o alimento das plantas, e sem o qual não haveria fotossíntese.

Há uma guerra em andamento. Uma guerra midiática, que se apóia nas afirmações feitas através do relatório do IPCC (International Panel Climatic Changes), de onde se originou essa autêntica paranóia ambientalista, e que empurra a humanidade para a implantação de legislações tão anacrônicas como desnecessárias, que trarão um engessamento das atividades produtivas, especialmente da agropecuária, de consequências imprevisíveis.

Felizmente, as opiniões não são unânimes entre os cientistas. Há dissidentes. De um lado, vemos em Durban, África do Sul, a ministra Izabela Teixeira (Meio Ambiente) que discursou na 17ª Conferência do Clima da ONU (COP-17). Afirmou pela primeira vez, de forma clara, que o Brasil aceita um acordo global com força de lei em que se tenham metas obrigatórias de corte de emissão de gases de efeito estufa para entrar em vigor logo após 2020.

Ora, é a força de uma Lei Internacional. Obrigatoriedades de cumprimento desses compromissos, com aplicação de sanções e multas? Só se houver um governo internacional. Talvez seja esse o caminho desejado e buscado por lideranças dos ambientalistas internacionais, a existência de governos internacionais, onde a soberania de cada país desapareça nesse setor. E o setor ambiental seria o precursor dessa nova forma de “globalização”.

Assim, pelo caminhar dessa carruagem, teríamos a paralisação progressiva das atividades produtivas. Quem se habilita a iniciar esse processo de redução de atividades? Os produtores rurais ou as indústrias de transformação? Ou os urbanos donos de possantes e poluidores automóveis, onde se locomovem, em média, de 1,2 pessoas por veículo, sem considerar os transportes coletivos?

Analisando a questão com olhos céticos e realistas, o que a ciência possui como unânime, exceto os ambientalistas que fingem não ver, é que o CHONSP é uma sigla representada por 6 elementos, que são essenciais à vida, e que são: Carbono, Hidrogênio, Oxigênio, Nitrogênio, Enxofre e Fósforo.

A atmosfera terrestre é composta dos seguintes elementos:
Nitrogênio (N2) = 78,09%
Oxigênio (O2) = 20,95%
Dióxido de carbono (CO2) = 0,035%
Demais elementos = (menos de 1% do total), Hélio (He), Metano (CH4), Monóxido de carbono (CO), Oxido nitroso (N2O), Ozônio (O3), Amônia (NH3), Dióxido de nitrogênio (NO2), Xenônio (0,00001%), Dióxido de enxofre (0,2 pb), Neônio (0,0018%), Criptônio (0,0001%) e Argônio (0,093%).

Alguém acredita que 0,035% de alguma coisa possa mudar o todo? Nós não acreditamos. Dois séculos atrás, antes da era industrial, a concentração de CO2 na atmosfera era de 0,029%, cresceu, portanto, 20% com toda a atividade do uso de combustíveis fósseis.

Adicionalmente registramos que, das 600 bilhões de toneladas de CO2 emitidas anualmente na atmosfera, 97% são emissões da natureza, via vulcões, matéria orgânica (florestas e solos) em degradação, mares etc. E apenas 3% dessas emissões são de origem antropogênica (automóveis, indústrias, queimadas, arrozais chineses, lixões urbanos, flatulências bovinas e humanas, respiração humana etc.).

Entretanto, a gente só percebe cientistas aplaudindo a lenga-lenga ambientalista de que teremos mudanças climáticas, até porque antes era o aquecimento, mas agora mudaram o discurso, porque foram contestados.

Os cientistas perderam o senso crítico?
Os cientistas não contestam mais o que seus pares afirmam?
Os cientistas não mais debatem?

Antes que tenhamos uma ditadura ambientalista, antes que tenhamos governos internacionais, é tempo de cientistas pesquisarem, debaterem e criticarem as falsas afirmações da catástrofe de aquecimento e de mudanças climáticas anunciadas com interesses comerciais pela indústria nuclear e por interesses difusos de idealistas sem causa.

SOS, senhores cientistas!
Contestem a grande mentira do século XXI.

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Alguém acredita que
0,035% de alguma coisa
possa mudar o todo?

Nós não acreditamos.
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Publicado originalmente na
revista DBO Agrotecnologia 33,
edição NOV/DEZ/2011, 
em Marketing da Terra.
Obrigatória a citação da fonte.
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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O secretismo americano (Secrecy)

Richard Jakubaszko
Verdadeiramente impactante o documentário que me foi enviado por Gerson Machado. Demonstra, em pouco mais de uma hora, a forma que o governo dos EUA "se protege", através de uma legislação anacrônica, de ações e cobranças da sociedade e da imprensa, para esconder erros inescrupulosos e ações criminosas, sob o manto do segredo de estado, por afetar a Segurança Nacional. 
O vídeo é legendado em português, vale a pena ser visto.

"Em apenas um ano, os Estados Unidos classificaram cinco vezes mais documentos secretos do que os que foram adicionadas à Biblioteca do Congresso. Vivemos num mundo em que a produção de conhecimento secreto eclipsa a produção de conhecimento livre. Dependendo da pessoa a quem se pergunta, o secretismo do governo, especialmente o americano, é a chave para a vitória, na nossa luta contra o terrorismo, ou o nosso calcanhar de Aquiles. Mas será que tanto secretismo é algo mau?
O secretismo salva; Agentes secretos de combate ao terrorismo lembram com fúria como um artigo de jornal que descrevia as capacidades da NSA, levou à perda de informação que poderia ter evitado a morte de 241 soldados num atentado à bomba perpetrado por terroristas em Beirute, no final de Outubro de 1983. O secretismo protege a proliferação perversa de armas nucleares e a disseminação de armas biológicas e químicas. O secretismo é importantíssimo para a nossa capacidade de condução de uma guerra eficaz contra o terrorismo."

 
"O secretismo corrompe; Desde o rapto e deportação ilegal de pessoas de outros países, às escutas sem mandato e a Abu Ghraib, soubemos que, por debaixo do véu da classificação de segredo de estado, até mesmo os nossos líderes podem ceder a impulsos perigosos. O secretismo, progressivamente, tem ocultado a política nacional, obstruído a coordenação entre agências, inflacionado orçamentos e obscurecido acordos; o secretismo lança no obscurantismo o nosso sistema de justiça e destabiliza o equilíbrio de poderes entre o executivo e os restantes setores governamentais.
Este filme fala do vasto mundo invisível do secretismo do governo dos EUA. Debruçando-se sobre segredos classificados, a capacidade do governo em retirar informação do escrutínio público, caso coloque a segurança nacional em risco, "Secretismo" explora as tensões entre a nossa segurança enquanto nação e a nossa capacidade de funcionar como uma democracia."

"Tudo que o homem não conhece não existe para ele. Por isso o mundo tem, para cada um, o tamanho que abrange o seu conhecimento."
(Carlos Bernardo González Pecotche)
"Um povo ignorante é um instrumento cego da sua própria destruição."
(Simón Bolivar)



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sábado, 24 de dezembro de 2011

Como seria o Natal digital...

Richard Jakubaszko
Uma agência de comunicação criou um vídeo sobre como seria o nascimento de Jesus em plena era digital. Deu nesse vídeo aí embaixo, criativo, enviado pela Silvia Nishikawa, lá de São Gotardo, MG.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Jornal Nacional: notícias requentadas II

Richard Jakubaszko
A propósito do post de 6 de dezembro, sob o mesmo título acima (ver no link a seguir: http://richardjakubaszko.blogspot.com/2011/12/jornal-nacional-noticias-requentadas.html ), o visitante deste blog pode ler no artigo abaixo, do médico toxicologista Prof. Dr. Ângelo Zanaga Trapé (e que é ex-colaborador da Anvisa), considerações interessantes sobre a tal pesquisa da ANVISA, de 2010:

Os Resultados do PARA e Segurança Alimentar: Contribuição da Ciência e da Toxicologia para sua interpretação e compreensão:

Prof. Dr. Angelo Zanaga Trapé
Coordenador da Área de Saúde Ambiental
Coordenador do Programa de Monitoramento de Populações Expostas a Agrotóxicos
Departamento de Saúde Coletiva Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp


Em Dezembro de 2011 a ANVISA, divulgou os resultados do PARA, Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos. Na divulgação feita em rede nacional pela mídia a ANVISA informou que foram realizadas análises em 2488 amostras de diversos produtos da hortifruticultura para variados ingredientes ativos (i.as.) que compõem os agrotóxicos.
Do total das amostras analisadas, segundo a ANVISA, 28%, ou seja, 694 apresentaram-se insatisfatórias, sendo o pimentão o principal alimento com maior índice de amostras insatisfatórias, perto de 91%.
Para entendermos o significado do parâmetro “insatisfatório” da agência e podermos interpretar os resultados de maneira científica é preciso que a base da avaliação seja a metodologia científica em Toxicologia (disciplina da Ciência que estuda os efeitos dos agentes químicos em geral  nos seres vivos).
A metodologia em Toxicologia tem como princípio básico para qualquer substância química (medicamentos, produtos industriais, metais pesados, agrotóxicos), a relação DOSE=RESPOSTA, ou seja, para haver uma resposta nos organismos vivos, seja ela benéfica ou não, é necessário haver a absorção de uma dose capaz de determinar alguma alteração do organismo, boa ou ruim.
A Toxicologia moderna ainda mantém o ensinamento de Paracelsus, médico belga que iniciou os conhecimentos científicos nessa disciplina há mais de 500 anos: “A dose faz o remédio, a dose faz o veneno”. Portanto, não é qualquer dose ou resíduo de uma substância química, no caso os agrotóxicos, que pode ser capaz de determinar alterações prejudiciais nos seres humanos seja de curto , médio ou longo prazo. A Clínica e a Epidemiologia em Toxicologia nos ensinam isto.
No caso dos alimentos, as agências internacionais que regulam níveis de resíduos de substâncias químicas em alimentos ingeridos “In natura”, ou processados, estabelecem há muitas décadas valores, níveis aceitáveis dessas substâncias (conservantes, corantes, realçadores de sabor, agrotóxicos) sem causar danos à saúde humana pelo consumo cotidiano desses alimentos durante a vida.
Para os  alimentos analisados pelo PARA, o parâmetro que deve ser respeitado pela agência reguladora ANVISA, para que uma amostra seja “satisfatória” ou “ insatisfatória” deve ser o Limite Máximo de Resíduos (LMR) de ingredientes ativos (i. as.) em um determinado alimento, abaixo dos quais não há preocupação em termos de saúde pública.
Voltando aos resultados do PARA de 2010, temos que 28% das amostras, ou seja, 694 foram consideradas “insatisfatórias” pela agência, porém quando analisamos cientificamente os dados vemos que, deste total, somente 42  ou 1,7% das 2488 amostras tinham algum resíduo acima do parâmetro aceito internacionalmente, o limite máximo de resíduo, LMR. A maior parte, 605 amostras, ou 24,3% eram detecções de i.as. não registrados para aquela cultura, mas com registro para outras culturas no país.
Avaliando os alimentos realçados pela agência e pela mídia, como os mais “contaminados” temos o seguinte:
1º) Pimentão - segundo ANVISA, 91% de 146 amostras “insatisfatórias”, porém 84,9%  com detecção de i.as. não registrados para a cultura, mas abaixo dos LMRs. Amostras com detecção acima do LMR = 0,00% segundo o relatório da ANVISA
2º) Morango - segundo ANVISA, 64,3% de 112 amostras “insatisfatórias”, porém 51,8% com detecção de i.as. não registrados  para a cultura, mas abaixo dos LMRs. Amostras com detecção acima do LMR = 3, ou 2,7% segundo o relatório da ANVISA.
3º) Pepino - segundo a ANVISA, 57,4% de 136 amostras “insatisfatórias”, porém 55,9% com detecção de i.as. não registrados para a cultura, mas abaixo dos LMRs. Amostras com detecção acima dos LMRs- 2 ou 1,5%
4º) Alface - segundo a ANVISA, 54,2% de 131 amostras “insatisfatórias, porém 51,9% com detecção de i.as. não registrados para a cultura mas baixo dos LMRs. Amostras com detecção acima dos LMRs = 0,00%.
5º) Cenoura - segundo a ANVISA, 49,6% de 141 amostras “insatisfatórias”, porém 48,9% com detecção de i.as. não registrados para a cultura, mas abaixo dos LMRs. Amostras com detecção acima dos LMRs = 0,00%
Este problema é fitossanitário, de extensão de uso de um agrotóxico de uma cultura para outra(s) e não de saúde pública, pois o parâmetro que deveria ser respeitado pelo órgão regulador, o LMR não foi ultrapassado. Mesmo nos casos de culturas onde ocorreu detecção de resíduos acima dos LMRs pelo relatório, os valores são muito baixos e têm como unidades de valor miligramas do i.a., por quilo do alimento. Do ponto de vista de saúde, à luz do método em Toxicologia, principalmente DOSE=RESPOSTA, os valores são muito baixos, não indicando riscos para a população consumidora desses alimentos em curto, médio ou longo prazo.
Como conclusão, fazendo uma leitura dos resultados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos - PARA, da ANVISA, com base na metodologia científica que deve sustentar qualquer  estudo, relatório, norma ou portaria, principalmente de uma agência reguladora nacional, podemos dizer que os alimentos analisados em 2010 mostraram uma adequada segurança química, indicando à população brasileira tranquilidade para o consumo desses  alimentos. 
COMENTÁRIOS ADICIONAIS DO BLOGUEIRO:
Registro abaixo, porque muito relevante, que inúmeros profissionais ligados ao setor sentiram-se preocupados e até mesmo indignados com a divulgação deturpada dos dados da pesquisa, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com visível preocupação alarmista e panfletária.
A publicação do material provoca descontentamento no setor produtivo, que afirma que os níveis de resíduos de agrotóxicos nos alimentos estão abaixo dos índices internacionais. Abaixo algumas dessas manifestações:

Anita de Souza Dias Gutierrez, responsável pelo Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp:
“A Ceagesp realiza estudo semelhante ao da Anvisa anualmente. Em 450 amostras monitoradas, é semelhante, mas com outro posicionamento. Eu não sei se a Anvisa acredita que o terrorismo alimentar vai resolver alguma coisa. Na prática, ela pune todos os produtores. Quando publica isso desta maneira, sem apontar discussão ou a verdadeira causa, ela está destruindo 20 mil produtores.”.

Leonardo Vicente da Silva, coordenador setorial de Controle de Agrotóxicos da Secretaria de Estado de Agricultura do Rio de Janeiro:
“Nos dias seguintes ao anúncio do PARA, houve forte retração nos preços pagos ao produtor. Uma caixa de pimentão que custava R$ 20, está sendo vendida por R$ 3, quando só a caixa de madeira que conserva o produto custa R$ 2,50”.

José Robson Coringa Bezerra, presidente da Câmara Federal de Hortaliças:
“O grave da pesquisa não é o índice de contaminação, considerado baixo pelos especialistas. O registro de produtos que devem ser utilizados tem que ser feito, porque os produtores usam produtos registrados em outras culturas. E estas culturas, principalmente do pimentão, não têm registro.”

Angelo Zanaga Trapé, médico toxicologista / UNICAMP:
“A maneira como os dados foram divulgados foi equivocada. Em 30 anos de experiência, nunca recebi um paciente contaminado por agrotóxicos. Apesar de existir a presença da substância nas amostras, menos de 2% ficaram acima do índice tolerado. Se analisarmos cientificamente os dados que o programa da Anvisa apresenta, 98,3% das amostras, de 2,48 mil, indicam valores abaixo de um parâmetro aceito em nível mundial. Isso indica que a população está segura em termos de alimentação com esses produtos.”

Ossir Gorenstein, engenheiro agrônomo responsável pelo Centro de Qualidade Hortigrajeira, da CEAGESP:
“Na ausência de uma autoridade sanitária que exerça o papel de informar e esclarecer a população sobre os reais perigos dos agrotóxicos, principalmente nos alimentos,  urge que alguém com algum conhecimento do problema o faça, para não se sentir omisso e conivente com a mentira. A desinformação tem o propósito de transformar uma questão normativa, ou legal, em um falso drama epidemiológico (...) As considerações são necessárias para que não passem, como verdades, falácias lançadas em uma luta política, e para que cidadãos possam melhor se esclarecer a respeito do real perigo representado pelos agrotóxicos para a nossa saúde.”

Mariliza Scarelli Soranz, presidente da Associação Hortifrutiflores de Jarinu, SP, e diretora do Instituto Brasileiro de Frutas, IBRAF:
“A divulgação e as reportagens equivocadas prejudicam o segmento e deixam os produtores extremamente desmotivados a permanecerem na agricultura, pela baixíssima demanda desses alimentos. A sociedade também sofre as consequências, pois a agropecuária é um forte eixo de sustentação da economia do país.”

Ronaldo Tofanin, produtor de pimentão/fornecedor do Ceagesp/Campinas:
“Depois das reportagens sobre a pesquisa da Anvisa, a caixa do pimentão, que estava a um preço médio de R$15 a R$18, caiu para R$8. E, mesmo assim, ninguém quer comprar mais. Das 50 caixas por dia que eu levava ao Ceagesp de Campinas, voltaram 30 na última quarta-feira”.
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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Bebês lindos e pensantes...

Richard Jakubaszko
As fotos abaixo circulam rápido pela blogosfera, provocando sorrisos e suspiros, estão sempre acompanhadas de  "conselhos" do tipo auto-ajuda. Fui guardando, colecionando, e deu no post abaixo.

Portanto, seja mais carinhoso do que o necessário, pois todos que você conhece estão de alguma forma enfrentando uma batalha!
Uma língua afiada pode cortar a própria garganta.
Se eu quiser que meus sonhos se realizem, não posso dormir demais.

De todas as coisas que uso, minha expressão é a mais importante.
A minha felicidade depende da qualidade dos meus pensamentos.
A coisa mais pesada que carregamos é a vingança.
Algo que posso oferecer e ainda possuir... Minhas próprias palavras.
Mentimos mais alto quando mentimos para nós mesmos.
Se não tenho coragem para começar, então já acabei, e já perdi.
Uma coisa que não se pode reciclar é tempo perdido.
Nossa mente é como um pára-quedas: só funciona aberto.
A vida é muito curta para se arrepender...
Então, ame as pessoas que te tratam bem. Esquece as que te tratam mal.
Acredite que tudo acontece por uma razão. Se tiver uma segunda chance, agarre-a com as duas mãos.
Ninguém disse que a vida seria fácil, só que vale a pena.

Os amigos são como balões; se você os deixar ir, talvez nunca mais vá tê-los de volta.
Às vezes nos ocupamos com nossas próprias vidas que não notamos que os deixamos ir.
Às vezes nos preocupamos tanto com quem está certo ou errado, que esquecemos o que é certo e errado.
Às vezes nos esquecemos o que é amizade até que seja tarde demais.


E eu não quero que isso aconteça, então vou amarrar todos os meus amigos em meu coração, assim eu nunca vou perdê-los.
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domingo, 18 de dezembro de 2011

O Lago dos Cisnes, pelo circo chinês.

Richard Jakubaszko
Um espetáculo circense, e não de ballet clássico, mas que o circo chinês é uma glória artística, isso ninguém pode negar. As performances acrobáticas são absolutamente geniais. A polêmica sobre arte na dança ou arte performática, se existir, sobre se é válido ou não, os puristas é que podem dar o tom crítico.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Há razões para se acreditar num mundo melhor

Richard Jakubaszko 
Sim, existem muitas razões para se acreditar num mundo melhor, conforme me escreve Silvia Nishikawa, lá de São Gotardo, MG:
Dias antes do jogo entre Benfica e Sporting (1-0), a Coca-Cola decidiu pôr à prova a honestidade dos adeptos. No estádio da Luz, numa loja perto das bilheterias, foi deixada uma carteira no chão contendo um cartão de sócio do Sporting e um bilhete para o jogo no sábado. O objetivo era saber se as pessoas iriam devolver a carteira ou ficar com ela.

95% das pessoas devolveram a carteira, atitudes que foi filmadas por várias câmaras ocultas. Para recompensar a honestidade daqueles que não se deixaram cair em tentação, a Coca-Cola ofereceu um bilhete para o jogo.

No sábado, antes do apito inicial do jogo, o vídeo foi exibido nos telões gigantes do estádio da Luz, perante os aplausos de mais de 60 mil pessoas.
Num momento em que os portugueses se preparam para enfrentar inúmeras medidas de austeridade na economia, a Coca-Cola quis divulgar uma mensagem diferente:

"Há razões para acreditar num mundo melhor."

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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

The wolf (o lobo): magnífica, a natureza.

Richard Jakubaszko
The path of my wolf (tradução livre: A postura de um lobo), um dos mais lindos e emocionantes documentários a que já assisti.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A burocracia brasileira assusta


Richard Jakubaszko
Lançada oficialmente nesta terça-feira, 13 de dezembro, em Brasília, a Frente Parlamentar da Desburocratização (FPD) apresentou números impressionantes da burocracia brasileira. Burocracia é a gambiarra do governo pra se defender dos cidadãos...

Mas, dizia eu, a Frente Parlamentar da Desburocratização foi oficialmente lançada na Câmara Federal, em Brasília. O presidente DA FPD, deputado federal Valdir Colatto (PMDB/SC), falou das legislações e normas que dificultam e impedem a produção e o desenvolvimento do país, provocando um Custo Brasil sem limites. “Tudo isso podemos resumir em uma palavra, burocracia”, afirmou Colatto, acrescentando que “a burocracia engessa brutalmente o setor produtivo e põe em risco a competitividade nos mercados encarecendo a comida do consumidor brasileiro”.

A FPD nasce com o objetivo de diminuir a burocracia desnecessária, dando ao país condições de crescer em várias áreas. “Precisamos eliminar a burocracia inútil, hierarquizando a legislação, retomando o Congresso a prerrogativa de legislar”, disse o presidente. Além disso, a FPD busca localizar os entraves burocráticos, eliminá-los e agilizar soluções administrativas. “Para isso criamos o e-mail desburocratizacao@gmail.com , para que as pessoas encaminhem suas dúvidas e sugestões, e relatem o que acontece para buscarmos a solução”, lembrou.

Colatto destaca que a burocracia é uma praga que contamina o crescimento do país, dificulta a competitividade, desviando recursos produtivos para áreas não produtivas. “A burocracia em excesso gera custos para as empresas, para a sociedade e para o Governo. Desburocratizar o Estado é a melhor forma de garantir desenvolvimento”, afirmou. O parlamentar citou exemplo da burocracia nas leis ambientais que chegam a 16.250 atos, leis, decretos e portarias. “Outros exemplos poderiam ser citados aos milhares, já que nas gavetas da burocracia existem mais de 700 mil processos que levam a média de 10 anos para serem liberados”, salientou Colatto.

Na reunião que instalou a FPD ficou agendado para março um seminário nacional da Desburocratização.

Números que assustam
O advogado Vinicios Leôncio, de Minas Gerais, especialista em Direito Tributário, trouxe números exorbitantes de leis tributárias criadas no Brasil. “De 05 de outubro de 1988 a 5 de outubro de 2011, foram editadas 4.353.665 normas que regem a vida dos cidadãos brasileiros. Isto representa em média 518 normas editadas todos os dias ou 776 normas editadas por dia útil, ou ainda 32,33 normas por hora”, exemplificou.

Leôncio apresentou números de normas gerais editadas de 1988 a 2011 foram 155.954 na esfera federal, 1.136.185 estaduais e 3.061.526 municipais. Somente normas tributárias publicadas no Brasil, no mesmo período, foram 29.503 normas federais, 85.715 estaduais e 159.877 municipais, perfazendo um total de 275.095, em média 33 normas por dia ou 1,3 normas por hora.

Entre as alternativas para diminuir esses números o advogado destaca a criação de um código tributário municipal; um código tributário Estadual; redução de 87% da burocracia tributária; exigências de técnicos específicos da área contábil e jurídica para o exercício da fiscalização, entre outros.

Vinicios Leôncio construiu um livro de 43.125 páginas, divididas em 18 mil leis, decretos e portarias publicados entre 1988 e 2006 que integram o sistema tributário brasileiro.

Mais de 200 deputados aderiram a Frente Parlamentar da Desburocratização, que nasce com o lema “Muito ajuda quem pouco atrapalha”.

OPINIÃO DO BLOGUEIRO:
Espero que traga resultados essa FPD. Já houve, lá nos anos 1970, até um Ministério da Desburocratização, mas que obteve resultados medíocres em sua vida curtíssima. Chegou a eliminar da vida dos brasileiros a tal autenticação cartorial, ou firma reconhecida, por aprovação de uma lei, mas tudo voltou ao que era antes, em poucos meses.
Lembro que todos os poderes, Legislativo, Judiciário e o Executivo, têm suas burocracias, exasperantes em alguns casos.
Para o leitor ter uma ideia: dias atrás fui convidado por uma cooperativa para fazer uma palestra. Acertados os valores e data, informaram-me que as despesas de viagem e o pagt. da palestra seria feito pelo Senar. No dia seguinte me ligaram do Senar. Pediram meus dados, curriculum etc., e enviaram uma ficha com 15 pgs para ser preenchida. Eu teria de fornecer até mesmo um "auto-atestado" de competência para proferir a palestra, além de comprovar que já havia feito palestras em tais e tais cooperativas, datas e valores recebidos, e se possível com nome e RGs de alguns assistentes das palestras... 
Mandei a burocrata e sua burocracia de gambiarras à merda, desisti.
Sem os dados, assim me informaram, Brasília não aprovaria a verba, pois poderiam ser acusados pelo Ministério Público, de favorecimento, desvio de dinheiro público, nepotismo e corrupção...
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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

É um perigo provocar gente inteligente

Richard Jakubaszko
Na Câmara, ainda no Rio de Janeiro, quando seu presidente Ranieri Mazzili deu a palavra a Carlos Lacerda, representante do Distrito Federal, o deputado Bocaiuva Cunha foi rápido e gritou ao microfone, sob os risos do plenário:
- Lá vem o purgante !

Lacerda, num piscar de olhos, respondeu:

- Os senhores acabaram de ouvir o efeito!


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Certa vez, Einstein recebeu uma carta da miss New Orleans onde dizia a ele:

"Prof. Einstein, gostaria de ter um filho com o senhor..."

“A minha justificativa se baseia no fato de que eu, como modelo de beleza, teria um filho com o senhor e, certamente, o garoto teria a minha beleza e a sua inteligência".

Einstein respondeu:

"Querida miss New Orleans, o meu receio é que o nosso filho tenha a sua inteligência e a minha beleza".


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Quando Churchill fez 80 anos um repórter de menos de 30 foi fotografá-lo e disse:

- Sir Winston, espero fotografá-lo novamente nos seus 90 anos...

Resposta de Churchill:

- Por que não? Você me parece bastante saudável...


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Telegramas trocados entre o dramaturgo Bernard Shaw e Churchill, seu desafeto.

Convite de Bernard Shaw para Churchill:

"Tenho o prazer e a honra de convidar o digno primeiro-ministro para a primeira apresentação de minha peça Pigmaleão. Venha e traga um amigo, se tiver."

Bernard Shaw.


Resposta de Churchill:

"Agradeço ilustre escritor honroso convite... Infelizmente não poderei comparecer primeira apresentação. Irei à segunda, se houver."

Winston Churchill.


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O General Montgomery estava sendo homenageado, pois vencera Rommel na batalha da África, na 2ª Guerra Mundial.

No seu discurso o General Montgomery vangloriou-se:

“Não fumo, não bebo, não prevarico e sou herói”'.


Churchill ouviu o discurso e retrucou:

“Eu fumo, bebo, prevarico e sou chefe dele.”

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Bate-boca no Parlamento inglês

Aconteceu num dos discursos de Churchill em que estava uma deputada oposicionista, Lady Astor, mulher feia, chata e arrogante, e que pediu um aparte. Todos sabiam que Churchill não gostava que interrompessem os seus discursos. Mas, concedeu a palavra à deputada.

E ela disse em alto e bom tom:

- Sr. Ministro, não gosto de seus discursos e de suas ideias. Se Vossa Excelência fosse o meu marido, eu colocava veneno em seu chá!

Churchill, lentamente, tirou os óculos, seu olhar astuto percorreu toda a platéia e, naquele silêncio em que todos aguardavam, lascou:

- Lady Astor, se eu fosse o seu marido, eu tomaria esse chá com prazer!

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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Professores x alunos

Richard Jakubaszko
Em outubro último publiquei aqui no blog o texto "Que saudades de uma chinelada!" ( http://richardjakubaszko.blogspot.com/2011/10/que-saudade-de-uma-chinelada.html
Teve um sucesso enorme, e foi reproduzido pela blogosfera. Pois podem ter certeza de que o problema é planetário, não é exclusivamente brasileiro, e o vídeo abaixo, feito por um programa humorístico da TV espanhola, satiriza esse relacionamento:
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sábado, 10 de dezembro de 2011

Senna, um gênio.

Richard Jakubaszko
Um gênio, nada mais do que isso. Ou simplesmente isso.
Um especial (legendado) sobre Senna feito pelo BBC Top Gear, um dos melhores programas de TV no mundo sobre automobilismo. Vale a pena assistir e conhecer um pouco mais sobre o fantástico ser humano e piloto brasileiro, que teria completado 50 anos no início de 2011, não existisse Ímola em 1994.
Assistir é bom, para relembrar, e baixar o nível de estresse, pois a situação anda aos solavancos, de mal a pior, planeta afora...

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Pra cima ou pra baixo?

Richard Jakubaszko
Alguns comerciais são tão bons que nem precisam de diálogos, usam de criatividade e símbolos universais para vender suas marcas. Convencem e emocionam, vendem uma imagem de forma indelével.

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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Jornal Nacional: notícias requentadas.

Richard Jakubaszko
Assisti hoje, como milhões de brasileiros, ao Jornal Nacional. Raramente faço isso, hoje foi um "acidente de percurso", por ter chegado em casa mais cedo.
A série de reportagens, iniciada hoje pelo Jornal Nacional, sobre os agrotóxicos, quase me fez cair da poltrona onde estava confortavelmente instalado. O que vi foi uma avalanche de comentários críticos tendo por base uma pesquisa mal conduzida em 2010 pela Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, já discutida e criticada ad nausem, seja pelos exageros cometidos, pela metodologia ou pelas interpretações distorcidas. Alguém deve se lembrar que o então ministro da Saúde durante o Governo Lula, José Gomes Temporão, chegou a afirmar que não comeria mais pimentões.

Pois repetiram a dose. O Jornal Nacional requentou a notícia para os dirigentes da Anvisa, e os coleguinhas repórteres deitaram e rolaram no sensacionalismo, como se fosse uma bomba. Praticaram um jornalismo vil, sensacionalista, que apenas instala o pânico entre a população.

Sobre essa pesquisa, e a conduta de trabalho da Anvisa, publiquei aqui no blog, em  julho último, um artigo (A Anvisa, a quem serve?) que esteve entre os mais lidos em toda a história deste blog: http://richardjakubaszko.blogspot.com/2011/07/anvisa-quem-serve.html
Nesse artigo mostrei algumas das formas de atuar dessa entidade, a Anvisa, que deveria proteger, como diz seu nome, as questões sanitárias que dizem respeito à população, mas prefere fazer sensacionalismo midiático e criar pânico, pois essa é a opção pessoal de seus dirigentes.

Em outro artigo, "Tudo o que você precisa saber sobre agrotóxicos", este de novembro 2011, http://richardjakubaszko.blogspot.com/2011/11/tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre.html  mostrei como funcionam os agrotóxicos, e exibi declarações, tanto de técnicos do Ceasa-SP, como de um médico da Unicamp, que desmentem frontalmente as afirmações da Anvisa através dessa pesquisa que ressuscitaram hoje e que o Jornal Nacional vergonhosamente requentou, como se fosse notícia novíssima.

Quais são os interesses por trás desse autêntico banditismo jornalístico? No jornalismo da TV Globo não há inocentes, nem gente mal informada. Sabiam que a pesquisa foi feita em meados de 2010. Por que a requentaram, como se fosse notícia nova? Jornalismo requentado na área política é comum, mas não em casos de saúde pública. A TV Globo deveria se explicar, na minha modesta opinião.

Na Anvisa, parecem demonstrar falta do que fazer e dizer, ou então tentam reunir forças para estabelecer, quem sabe, uma consulta pública. Ou coisa pior.
O desserviço à população é o medo, o pânico generalizado, fará milhares de mães alimentarem mal seus filhos e suas famílias, sem verduras e legumes por muitos dias.

É óbvio e evidente a baixa significativa dos preços nos próximos dias. Muitos agricultores, se estiverem com alguma dificuldade financeira hoje, quebram nos próximos dias, inapelavelmente, pela irresponsabilidade "parceira" da Anvisa e do Jornal Nacional. Uma vergonha essa atitude, para os serviços públicos e para o jornalismo.
Cadê os bispos do Brasil? Ou melhor, cadê os procuradores do Ministério Público, alguém vai questionar isso?

EM TEMPO:
20:30 horas de 07/12/2011
Fui checar no Folha Online alguns detalhes da pesquisa. São os mesmos dados apresentados pelo Jornal Nacional, como se a notícia fosse um press release irretocado. Porém, a FSP apresenta um detalhe relevante em toda essa história: os dados citados da "pesquisa" da Anvisa referem-se a testes laboratoriais feitos com alimentos coletados em vários estados, exceto no estado de São Paulo. Por que justamente São Paulo ficou de fora? Ora, é de uma obviedade quase ululante: é que no Estado de São Paulo a Anvisa poderia ser contestada, pois apenas em São Paulo existem laboratórios com condições técnicas laboratoriais para realizar esses testes, inclusive os reagentes específicos, que são todos importados e muito caros. Para se detectar cada agrotóxico presente num alimento precisa-se de um reagente, e, ao que se sabe, não mais do que 4 ou 5 laboratórios no Brasil possuem essas condições, e todos estão em São Paulo, sendo que 2 deles pertencem à multinacionais.

A todas essas, a mídia caiu na esparrela midiática da Anvisa, pra mim isso está muito claro.
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